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A imperfeição é ilegítima

Da edição de junho de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Com Freqüência Nos parece mais normal aceitar a imperfeição do que a perfeição, e esta mais parece uma ilusão ou um estado anormal das coisas. Mas não deveria ser assim, uma vez que a Bíblia esclarece que "Deus viu tudo quanto fizera, e eis que era muito bom." Gênesis 1:31. Todos os que adoram um Deus infinito, o bem, hão de concordar que Sua lei garante a eternidade de Seu universo, que inclui o homem. Pense nisso: o estado normal e natural da criação de Deus é o de perfeição! Segue-se daí, logicamente, que cada caso de pretensa imperfeição ou anormalidade é, na verdade, uma falsificação ou deturpação do original e, por isso, pode ser considerada ilegítima, ou seja, não passa de uma mentira sobre o que é bom e verdadeiro.

À guisa de sabedoria humana, a humanidade, entretanto, é levada a literalmente ajoelhar-se diante das pretensas leis físicas e suas limitações "desde o berço até o túmulo". Grande parte desse falho processo educacional, que promove a crença de que existam causalidade física e leis físicas, ainda permanece inquestionado por instituições de ensino, pelo governo, pela medicina, sem falar do mercado. A insidiosa proliferação da falsa crença segue, em grande parte, sem ser reconhecida. Não raro, esconde-se sob o véu do chamado "progresso" ou "estar bem informado". De tal modo que, no atual mundo da comunicação instantânea, ao lado da informação necessária vêm imagens gráficas ou extensas descrições de doenças e deterioração, que são constantemente transmitidas a audiências do mundo inteiro.

Na segunda metade do século XIX, a Sra. Eddy percebeu o papel que a mídia dos seus dias desempenhava na disseminação de quadros de doença e desastres, para o gênero humano em geral. Em seu livro Ciência e Saúde, escreveu a esse respeito: "A imprensa propaga inconscientemente muita tristeza e doença entre a família humana. Fá-lo dando nome às doenças e publicando longas descrições que refletem nitidamente, no pensamento, imagens de doenças. Um nome novo dado a uma doença afeta o público, tal como um nome parisiense dado a um novo traje. Todos se apressam em possuí-lo. Uma doença descrita minuciosamente custa a muito homem o bem-estar de seus dias terrenos. Que preço pelo conhecimento humano!" Ciência e Saúde, pp. 196–197.

Pense nisso: o estado normal e natural da criação de Deus é o de perfeição!

É de se perguntar, já que grande parte do conhecimento humano parece, na verdade, prejudicial à saúde ou ao bem-estar da gente, o que há nele que atrai tanto, que exerce uma atração quase mesmérica? Não será a esmagadora crença básica de que a matéria — tudo o que é material — é o real e substancial? A matéria é considerada a causa básica, ou fonte, de nosso próprio ser, nossa mente, nossa saúde, nosso prazer. Enquanto isso, o Espírito com tudo o que é considerado espiritual é visto como intangível ou irreal. A Ciência Cristã, com autoridade bíblica e provas palpáveis, ensina exatamente o oposto!

A Bíblia claramente descreve a Deus, o Espírito, como a única causa, o único Criador. Tudo o que faz parte da criação de Deus, inclusive o homem, é, sempre foi e sempre será espiritual, o efeito perfeito da causa única, auto-existente e primária. Segue-se daí que a matéria, e tudo o que é considerado mortal e material, é o irreal ou temporal. Cristo Jesus ensinou: "Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." João 4:24. À medida que nos dispomos a persistentemente adorar e louvar a Deus, Espírito, como a única causa, nessa medida somos libertados do medo de que a matéria ou qualquer condição ou lei dita material possa afetar nossa saúde e nosso bem-estar.

Vemos aí a importância de estar constantemente alertas em manter o pensamento preenchido com a verdade absoluta de que Deus é Espírito infinito e o homem Sua infinita idéia ou reflexo, posto que o que é mantido na consciência determina diretamente nossa experiência. A Sra. Eddy adverte: "Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizado no corpo, tu te governas harmoniosamente." Ciência e Saúde, p. 392.

Há alguns anos passei por uma experiência que me despertou para a necessidade de estar alerta a descartar da consciência o pseudo conhecimento humano sobre a saúde e o bem-estar.

Em certa época os meios de comunicação começaram a dar atenção, em nível nacional, à questão dos problemas de pele e de tumores; lembro-me de ter ficado incomodado com a cobertura, no meu entender, demasiadamente entusiástica do assunto. Poucas semanas depois, fiquei novamente perturbado ao descobrir a presença de um pequeno caroço numa pálpebra. Como não era visível quando o olho estava aberto e não me incomodava, eu mais ou menos ignorei o problema durante um período que se estendeu por vários anos.

Mais recentemente, ao perceber que o caroço estava aumentando, dei-me conta de que precisava agir. Iniciei um tratamento pela Ciência Cristã. A oração se concentrou na necessidade de expurgar da minha consciência toda e qualquer crença, ou pseudo conhecimento humano, relacionada com tumores ou algum tipo de doença de pele e suas supostas causas. Raciocinei que, uma vez que a Mente divina, Deus, é a única origem de todo verdadeiro conhecimento ou compreensão, e ainda, que o homem é resultado ou expressão dessa inteligência infinita, na verdade, o único crescimento que o homem poderia experimentar é espiritual, não material. Junto com essa inspiração, veio a forte convicção de que em não havendo nenhuma lei que apóie a ilegitimidade, também não pode haver nenhuma lei apoiando algum crescimento anormal!

Com essa firme convicção, toda preocupação e temor desapareceram. Na manhã seguinte, senti uma leve irritação na pálpebra; ao passar a mão, percebi o caroço cair e não ficou marca alguma. Conquanto essa experiência tenha me alegrado pelo poder da oração científica na Ciência Cristã, por outro lado levantou uma questão sobre o que realmente ocorrera. Percebi que precisava lidar com firmeza com a minha irritação quanto às agressivas descrições feitas ao público sobre a questão dos tumores como algo que afete uma certa parcela da população. Ao sentir-me incomodado, em lugar de tratar cientificamente essas pretensões mortais de desarmonia e moléstia, distraidamente lhes dei validade em meu pensamento em vez de denunciá-las e destruí-las, desde o começo, como meras crenças falsas e materiais acerca do homem, que é criado à imagem e semelhança de Deus, o Espírito. Um versículo bíblico que eu conhecia assumiu um novo significado para mim: "Como imagina em sua alma, assim ele é." Prov. 23:7.

Torna-se cada vez mais óbvio que a matéria, chame-se de corpo mortal ou monte de barro, não tem absolutamente nenhuma inteligência, nenhuma capacidade de pensar e sentir a desarmonia, ou a harmonia. Só o medo ou a falsa educação pretendem nos fazer crer que a matéria tenha poder. Por isso reconhecemos cada vez mais a importância de submeter-nos ao governo da Mente divina sobre tudo e, desse modo, controlar o pensamento consciente e o inconsciente, baseados na harmonia e na perfeição, pois só essa ação determina nossa experiência individual.

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