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O trabalho na Igreja: sua influência em nossa vida

Da edição de março de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


O que Significa Trabalhar na igreja? Eu nunca me havia preocupado com essa pergunta, até que, há alguns anos, pela primeira vez, comecei a aprender os significado da filiação na igreja. A atividade na igreja faz com que nos firmemos nas verdades espirituais de tal maneira, que acaba sendo expulso de dentro de nós aquilo que não faz parte da Verdade. Assim podemos compreender a Deus mais claramente e ver que nós nos relacionamos com os outros membros da igreja, e com todo o mundo, como se todos fôssemos irmãos.

O crescimento espiritual que resulta de servirmos com devoção à igreja dá-nos a capacidade de encarar melhor os desafios e as limitações. Poderíamos dizer que a filiação na igreja é um meio pelo qual Deus nos dá apoio. A compreensão desse potencial da igreja é uma enorme fonte de fortalecimento.

Eu era membro d'A Igreja Mãe, bem como de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, havia mais ou menos vinte anos. Mas, usando de franqueza, a minha participação na igreja não passava muito de conversa. Foi então que tornei-me membro de outra filial mais perto de casa e fui logo nomeada secretária. Estava super contente de poder colaborar como membro novo e como secretária, mas não podia imaginar como isso iria transformar a minha vida.

Nessa época, eu mantinha um relacionamento com um homem, pensando que ele seria o meu companheiro para o resto da vida. Não estávamos casados legalmente, contudo, considerávamo-nos casados para todos os efeitos. O motivo dessa situação era a minha resistência ao casamento legal. Não tinha certeza do porquê dessa resistência, mas o fato era que eu resistia.

Uma amiga, que também freqüentava a mesma filial, chamou-me a atenção para o fato de que essa situação não se enquadrava no Manual de A Igreja Mãe. A Sra. Eddy escreve especificamente: "Não poderá ser membro desta Igreja uma pessoa que pretenda ter adotado espiritualmente uma criança, um esposo ou uma esposa. É necessário haver adoção legal e casamento legal, os quais possam ser comprovados segundo as leis de nosso país." Manual de A Igreja Mãe, Art. 8°, 20. Ela também escreve: "Se um Cientista Cristão contrair matrimônio, a cerimônia deverá ser celebrada por um pastor legalmente autorizado." Ibidem, Art. 9°, 10.

Era óbvio que eu não estava seguindo nenhum desses dois artigos do Manual e resisti ao conselho de minha amiga. Conversei sobre o problema com o Primeiro Leitor de nossa igreja e concordei em pedir a uma praticista que me ajudasse nessa situação. A princípio, eu não queria fazer nem isso, mas o senso de amor e de integridade do Primeiro Leitor, deu-me coragem.

À medida que a praticista orava comigo e compartilhava idéias, comecei a captar a importância de aderir às diretrizes do Manual. Ela ajudou-me a compreender que estas foram escritas por amor a mim e para a proteção de cada membro da igreja. Eu não compreendi de imediato como, especificamente, essas regras estariam me protegendo, mas de algum modo, percebi que me protegiam. Com o tempo, à medida que fui me empenhando mais em obedecer ao Manual, passei a encarar seus dispositivos em termos de lei espiritual do bem divino sendo manifestada humanamente. Logo ficou claro para mim que o homem com quem eu estava vivendo não iria ser de muito apoio para o meu crescimento espiritual como Cientista Cristã. Comecei a perceber que a proteção daqueles artigos do Manual me levaram a enfrentar minha resistência de longa data ao casamento e a chegar à conclusão de que eu não estava preparada para me casar. Como resultado, voltei-me a Deus em busca de um senso profundo de meu relacionamento com Ele.

Acho que a razão de eu não estar preparada para o casamento era que eu depositara em um homem minhas expectativas de alegria. Não era um motivo correto. Eis por que eu não sentia verdadeira alegria na idéia de um casamento legal. Pedi a Deus que me mostrasse o motivo certo para me casar. Logo entendi que o casamento, no seu sentido mais elevado, melhora continuamente a percepção de nossa relação com Deus. Quando sentimos amor genuíno, espiritual, por nosso cônjuge, refletimos o amor que Deus tem pelo homem.

Confiar na alegria que vem de uma fonte material, pessoal, pode, quando muito, nos dar uma satisfação temporária. Se, porém, percebermos que é Deus quem supre o bem, teremos perene satisfação. Descobriremos que o bem que parece vir a nós através do cônjuge, vem, em verdade, do fato de que o homem reflete a Deus.

Além disso, comecei a ver que obedecer por princípio às regras imparciais do Manual, era requisito para colaborar, honestamente e de coração, com a Igreja definida espiritualmente pela Sra. Eddy como "estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede." Ciência e Saúde, p. 583. Depois de compreender isso e de dar os passos necessários para demonstrá-lo, comecei a constatar em minha própria vida os efeitos que a Sra. Eddy disse que resultariam da obediência ao Manual: maior espiritualidade, uma capacidade mais vigorosa "de curar os enfermos, consolar os que estão de luto e despertar o pecador". The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 230.

Deu-se uma notável transformação em minha vida. Em cinco semanas eu havia terminado o relacionamento com aquele homem e tranqüilamente iniciara vida nova, consciente de estar nos braços de Deus. Estava aprendendo a confiar em Deus minuto a minuto, sem ansiedade nem preocupação com o amanhã ou com os dias seguintes. Encontrei uma nova residência vinte e quatro horas após minha decisão e pude permanecer na casa de outros membros da igreja até que meu novo lar ficasse pronto.

Ao depositar minha confiança na lei espiritual, estava confiando na perfeita ordem do Princípio, Deus, que nunca erra e que controla o homem e o universo. A devoção à lei espiritual consiste em submetermo-nos constantemente ao Seu governo. É demonstrada em nossa vida através de atividade correta, atividade empreendida com o propósito de servir a Deus.

Posso perceber agora que eu obedecera à minha necessidade inata de atividade "correta", quando aceitei o cargo de secretària. E os meus queridos companheiros de igreja haviam percebido a minha necessidade de ser obediente ao Princípio, antes mesmo de eu perceber, e me amaram incondicionalmente, sem condenar nem julgar. Nem imagino onde eu estaria neste momento, se eles me tivessem julgado e tivessem "riscado o meu nome" devido às minhas ações. O amor de Deus, expresso através deles, foi o que me manteve pacientemente no Seu seio, aguardando que eu compreendesse a Verdade e fosse curada.

Ao olhar para trás, para esses últimos dois ou três anos, desde que me filiei à igreja, vejo como minha vida mudou, tem mais frescor e alegria. Essa alegria é genuína; a verdadeira alegria que nos vem quando seguimos a vontade de Deus.

Esse novo estado é claramente o resultado da atividade da Igreja em sua missão humana. A definição de Igreja, em Ciência e Saúde, continua: "A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demônios, ou o erro, e curando os doentes."Ciência e Saúde, p. 583.

Às vezes, as pessoas perguntam: por que envolver-se com o trabalho da igreja? Para mim, a resposta é clara. Como poderia eu não querer trabalhar para a igreja? Como poderia eu não desejar a ascensão diária que progressivamente ocorre quando abraçamos a verdadeira essência de Igreja?

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