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Escrevo Este testemunho...

Da edição de abril de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Escrevo Este testemunho na esperança de que outras pessoas possam tirar proveito das idéias aqui contidas.

Fui educado num lar unido e era feliz; meus pais eram bons e eu alcançava bons resultados na escola; mantinha um bom relacionamento com os amigos e com a família. Durante a infância e a adolescência, percebi que tinha atração por pessoas de meu sexo. Essa descoberta não me levou a ter relações homossexuais, mas fez-me perder muito de minha auto-estima. Passada a adolescência, em vez de encarar a vida com esperança, passei por grande sofrimento emocional. Jamais disse uma palavra a ninguém sobre esses sentimentos, pois tinha medo, tinha vergonha e acabei por ficar desesperado.

Durante um curto período, na universidade, volvi-me à religião na qual havia sido educado, a fim de encontrar alguma resposta. No entanto, não recebi nenhum alívio verdadeiro. Sempre tive o desejo de obter a cura, embora não visse possibilidade alguma e não vislumbrasse nenhum meio de escapar àquele sofrimento.

Essa atração homossexual tinha um impacto negativo sobre todos os aspectos de minha vida e de minhas relações: aos poucos ia acreditando ser vítima de uma força má que agia em mim. Por fim, resolvi falar com meus pais a respeito desse problema e juntos decidimos que eu iria a um psiquiatra. As consultas se estenderam durante um período bastante longo. Esse tratamento produziu uma ligeira melhora, dando certo apoio. Mas o processo foi penoso e deixava sem solução os assuntos relacionados com sexualidade, identidade e auto-estima.

Mary Baker Eddy declara: "O desejo é oração; e nenhuma perda nos pode advir por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam modelados e sublimados antes de tomarem forma em palavras e ações" (Ciência e Saúde, p. 1). Eu, porém, ainda não compreendia que o desejo de obter a libertação poderia ser atendido mediante uma "renovação" espiritual do pensamento.

Então, uma pessoa da família, que era Cientista Cristã, sugeriu que eu empreendesse o estudo dessa religião. Minha resistência inicial logo se transformou em aceitação e comecei a ler a Lição Bíblica semanal. Eu sentia que esse estudo continha uma promessa, mas a homossexualidade ainda me parecia insuperável.

À medida que eu compreendia que a minha individualidade espiritual estava intacta e não maculada por pecado ou erro, ia adquirindo confiança. O amor que as pessoas de minha nova igreja manifestavam surpreendia-me, ainda que eu não conseguisse sempre gostar de mim mesmo. Levei bastante tempo para inverter, através da oração, a crença de ser um mortal que precisava de uma cura e que não podia ser curado.

Algumas afirmações de Ciência e Saúde, contudo, ajudaram-me, especialmente a seguinte: "Quando as errôneas crenças humanas se apercebem, ainda que só um pouco, de sua própria falsidade, começam a desaparecer" (p. 252). Com relação ao pecado, a Sra. Eddy escreve: "É a noção de pecado, e não uma alma pecaminosa, o que se perde" (Ibidem, p. 311). Aprender a adorar a Deus e a compreender o elo que une o homem ao seu Criador tornou-se uma aspiração constante em mim. Esse conceito melhor a respeito de adoração me permitiu vislumbrar o que é a beleza real. Eu li: "A receita para a beleza é ter menos ilusão e mais Alma..." (Ibidem, p. 247).

Paulatinamente, meus pensamentos e meus atos se transformaram, ao longo dos anos. A primeira mudança marcante originou-se no desejo de não pensar sempre em mim e de começar a amar os outros espiritualmente. Esse desejo de expressar o amor espiritual não teria surgido, se eu não tivesse compreendido melhor a identidade do homem tal como ela é descrita na Bíblia, onde o homem é apresentado como a "imagem" e a "semelhança" de Deus (ver Gênesis 1:26). Aprendi a amar todos os que apareciam na minha vida. Esse afeto espiritual se traduziu em amizades mais gratificantes e teve um impacto positivo em minha vida profissional: aos poucos, libertei-me do medo e da crença em limitações e melhorei a imagem que eu tinha de mim mesmo. Orei para discernir as puras qualidades espirituais dos outros, sabendo que, por ser Deus a fonte dessas qualidades, eu também as possuía, por reflexo.

Comecei a expressar mais gratidão, um amor mais forte e puro, uma alegria mais constante e uma solicitude mais espontânea. Consenti em abandonar a convicção de que eu tinha tido uma juventude trágica, recusei-me a ficar sempre pensando em mim mesmo e senti o desejo consciente de ver o mundo a partir do ponto de vista de que Deus é bom e Ele criou tudo.

As idéias sanadoras do livro dos Salmos constituíram grande apoio no meu esforço de compreender melhor a misericórdia de Deus. Senti-me cada vez menos atraído por homens à medida que me dei conta de que tal atração era uma tendência contrária à natureza, uma mentira da mente carnal e do sentido pessoal; não fazia parte de meus próprios pensamentos, que são reais e sustentados por Deus. Apeguei-me à promessa de "novo céu e nova terra" (Apocalipse 21:1), bem como a esta declaração em Ciência e Saúde: "A disposição de vir a ser como uma criancinha e de deixar o velho pelo novo, torna o pensamento receptivo à idéia avançada" (p. 323).

À medida que eu vivia de acordo com o bem, libertei-me das tendências homossexuais. Surgiram inúmeras amizades com mulheres, algumas de caráter sentimental. Todas essas relações foram mantidas numa base moral sadia.

Não resta vestígio algum, em minha vida, do tormento e da confusão do passado. Desejo agora encontrar uma esposa afetuosa, com um desejo profundo de constituir uma família. Sinto-me bem em sociedade e tenho inúmeras provas da afirmação de que "agora, somos filhos de Deus" (1 João 3:2). Toda essa transformação foi acontecendo ao longo de vários anos. Ela reforçou a minha resolução de praticar a cura como o fez Cristo Jesus.

Eu não poderia ter sido curado da homossexualidade sem a disposição de fazer distinção entre a irrealidade e a realidade, entre o erro e a Verdade e sem ter compreendido o caráter espiritual da minha verdadeira masculinidade.

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