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Mary Baker Eddy: toda uma vida dedicada à cura

Coroada pelo Amor (1908—1910)

Da edição de março de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Esta série de artigos focaliza as curas que Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, realizou. Elas começaram na infância e continuaram durante toda a sua vida. Algumas dessas curas nunca foram publicadas.

No dia 26 de janeiro de 1908, á tarde, Mary Baker Eddy deixou a casa de Concord, New Hampshire, onde havia morado quinze anos e meio, e mudou-se para Chestnut Hill, subúrbio de Boston. Naquela manhã, a Sra. Eddy havia aberto a Bíblia ao acaso, como era seu costume, e as páginas se abriram no capítula 9 da Primeira Epístola aos Coríntios. Depois de ler em voz alta os versículos de 10 a 14, para os membros de sua equipe de trabalho, ela proferiu aquelas palavras que John Lathrop definiu como "palestra estupenda", sobre o fato de "a cura dos doentes [ser] o único teste do Cientista Cristão". Diário de John Lathrop, Departamento de História da Igreja d'A Igreja Mãe. O Sr. Lathrop era um dos secretários da Sra. Eddy, nessa epoca. Quando o Sr. Lathrop deixou o serviço junto à Sra. Eddy, um mês depois, ela ihe recomendou: "Dedica todo o teu tempo à cura. Aperfeiçoa-te nisso." Ibidem.

Para a Sra. Eddy, nào havia nada mais importance do que a dedicação dos Cientistas Cristãos á prática da cura cristá. Encorajar e apoiar essa dedicação no pensamento e na atuação, era o motivo subjacente de todos os seus esforços para estabelecer a Causa da Ciência Cristã, com o objetivo de salvar o mundo do pecado e da doença. No princípio de janeiro, havia sido publicada, no Christian Science Sentinel, uma carta de outra pessoa que havia trabalhado na casa da Sra. Eddy. Ela começava assim: "Minba querida professora: quero dar-ihe uma palavra de agradecimento e de amor por tudo o que a senhora tem feito e está fazendo pela humanidade." Sentinel, 18 de janeiro de 1908, p. 391. Nos quarenta e dois anos anteriores, a Sra. Eddy havia dedicado sua vida inteiramente à missão de compartilhar a revelação que ela recebera de Deus. Nessa revelação ela descobriu

a Ciência do Cristo, ou leis divinas da Vida, da Verdade e do Amor, e dei à minha descoberta o nome Christian Science. Deus, por Sua mercê, vinha me preparando durante muitos anos para a recepção desta revelação final do Princípio divino absoluto da cura mental científica.Ciência e Saúde, p. 107.

Vários anos depois de sua descoberta, a Sra. Eddy havia escrito o livro-texto dessa Ciência divina de Deus e da cura cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, fundamentando-o nessa "revelação final" e em sua própria experiência de vida no campo da cura. Depois disso, trabalhou como pastora da Igreja de Cristo, Cientista, em sua primeira forma organizacional, fundada por ela com o auxílio de seus alunos; fundou também a Faculdade de Metafísica de Massachusetts, que ela presidiu e onde ensinou; foi a primeira editora e redatora da revista mensal The Christian Science Journal; e reorganizou a igreja original para torná-ia A Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts, criando para ela um sistema de direção fundado num estatuto divinamente inspirado. Tudo isso foi feito para proporcionar à humanidade compreensão de Deus que capacita o indivíduo a curar os males do mundo, através da oração baseada nas leis de Deus. Mas, para Mary Baker Eddy, isso ainda não era o bastante.

Quando passou a residir em Chestnut Hill, o pensamento da Sra. Eddy voltou-se mais do que nunca para a terefa de fazer chegar ao mundo a verdade prática e curativa. No número de 11 de abril de 1908, do Christian Science Sentinel, ela publicou uma declaração sobre "A guerra", que começava dizendo: "Por muito anos venho orando diariamente para que não haja mais guerra..." Sua mensagem termina ressaltando a necessidade de arbitrar os desentendimentos entre as nações e de armar exércitos para prevenir a guerra e preservar a paz. Essa declaração também foi publicada no The Christian Science Journal, maio de 1908, e foi incluída na obra The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 286. Um exemplar desse Sentinel foi enviado, por um Cientista Cristão, ao Presidente dos Estados Unidos, na época, Theodore Roosevelt. Este respondeu com uma nota pessoal que dizia: "Isso é interessante e importante. Eu gostaria que todos os outros líderes religiosos demonstrassem o mesmo bom senso." História de Igreja, documento: L09772.

