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O poder de Deus se manifesta quando mantemos a tranqüilidade

Da edição de junho de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Freqüentemente, Quando Nos defrontamos com uma dificuldade qualquer, como doença, carência, relacionamentos desarmoniosos, acidente, etc., nosso pensamento se agita, todos os vários aspectos da situação invadem nossa consciência e nos indagamos: “Como é que vou me livrar desse problema? Onde obter ajuda?”

A Bíblia oferece uma orientação de Deus: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.” Salmos 46:10. Uma experiência que me contaram recentemente ilustra como seguir essa orientação e obter bons resultados.

Uma mulher morava em um país sob o regime comunista. Raramente passavam os filmes infantis. Ao saber que um desses filmes seria exibido em uma cidade próxima, decidiu levar seu filho e um outro menino para vê-lo, embora os ônibus fossem escassos e sem horário nos fins de semana.

Depois que o filme acabou, mais ou menos quarenta pessoas aguardavam no ponto de ônibus. Quando um ônibus finalmente chegou, já estava lotado mas, mesmo assim, algumas pessoas tentaram entrar, num clima de muito rancor, frustração e impaciência. Mais tarde, outro ônibus chegou e a mesma coisa sucedeu. Já era noite, seu filho estava cansado, começando a chorar e o outro menino disse que não se sentia bem.

Em meio a essa situação tão difícil, ela se volveu a Deus. Fazia pouco tempo que ela estudava a Ciência Cristã. Colocou os dois meninos bem juntos a si e cantou calmamente o único hino que ela conhecia do Hinário da Ciência Cristã. A letra era da Sra. Eddy. Começa assim: “Gentil presença, gozo, paz, poder.” Hinário, N° 207. A convicção da divina onipresença e do terno cuidado do Amor acalmou seu pensamento e confortou os meninos.

Pouco tempo depois de haver cantado o hino, uma caminhonete apareceu e o motorista perguntou: “Alguém aí quer uma carona para ...?” e mencionou o nome de sua cidade. Ninguém respondeu, embora a maioria das pessoas naquele ponto se dirigisse para aquela cidade. O homem perguntou novamente. Ela, os dois meninos e uma outra senhora com várias crianças foram as únicas pessoas que embarcaram e foram levadas para casa. No caminho, a outra mulher lhe contou que também era estudante da Ciência Cristã e que estivera orando. O motorista disse que passara por vários pontos de ônibus apinhados de gente. Entretanto, ao passar pelo ponto onde elas estavam, veio-lhe o pensamento de que ele poderia ajudar, levando algumas pessoas para casa e, por esse motivo, havia parado. A mulher encheu-se de reverência e gratidão por ver quão rapidamente a oração fora atendida.

O que acontecera? O pensamento tumultuado dos outros no grupo expressava-se em raiva, medo, queixas barulhentas. Portanto, quando a solução se manifestou, eles não ouviram. Por outro lado, quando essa mulher acalmou-se e focalizou seu pensamento no vislumbre que tivera do poder, da onipresença e do amor de Deus, a inquietação em seu coração cessou e, conseqüentemente, foi capaz de ouvir a resposta à sua necessidade. A outra senhora também havia recorrido a Deus e fora abençoada.

Quando me contaram essa experiência, ficou claro para mim uma questão que já me havia chamado a atenção. Betesda, uma espécie de piscina em Jerusalém, cuja água era considerada curativa, estava sempre cheia de pessoas em busca de cura. Contudo, a Bíblia relata que apenas um homem foi curado por Cristo Jesus nesse lugar. Ver João 5:2-9. Por quê? Talvez por ter sido ele o único com o pensamento calmo o suficiente para ouvir a pergunta de Jesus: “Queres ser curado?”

O relato bíblico nos diz que o homem respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.” (A Bíblia explica que era crença geral que “um anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse.” Diz também que esse homem estava enfermo havia trinta e oito anos.)

