Alguns Anos Atrás, comecei a sentir que, no emprego, minha capacidade profissional não estava sendo utilizada como deveria. Fiz várias tentativas para corrigir essa situação, mas foi inútil. Esse aparente entrave ao meu progresso logo transformou-se em total ressentimento para com alguns colegas de trabalho. Sentindo-me justificado nessa maneira de pensar, não achei necessário orar a esse respeito.
Certo dia, porém, depois de ter trabalhado durante várias horas no quintal de minha casa, senti dor ao me erguer. Logo notei que eu não conseguia ficar em pé. Então, certa manhã, não consegui absolutamente ficar em pé, devido à intensa dor, e isso fez-me voltar para a cama.
Após orar por alguns dias para resolver esse problema, e não encontrando alívio, telefonei para uma praticista da Christian Science e solicitei tratamento através da oração. Ela ressaltou que eu estava me apoiando no ressentimento em vez de apoiar-me na verdade de Deus mas, a princípio, não levei a sério seus comentários. De fato, porém, eu estava usando o ressentimento como apoio, e certamente o ressentimento não proporciona apoio nenhum, e isso era algo que eu literalmente estava constatando.
Passaram-se algumas semanas. Certo dia, veio-me o pensamento imperioso de levantar-me e ficar em pé, e foi o que fiz. Mas, quando tentei chegar até a janela, estatelei-me no chão. Consegui arrastar-me de volta para a cama, e parecia que eu não estava nem um pouco melhor. Passei os dias seguintes orando para descobrir o que estava retardando minha cura. Compreendi que eu havia confiado na ordem de Deus de levantar-me, mas não na ordem de andar.
Naquele que veio a ser o último contato com a praticista a respeito desse desafio, telefonei para dizer-lhe o que havia acontecido. Ela energicamente insistiu que eu começasse a apoiar-me em Deus! Dessa vez, foi o que fiz. Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, indica o que eu precisava fazer: “Elevate na força do Espírito para resistir a tudo o que é dessemelhante do bem” (p. 393). Pensei muito sobre o relato do homem coxo, em Atos (ver Atos 3:1–8), que não somente andou mas deu um salto, depois que Pedro orou por ele. Já havia lido essa história centenas de vezes, mas nesse momento eu realmente pensei sobre ela. Tive de ver a mim mesmo como o filho perfeito de um Deus perfeito, o qual, portanto, não é dependente de músculos e ossos para ficar em pé. Ciência e Saúde insiste: “Contradize mentalmente toda queixa do corpo, e eleva-te à verdadeira consciência da Vida como Amor — como tudo quanto é puro e produz os frutos do Espírito” (p. 391). Comecei a me concentrar mais no empenho de obedecer a esse conselho. A primeira parte dessa afirmação, eu a apliquei ao problema físico, e a segunda à minha necessidade premente e mais importante, que eu agora percebia, de realmente eliminar o ressentimento contra aqueles que, a meu ver, estavam impedindo meu progresso.
Dentro de dois meses retornei ao trabalho. Alguns dias depois, sem perceber, deixei junto à porta do quarto o aparelho que eu utilizara como apoio para andar e continuei com minhas atividades, sem necessidade de usá-lo novamente. Eu estava completamente curado. O profundo descontentamento que havia sentido com relação aos meus colegas de trabalho desvanecera-se, e eu sentia mais apreço pelo lugar que cada um de nós ocupa. Sou muito grato por isso e pelas tarefas cada vez mais difíceis e mais satisfatórias que agora me são atribuídas.
Quincy, Massachusetts, E. U. A.
 
    
