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A totalidade de Deus — ponto de partida importante para a cura

Da edição de agosto de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Há Séculos, Pessoas de todo o mundo têm tido o desejo de conhecer e entender a Verdade. Essa busca pela realidade fundamental das coisas tomou muitas formas e produziu uma vasta gama de religiões, filosofias e teorias de vida. A despeito da diversidade de crenças, há vários elementos que são comuns a muitas religiões atuais.

Um desses elementos comuns é o ensinamento da existência de um único Ser Supremo, perfeito e auto-existente. Porém, um problema que os pensadores religiosos enfrentam, desde tempos imemoráveis, é como conciliar o conceito de uma Deidade totalmente boa e Todo-poderosa com os aparentes sofrimentos e desastres observados na vida diária. Alguns afirmam que, sendo Deus Tudo, Ele deve ser o responsável por todo o mal, tanto quanto é responsável por todo o bem, e que isso explica a existência do ódio, do sofrimento e da morte. Infelizmente, essa crença não preserva o conceito de Deus como sendo totalmente bom. Outros acreditam que há um poder separado de Deus, chamado Satanás, diabo, sacrifica-se a idéia de que Deus é Todo-poderoso. Outro ponto de vista é que Deus, mesmo sendo totalmente bom e Todo-poderoso, não se intromete em Sua criação, a ponto de deixar que ela se deteriore e, por fim, se destrua.

O denominador comum a todos esses pontos de vista é a admissão de que as experiências dolorosas da existência humana sejam reais e substanciais. Se são reais devem, de algum modo, estar conciliadas com a natureza de Deus, ainda que fazer isso comprometa a grandiosidade, a totalidade e a perfeição de Deus.

A Sra. Eddy enfrentou as mesmas dúvidas. Mas, através da revelação e do reciocínio espiritual, foi conduzida a uma conclusão notavelmente diferente. Em vez de partir das aparências, ela raciocinou partindo dos fundamentos dados na Bíblia. Esta declara ser Deus o único Criador. Afirma que Ele é Espírito, Todo-poderoso, eterno, bom e que Ele criou o homem à Sua própria imagem. Raciocinando a partir dessas premissas, a Sra. Eddy foi levada a concluir que o homem e o universo devem ser espirituais, eternamente bons, expressando a natureza de seu Criador. Ela compreendeu que, na totalidade de Deus, não há lugar para outro poder, outro criador, outra criação, nem para o estabelecimento da imperfeição, pecado ou mortalidade.

Como, então, se explicam os males que tão obviamente atormentam a humanidade? Em vez de atribuí-los a Deus, a Sra. Eddy, corajosamente, afirmou que esses males não precisam ser aceitos, mas podem e devem ser destruídos pela negação de sua suposta legitimidade e pela compreensão da totalidade e bondade de Deus. Em vez de ceder à tentação de acreditar que o mal tenha uma origem verdadeira, sancionada por Deus, ela se apoiou, fervorosamente, em seu conceito puro de Deus como o revela a Bíblia e negou a validade de tudo o que é diferente dEle. Em uma obra intitulada Não e Sim, ela escreveu: "Baseada na teoria que as formações de Deus são espirituais, harmoniosas e eternas, e que Deus é o único criador, a Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss) refuta a validade do testemunho dos sentidos, os quais tomam conhecimento de seus próprios fenômenos — doença, moléstia e morte." Não e Sim, p. 6. Que rompimento radical com o modo de pensar tradicional!

Mas, uma idéia nova que não possa ser comprovada é somente uma curiosidade de cunho intelectual, não importa quão atraente ela possa ser. Seguindo o exemplo de Cristo Jesus, a Sra. Eddy demonstrou, através da aplicação no trabalho de cura, a validade das verdades que ela expôs. Se a doença fizesse parte da criação de Deus, se existisse com a permissão dEle ou fosse apoiada por poderes fora de Seu controle, ela não seria passível de tratamento pela oração. Assim, a descoberta da Sra. Eddy, de que a perfeição de Deus exclui toda possibilidade de mal, foi essencial para que ela restabelecesse a cura cristã na era moderna.

Pode ser difícil resistir à tentação de "explicar" o mal, quando ele aparece na experiência de alguém. É raro o estudante de Ciência Cristã que não tenha lutado com o impulso de tentar descobrir a causa de uma doença ou a origem de algum problema na vida pessoal ou nas ocorrências mundiais. Uma vez, Jesus foi interrogado quanto à causa de um problema congénito. Tendo encontrado um cego de nascença, os discípulos perguntaram a opinião do Mestre acerca da origem dessa calamidade. Fora o pecado do homem ou de seus pais, a causa da cegueira? Em vez de levar em consideração essas sugestões, Jesus pôs fim à especulação, declarando: "Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus." João 9:3. E curou o homem.

Precisamos cultivar a mesma vigilância que Jesus expressava. Você nunca se ouviu dizendo: "Sei que Deus é o bem Tòdo-poderoso, mas ..."? Por certo, nenhuma declaração racional pode se seguir, nessa frase, a menos que descartemos primeiro o começo da sentença. Isso é justamente o que não devemos fazer. Nossa única alternativa, então, é descartar a segunda parte. Deus é o Criador único, perfeito, todo-amoroso, sempre-presente. A totalidade de Deus não permite nenhuma legitimidade — nenhuma existência — para o que for diferente dEle. Esse ponto de partida é fundamental para nossa compreensão de Deus e para o êxito de nosso trabalho de cura.

Certamente, as aparentes obras do mal não podem simplesmente ser ignoradas, tanto para o nosso bem-estar quanto para o de qualquer outra pessoa. Precisamos estar alerta para a natureza do pecado e para a forma pela qual o mal parece agir. Quando, porém, começamos nossas orações de um ponto de vista humano, considerando a doença ou a injustiça como algo tangível e real, que precisa ser vencido de algum modo, apelando a uma divindade que o permitiu, invalidamos nossos esforços desde o início. O conceito limitado de onipotência do bem, evidente nesse ponto de vista, não é apoio adequado para a cura espiritual.

Ao contrário, começar com um firme reconhecimento da onipotência e onipresença de Deus, todo-amoroso, e da impossibilidade de que algo diferente dEle possa estar presente ou ter poder, o sanador se arma para vencer o mal. Esse ponto de partida mental não está de está de acordo com o testemunho dos sentidos, mas é justamente por essa razão que é tão vital para a cura.

O costume geral de raciocinar a partir dos males que aparecem e recorrer a Deus, deixou à humanidade um conceito limitado da Deidade. Muita gente tem, em conseqüência disso, um conceito de Deus que reflete as imperfeições do mundo visível. Por outro lado, raciocinar a partir de Deus, conforme a Ciência Cristã ensina, é a diferença crucial em relação à maneira geral de pensar, na atualidade. Os cristãos precisam, hoje, afastar-se do modo de pensar convencional, se pretendem continuar a obra cristã de vencer o mal através da oração consagrada.

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