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Honrar a verdadeira essência do casamento

Da edição de março de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Ficou Sabendo que eu era casada, uma conhecida minha, que era divorciada, disse-me recentement: "Eu não tenho mais o problema de ter de agradar a alguém; só preciso agradar a Deus." Outro comentário, que minha filha ouviu, foi o de que, em breve, devido à crescente liberdade nos estilos de vida, a instituição chamada casamento já não será mais necessária. Esses comentários fizeram com que eu pensasse mais profundamente a respeito do casamento e sobre a base em que ele está estabelecido. Pareceu-me da maior importância proteger a verdadeira essência do casamento: o amor desprendido, oriundo de Deus, que é o fundamento de um casamento sólido.

O casamento e a família são instituições que favorecem o crescimento espiritual. Eles são campos de prova onde abandonamos o amor egoísta e descobrimos o amor abnegado que faz parte da verdadeira natureza espiritual de cada um. Essa espécie de abnegação, que por certo também pode ser aprendida fora do casamento, abençoa a todos.

Na epístola aos romanos, Paulo escreve: "A ninguém fiqueis devendo cousa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei." Romanos 13:8. Cumprimos essa lei do amor quando constantemente vemos os membros de nossa família como Cristo Jesus via o homem, em sua natureza completa e perfeita. Se nos deparamos com maus traços de caráter, é nosso dever não os fixarmos em nossos entes queridos, não permitir que permaneçam em nosso pensamento e não reagir a eles. Nossa tarefa é apreciar o homem real, feito à imagem e semelhança de Deus e que necessariamente inclui todas as qualidades divinas. A prática dessa regra traz altruísmo, amor e harmonia à família e muito além dela.

Alguns dos meios pelos quais o casamento nos beneficia estão expressos com clareza pela Sra. Eddy, quando escreve: "O casamento deveria melhorar a espécie humana, tornando-se uma barreira contra o vício, uma proteção para a mulher, uma força para o homem e um centro para os afetos." Ciência e Saúde, p. 60. Quando apreciados pelos seus mais altos objetivos, o casamento e a família nos impelem a sacrificar nossa própria vontade e desejos para bem dos outros em nossa família. Começar a estender essa abnegação bem além do círculo imediato da família é, portanto, uma atitude natural.

Pela oração, consegui perceber a dimensão do trabalho que eu estava desenvolvendo no lar.

Existem diversas maneiras pelas quais o crescimento espiritual pode acontecer num casamento. Meu caso é apenas um exemplo. No começo, meu marido e eu pensávamos ter encontrado a felicidade, completando-nos um ao outro. Mais tarde, quando nossos filhos nasceram, aprendemos um sentido ainda mais profundo de compromisso, o amor incondicional. E eu aprendi a lição, nem sempre fácil, de que a felicidade não vem de meu esposo ou através dos filhos, mas sim é uma conseqüência natural do meu amor para com eles e, realmente, para com toda a humanidade. Aprendi a detectar pensamentos de autocomiseração, tais como: "Por que sou sempre eu que devo dar o tempo todo... Quando serei recompensada?" Tais pensamentos pretenderiam identificar-me como um mortal sobrecarregado. Quando neguei, com firmeza, a legitimidade de tais sugestões, os pensamentos oriundos de Deus me possibilitaram conhecer-me como Sua semelhança imortal, expressando com naturalidade o amor que traz alegria e harmonia.

Quando nosso filho tinha dois anos e eu estava começando a me sentir frustrada pelo fato de ter de ficar em casa, em vez de continuar minha carreira, fui de novo forçada a crescer espiritualmente. Com certa freqüência, a mídia descreve a dona de casa como quem está desperdiçando sua vida e também descreve como atraente a mãe cuja carreira lhe toma tempo integral. Pela oração, consegui perceber a dimensão do trabalho que eu estava desenvolvendo no lar. Meu amor por minha família era uma expressão da maternidade e paternidade de Deus. Ele estava me empregando e eu só poderia ser abençoada ao expressar Seu amor. Com essa descoberta, pude gozar de completa satisfação. Reassumi minha carreira no devido tempo, aceitando um emprego que me possibilitava estar em casa com as crianças após a escola. A vasta realização espiritual que consegui naqueles primeiros anos me possibilitou desenvolver várias funções úteis na comunidade, como voluntária. Isso me ajudou quando, pensando no que mais convinha para a educação de nossos filhos, nos mudamos para uma distância de uns dois mil e quatrocentos quilômetros e deixamos para trás uma linda casa, que havíamos construído, para ir morar num chalé pequenino, no terreno pertencente a uma escola particular. Isso provou ser uma excelente experiência para toda a nossa família, com muitas oportunidades, tanto para dar, como para receber.

A principal qualidade, que é também nosso guia infalível através dos desafios da vida familiar, é a abnegação, amar nosso próximo como a nós mesmos, como Jesus ensinou. Dar com generosidade tem sua recompensa já assegurada, achar seu próprio bem ao fazer o bem a outras. O casamento e a família podem nos sustentar e fortalecer através das lutas e crescimentos com os quais nos deparamos, à medida que aprendemos a viver juntos em harmonia.

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