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Quando eu saltei de um rochedo

Da edição de fevereiro de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


Num programa radiofônico levado ao ar há pouco tempo por ondas curtas, Rafael Oliveira Goebel, estudante do ciclo secundário e membro da equipe de remo do Clube Botafogo, no Rio de Janeiro, contou ao Arauto as idéias com que orou, quando se encontrou numa situação difícil, numa praia rochosa, com alguns amigos. A experiência mostra que Deus sempre responde à oração, de uma maneira inconfundível.

Quando eu viajei nas férias, há uns dois anos, fui com uns amigos a Ponta Negra. Um dia, não tínhamos nenhum programa para fazer, e decidimos passear sobre as pedras ao final da praia, indo até onde fosse possível. Os rochedos eram íngremes e em alguns pontos o mar batia violentamente e penetrava entre eles. Quando chegamos a um ponto onde não se podia mais continuar, decidimos voltar.

Num dado momento, a rocha em que eu estava me segurando com uma mão quebrou, e tive de voltar bem depressa à posição em que estivera antes. Todos os meus amigos já haviam passado adiante, só faltava eu.

A única solução era eu saltar. Do outro lado a superfície era muito íngreme, um lugar muito difícil. Fiquei receoso de pular e depois cair para trás. O espaço que eu tinha de saltar para chegar à rocha do outro lado era considerável e as ondas batiam com força, lá em baixo. Parecia que eu não tinha como sair dali. Foi então que eu pensei em orar.

Um dos meus amigos também era Cientista Cristão, e pedi para ele me ajudar por meio da oração, como nós dois havíamos aprendido na Escola Dominical da Christian Science. Ele me falou na parábola em que Cristo Jesus conta sobre os servos a quem o patrão confiou talentos, a moeda daquela época, para que os empregassem e os fizessem render, durante sua ausência. E o patrão ficou receoso com o servo que ficou receoso e não fez nada, não empregou seu talento. (Ver Mateus 25: 14-23)

Isso me fez pensar que eu podia empregar os talentos que eu tinha. Um deles, pensei, era que eu tinha a aptidão para dar esse salto. Resolvi que enquanto eu não sentisse total confiança, eu não iria pular. E eu demorei um pouco em ter essa confiança, demorei uns quarenta minutos. Fiquei pensando em Deus, orando, não para ter valentia, mas para sentir a calma que a presença de Deus nos dá.

Pouco a pouco, fui tomando consciência de que Deus está em toda parte, e que eu não podia dar nenhum passo fora de Sua presença. Eu jamais poderia estar separado de Deus. Eu não podia cair para fora da totalidade de Deus. Fiquei ali, pensando nessas idéias.

Também pensei em Daniel na cova dos leões. Deus lhe havia dado coragem e fornecido os meios para que ele ficasse em segurança. E eu entendi que, da mesma forma em que Daniel fora imediatamente protegido dos leões, eu também seria protegido naquele momento.

Quando me senti totalmente calmo e confiante, então eu disse aos meus companheiros que eu já estava pronto para pular. Pulei sobre o abismo com um salto muito bom. O resto da caminhada eu consegui fazer sem maiores dificuldades.

Não é que eu tenha ouvido uma voz que me mandou saltar naquele momento. Mas foi quando eu adquiri a noção da onipresença de Deus, aí brotou dentro de mim uma confiança que me veio do fundo do coração. Eu senti, nesse momento, que era assim que Deus estava me guiando. Aí eu consegui, de fato, usar meu talento, apoiando-me em Deus. E aprendi que Deus sempre atende nossas orações.

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