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Introdução à Bíblia

A história da crucificação e ressurreição de Jesus

Da edição de abril de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Esta história se encontra em Mateus, capítulos 26-28; Marcos, capítulos 15-16; Lucas, capítulos 22-24; João, capítulos 13-21; sendo que a ascensão é narrada também em Atos 1:1-11.

Parece incrível que um homem tão bom como Jesus pudesse ser odiado e temido. Contudo, não resta dúvida de que, apesar de todas as boas obras que ele fazia, havia muitas pessoas que lhe tinham ódio. Algumas acreditavam que o verdadeiro objetivo dele era o de proclamar-se rei ou chefe militar e libertar os judeus do domínio romano. Jesus, porém, ao curar, pregar e ensinar, não pensava nem de longe em tornar-se um líder militar.

Os sacerdotes sentiam-se ameaçados por aquilo que Jesus ensinava e pela maneira como curava. Os boatos que circulavam a respeito de Jesus chegaram a um ponto culminante em Jerusalém, na época da Páscoa. Essa era uma festa dos judeus que tivera início quando o povo de Israel estava buscando se libertar da escravidão no Egito, séculos antes de Jesus. Essa conexão com a idéia de liberdade talvez tenha levado os inimigos de Jesus a pensar que, por ocasião da Páscoa, ele tomaria alguma atitude para a libertação dos judeus.

Durante a refeição que comemorava a Páscoa, que ficou conhecida como a "última ceia", Jesus tentou falar aos doze apóstolos sobre os problemas e o sofrimento que estariam por vir. Ele disse que seria traído e que o traidor estava com eles à mesa!

Pedro, que era o discípulo mais falante, disse a Jesus que lhe seria fiel sempre, não importava o que acontecesse. Consciente, porém, da seriedade daquilo que estava para acontecer, Jesus retrucou que, antes do amanhecer do dia seguinte, Pedro o teria renegado três vezes. (Mais tarde, quando Pedro se deu conta de que realmente negara três vezes ser o discípulo de Jesus, como o Mestre havia previsto, chorou amargamente.)

A situação era grave. Os evangelhos de Marcos e de Lucas contam que, depois da refeição da Páscoa, Jesus e os discípulos foram ao jardim chamado Getsêmani, que estava sobre uma colina do outro lado do vale do Cedrom. A palavra Getsemane significa "prensa para a fabricação de óleo", talvez devido às oliveiras que havia ali, na época.

Jesus pediu a alguns dos discípulos que vigiassem, enquanto ele ia mais adiante, para orar. Ele pediu a Deus que o livrasse daquele cálice, ou seja, daquela experiência, mas também afirmou que estava disposto a fazer a vontade de Deus, e não a sua própria. Quando voltou, encontrou os discípulos dormindo! Jesus os despertou, mas eles não conseguiram permanecer acordados. Ele continuou a orar. O evangelho de Lucas diz que um anjo lhe apareceu para confortá-lo.

Pouco depois, chegaram alguns homens armados, juntamente com um servo do sumo sacerdote e Judas, um dos discípulos. Judas se adiantou para junto de Jesus e lhe deu um beijo. Esse era o sinal combinado, para os soldados saberem a quem deveriam prender. Judas, que era dos doze, traíra a Jesus em troca de trinta moedas de prata. O evangelho de Mateus relata que, mais tarde, Judas se suicidou, talvez por ter-se arrependido do que fizera.

Nessa altura, quando Jesus foi preso, todos os discípulos fugiram. Mas os evangelhos de Lucas e Mateus nos contam que Pedro seguiu os soldados a uma certa distância, para ver o que aconteceria. Primeiro, Jesus foi levado perante o Sinédrio, que era o tribunal dos líderes religiosos judeus, que julgava de acordo com as leis hebraicas. Ali, ele foi acusado de blasfêmia, ou seja, de ter dito que era igual a Deus. Esse era um crime que, conforme a lei judaica, podia ser punido com a morte. Depois, Jesus foi levado à presença de Pôncio Pilatos, o governador romano, para que a sentença fosse executada. Embora Pilatos estivesse convencido de que Jesus era inocente, decidiu atender ao desejo da multidão enfurecida, e Jesus foi pregado numa cruz de madeira.

Atualmente, a cruz é um símbolo da salvação e é usada com orgulho por muitos cristãos. Mas na época de Jesus, a morte na cruz era a mais vergonhosa possível. Houve alguns que zombaram dele.

Dois ladrões foram crucificados ao lado de Jesus. Um deles zombava de Jesus, mas o evangelho de Lucas nos conta que o outro ladrão repreendeu o que estava zombando, lembrando-lhe que, na verdade, eles dois mereciam o castigo que estavam recebendo, mas Jesus era inocente.

