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Começar a exercer a prática pública da Ciência Cristã

Compaixão, espiritualização do pensamento e confiança em Deus

Da edição de abril de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


No final desta revista, há uma lista de pessoas que se dedicam ao ministério público da cura pela Ciência Cristã. Muito embora todo estudante sincero desta Ciência possa praticar a cura espiritual, os que se anunciam no The Christian Science Journal e no O Arauto da Ciência Cristã são aqueles que deixaram todas as outras atividades profissionais, comprovaram sua atuação na cura de diversos casos e preenchem os requisitos exigidos para poder se anunciar. Achamos que poderia ser interessante para nossos leitores, e especialmente para aqueles que estão pensando em se dedicar mais à cura pela Ciência Cristã, saber como alguns dos praticistas que já exercem essa atividade iniciaram sua prática em tempo integral. É claro que as experiências são individuais; nem poderia haver fórmulas específicas para entrar no ministério sagrado! Esperamos que artigos como este façam com que mais pessoas percebam que o caminho para a prática pública da Ciência Cristã se abre quando existe o desejo puro de servir a Deus a ao próximo.

Examinando, Em Retrospectiva, os passos dados para entrar na prática pública da Ciência Cristã, acho que o primeiro deles foi o simples desejo de ajudar os outros. Todos nós temos esse desejo. É impossível não amarmos, pois somos o reflexo do Amor divino. Quando eu tinha treze anos, trabalhei como voluntária numa creche para filhos de trabalhadores migrantes. Sentia compaixão por aquelas pessoas que, aparentemente, tinham tão pouco, muito menos do que eu. E esperava poder ajudar a melhorar as coisas para eles. Por muitos anos, estive sempre envolvida com algum tipo de assistência social. Embora gostasse desse trabalho, sentia-me me muitas vezes frustrada, triste e até irritada, pelo pouco que eu conseguia realizar para melhorar, de algum modo duradouro, a vida das pessoas.

Eu havia freqüentado a Escola Dominical da Ciência Cristã e gostava muito de seus ensinamentos. À medida que continuava a estudar essa Ciência, ficava cada vez mais impressionada pelo fato de que o método de Jesus, para elevar a humanidade, era puramente espiritual. Eu sabia, lá fundo, que a única ajuda permanente que podemos dar aos outros vem da compreensão e da demonstração da identidade espiritual e perfeita do homem, como idéia de Deus. Somente com essa compreensão conseguimos superar todas as limitações da matéria.

Fiz o Curso Primário de Ciência Cristã e, pela primeira vez, a idéia de me dedicar em tempo integral à prática da cura me pareceu não só possível, mas também natural. Aprendi que o poder de curar não era meu, pessoal, mas era o poder da própria Verdade. A Sra. Eddy escreve: "Poucos há que sabem o poder que a mente é para curar, quando está imbuída da verdade espiritual que eleva o homem acima das exigências da matéria."The People's Idea of God, p. 12. Existe uma demanda insaciável para esse tipo de cura, que é a única cura verdadeira.

Terminei a faculdade e encontrei emprego. Apesar de não ser conhecida dos outros, nessa época, como praticista da Ciência Cristã, eu procurava pensar em mim mesma como se já o fosse. Sabia que os serviços que eu prestava em meu emprego, diariamente, não eram, em verdade, materiais. Meu verdadeiro trabalho era expressar as qualidades de Deus e ver o homem perfeito que Deus criou e conhece. Eu poderia fazer esse trabalho, mesmo enquanto desempenhava, com inteligência e cuidado, as tarefas que me eram atribuídas. Procurava elevar o nível das conversas, sempre que me era possível, e, surgindo a oportunidade, mencionava que a oração era uma solução prática para os problemas.

