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O que significa ser membro d'A Igreja Mãe — entrevista com Olga M. Chaffee, Secretária d'A Igreja Mãe

Da edição de junho de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Há pouco tempo o Redator dos periódicos religiosos da Ciência Cristã, , teve a oportunidade de conversar com , Secretária d’A Igreja Mãe, sobre filiação n’A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, bem como sobre todo o processo relacionado com o pedido de filiação. A seguir transcrevemos sua conversa.

Olga, o que você diria a uma pessoa que está pensando em se tornar membro d’A Igreja Mãe, sobre o que realmente significa ser membro desta Igreja?

Bem, eu gostaria que essa pessoa entendesse que tornar-se membro d’A Igreja Mãe não é uma atitude passiva. A filiação implica uma participação bastante ativa no cumprimento da missão da Igreja. É uma participação que envolve não somente os ensinamentos, mas também a prática da Ciência Cristã. O principal motivo para unir-se a essa Igreja é curar. E pode também ser uma boa oportunidade para estabelecer a diferença entre ser membro de uma igreja filial e ser membro d’A Igreja Mãe.

Creio que a possibilidade de filiação em duas igrejas é uma característica bastante específica da Igreja de Cristo, Cientista: você pode ser membro de uma igreja filial local e d’A Igreja Mãe, ao mesmo tempo. E com muita freqüência o Cientista Cristão é membro dessas duas igrejas. Às vezes pode não existir uma igreja filial na região em que a pessoa mora, e nesse caso ela só terá a possibilidade de se filiar n’A Igreja Mãe. Você gostaria de comentar sobre essas duas filiações?

Pois não. Como estávamos dizendo, a filiação n’A Igreja Mãe nos permite participar, em um sentido mais amplo, de uma atividade da Igreja de âmbito mundial, enquanto que a igreja filial possibilita aos membros trabalhar diretamente em sua comunidade local.

Considerando o assunto sob esse aspecto, a filiação n’A Igreja Mãe não chega a ser menos ativa do que a filiação em uma igreja filial. Creio que, às vezes, pode-se ter uma impressão equivocada, a de que você trabalha mesmo é na igreja filial, e que talvez a única atividade do membro d’A Igreja Mãe seja apenas pensar em sua filiação. Mas o que você está me dizendo é que o membro d’A Igreja Mãe desempenha um papel fundamentalmente ativo.

É verdade. A filiação n’A Igreja Mãe proporciona a oportunidade de nos unirmos em oração a outros membros com o objetivo de trazer cura a toda a humanidade. Ao se tornar membro, a pessoa reconhece, tanto individual quanto publicamente, que está participando de um ministério curativo que inclui o mundo todo.

Bem, como é que um interessado, que esteja estudando ativamente a Ciência Cristã, pode saber se está preparado para se tornar membro d’A Igreja Mãe?

Creio que muitas pessoas encontrarão a resposta a essa pergunta no fundo do coração. Olhando para trás, lembro-me de ter me sentido preparada pelo fato de meu coração estar transbordante de amor pela Ciência Cristã e pela humanidade. Tive vontade de compartilhar esse amor, vontade de oferecer o grande bem que estava abençoando minha vida. A leitura dos Artigos de Fé da Ciência Cristã pode ser de muita ajuda nesse sentido. Se nos identificamos com esses artigos, se vivemos de acordo com o que eles declaram e eles estão dirigindo nossa vida, então devemos estar pensando: “Sim, eu posso pautar minha vida por esses Artigos de Fé... Sim, eu me esforçarei para me manter firme neles... Sim, estou pronto para compartilhar essas verdades com o mundo todo.”

E essa idéia de compartilhar sempre inclui a cura, não?

A cura é a idéia básica. Penso que é correto dizer que a cura cristã foi realmente o propósito original da filiação, como a Sra. Eddy percebeu no início de sua Igreja. Ela previu que os membros seriam sanadores.

Algumas pessoas que estão pensando em tornar-se membros d’A Igreja Mãe talvez tenham dúvidas básicas relacionadas com aspectos práticos da filiação. Por exemplo, certamente existe um processo para a pessoa tornar-se membro. Podemos falar um pouco sobre esse aspecto importante?