Muitos sabiam que Jesus era bom, mas tinham medo. Um centurião romano, que assistiu a tudo, disse: "Verdadeiramente, este homem era justo" (Lucas 23:47). Três dos evangelhos também mencionam que havia diversas mulheres, no local. Entre elas, Maria Madalena, outra mulher chamada Maria, e Salomé. O evangelho de João conta que Maria, mãe de Jesus, também estava presente, assim como "o discípulo amado" (João 19:25,26). Acredita-se que esse discípulo fosse João.

Apesar de toda essa injustiça, Jesus perdoou seus inimigos, orando a Deus: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:24).

Um homem bom, chamado José, pediu permissão para sepultar a Jesus, pois estava para começar o descanso do sábado. Ele colocou o corpo num túmulo de propriedade dele, provavelmente uma gruta escavada em uma das colinas ali perto.

Tendo passado o dia de sábado as mulheres que haviam seguido a Jesus vieram para preparar o corpo para o sepultamento definitivo. Chegando lá, porém, encontraram o túmulo aberto, pois a pedra que fechava a entrada havia sido removida e Jesus não estava mais ali dentro! Paradas ali, sem saber o que fazer, as mulheres viram dois homens com roupagens brilhantes que lhes perguntaram: "Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou" (Lucas 24:5, 6).

Daí em diante, os evangelhos falam das diversas maneiras pelas quais os seguidores de Jesus ficaram sabendo, com muita surpresa, que ele estava vivo. Um desses relatos conta que dois dos discípulos estavam andando na estrada para Emaús, uma vila não muito distante de Jerusalém. Eles estavam comentando as coisas que haviam acontecido e a notícia de que o túmulo fora encontrado vazio.

Jesus se aproximou deles, na estrada, mas eles não o reconheceram. Ele lhes perguntou por que estavam tristes e os dois lhe contaram a história toda, pensando que era algum forasteiro, pois só alguém de fora poderia ignorar tudo o que havia acontecido.

Aí Jesus lhes disse: "Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram" (Lucas 24:25). E passou a explicar-lhes as promessas contidas nas Escrituras, desde os tempos de Moisés, as quais falavam da vinda do Cristo.

Quando chegaram ao destino, Jesus fez menção de seguir adiante. Mas eles o convidaram para passar a noite na cidade. Quando se sentaram para comer, Jesus partiu o pão como havia feito muitas vezes antes, e aí eles o reconheceram. Nesse ponto ele desapareceu da vista deles, deixando-os na certeza de que haviam estado com o Jesus vivo, tanto que eles voltaram imediatamente para Jerusalém, para contar aos outros. Ao chegar lá, ficaram sabendo que Pedro também havia visto Jesus. E, na mesma hora, aconteceu que Jesus apareceu novamente aos discípulos ali reunidos. A princípio, eles ficaram atemorizados, pensando se tratar de um espírito, um fantasma, mas depois viram que era realmente o Mestre.

Para um dos discípulos, todavia, não foi fácil acreditar. Tomé ouvira os outros dizer que Jesus havia ressuscitado e que eles tinham certeza disso. Mas ele disse que só acreditaria quando visse Jesus pessoalmente e pudesse tocar as feridas no corpo dele. Pouco tempo depois, os discípulos, inclusive Tomé, viram a Jesus. Tomé pôde tocar as feridas. E Jesus lhe disse: "Não sejas incrédulo, mas crente" (João 20:27). Aí Tomé se convenceu.

Jesus ficou com os discípulos ainda por um período de tempo. O livro de Atos diz que ele ficou quarenta dias. Depois disso, aconteceu algo muito sagrado: Jesus ascendeu, ou seja, desapareceu da vista dos discípulos. Os autores dos evangelhos de Marcos e Lucas narram esse episódio no fim de seus livros; em Atos, que possivelmente foi escrito pelo mesmo autor que escreveu o evangelho de Lucas, há um relato mais detalhado do que aconteceu.

Pouco antes de ascender, Jesus disse aos discípulos que em breve receberiam poder espiritual, o Espírito Santo, e que eles deveriam espalhar por todo lugar as boas novas do amor de Deus pelo homem. Depois, foi subindo ao céu e uma nuvem o encobriu. Dois homens, ou anjos, lembraram aos discípulos o ministério de Jesus e o papel que eles tinham a desempenhar. Como o Mestre os havia instruído a permanecer em Jerusalém até receberem poder espiritual, foi para lá que eles voltaram.

Depois disso, tem início a história da Igreja cristã primitiva e do trabalho dos discípulos para difundir a mensagem do evangelho, as boas novas que Jesus trouxe ao mundo.

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