Algumas semanas depois, o redator do jornal Minneapolis Daily News solicitou uma declaração sobre o que a Ciência Cristã poderia fazer em prol da paz universal. A Sra. Eddy respondeu:

A Ciência Cristã pode propiciar, e propicia, a paz universal como um corolário do Amor divino. Ela explica o Amor, vive o Amor, demonstra o Amor. Os assim chamados sentidos materiais não se apercebem desse fato enquanto não forem controlados pelo Amor divino, daí a frase das Escrituras: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". História da Igreja, documento: L09857 e Miscellany, p. 275.

Impelida pelo Amor divino, a Sra. Eddy foi levada, nessa época, a fundar um jornal diário. Já em 1878 ela declarara publicamente seu interesse em ter um jornal à sua disposição "para corrigir as injustiças em dar uma resposta às inverdades". Mary Baker Glover Eddy, Ciência e Saúde, 2a Edição, 1878, p. 166. Esse desejo foi, em parte, o motivo para fundar o Journal, em 1883, e o semanário Sentinel, em 1898. Além desses, em 1903, ela fundou O Arauto da Ciência Cristã, em alemão, para atender ao crescente campo de língua alemã e como indicação clara de seu interesse pelo mundo todo. (Nas décadas seguintes, o Arauto foi publicado em outros idiomas. O português apareceu em 1951, quando começou a ser publicado um Arauto trilingüe, com artigos em português, espanhol e italiano. Em 1959, o Arauto em português passou a ser publicado separadamente das outras duas línguas, como revista trimestral e depois mensal.) Em meados de 1908, a Sra. Eddy deu ordem ao Conselho de Diretores da Ciência Cristã e ao Conselho de Fideicomissários da Sociedade Editora da Ciência Cristã para darem início ao jornal diário The Christian Science Monitor.

Ela queria um jornal para os lares, mas esperava que ele tivesse um efeito sanador no mundo. Disse que a finalidade desse jornal seria "espalhar, sem dividir, a Ciência que atua sem se desgastar".Miscellany, p. 353. Ela estava parafraseando um verso do poema "Um ensaio sobre o homem", que Alexander Pope escreveu em 1733, e que fala da "MENTE de TUDO" que "se espalha sem se dividir, atua sem se desgastar". "An Essay on Man", 1733, epístola I, linha 274. Para a Sra. Eddy, essa "MENTE" era nada menos que o único e onipotente Deus, que é Amor divino e atende a todas as necessidades humanas. E "um jornal editado e publicado pelos Cientistas Cristãos" Miscellaneous Writings, p. 4. podia ser uma manifestação sanadora dessa Mente divina. Na manhã de 25 de novembro de 1908, dia em que saiu o primeiro número do Monitor, a Sra. Eddy abriu a Bíblia no Cântico dos Cânticos de Salomão 8:6, 7. Esses versículos falam da força e do poder do amor para resistir às forças do mundo material.

Para a Sra. Eddy, era muito importante que os Cientistas Cristãos expressassem o Amor divino de formas tangíveis. Para o Culto de Comunhão d'A Igreja Mãe, em 14 de junho de 1908, ela deu instruções para que o sermão abordasse o tema "Frutos", especialmente a partir de João 15:2 "Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda."  História da Igreja, documento: L03466. Duas semanas depois disso, a Sra. Eddy oboliu o culto de Comunhão n'A Igreja Mãe, para pôr um fim à romaria anual de multidões de Cientistas Cristãos que vinham de fora de Boston. Dios dias antes desse culto, a Sra. Eddy escreveu:

A fé sem obras é a mais sutil mentira a aparecer. Ela satisfaz os alunos com uma mentira — dá-lhes paz noerro, e eles jamais poderão ser Cientistas Cristãos sem aquela fé que se torna conhecida e comprovada pelas obras. As palavras são muitas vezes enganosas e a fé sem obras está morta, é arrancada pela raiz, não é fé, mas sim uma impostura, que entorpece a consciência e impede a demonstração. História da Igreja, documento: A11333.

Seis meses antes de a Sra. Eddy deixar Concord, New Hampshire, foi entrevistada por Arthur Brisbane, jornalista de Nova Iorque. Mais tarde, ele contaria a amigos: "...tive o privilégio de descobrir um dos intelectos mais aguçados que me foi dado conhecer e a mulher mais doce e suave que jamais encontrei. Apenas sua presença era repousante para mim. Durante nossa conversa, mencionei essa minha sensação e lhe disse como vinha me sentindo cansado. Ela então me perguntou se eu queria receber um tratamento pela Ciência Cristã e eu respondi que sim. Tudo o que posso dizer é que foi uma experiência incrivelmente maravilhosa... aquele tratamento me provou quão grande é necessidade que o mundo de hoje tem da Ciência Cristã."  Reminiscências de Helena Hoftyzer, História da Igreja.