Jesus lhe disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” O relato continua: “Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar.” O pensamento do homem estava suficientemente calmo para ouvir, e também suficientemente receptivo e humilde para obedecer. Antes, em seu pensamento havia medo, limitação, dependência de pessoas ou meios materiais para curar, como bem mostrou sua resposta a Jesus. Jesus ordenou-lhe, assim me parece, que se elevasse acima desses pensamentos, que não se sentisse dependente de meios materiais e que demonstrasse a liberdade que Deus lhe dera. O homem obedeceu e ficou curado.

Que lição podemos tirar desse acontecimento? Como podemos encontrar soluções curativas para os problemas com que nos defrontamos hoje? Primeiramente, devemos aquietar os pensamentos dessemelhantes de Deus, inclusive o medo (que é basicamente duvidar da habilidade e da prontidão de Deus para curar). Assim o fazemos, substituindo esses conceitos errôneos sobre Deus pela verdade da natureza de Deus como nosso amado Pai-Mãe, Amor onisciente, onipresente e onipotente e substituindo o conceito errôneo sobre o homem como discordante, imperfeito e material pela compreensão do homem como criado à imagem e semelhança de Deus, espiritual e perfeito.

Como imagem de Deus, somente podemos refletir o que é verdadeiro, proveniente de Deus. A carência, a solidão, o medo, a raiva, o pecado, a doença e a morte não fazem parte de Deus. Como somos a semelhança de Deus, não podem ser a verdade sobre nós também. Somente podemos refletir o que está no original.

A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “Tal como teu reflexo aparece no espelho, assim também tu, sendo espiritual, és o reflexo de Deus. A substância, a Vida, a inteligência, a Verdade e o Amor que constituem a Divindade são refletidos por Sua criação; e quando subordinarmos o falso testemunho dos sentidos corpóreos às verdades que a Ciência apresenta, veremos essa semelhança e esse reflexo verdadeiros em toda parte.” Ciência e Saúde, p. 516. Assim como a clareza do reflexo na superfície de uma piscina é proporcional à tranqüilidade e à pureza da água, assim se dá com o nosso pensamento.

Ao nos defrontarmos com um problema de qualquer espécie, como podemos alcançar essa propensão espiritual, essa tranqüilidade de pensamento que nos possibilita ouvir as respostas de Deus? Devemos subordinar “o falso testemunho dos sentidos corpóreos às verdades que a Ciência apresenta.”

Se o testemunho dos sentidos corpóreos te condena à invalidez, dor ou desgosto, sob imposição de uma lei material que parece teres violado, afirma que tu, como filho de Deus, não estás sujeito a essa lei material; tu és espiritual, um cidadão do reino de Deus, sob a jurisdição unicamente de Sua lei de harmonia e perfeição.

Se a mente carnal, ou mente mortal, como a Sra. Eddy a ela se refere, argumenta que a cura é impossível, sabe tu que nada é impossível para Deus. Se essa mente argumenta não teres compreensão ou força para curar a situação, sabe tu que Deus as tem, e somente Deus cura; sabe tu que, como Sua imagem e semelhança, tu refletes Seu poder e sabedoria. Como Paulo escreveu, tudo podes através do Cristo, a Verdade, que te fortalece. Ver Filip. 4:13.

Se a mente mortal diz que teu corpo está velho, fraco, doente, fora de controle, compreende tu que teu verdadeiro ser é espiritual e perfeito, a imagem e semelhança de Deus e que essa imagem mortal não passa de uma noção errônea, limitada e limitadora, da verdade do teu ser verdadeiro criado por Deus.

Se essa assim chamada mente argumenta que o problema é antigo demais para ser modificado agora, sabe tu que o tempo é um conceito mortal; não é um fator no Espírito eterno, Deus.

Acalma-te, sente a presença de Deus, sente o Seu amor à tua volta; guardando, guiando e governando-te eternamente; cuidando e provendo tanto para ti quanto para cada uma de Suas idéias amadas.

Confia em Sua sabedoria e bondade. Ama-O. Sê grato pela bondade que presenciaste e por toda a bondade que está presente agora, porque Deus está presente aqui e agora, e porque Deus é Tudo, e Tudo é inteiramente bom. Vê a discórdia, em todas as suas formas, como uma mentira sobre o reino de Deus. Reivindica o domínio que Deus te deu e atua de acordo com ele e tu encontrarás não só a paz, como também a cura.

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