Os passos a serem seguidos para a filiação encontram-se no Manual de A Igreja Mãe, de autoria de Mary Baker Eddy. Existem três tipos de formulários para filiação. Pode-se conseguilos junto a um membro, numa Sala de Leitura da Ciência Cristã, ou numa igreja filial. Ou simplesmente telefonando para a Secretária d’A Igreja Mãe. Ficaremos muito felizes em explicar qual é o formulário a ser utilizado e enviá-lo.

O formulário de filiação requer outras duas assinaturas: a do proponente, que recomenda o candidato, e a de outra pessoa que referende a recomendação. O proponente deve ser membro d’A Igreja Mãe e conhecer o candidato. O referendante deve ser professor autorizado de Ciência Cristã, que conheça o proponente. Assim, em essência, o referendante endossa a aprovação, ou seja, avaliza a recomendação; ele não precisa necessariamente conhecer o candidato.

Então quer dizer que o candidato preenche o formulário da forma mais completa possível, e a pessoa que recomenda o pedido também tem uma parcela de responsabilidade, ao confirmar que o formulário foi preenchido corretamente. E o referendante também deve certificarse disso.

O formulário é bastante simples e, por ser tão simples, às vezes não damos atenção devida a pequenos detalhes. Mas cada informação é importante. Pode até parecer um detalhe insignificante, como, por exemplo, especificar se a forma de tratamento a ser utilizada é “Senhor”, “Senhora” ou “Senhorita”. Alguém pode até pensar: “Para que serve isso?” Pois eu lhe digo que essa informação é muito útil. Com freqüência as mulheres mudam de nome quando mudam de estado civil; outras vezes, o mesmo nome pode ser usado tanto por um homem quanto por uma mulher. E não é nada fácil descobrir isso! Quando precisamos escrever aos membros, ou mesmo localizar seus dados em nossos registros, é muito importante saber o nome correto.

Olga, entendo que há ocasiões em que um formulário pode não ser aceito, não pelo fato de a pessoa não estar preparada para a filiação, mas porque o formulário de filiação não foi preenchido corretamente. Isso pode causar uma grande decepção ao candidato, não é mesmo? Por isso é importante preencher o formulário corretamente, quando for enviá-lo à Secretária d’A Igreja Mãe.

Sem dúvida. Quando recebemos um formulário que não está preenchido corretamente, não costumamos devolvê-lo ao candidato. Pedimos que ele nos envie outro formulário preenchido. Em realidade, o formulário de filiação tem algumas poucas exigências específicas.Manual de A Igreja Mãe, p. 109. Não é difícil preenchê-lo. Mas é importante nos certificarmos de que ele foi preenchido corretamente.

No início de nossa conversa falamos sobre como uma pessoa que esteja se candidatando pode perceber se está preparada para esse passo. Contudo, às vezes o membro a quem foi solicitada a aprovação do formulário pode pensar: “Como é que eu posso saber se este candidato está realmente preparado para esse compromisso?” O que você diria a esse proponente?

Penso que é muito importante que ele converse, ou seja, entreviste o candidato. É claro que essa conversa não deve se transformar num interrogatório, ou nalgum tipo de questionamento que faça a pessoa sentir que está sendo julgada. Essa tarefa pode parecer bastante defícil para o proponente, se ele pensa que está “julgando” uma pessoa, para apresentar então seu veredicto final sobre se ela merece ou não tornar-se membro. Creio que o principal objetivo dessa conversa é o proponente certificar-se de que o candidato entendeu quais são suas obrigações, seus deveres, saber o que se espera dele e o que ele espera da Igreja, para que não haja decepções nem surpresas. O proponente deve principalmente certificar-se de que o candidato tenha conduta compatível com a que se espera de um membro da igreja, de forma a evitar a sensação de que se enganou, ou que o candidato venha a sentir que está participando de alguma coisa a respeito da qual talvez não tenha pensado o suficiente e para a qual talvez ainda não esteja realmente preparado.

