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A ética no tratamento pela Ciência Cristã

Da edição de abril de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Minha Mãe Fora ao dentista, havia pouco tempo, e me contou de algumas más notícias que o dentista lhe dera. Embora ela respeitasse minha decisão de apoiar-me somente em Deus para a cura, ela própria costumava recorrer ao tratamento médico. Ela não pediu que eu a tratasse pela oração na Ciência Cristã; e eu não o fiz. Contudo, dirigi meu pensamento para Deus. Eu sabia que não é ético dar tratamento pela Ciência Cristã a uma pessoa, a menos que ela o solicite. Sabia, porém, que eu podia pensar clara e corretamente, podia apegar-me a Deus e ao Seu poder total; e foi o que fiz. Eu estava tratando do meu próprio pensamento, ao invés de tratar do pensamento de outra pessoa.

Mamãe tinha sido informada pelo dentista de que dois dentes estavam com as raízes deterioradas e logo teriam de ser extraídos. Enquanto ela me contava isso, eu pensei na totalidade de Deus, a Mente divina, infinita. Compreendi que essa Mente é a única substância real e enche todo o espaço. Estava completamente claro para mim que a Mente não pode se deteriorar e ela é a eterna substância do homem, o reflexo da Mente. Assim, quando minha mãe concluiu: "O dentista disse que, na minha idade, não é possível que as raízes dos dentes se regenerem", eu confiantemente externei a minha convicção espiritual e disse-lhe: "Isso é possível, sim."

Na época, nada mais nos dissemos sobre o assunto. Também não pensei mais nele, até uns seis meses mais tarde, quando minha mãe, numa chamada interurbana, telefonou-me para o escritório no meio da tarde (algo que nunca fazia). Informou que voltara havia pouco do dentista e acrescentou: "Ele me disse: 'Aconteceu um milagre. Não será necessário extrair os dois dentes. As raízes estão firmes.'". Mamãe estava muito contente e atribuiu a Deus essa cura.

A totalidade de Deus, a Mente divina, foi a idéia a que me apeguei e foi a que aceitei. Aceitar a totalidade da Mente é uma norma fundamental no tratamento pela Ciência Cristã. Por quê? Porque Deus, a Mente, é Tudo-em-tudo. Somente Deus estabelece leis para o homem, Seu reflexo espiritual, a idéia da Mente.

Em conformidade com a norma de Deus, o homem não pode ser outra coisa a não ser a semelhança de Deus, puro e são. É mediante nossa aceitação desse padrão de Deus para o homem, que Deus cura os doentes e os pecadores. Como escreve a Sra. Eddy, no livro Ciência e Saúde: "Deus curará os doentes por intermédio do homem, sempre que o homem for governado por Deus."Ciência e Saúde, p. 495. Somos governados por Deus quando obedecemos ao Primeiro Mandamento, "Não terás outros deuses diante de mim". Êxodo 20:3. "O Primeiro Mandamento", diz a Sra. Eddy, "é meu texto favorito. Demonstra a Ciência Cristã."Ciência e Saúde, p. 340.

A adesão à totalidade de Deus foi a norma de Cristo Jesus para curar. Jesus curou doentes, redimiu pecadores, ressuscitou mortos valendo-se da Mente, não da matéria. Essa Mente de Cristo era Deus. Jesus obedeceu somente a Deus, em todas as circunstâncias, sem exceção. Por exemplo, ele se negou a ceder à tentação do mal, ou mente carnal, durante os quarenta dias em que jejuou, no deserto. Com firmeza, ordenou: "Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto." Mateus 4:10.

A mente carnal, ou mente mortal, é a contrafação da Mente divina. Essa suposta mentalidade argumenta que a matéria é substância, que a mente está na matéria e que há muitas mentes. Pretende ter um poder hipnótico, mas não tem poder nenhum sobre a Mente única e seu reflexo, o homem. "Temos provas esmagadoras de que a mente mortal pretende governar cada órgão do corpo mortal", afirma Ciência e Saúde. "Essa assim chamada mente, porém, é um mito, e por seu próprio consentimento tem de ceder à Verdade." Ciência e Saúde, pp. 151-152.

"Por seu próprio consentimento." Quando, em nossos pensamentos, admitimos a totalidade da Mente divina e única, desvanecem-se a crença mortal e seus efeitos discordantes; já não contam com ninguém que acredite neles e lhes dê apoio. Mas não podemos impor essa atitude a outra pessoa. Exceto em circunstâncias totalmente fora do comum, como, por exemplo, quando há uma emergência, ou quando um paciente não pode falar e havia manifestado anteriormente que desejava ser tratado pela oração, ou quando não há nenhum outro auxílio disponível. Fora disso, não é ético orar especificamente por outra pessoa, a não ser que ela tenha solicitado e dado seu consentimento. Você simplesmente mantenha em seu próprio pensamento a influência purificadora e regeneradora da Mente, a Vida, a Verdade e o Amor divinos, e ore somente por aquelas pessoas que lhe pedem o tratamento metafísico. É também importante orar só pela pessoa que confia exclusivamente em Deus para a cura e que não esteja simultaneamente recebendo tratamento de outrem.

Todos temos a liberdade de aceitar a Mente única, que inclui e mantém tudo. Todavia, cada um deve achegar-se à Mente por si mesmo. Nessa Mente, encontramos o caminho para a cura.

O capítulo "O Ensino da Ciência Cristã" em Ciência e Saúde, diz o seguinte, quanto à ética no tratamento pela Ciência Cristã: "O professor deve explicar aos alunos a Ciência da cura, especialmente sua ética — que tudo é Mente, e que o Cientista precisa ajustar-se às exigências de Deus." Ibidem, pp. 444-445. Amar a Deus acima de tudo, e amar a nós mesmos e ao nosso próximo como reflexo perfeito de Deus, é tarefa suficiente para manter-nos sempre ocupados. Essa é a tarefa que Deus dá a cada um de nós. Se a realizarmos bem, nós seremos regenerados e curados. Outros, que estiverem dentro da atmosfera do Amor que refletimos, e derem seu consentimento, poderão ser igualmente curados. E quando alguém nos pedir especificamente o tratamento pela oração, estaremos totalmente preparados para curar, mediante o poder da Verdade e do Amor.

Há, no livro da Sra. Eddy, The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, aquele que é, a meu ver, um maravilhoso resumo da norma ética da Ciência Cristã. Quer sejamos nós mesmos os pacientes, quer seja outra pessoa, este trecho contém valiosa orientação: "Na prática mental pela Ciência Cristã é regra estrita não tratar de nenhuma outra mentalidade a não ser a mente de vosso paciente, e tratá-la para ser semelhante a Cristo. Qualquer desvio dessa regra áurea é inadmissível. Essa prática mental inclui e inculca o mandamento: 'Não terás outros deuses diante de mim.' " Miscellany, p. 364. Tendo somente um único Deus, uma Mente divina, a Mente de Cristo, estaremos sendo fiéis, naturalmente, à totalidade e onipotência de Deus. Nosso ministério de cura estará estabelecido em terreno firme e seguro.

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