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INTRODUÇÃO À BÍBLIA

Abraão: uma bênção para muita gente

Da edição de fevereiro de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


Muito tempo antes de Jesus, aliás, muito tempo antes de Moisés houve um homem chamado Abrão, mais tarde conhecido como Abraão. Os padrões morais elevados de Abraão e sua grande compreensão espiritual foram a base do entendimento que muitos povos tiveram, mais tarde, acerca de Deus. De certa maneira, poderíamos dizer que Abraão abriu o caminho para Moisés e para Jesus, preparando o pensamento do povo para receber esses ensinamentos.

Abrão (nome com que ele era conhecido originalmente) cresceu em Ur, uma localidade perto do rio Eufrates, na região do Golfo Pérsico, no que hoje é o Iraque. O povo que aí vivia nessa época se chamava caldeu e essa gente adorava a muitos deuses. Mas Abrão acreditava em um Deus único. Imagine como deve ter sido forte a fé que ele tinha, a ponto de não se deixar influenciar pela gente que o rodeava e que pensava de outra maneira!

Abrão viveu há cerca de quatro mil anos. Embora algumas das experiências atrbuídas a Abraão talvez sejam dos membros de sua tribo, Abraão de fato existiu. Você vai encontrar muitas referências a ele nos capítulos de 11 a 25 no livro de Gênesis, na Bíblia.

Abrão mudou-se com seu pai, Terá, de Ur para Harã, na Mesopotâmia. Nesse lugar aconteceu algo importante. Deus falou com Abrão e prometeu que ele se tornaria pai de uma grande nação, e que isso seria uma bênção. Então Deus disse a Abrão que se mudasse para uma terra que Deus lhe mostraria. Ora, Abrão tinha setenta e cinco anos nessa época. Ele estava no ponto em que muita gente, hoje em dia, já estaria aposentada. Talvez tenha ficado surpreso quando Deus lhe disse que teria de mudar-se novamente. Além disso, ele não sabia muito bem para onde deveria ir!

Mas Abrão não hesitou em obedecer. Levou Sarai, sua mulher, e Ló, seu sobrinho, com tudo o que lhes pertencia e com todo o seu rebanho, e foram para Siquém, na terra de Canaã. Aí Deus prometeu dar essa terra aos descendentes de Abrão. A seguir, Abrão, sua mulher e Ló foram a Betel, depois rumaram para o sul, para o Egito, e finalmente voltaram a Betel. Nesse lugar, porém, muitas vezes os pastores de Abrão e de Ló brigavam por causa das melhores terras e dos melhores poços de onde tirar água.

Como Abrão era tio de Ló, ele tinha direito de reclamar as terras como suas. Mas, em vez de fazer uso desse direito, fez uma coisa que de novo denotou sua grande confiança em Deus. Abrão disse a Ló que escolhesse a parte que quisesse dessas terras, e ele, Abrão, rumaria em outra direção. Ló escolheu a área fértil ao longo do rio Jordão, na direção de Sodoma, enquanto Abrão foi para o outro lado.

Nessa situação, a confiança que Abrão teve em Deus o fez agir como pacificador. Ele deve ter sabido que podia ser generoso, e não perderia nada de bom. Depois que Ló partiu, Deus disse a Abrão: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre." (Génesis 13: 14,15)

Mais tarde, quando Abrão estava orando, Deus também lhe prometeu que ele teria um filho, apesar de sua mulher, Sarai, nunca haver podido ter filhos. Aliás, Deus disse a Abrão que haveria tantas gerações de sua família, que ele nem sequer poderia contá-las!

Mas antes de nascer o filho que Deus lhe prometera, Sarai persuadiu Abrão a ter um filho com sua serva, Hagar. O filho de Hagar recebeu o nome de Ismael e quando cresceu se tornou pai de uma nação. Mas Ismael não era o filho do qual Deus havia falado. Aí, quando Abrão tinha noventa e nove anos, Deus renovou Sua promessa e lhe deu um novo nome: Abraão. Deus prometeu de novo que Sara (que também recebeu um novo nome), teria um filho. De início, tanto Abraão quanto Sara não acreditaram muito, mas Sara deu à luz um menino. E Abraão pôs o nome de Isaque em seu filho, exatamente como Deus lhe havia ordenado.

