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Matéria de capa

A cura por meio da oração: respostas a 7 perguntas

Da edição de novembro de 2002 dO Arauto da Ciência Cristã


O que faz exatamente uma pessoa que cura por meios espirituais? Perguntamos a alguns sanadores espirituais da Christian Science, que vivem nos Estados Unidos, como encaram seu trabalho. Apresentamos abaixo as respostas de de Evanston, no estado de Illinois; de Dallas, no estado do Texas; de La Jolla, estado da Califórnia; e de Kennewick, estado de Washington.

O que fez com que você quisesse curar por meios espirituais?

Howard Johnson: Fui curado de tuberculose e fiquei tão impressionado com a cura que desejava que todos tivessem acesso ao livro Ciência e Saúde. Naquele ano, distribuí 30 exemplares do livro. Algumas das pessoas que o receberam, telefonaram-me pedindo ajuda por meio da oração. Quando você vê esse livro-texto curar e mudar a vida das pessoas, não consegue deixar de estudá-lo mais e de querer ajudar os outros. Não dá para ser diferente.

Lois Carlson: Minha primeira oportunidade de orar para alguém surgiu quando eu estava na faculdade. As minhas colegas de quarto não estavam conseguindo a ajuda de que necessitavam para se livrarem das drogas e de tendências suicidas. A administradora da ala feminina do campus tinha conhecimento de duas curas nas quais eu havia ajudado e encorajou-me a considerar a prática da cura como uma opção de carreira. Eu desejava fazer carreira no governo, mas as pessoas continuavam me pedindo ajuda. Durante dois anos, trabalhei algumas horas na prática da cura, ao mesmo tempo em que também trabalhava na prefeitura. Mas, finalmente, a cura passou a exigir toda a minha atenção. Quanto mais eu trabalho nessa atividade, mais aumenta o meu amor por ela.

John Hueffner: Durante toda a minha vida, sempre fui um bom amigo das pessoas, um confidente. Eu sempre senti muita vontade de ajudar as pessoas, e procurava fazer o possível para isso, aconselhando humanamente e oferecendo uma bondade humana. À medida que eu e meus amigos crescíamos, também crescia a natureza dos problemas que encontrávamos. Era evidente que minhas sugestões e meus conselhos simplesmente não estavam surtindo efeito. As situações e os problemas necessitavam de perspectivas e soluções espirituais e percebi claramente que, se desejasse ajudar qualquer pessoa, eu precisaria abandonar a minha perspectiva limitada e me voltar para Deus! Isso me levou a trilhar o caminho para me tornar um sanador espiritual, um praticista da Christian Science.

Quando você vê esse livro-texto curar e mudar a vida das pessoas, não consegue deixar de estudá-lo.

O que um praticista da Christian Science faz realmente?

John: Os praticistas oram. A oração não tem uma forma geral e vaga. Não oramos por uma coisa material. A oração é um tratamento espiritual específico, que consiste em nos recusarmos a ver o paciente de qualquer outra forma que não seja através das lentes do Espírito, ou seja, maneira como Deus vê e conhece a todos nós. Isso significa ter em nós “a mesma mente que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5). É essa Mente, que é Deus, que sempre curou e está curando hoje.

Cheryl Petersen: O praticista se esforça para saber da mesma forma como a Mente divina sabe. O praticista não raciocina com pensamentos baseados em experiência ou opiniões pessoais (que podem ser inflexíveis muitas vezes). Assim, eu me empenho em abrir o meu pensamento para uma maneira mais elevada de fazer as coisas, de saber o que está acontecendo, de ver à maneira de Deus, conforme demonstrado por Cristo Jesus. Abrir meu pensamento para o que Deus já fez e continua a fazer. Levar uma vida justa e expressar um amor honesto.

Lois: É preciso expressar o mesmo amor que Jesus tinha pelas pessoas que vinham a ele em busca de ajuda. Eu me esforço para estabelecer, em meu próprio pensamento, a convicção de que o relacionamento do paciente com Deus continua inalterado, e que, portanto, o problema não tem nenhum fundamento na realidade.

A discórdia na vida é um erro que necessita ser corrigido por meio de uma compreensão da verdade de Deus. Alguém disse que a única maneira de um erro continuar a existir, é alguém concordar em acreditar nele. Uma pessoa que cura com base na Christian Science assemelha-se a um muro de tijolos, contra o qual os problemas se despedaçam.