Sem a demonstração de cura, não há Ciência. Cura que se apóia exclusivamente em Deus, pela oração, negando o que é dessemelhante de Deus e afirmando a perfeição, onipotência e onipresença do Princípio divino, único, o Amor, e o homem como a manifestação espiritual e perfeita desse Um: isso é que é cura, cura que ocorre como resultado de a lei divina haver sido compreendida em oração. E a prática da cura deve se estender para além de nós mesmos. A coroa do Amor divino é ganha pelo viver abnegado em favor dos outros. A Sra. Eddy escrevera a um aluno, anos antes: "...nunca serás um Cientista Cristão na prática, sem curar o doente e o pecador, além de curar a ti mesmo. É egoísta demais trabalharmos para nós mesmos e não pelos outros. Isso não é abençoado por Deus."  História da Igreja, documento: L01953.

As pessoas curadas pela Sra. Eddy sentiam a bênção de Deus e esse era um elemento vital para elas. A Srta. Elsie Berquist, uma Cientista Cristã, deixou-nos o seguinte relato, de um incidente relacionado com seu pai que, na época, não era estudante da Ciência Cristã:

No decorrer do ano de 1909, ele estava trabalhando em um edifício de Chestnut Hill, não muito longe da residência da Sra. Eddy. Um dia, sentindo-se muito cansado, saiu do trabalho mais cedo e decidiu ir ver a arquitetura da casa da Sra. Eddy. Ao aproximar-se, viu a carruagem dela sair do portão. Ela lhe sorriu e ele sentiu restaurarem-se-lhe as forças, tanto que poderia ter corrido ao lado da carruagem por milhas e milhas. Naturalmente ele não fez isso, mas se esqueceu de olhar para a arquitetura da casa e começou a andar. Foi andando até Boston (mais de 8 quilômetros) sem sentir cansaço e ficou uma semana sem se sentir cansado.

Meu pai contou aos membros de sua igreja sobre a elevação espiritual que recebera da Sra. Eddy, e como sentira que o Espírito do Senhor havia descido sobre ele... Reminiscências de Elsie Berquist. História da Igreja. Ela também contou que o pai "falava tanto dessa experiência, que o pastor da igreja pediu-lhe para não contá-la mais a ninguém, lá dentro".

Incansável em seu trabalho pela humanidade, em nome da Ciência Cristã, a Sra. Eddy, em sua oração e em sua correspondência particular, permaneceu ativa na liderança da Causa até a hora de seu falecimento, em 3 de dezembro de 1910. Calvin Frye, Laura Sargent, Adam Dickey, Irving Tomlinson, e William e Ella Rathovon estavam com a Sra. Eddy naquele sábado à noite. Reminiscências de William Rathovon, História da Igreja. A última coisa que ela lhes disse foi: "Eu tenho tudo no Amor divino, isso é tudo o de que preciso." História da Igreja, documento: L13841. Em meados daquele ano, ela escrevera a uma de suas alunas, cujo marido acabara de falecer:

Teu marido não te deixou, em espírito; ele nunca morreu, apenas para teu sentido; ele vive, ama e é imortal. Que isso te seja de consolo, minha querida, e encontrarás descanso em banir o senso de morte, em acalentar o senso de vida e não de morte. Teu caro marido está tão verdadeiramente vivo hoje como sempre o foi, e tu podes encontrar descanso e paz nesse sentido verdadeiro de Vida.

A Mente, não a matéria, é nossa Vida, e podemos nos regozijar, sabendo que a Mente nunca morre. Só morre o pecado e um falso senso de vida. A imortalidade e a bem-aventurança nunca morrem, deveríamos portanto expulsar esse falso sentido, ele não é real. História da Igreja, documento: L04726.

Nunca houve Cientista Cristã mais amorosa e mais atuante do que Mary Baker Eddy. Sua vida de cura atesta esse fato. A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã continua a levar a humanidade para o consolo da Ciência divina, através das atividades sanadoras de sua Igreja e, acima de tudo, através de seus escritos, especialmente Ciência e Saúde. Poderemos compreendê-la com mais exatidão, porém, somente se compreendermos e pusermos em prática a revelação divina que está nesse livro, a ponto de conseguirmos curar como ela curava.

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