Mais tarde, Abraão teve uma experiência muito importante com Isaque. Havia gente, na região, que acreditava que era necessário fazer sacrifícios a fim de agradar a Deus, até mesmo o de sacrificar o primogénito de uma família. Talvez seja por isso que Abraão achou que Deus queria que ele sacrificasse Isaque, o primeiro filho que tivera com Sara. Ele partiu com Isaque, e levou vários dias para chegar ao local onde deveria realizar o sacrifício.

Quando chegaram ao local, Isaque perguntou onde estava o cordeiro que eles iam sacrificar, ao que Abraão respondeu: "Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto." (Génesis 22:8) E por certo, justamente quando Abraão estava para sacrificar Isaque, Deus o chamou e o fez parar. Abraão levantou os olhos e viu um carneiro, preso entre os arbustos. Abraão e Isaque ofereceram esse carneiro em holocausto.

Uma das lições de maior alcance, nessa experiência, é que Deus não requer sacrifício humano. Através dos anos, Abraão comprovou que era válida sua confiança em Deus e sua perfeita obediência a Ele. Abraão estivera disposto até a sacrificar o próprio filho, se fosse isso o que Deus quisesse. Mas, é claro, Deus não queria que Isaque morresse. Deus ficou satisfeito com Abraão, por viver ele uma vida de fé, e o impediu de se prejudicar ou de ferir seu filho. Compreender isso, ou seja, que Deus queria a obediência do povo, e não sacrifício humano, ajudou a mudar a maneira de as gerações posteriores adorarem a Deus.

Finalmente, Abraão ajudou Isaque a encontrar uma esposa, Rebeca. Então, depois de uma vida longa e frutífera, Abraão morreu. Mais tarde, Rebeca teve gémeos — Esaú e Jacó. Quando Jacó cresceu, casou-se com Raquel, com a qual teve um filho, José. A história de Jacó e a de José estão também relatadas no Génesis. Você as encontrará no Arauto do mês que vem.

Muitas figuras importantes da Bíblia são descendentes de Abraão. E muitas religiões derivam dele. Abraão é a pedra angular, ou o pai, da religião judaica, por exemplo. Ele também é um importante líder espiritual para os cristãos e os muçulmanos.

Tanto antes como depois de sua morte, Abraão foi amplamente respeitado, porque confiava em Deus com alegria. O próprio Jesus se referiu à profunda espiritualidade de Abraão quando, falando com um grupo de judeus, disse: "Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijouse." (João 8: 56) Pensador adiantado para sua época, Abraão afinal foi, como Deus prometera "pai de muitas nações" e uma bênção para muita gente.

1. Faça um círculo ao redor da cidade de Ur, onde Abraão cresceu.

2. Trace uma linha ondulada sob o nome do rio que corre junto a Ur.

3. Terá, Abrão, Sarai e Ló saíram de Ur, com todos os seus pertences, e foram para a terra de Canaã. Rumaram para o noroeste, bordeando o Rio Eufrates. Depois foram rumo ao norte, para Harã. Escreva a letra X ao lado de Harã.

4. Abrão e seu povo viajaram de Harã a Siquém, em Canaã. Depois foram para o sul, para a zona montanhosa. Desenhe umas montanhas ou colinas entre Siquém e Jerusalém, para mostrar onde está situada a área montanhosa de Betel.

5. Abrão e seu povo continuaram a rumar para o sul, através de Canaã, em direção às pastagens de Neguebe. Na linha pontilhada, escreva N E G U E B E.

6. Na zonha montanhosa de Betel, Ló decidiu ir para o leste com suas tendas e rebanhos, enquanto que Abrão se mudou para o sul, para Hebrom. Faça um retângulo ao redor de Hebrom.

7. Anos mais tarde, Abraão, Sara e seu povo se estabeleceram de novo na região do Neguebe. Escreva a palavra Berseba no espaço em branco ao lado da flecha. Foi aí que Isaque cresceu.

8. Abraão enviou seu servo rumo ao norte para encontrar esposa para Isaque. O servo voltou trazendo Rebeca. Escreva um R ao lado do X, perto de Harã, o lugar de onde veio Rebeca.

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