Compreender a Deus ajuda, tanto o praticista quanto o paciente, a fazer a separação entre o problema e a pessoa. Dá ao paciente uma noção de valor mais espiritual. Desse modo, a discórdia desaparece.

Howard: Um praticista ora para reconhecer a evidência do relacionamento da pessoa (que lhe pediu ajuda) com Deus, como filha perfeita dEle. Esse relacionamento está baseado na lei espiritual, que elimina do pensamento o pecado e a doença. Um ponto fundamental na prática é amar ao próximo como a nós mesmos. Os praticistas esforçam-se para expressar esse amor, reconhecendo a si mesmos e a seus pacientes, como idéias completas e perfeitas de Deus na Ciência do Cristo, testemunhando, dessa maneira, a cura.

Eu me empenho em abrir o meu pensamento para o que Deus já fez e continua a fazer.

Durante quanto tempo você ora para cada pessoa que lhe pede ajuda?

Lois: Oro o tempo necessário para eu alcançar uma convicção, em meu próprio pensamento, de que a pessoa é sã e está livre. Algumas vezes isso leva alguns minutos, outras vezes ocorre espontaneamente durante a nossa conversa e, ainda outras vezes, tenho de me empenhar várias vezes durante o dia para remover a aparência desagradável do meu próprio pensamento. Organizo meu trabalho diariamente, geralmente orando em dias consecutivos, até que o problema seja curado ou o paciente se sinta capaz de orar, com confiança, para ele mesmo.

John: O tempo é realmente irrelevante. A inspiração é tudo. Como ocorre com tantas outras coisas na vida, as tarefas feitas com inspiração fluem, enquanto que aquelas feitas sem compreensão ou sem convicção parecem mais longas.

Howard: Quando um paciente me telefona, oro especificamente até que eu me sinta convicto sobre o relacionamento dele com Deus, como Seu filho perfeito.

Mas, mentalmente, incluo cada pessoa que me telefona naquele dia no que chamo de “sinfonia da Ciência divina”, a qual representa o relacionamento harmonioso que cada um de nós tem com Deus, sob Sua lei espiritual.

Cada paciente está tocando o seu próprio instrumento de individualidade espiritual sob a direção de Deus. Quando fico atento à harmonia de Deus, que é Alma, as “notas desafinadas” específicas são reveladas como pensamentos que tornam o pecado e a doença uma realidade para diferentes pessoas. Durante todo o dia, oro para compreender que essas discórdias nada são, tão logo elas venham ao pensamento, e afirmo a verdade sobre o relacionamento de cada pessoa com Deus, conforme necessário. Isso é orar sem cessar.

O mal é apenas uma negação do governo de Deus. Todos têm o direito de estar alerta para o reino perfeito e harmonioso de Deus

Você se assusta quando as pessoas pedem que você as ajude com algo que elas dizem que é muito grave?

Howard: Não, não se começamos com o fato de que o pecado e a doença são erros e não realidades. Eles não são graves para a Verdade onipotente. Uma vez que o praticista é uma testemunha do poder curativo da Verdade, os conceitos falsos perdem o poder de nos impressionar. O que a mente humana chama de grave, não é grave para a Mente divina.

Lois: Não penso que o mal seja grande ou pequeno; penso nele apenas como uma negação do governo de Deus sobre Sua criação e do Seu amor por nós. Oro muito para reconhecer que todos têm o direito de estar alerta para esse reino de Deus perfeito e harmonioso. Essa idéia se contrapõe à mentalidade do “pensamento coletivo”, que pode fazer com que uma pessoa se sinta dominada por prognósticos e sintomas médicos.

John: Quando alguém me telefona, seja qual for o problema, ele é sério para a pessoa que telefonou e, como tal, sério para mim. Mas, Cristo Jesus é o meu exemplo. Sua convicção sobre a natureza eterna da vida o capacitava a não ficar impressionado com a doença. É o que eu sei e compreendo sobre Deus, que me capacita a não ficar com medo de qualquer pedido de ajuda.

Cheryl: Mesmo se a pessoa achar que o problema não é tão sério, o medo é um elemento que precisa ser consistentemente subjugado. Continuo a orar no melhor da minha capacidade, não importando a “seriedade” do caso.

E se as pessoas não acreditam realmente em Deus; você pode ajudá-las?

