No Decurso De vários anos, muitas vezes me perguntaram sobre o cuidado dispensado às crianças na Ciência Cristã. Algumas vezes as perguntas foram impelidas pelas dúvidas e medos de pessoas que crêem que o único modo de cuidar de crianças (assim como de adultos) é o uso de remédios materiais. Eu mesma pensava assim, antes de conhecer a Ciência Cristã e seu método de cura através da oração. Aliás, lembro-me de ter esperado horas num consultório médico para que meu filho doente fosse examinado e tratado.
Ao conhecer a Ciência Cristã, cheguei ao momento decisivo no modo de vida de nossa família, e quando comecei a estudá-la e a aplicar seus ensinamentos na vida diária, constatei que era inteiramente prática. À medida que aprendi a me volver a Deus, em vez de a pessoas ou a remédios materiais nos momentos de dificuldade, percebi que a ajuda estava ao meu alcance. (Muitas vezes a cura era instantânea.) Meus filhos ficavam doentes com menos freqüência, eram mais saudáveis e alegres em geral. Certamente não há crítica àqueles que escolhem outros métodos, mas falo do quanto a Ciência Cristã é prática, do ponto de vista de minha própria experiência, ao criar três filhos.
A Ciência Cristã é prática porque está baseada nos ensinamentos e nas obras de Cristo Jesus. Certamente ele provou que dá resultado buscar apoio no Espírito! Em falando do Espírito versus a matéria, a Sra. Eddy escreve no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: “Jesus raciocinava praticamente sobre esse assunto e dominava a doença, o pecado e a morte, baseado na sua espiritualidade. Como compreendia a nulidade das coisas materiais, dizia que a carne e o Espírito são os dois opostos — o erro e a Verdade, que de nenhum modo contribuem para a felicidade e a existência recíproca. Jesus sabia que 'O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita.’ ” Ciência e Saúde, p. 356.
Podemos ser gratos por Cristo Jesus ter realizado muitas obras gigantescas, tais como restaurar a visão aos cegos e a audição aos surdos, e também por ter curado um homem que era coxo de nascença. Até ressuscitou mortos, inclusive uma menina. Satisfazer às necessidades humanas não era um trabalho penoso para ele. Era o Cristo, sua natureza divina, que trazia a cura. E Jesus tinha um amor especial pelas crianças pequenas. Certa vez disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.” Marcos 10:14.
Apesar de ter sido breve a missão terrena de Jesus, seu exemplo permanece para todos aqueles que decidem seguir seu caminho. No que concerne aos Cientistas Cristãos, a Ciência Cristã não é meramente um método alternativo de manter os filhos saudáveis. É um modo de vida conforme o exemplo do Mestre. As crianças são naturalmente receptivas ao bem, e à lei de Deus da harmonia e da saúde. À medida que os pais guiam a criança à compreensão de que ela é, em realidade, o filho perfeito de um Pai-Mãe Deus amoroso, o pensamento da criança aprende, passo a passo, a confiar em Deus e a compreender como Suas leis vencem qualquer desafio que apareça.
Um dos meios mais eficazes de mostrar às crianças seu relacionamento com Deus, é ensiná-las a orar. O grande amor da Sra. Eddy pelas crianças pequenas a inspirou a escrever uma oração curta e simples, que até mesmo uma criança bem pequena pode aprender:
Pai-Mãe, Deus,
Que por mim tendes amor,
Quando eu durmo, me guardai
E meus pequeninos pés
A Vós guiai.Miscellaneous Writings, p. 400.
Uma oração como essa faz com que a criança confie em que ela sempre é amada, guiada e protegida por Deus. Ensinar as crianças a orar (e orar com elas) também assenta sólidos alicerces para demonstrações futuras de seu domínio, dado por Deus, sobre todas as sugestões da mente carnal. Por saberem que a fonte da saúde e da felicidade está no Espírito, não na matéria, os pais Cientistas Cristãos sentem-se seguros ao confiar seus filhos a Deus e a Seu Cristo curativo, que está sempre presente para guiá-los a tomar as decisões corretas quanto ao cuidado para com seus filhos.
