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O poder da oração diante do crime

Da edição de agosto de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando ocorre um crime, podemos vencer a sensação de desamparo. No relato a seguir, que foi irradiado na edição radiofônica alemã do O Arauto da Ciência Cristã, Rita Klintwort de Almeida, de Blumenau, Santa Catarina, Brasil, nos conta como ela sentiu o poder da oração, beneficiando assim a si mesma e ao ambiente ao seu redor.

Há aproximadamente vinte anos, tive a oportunidade de participar de uma palestra feita por um Cientista Cristão experiente. Ele era de Boston e estava em visita ao Brasil. No final da palestra podiámos fazer perguntas. Perguntei: "O que é que Deus vê? Ele vê o mal?" Eu nascera em uma casa onde, quando havia problemas, recorríamos à Bíblia. Muito do que nela constava eu não compreendia e vários textos pereciam-me contraditórios. No evangelho de Mateus, por exemplo lemos: "Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai." Mateus 10:29. Deus parece saber e consentir na queda do passarinho. E eu amo os pássaros! Mas também lemos em Habacuque: "Tu és tão puro de olhos que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar." Habacuque 1:13. A explicação que o palestrante nos deu a respeito me satisfez, elevou meu pensar e me ajudou em minha vida.

Como recordo, ele respondeu assim: "Você tem um filho e ele está dormindo. De repente, ele se joga de um lado para o outro, sonhando que está sendo perseguido por um animal selvagem. Você não pode entrar no pesadelo dele, que é apenas ilusão, tomar um bastão e afugentar o animal. Mas o que você pode fazer, com seu amor pela criança, é sentar-se junto a ela, acordá-la e mostrar-lhe que em realidade nada aconteceu, que seu susto, medo e dor em nenhum momento foram realidade nem verdade. Assim Deus só vê aquilo que é verdadeiro, aquilo que em verdade aconteceu, ou seja, paz, calma, harmonia.

Uma experiência que hoje desejo contar tem muito a ver com essa explicação. Há uns nove anos, enquanto estávamos passando alguns dias de férias na praia, em Gravatá, nossa casa foi assaltada. Todas as jóias, dinheiro e objetos de valor foram roubados. Foi um grande choque para mim, não só pelo valor dessas jóias, mas por se tratar de objetos que eu herdara de meus antepassados, a quem eu muito amava. Tomamos todas as providências necessárias e informamos a Delegacia. De início, tínhamos alguma esperança na polícia, mas logo percebemos que esse caminho não daria em nada.

Meus pensamentos pendiam entre esperança e decepção, compreensão e tristeza. O que mais me aborrecia, é que tudo apontava para alguns jovens de nosso bairro, que constantemente passavam em frente de nossa casa. Essa dor talvez tenha sido meu pior inimgo. Orava a Deus diariamente, várias horas, e às vezes eu acreditava que havia vencido o ódio e a tristeza que sentia. Mas quando eu me vestia para sair e desejava usar alguma jóia, lá estava a dor sobre a perda novamente. Portanto, eu não estava curada.

Mais de três anos passaram. Então, uma noite, ao ir para a cama, veio-me o pensamento de orar especificamente sobre meu bairro. Eu me perguntei: "O que é que Deus vê? Ele conhece meu problema ou não?" Recordei a explicação que ouvira tantos anos antes, isto é, a do sonho. Uma grande calma me sobreveio. Fiquei atenta, esperando uma resposta. Então uma frase bíblica do Gênesis me veio: "A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas." Gênesis 1:2. Compreendi que, onde parecia haver deserto, vazio e trevas, o Espírito de Deus lá estava e era Tudo-emtudo. portanto, não havia deserto, não havia vazio.

Melhor escreve sobre isso Mary Baker Eddy em Ciência a Saúde, onde ela diz: "No universo da Verdade a matéria é desconhecida. Nenhuma suposição de erro aí penetra. A Ciência divina, a Palavra de Deus, diz às trevas sobre a face do erro: 'Deus é Tudo-em-tudo', e a luz do Amor sempre presente ilumina o universo. Daí a maravilha eterna — que o espaço infinito é povoado com as idéias de Deus, que O refletem em incontáveis formas espirituais." Ciência e Saúde, P. 503. Então houve luz! Minha consciência foi tão iluminada, que eu via todo o meu bairro resplandecer. Nele só havia perfeição. Nele não havia nenhuma desonestidade, nenhuma mentira, somente Deus e Sua totalidade, sem mácula terrena. Só existia integridade, pureza ternura infinita, eterna. Eu amava tudo, até cada haste de erva. Adormeci como embalada no Amor divino.

Ao olhar de manhã pela janela de meu quarto, chamou-me a atenção um saquinho plástico sobre o gramado. Admirei-me de nossos cachorros ainda não o haverem descoberto. Mais tarde, quando fui ao jardim, lembrei-me novamente do pacotinho. Ao abri-lo, vi cintilarem algumas das jóias que eu pensara nanca mais rever.

Caí joelhos, em gratidão e remorso por nem sempre haver visto com os olhos de Deus, como Deus vê — Deus perfeito e homem perfeito. Agradeço a Deus de todo o coração pelos ensinamentos da Ciência Cristã, que nos guiam a ter os olhos de Deus, onde Deus, o Pai, só pode ver o bem, porque Ele só criou o bem.

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