Howard: Sim. É o que você compreende sobre o relacionamento delas com Deus que cura. O fato de elas estarem pedindo ajuda na Christian Science significa que elas são receptivas ao Cristo sanador, a Verdade, quer elas creiam ou não em Deus.

Cheryl: Normalmente, o conceito que elas têm sobre Deus, é o de uma figura distante que castiga, ou seja, basicamente elaborada com base em um mortal, um deus no qual nem eu acredito! Na maioria das vezes, elas acreditam no bem e, por isso, elas realmente acreditam em Deus e, por esta razão, sim, posso ajudá-las a desenvolver uma noção mais forte do bem altruísta e universal, especialmente mantendo em meu pensamento a expressão do bem que aquela pessoa manifesta. Ajuda, também, o fato de eu vivenciar esse bem.

Lois: A falta de confiança em Deus é o que todos nós estamos tentando remover do nosso coração. Tenho muita compaixão pelas pessoas que se sentem separadas de Deus, porque sei como é terrível sentir-se assim. A oração pode penetrar naquelas limitações e ajudar as pessoas a se sentirem abençoadas, mesmo se elas não souberem exatamente de onde vem a bênção.

O fundamental para a prática constante da cura espiritual é a disposição de perceber o bem na vida. Mesmo que seja tão simples como ter o ar para respirar ou poder observar a beleza de um céu azul, esse bem é a evidência tangível de que somos amados e cuidados, por um poder que está acima de nós mesmos. Se as pessoas puderem perceber o bem, então elas estão sendo preparadas para reconhecer o Princípio que está subjacente àquele bem.

É mais difícil trabalhar com pessoas que se recusam a expressar a gratidão pela vida. Mas, mesmo os hábitos mais sombrios da mente, podem ser modificados com o amor do Cristo. Se esse amor não pudesse salvar as pessoas de seus abomináveis padrões de pensamento, ele não seria realmente um salvador. O propósito da minha oração é ajudar as pessoas a se sentirem amadas e cuidadas. Espero ver o pensamento progredindo, mesmo se as pessoas ainda não estiverem prontas para confiar sua vida a Deus.

John: Elas devem querer acreditar em alguma coisa ou elas não estariam telefonando para mim! Independentemente do que elas dizem sobre se acreditam ou não, a ajuda de Deus está ao dispor delas. “‘Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?’ Que é que Deus não pode fazer?” (Ciência e Saúde, p. 135).

Sou muito abençoada ao ver meus pacientes se empenhando por crescer espiritualmente.

Você está disponível o tempo todo para ajudar as pessoas? E se alguém chamar pedindo oração no meio da noite?

John: Estou disponível para atender, não importa a hora. Para mim, ser um sanador espiritual é uma vocação e um ministério, 24 horas por dia, 7 dias da semana.

Lois: Os telefonemas no meio da noite são a exceção, não a regra. Prefiro que me procurem entre 8h30 e 15h nos dias úteis, pois isso me dá tempo para orar antes e depois dos telefonemas e dos contatos pessoais. Mas realmente tento me adaptar. Nos fins de semana, ocorre um declínio nos pedidos de ajuda, mas atendo aos telefonemas. Procuro reconhecer que minhas responsabilidades domésticas estão naturalmente em harmonia com o trabalho de cura.

Howard: Sim, estou disponível. Levanto-me e oro até sentir a convicção de que Deus está envolvendo o paciente. Então, volto para a cama.

O que é mais gratificante na atividade de um sanador espiritual?

Howard: A maior recompensa na prática da Christian Science é o crescimento espiritual que ocorre e o sentimento mais profundo do amor de Deus por você mesmo e por toda a humanidade.

Lois: A coisa mais surpreendente para mim é ver que a inspiração que eu adquiro com o meu próprio estudo e oração se relaciona com as necessidades dos pacientes. O que Deus me revela, a cada dia, relaciona-se imediatamente com as pessoas que telefonam. Sou muito abençoada ao ver meus pacientes se empenhando por crescer espiritualmente também. É maravilhoso ver a qualidade das pessoas que são atraídas para a prática da cura espiritual. É um privilégio conhecê-las. As qualidades que elas expressam fortalecem minha própria convicção em Deus.

John: Dar testemunho do amor curativo de Deus na vida daqueles que pedem ajuda e na minha própria vida.

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