Uma praticista da Ciência Cristã foi chamada certa tarde por um homem cujo neto de três anos de idade havia sido atropelado por um carro. O motorista teve medo que o menino tivesse sido fatalmente ferido e o levou ao hospital mais próximo. Sendo estudante da Ciência Cristã, o avô com naturalidade volveu-se de imediato à oração, em busca de ajuda. Quando a praticista chegou ao hospital, foi-lhe permitido ficar a sós com o avô e a criança. O quadro não era nada bom, assim como não era bom o diagnóstico: lesões internas, danos ao cérebro e contusões múltiplas. Duvidava-se que o menino algum dia recobrasse a consciência, ou que sobrevivesse. Não havia medicação que pudesse ajudá-lo, e não lhe deram remédios.
O avô e a praticista oraram juntos em voz alta a Oração do Senhor e então cada um orou em silêncio para ver a perfeição de Deus e de Sua criação ali mesmo onde parecia estar uma criança inconsciente e doente. O menino recobrou a consciência por alguns instantes e fez sons como se reconhecesse o avô. Depois de duas semanas, sem nenhum progresso aparente, ele foi liberado do hospital com o veredicto médico de que nada mais podia ser feito.
Como o avô tinha a custódia de seu netinho e o criava, ao mesmo tempo em que trabalhava para sustentá-lo, foi necessário encontrar alguém que pudesse ajudar a cuidar do menino. Mas não havia dinheiro para contratar uma enfermeira. O avô disse à praticista: “O que é que eu vou fazer?” Ela respondeu: “Podemos orar.” Ela estava confiante de que é da natureza do sempre presente Amor divino suprir o que quer que seja necessário em qualquer situação humana. Imediatamente a história do nascimento de Jesus lhe veio à mente. Não havia quartos na hospedagem, contudo uma simples manjedoura foi encontrada. Com certeza havia um lugar para esse menininho descansar também.
Naquele mesmo dia, uma mãe de família, que tinha vários filhos, se ofereceu para cuidar do menino. Uma semana ou duas depois, quando essa amiga não podia mais cuidar da criança, outra senhora o levou para casa. A praticista continuou a orar pela cura. Ela via esse menininho como filho de Deus, como uma manifestação do Amor divino, para sempre intocado por ferimentos, não sujeito à morte, e incluído na segurança do amor do Pai. Ela o mantinha em sua oração como estando muito acima da luta pela sobrevivência, do veredicto cruel de que era um caso perdido, da mácula da crença de que ele era um indefeso pequeno mortal sujeito à lei mortal. O cruel diagnóstico de dano cerebral irreparável tinha de ser refutado à luz do fato de que Deus é a Mente do homem, e de que a verdadeira consciência é a sempre presente consciência do Cristo, mantida eternamente livre do toque mortal. Por ser Deus a causa única e só causar o bem, não podia haver acidente para impedir a atividade normal e correta. A praticista declarou que, por Deus ser Vida eterna, e o homem a expressão da Vida, não era da vontade de Deus que essa criança morresse, mas sim que vivesse para glorificá-Lo.
Certo dia a praticista os visitou novamente. A essa altura o menininho havia recobrado plena consciência, mas ainda não era capaz de falar ou andar. Ela pediu que a criança fosse colocada numa cadeirinha, e ajoelhando-se a alguns metros de distância, abriu os braços para ele. O menino levantou e andou até ela. Pondo seus bracinhos em torno do pescoço dela, disse: “Eu te amo.” Como o Salmista cantou, Deus é “quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida, e te coroa de graça e misericórdia.” Salmos 103:3, 4. Esse foi o fim dos ferimentos da criança. A vez seguinte que a praticista os visitou, o menino estava no jardim jogando bola com outras crianças, completa e normalmente saudável.
Mas o que foi que de fato aconteceu, que ocasionou essa maravilhosa cura? Não resultou de se pedir a Deus para que curasse uma criança doente, mas foi causada pela oração humilde e sincera, afirmando que a criança era eternamente inseparável da Vida, da Verdade e do Amor, e negando a falsa evidência dos sentidos materiais, evidência que não estava de acordo com o cuidado de Deus pelos Seus.
A Bíblia está cheia das promessas de Deus. Em 2 Reis encontramos esta: “Assim diz o Senhor, ... ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei”. 2 Reis 20:5. Os pais que se apóiam na Ciência Cristã viram que as promessas de Deus são mantidas. É por isso que se volvem a Ele a cada necessidade, inclusive para o cuidado de seus queridos filhos.