A Sra. Eddy não falou sobre a necessidade de os candidatos serem “cristãos e se dedicarem fiel e lealmente ao estudo do livro-texto, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”? Ibidem, Art. 6°, § 2°.

Sim, essa é uma exigência básica. Em realidade, uma leitura atenta e completa do Manual nos mostrará como esse livro-texto é fundamental à própria existência e manutenção dessa Igreja!

E isso nos remete a outra pergunta: se o candidato foi anteriormente membro de alguma outra denominação, ele precisará de um documento oficial de desligamento dessa outra igreja? Às vezes as pessoas pensam que precisam ter um documento formalizando sua saída da igreja anterior, mas nem sempre isso é possível.

Em realidade, não é necessário apresentar um documento oficial de desligamento. Mas para que o indivíduo esteja em paz com sua consciência, e para usar cortesia para com sua igreja anterior, é conveniente que as partes envolvidas possam confirmar que não há mais vínculo entre elas. Algumas igrejas não fornecem cartas de desligamento. Outras sim. Já li algumas cartas em que a igreja não apenas confirma que a pessoa não faz mais parte de seu quadro de membros, mas também enaltece as qualidades cristãs da pessoa que está se desligando. Assim, o procedimento nesse caso depende de cada igreja em particular.

Então o objetivo principal é deixar claro, tanto para o candidato a membro, quanto para o proponente que o está recomendando, que o vínculo com a igreja anterior foi completa e definitivamente dissolvido e que o candidato está pronto para dar o novo passo.

Exatamente! O proponente pode perguntar sobre a freqüência do candidato aos cultos da igreja, bem como se ele estuda de forma assídua e disciplinada os ensinamentos da Ciência Cristã, e se confia e se apóia nesses ensinamentos.

Gostaria de sugerir que falássemos um pouco sobre os padrões de conduta exigidos para que alguém se torne membro. Já falamos sobre como uma pessoa pode sentir em seu coração que está preparada para das esse passo e como o proponente pode conversar com o candidato sobre esse assunto. Gostaria que você falasse agora sobre quais os padrões, morais, por exemplo, espera-se que um candidato a membro observe, e se esses padrões sofreram alguma mudança fundamental desde que a Igreja foi estabelecida, na época da Sra. Eddy.

Estamos falando de padrões cristãos, que não se modificaram, em realidade, nos últimos dois mil anos! Qualquer pessoa que esteja estudando a Bíblia e Ciência e Saúde, ou seja, nosso pastor, saberá que A Igreja Mãe apóia os padrões apresentados à humanidade por Cristo Jesus. E aqui novamente estamos falando sobre expectativas. Ao ler esses livros sabemos quais são essas expectativas. Por isso, a pergunta é a seguinte: estou preparado para viver de acordo com essas expectativas e adotá-las? É exatamente isso o que eu quero fazer? É por isso que a entrevista com o proponente é tão importante, porque às vezes podem vir à tona alguns assuntos a respeito dos quais o candidato precisa pensar um pouco mais. Não é uma questão de “julgar” o valor de outra pessoa, mas simplesmente o fato de que esses padrões morais têm de ser reconhecidos e cabe à pessoa resolver esse assunto volvendo-se para Deus.

Isso nos faz voltar ao fato de que o estar preparado inclui totalmente o que a Bíblia e Ciência e Saúde dizem a respeito de sermos cristãos. Aí é que se originam os padrões morais, não é mesmo? Estamos falando de levar uma vida basicamente digna, correta e honesta.

Isso se relaciona com a prática da cura espiritual também. Assim, por exemplo, se um indivíduo é estudante sincero de Ciência Cristã, mas atualmente também trabalha como médico, será que ele poderá se tornar membro d’A Igreja Mãe?

Acredito que deve ser muito difícil manter-se fiel a dois sistemas completamente diferentes. O fato de tornar-se membro d’A Igreja Mãe implica assumir uma posição pública a favor daquilo em que o candidato acredita, da maneira como vive e do que pratica. Eu acho que este seria um problema maior para a própria pessoa do que para a Igreja! A pessoa teria um conflito constante em seu próprio pensamento e em seu coração, ao continuar apoiando algo em que não acredita mais. E por essa razão é prudente que uma pessoa envolvida com a atividade médica pense um pouco mais o sobre assunto. Gostaríamos de perguntar a essa pessoa: “Será que você está realmente preparado para abraçar publicamente e de todo o coração a Ciência Cristã?”

