Formei-me Numa faculdade, em bacteriologia. Fiz cursos extra-curriculares e estágios práticos e acabei encarregada de dois laboratórios, um em um hospital, outro em um Posto de Saúde Pública.
Apaixonei-me, então, por um estudante de Ciência Cristã, que conheci num baile. Pedi conselho a um amigo médico, sobre os problemas que eu poderia eventualmente enfrentar, caso me casasse com um Cientista Cristão, e ele respondeu enfaticamente: “Nenhum!” Fiquei surpresa e repliquei: “Com todo o meu envolvimento com a medicina?” Ele me respondeu que, no mínimo em 75 por cento de sua experiência profissional, seu êxito dependia da fé que inspirava nos pacientes, de que ficariam curados. Disse que eles possivelmente eram ajudados só em 25 por cento pela medicina, porém, nem disso estava muito seguro. “A Ciência Cristã põe a fé em Deus, que é onde se deve depositar a fé, disse ele.
Casei-me com aquele Cientista Cristão e, aos poucos, comecei a estudar a Ciência Cristã. Meu marido vivia a Ciência Cristã, mas nunca a pregava ou discutia comigo a esse respeito.
No espaço de onze anos, tivemos seis filhos. Não é necessário dizer que eu vivia bastante atarefada com as responsabilidades do lar. Achava que não tinha tempo, nem para a igreja nem para o estudo.
Após terem meus filhos freqüentado a Escola Dominical da Ciência Cristã uns cinco anos, houve um evento que mudou minha vida. Nós tínhamos ido todos a um piquenique, por ocasião da Páscoa, a uns 130 quilômetros de nossa casa e minha filha de nove anos estava pensando em ficar na casa de minha mãe, na semana seguinte àquela reunião. Durante a tarde, três familiares vieram me dizer que a menina estava com sarampo. Pediram-me para não deixá-la ficar com minha mãe e disseram que a epidemia era muito grave, que muitas crianças haviam caído doentes. Fui até onde minha filha estava brincando e examinei-a. Era óbvio que ela estava com sarampo. Fiquei surpresa, pois ela não havia notado que estava doente.
Eu disse-lhe que ela não iria mais ficar com minha mãe, naquela semana. A menina ficou perturbada e respondeu: “Eu não preciso ficar com sarampo!” No caminho de volta, era claro que ela estava pensando naquilo que aprendera na Escola Dominical e repetia de quando em quando a mesma declaração. Sentada no banco da frente, eu pensava comigo mesma: “Você pode não acreditar, mas você está, mesmo com sarampo.” Na manhã seguinte, não havia vestígio algum da doença. Isso realmente despertou-me e fez com que eu passasse a ajudar as crianças a aplicar o que lhes estava sendo ensinado na Escola Dominical, ao invés de desafiá-las.
Algumas vezes, uma delas voltava da escola para casa, queixando-se de dor de garganta, ou de estômago ou de algum mal que outros também estavam tendo na escola. Eu, então, costumava pedir à criança que ficasse calma e recordasse as lições recebidas na Escola Dominical, dizendo-lhe, para lhe dar coragem, que logo tudo passaria. Eu os escutava recitar a Oração do Senhor, os Dez Mandamentos e talvez as Bem-aventuranças. Logo adormeciam e sempre acordavam curados, na manhã seguinte. As lições que aprendiam na Escola Dominical evitavam que eles pensassem em doenças e faziam com que seus pensamentos se concentrassem na verdade.
Em outra ocasião, quando estávamos de férias numa praia, houve uma epidemia de gripe. Cada uma das crianças teve gripe, mas foi logo curada, somente mediante a oração. Eu, porém, fiquei de vigília durante seis noites por causa desse problema e durante o dia também lhes fazia companhia, de modo que, no final da semana, estava exausta. Inconscientemente, eu aceitara a crença generalizada de que, se alguém fica muito cansado, pode adoecer. Fiquei com febre alta e dores no peito, durante a noite inteira. De acordo com minha experiência médica, eu sabia que estava morrendo.
Como eu havia perdido toda a fé na medicina para a cura, pedi a meu marido que entrasse em contato com uma praticista da Ciência Cristã, o que ele fez assim que amanheceu. Ela mandou dizer-me que começaria a orar por mim imediatamente. Disse, também, que viria ver-me, tão logo terminas-se de dar sua aula na Escola Dominical.
A praticista chegou às onze horas da manhã. Ela me mostrou, através de declarações, tanto da Bíblia como de Ciência e Saúde, que Deus é o único poder. Bem, se Deus era o único poder, então as bactérias não tinham poder algum. Em seguida, ela me mostrou que Deus é a causa única, e só pode causar o bem. Assim sendo, a matéria não poderia ter efeito algum sobre meu bem-estar. Embora eu não me lembre das citações específicas que lemos juntas durante aquelas primeiras três horas, a dor que sentira começou a ceder. Continuamos a orar juntas e após duas horas mais, eu estava completamente curada. Levantei-me e jantei com a família e dormi bem à noite. No dia seguinte, fui ao escritório da praticista às catorze horas, a fim de agradecer-lhe. Depois disso, viajamos de carro para casa, onde chegamos à meia-noite. Um dia depois, trabalhei o dia inteiro e senti-me ótima.
Eu estava aprendendo, como resultado de meu estudo, que toda doença inclui a crença que nela temos e o medo que dela temos, e nada mais. Eu tinha bastante conhecimento médico para serem descartado, se eu quisesse confiar em Deus como o único provedor de saúde. Algumas semanas mais tarde, visitei um amigo médico e lhe contei o que tinha acontecido. Ele disse: “Doris, isso é impossível. Você não pode ter todos aqueles sintomas e voltar para a normalidade em apenas cinco horas!” Respondi que, de acordo com minha experiência médica, eu sabia que era impossível, mas Deus o havia feito, e que, a partir dessa experiência, eu passaria a confiar só nEle.
Faz agora quarenta anos que toda a nossa família está se apoiando só em Deus, e gozando de boa saúde.
Mais recentemente, durante uma viagem de fim de semana, eu estava cozinhando numa fogueira de acampamento. Uma frigideira de ferro acabava de ser retirada da chama, sem que eu soubesse. Pequei-a pelo cabo e queimei os dedos. Larguei a frigideira e me afastei dali, declarando que Deus me fizera perfeita e que por isso eu não podia sofrer queimadura. Sabia que o homem é imortal e que seu ser é espiritual, indestrutível. Em apenas dois minutos, a dor cessou e eu voltei a cozinhar. Naquela noite, ao esbarrar com a mão no saco de dormir, senti um pouco de dor. Novamente, afirmei aquela mesma verdade espiritual. A dor passou. Dois dias mais tarde, ao olhar para os dedos, vi que não havia sinal de queimadura.
Minha gratidão a Mary Baker Eddy e à maravilhosa Verdade que ela descobriu é grande demais para poder ser expressada.
Modesto, Califórnia, E.U.A.
