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Na cura, a totalidade do Espírito supera o conceito de medida

Da edição de dezembro de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Pense Nisso: São relativos nossos conceitos de medida, que incluem adjetivos como enorme, colossal, gigantesco, ou pequeno, insignificante, minúsculo. Uma coisa só é grande ou pequena, e só está perto ou distante, quando a relacionamos com outra. A cabeça de um alfinete pode ser pequena quando comparada com uma bola de beisebol, mas se a compararmos com um fragmento de pólen, parecerá grande. A luz do abajur que ilumina minha escrivaninha está bem perto de mim, em relação à luz que vejo pela janela, iluminando a rua. Contudo, tanto a luz do abajur quanto a luz da rua estão bastante próximas a mim, em relação a uma estrela brilhando no céu.

Talvez essas considerações sejam óbvias, ou despertem apenas um pequeno e fugaz interesse. Mas pode ser muito bom desenvolver um conceito de proporção com uma base espiritual. Ficamos mais confiantes e realizamos mais curas na Ciência Cristã, quando entendemos por que qualquer problema aparentemente grande que enfrentemos é insignificante em relação à magnitude e ao poder do Cristo sanador, a Verdade.

Imagine Davi, enfrentando aquele enorme inimigo filisteu chamado Golias. Ver 1 Samuel, cap. 17. Suas dimensões físicas aparentemente não impressionavam Davi. Em comparação com o Deus de Davi, o Espírito infinito, Golias era infinitamente pequeno. O "tamanho" do desafio de Davi não deve ter sido considerado nem temido em seu pensamento.

Podemos dizer que a Mente divina, Deus, é imensa, por assim dizer, se comparada com a chamada mente mortal, embora sob o ponto de vista científico a Mente divina seja ainda maior, pois ela é Tudo. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: "O tudo é a medida do infinito, e nada menos pode expressar Deus." Ciência e Saúde, p. 336. Tudo aquilo que supostamente se encontra fora da totalidade divina, ou que a diminui, expressa a mente mortal, a mente que a tudo mede.

O tamanho de alguma coisa, ou seja, seu comprimento, largura ou altura, é relativo. Expressa um conceito desenvolvido pela consciência temporal. A única dimensão absoluta é o tudo, a totalidade e a eternidade de Deus, o bem.

A pretensão da discórdia, da doença ou do mal parece gigantesca apenas quando permitimos que a mente mortal, ou seja, a suposta consciência de que haja vida na matéria, e que é a mente que a tudo mede, a avalie para nós. É o sentido material que nos sugere que uma dificuldade seja grande. O sentido espiritual nos assegura que a totalidade é a dimensão do infinito, e que o nada é a medida do finito.

Um conceito de proporção vívido, claro e espiritual é apresentado na promessa de Cristo Jesus a seus discípulos: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível." Mateus 17:20.

Progredimos espiritualmente quando entendemos que o Espírito e toda a sua boa criação constituem a única realidade e que toda a é mental. Ela se processa em nosso pensamento, quer estejamos tentando medir uma galáxia ou um átomo, um cacho de uvas ou um superpetroleiro. A medição envolve tempo e espaço, que são conceitos materiais encontrados apenas na mentalidade mortal temporal. Fitas métricas, relógios, calculadoras, tão úteis em nossa vida diária, fazem parte da consciência mortal, da mesma forma que o microscópio e o telescópio. Precisamos olhar para além de um conceito mortal de medida, para a realidade do Espírito e seu universo imensurável e desprovido de matéria.

Como então podemos eliminar as preocupações e as discórdias que nos ameaçam? Podemos compará-las, por assim dizer, com o infinito. Isso requer oração. Exige que cedamos ao poder do Cristo, a Verdade, que abre nosso pensamento à totalidade do Espírito, do bem puro, e à nossa natureza verdadeira, perfeita como semelhança do Espírito. Então percebemos que essas discórdias são pequenas ou mesmo nulas. E esse despertar traz a cura.

As discórdias não têm um tamanho intrínseco. Comparadas com o infinito divino, elas têm apenas o tamanho falso que erroneamente atribuímos a elas. Isso também é válido para as ameaças de doenças. Ciência e Saúde explica: "Uma moléstia não é mais real do que outra." Ciência e Saúde, p. 176.

Em determinada ocasião, eu lutava contra grandes pressões financeiras e profissionais. Certa noite, enquanto andava pela rua pensando nesses problemas, olhei para as estrelas no céu. A magnitude do cosmos fez com que minhas preocupações parecessem extremamente pequenas. Essa diminuição no tamanho de minhas preocupações me animou e foi o primeiro passo para resolver as dificuldades pelas quais eu passava, baseando-me na totalidade e na onipotência de Deus, o Espírito.

Qual a dimensão de um homem? Será que ele representa apenas uma partícula ínfima em um enorme cosmos, como os sentidos carnais pretendem sugerir? Não! Na Ciência, o homem é a expressão ilimitada do Espírito infinito, não um ser perdido e limitado em um canto insignificante de um universo material imenso, extasiado diante da imensidão da Divindade.

O que é que pode derrubar as restrições que colocamos para nós mesmos e para os outros quando medimos nosso potencial e, dessa forma, o limitamos? Uma mudança mental que espiritualize nosso conceito de homem. A Sra. Eddy nos diz o que acontece quando fazemos isso: "A espiritualização do nosso conceito de homem abre as portas do paraíso, que os chamados sentidos materiais tentam fechar, e revela o homem infinitamente abençoado, reto, puro e livre, o homem que não necessita consultar estatísticas para conhecer sua origem e idade, nem para medir sua natureza perfeita de homem, nem para saber até que ponto é homem, pois 'a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.' " Miscellaneous Writings, p. 185.

Podemos dizer que uma pessoa fez tanto ou tão pouco em relação a um determinado assunto, que acabou perdendo sua noção de proporção. Aquilo de que sempre precisamos, e que encontramos na Ciência, poderia ser chamado de noção divina da proporção. Nós a adquirimos quando colocamos de lado nosso conceito do homem que mede e é medido mortalmente, e substituímos essa noção falsa pelo reconhecimento e pela crescente percepção do homem espiritual, o descendente e o representante de Deus.

E quando se trata de uma oração ou tratamento na Ciência Cristã? Por acaso curamos melhor quando aumentamos o número de orações? Somos mais bem sucedidos se resolvemos aumentar em vinte minutos o tempo dedicado a um tratamento hoje, em relação a um tratamento que demos ontem? Medir significa sempre limitar. Em realidade, a forma mais pura de oração ou de tratamento não considera quantidade, finidade ou tempo. Não é a duração de um tratamento o que faz com que ele surta efeito, mas nossa devoção à qualidade espiritual, que participa do infinito, imensurável e eterno. Não julgamos a qualidade pela quantidade ou pelo tamanho físico de alguma coisa. Seria muito estranho determinar a bondade de uma pessoa pela sua estatura física, ou acreditar talvez que pessoas grandes são moralmente melhores do que as pequenas! A espiritualidade e a imensidão do pensamento não estão fora do nosso alcance. A Sra. Eddy nos anima com as seguintes palavras: "A Ciência Cristã interpreta a Mente, Deus, para os mortais. É o cálculo infinito que define a linha, o plano, o espaço e a quarta dimensão do Espírito." Ibidem, p. 22.

O homem criado por Deus, ou seja, nossa verdadeira identidade, vive para sempre fora do mundo tridimensional dos sentidos e de suas medições e limitações. Ele vive na dimensão ilimitada do Espírito. Esse é um fato que podemos começar a comprovar de maneira prática.

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