Algumas vezes a filiação pode exigir não apenas o compromisso a respeito do qual você e eu conversamos, mas também uma certa dose de sacrifício, que implica abandonar velhas formas de pensar e de viver. Mas cheguei a uma conclusão, com a qual creio que vocês vão concordar: de que esse sacrifício não nos faz perder nem um pouco do bem. É, ao contrário, uma oportunidade de ganharmos o bem verdadeiro.

Que nos eleva, e faz com que melhoremos nosso padrão de conduta.

E uma pessoa que está se candidatando à filiação não deve confiar em que o estudo da Ciência Cristã lhe trará as curas que farão com que esse sacrifício deixe de ser um fardo? Ela pode, por exemplo, ser curada do vício de fumar, não é verdade?

Sem dúvida, trata-se de uma libertação, libertar-se da limitação.

Isso nos remete ao que Jesus disse a respeito de servir a dois senhores, não é mesmo? Será muito difícil nos sentirmos felizes e livres em nossa vida se não encontrarmos o senhor a quem iremos servir, ou seja, Deus, a Vida, a Verdade e o Amor divinos.

Olga, os membros d’A Igreja Mãe são gente de todas as partes do mundo e de todos os tipos de ocupação. Você poderia dizer alguma coisa específica com respeito às crianças e aos jovens que desejam unir-se À Igreja Mãe?

Claro! A Sra. Eddy percebeu essa necessidade. E está previsto no Manual da Igreja que, quando uma criança completa doze anos de idade, já pode tornar-se membro d’A Igreja Mãe. Atualmente é necessário que aqueles que têm entre doze e dezoito anos, ao solicitar a filiação, apresentem uma declaração assinada pelo pai ou mãe, confirmando que apóia essa decisão. Isso é muito importante, principalmente fora dos Estados Unidos, porque, de acordo com a lei, estamos lidando com menores de idade. Quem estiver familiarizado com a Bíblia provavelmente vai lembrar-se de que, tradicionalmente, com a idade de doze anos as crianças já podiam começar a participar de atividades na igreja e tornar-se formalmente membros da congregação. E nós temos inúmeras provas, nestes mais de cem anos de Ciência Cristã, da habilidade curativa dessas crianças.

E um jovem de doze anos de idade ou mesmo um adolescente tem de observar as mesmas exigências básicas que uma pessoa de trinta anos de idade, ou seja, tem de ser cristão e se dedicar fiel e lealmente ao estudo de Ciência e Saúde?

Sem dúvida.

Olga, eu sei que, como Secretária d’A Igreja Mãe você convive diariamente e a cada minuto com tudo o que se relaciona com a filiação a esta Igreja. Creio que hoje em dia existe no mundo a necessidade de sanadores e dessa promessa. Você gostaria de encerrar este nosso bate-papo com uma mensagem aos leitores?

Sim. Eu gostaria de dizer que encaro a filiação n’A Igreja Mãe como um privilégio muito especial. E é tão maravilhoso poder fazer isso, ou seja, poder participar da atividade sanadora desta Igreja. Isso sempre abençoa a pessoa que está envolvida nesse ministério de cura, não tanto pela idéia de “que benefício isso vai me trazer?”, mas sim pela oportunidade de dar. E como você sabe, é inevitável: no exato momento em que você se ocupa em dar, você já está recebendo. E funciona das duas maneiras. É um privilégio único no mundo hoje. A missão da Igreja não é procurar aumentar o número de membros. A missão verdadeira é a de aumentar o ministério de cura. Essa é a dívida desta Igreja para com o mundo. Através da Ciência do Cristo estamos aprendendo uma coisa muito importante, uma coisa muito especial. E todos estamos nos unindo para fazer o melhor que sabemos a fim de compartilhar com o mundo as leis divinas da cura universal. Esse é o nosso propósito, ao encorajar pessoas a se unirem a nós neste trabalho.

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