Às vezes, colegas de trabalho telefonavam para casa, para falar de sua vida. Alguns pediam-me para orar por eles. Uma mulher contou a uns dois parentes uma cura que tivera, e eles também telefonaram para pedir ajuda. Em determinado momento, decidi reservar umas tantas horas, nos sábados, exclusivamente para a prática da cura. Tivesse ou não um paciente para o qual orar especificamente, eu dava tratamento em oração, como havia aprendido na classe, a qualquer situação que precisasse de cura e que me viesse ao pensamento.

Muitas vezes eu orava para compreender o sustento ilimitado e constante que Deus proporciona à Sua criação. Pelo estudo da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy, aprendi que nosso único sustento provém da entrada incessante de idéias espirituais que o Amor divino provê, como as idéias espirituais de lar, saúde, família, segurança e capacidade. Cada Lição Bíblica semanal me propiciava mais vislumbres desses fatos e, passinho a passinho, cresceu minha confiança de que minhas necessidades diárias seriam atendidas pela compreensão correta do amor e governo infalível de Deus. Jesus disse que não deveríamos andar ansiosos por nossas necessidades humanas. Se buscarmos o reino de Deus, ou seja, a idéia espiritual de todas as coisas, o Amor divino cuidará, natural e completamente, de tudo aquilo de que precisamos.

Finalmente, depois de vários anos, achei que seria certo demitir-me do emprego e dedicar-me completamente ao trabalho de cura. Não que houvesse muita gente pedindo-me ajuda. Havia só umas poucas pessoas. Mas eu tinha umas economias com as quais me sustentar por um tempo e senti-me disposta a confiar no sustento de Deus. Essa confiança seria logo posta à prova! Um dia, meu marido telefonou, dizendo que havia perdido o emprego. O que acabou acontecendo foi que ele ficou dois anos sem um salário com que pudéssemos contar.

Ficou evidente que o tempo todo que eu dedicara à espiritualização do pensamento a respeito da questão do sustento, fora um bom investimento. Continuei a orar diariamente para compreender que o homem, como reflexo de Deus, está sempre totalmente empregado, expressando plenamente a atividade perpétua e produtiva da Vida divina. Um dia, meu marido disse que eu precisaria preencher um formulário de renda estimada, para efeito de imposto de renda, visto que eu já não tinha um salário fixo. Deveria colocar o montante que eu esperava ganhar em minha atividade, durante o ano. Eu não tinha a mínima idéia de que quantia colocar ali. Não havia pensado em meu trabalho como uma forma de ganhar dinheiro. Sabia que ele consistia em compreender a totalidade de Deus e a perfeição de Sua criação e, com isso, destruir toda crença em algo diferente de Deus.

Prestei atenção para ouvir uma resposta. Veio-me à mente um trecho de Ciência e Saúde: "O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana."Ciência e Saúde, p. 494. Aceitei que isso era verdade. Por isso, perguntei-me: "De quanto precisamos para viver, neste ano?" Chegamos a um determinado montante, modesto, mas que atendia às nossas necessidades. Coloquei essa cifra no formulário. Sabe que, no final do ano, minha renda proveniente da prática ficou a apenas uns duzentos dólares daquele montante previsto? Os pedidos de ajuda continuaram a aumentar.

Depois de aproximadamente dezoito meses, trabalhando na prática em tempo integral, pedi a alguns pacientes que escrevessem cartas referendando meu pedido de registro no Journal. O anúncio no Journal é importante, porque é uma maneira de as pessoas encontrarem um praticista, onde quer que estejam. Também ajuda a ter certeza de que se trata de um praticista que adere aos ensinamentos puros da Ciência Cristã. Contudo, é importante lembrar também muitas vezes os pacientes são pessoas que encontramos em nossos afazeres diários. A Verdade posta em prática em nossa vida, ainda que de forma modesta, é uma luz que atrai os que procuram a Verdade. Minha maravilhosa aventura de servir a Deus dessa maneira já tem quinze anos, agora. É um compromisso diário de manter no pensamento uma visão espiritual da Vida. Às vezes, é preciso uma grande luta para fazer isso. Mas também é a maior alegria que já conheci!

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