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Como são "eles", em realidade?

Da edição de março de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Cresci em um bairro onde quase todos tínhamos a mesma cor de pele. Em realidade, eu nem sabia como pensar sobre pessoas de outras raças, mesmo quando cheguei ao curso secundário, porque tivera muito pouco contato com elas.

Praticamente, fui "apresentado" a outra raça na saída de um jogo de basquete, em um bairro distante, depois de uma partida amistosa. Fui atacado e surrado por uma gangue, cujos membros eram de uma raça diferente da minha. Esse incidente deixou em mim uma opinião bem definida sobre pessoas de outra cor e, lamentavelmente, ela incluía um ódio profundo. A lembrança de ser esmurrado, chutado, apedrejado e escorraçado com bastões de beisebol, só pela cor de minha pele, era difícil de esquecer.

Tive outra experiência muito diferente alguns meses mais tarde. As discussões constantes e tempestuosas com meus pais pioraram tanto que meu pai me disse que, ou eu parava, imediatamente, de ser tão desrespeitoso, ou eu saía de casa. Saí, mas logo senti a realidade de não ter para onde ir. Os amigos da vizinhança, pessoas de minha própria raça, foram muito solidários comigo, mas nenhum me ofereceu abrigo.

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