Em dezembro de 1999 eu comecei a sentir dor de cabeça com freqüência. Às vezes eu me pegava correndo para a lanchonete mais próxima para comprar uma Coca-Cola. Parecia que o refrigerante ajudava a amenizar a dor. Mas as dores de cabeça começaram a aumentar em freqüência e intensidade, e eu decidi que precisava tomar alguma providência.
Então, eu me comprometi a me volver a Deus para curar esse problema, ou seja, decidi confiar na oração. O resultado imediato dessa oração foi que eu deixei de usar o refrigerante como analgésico.
Conversei com meu marido sobre nosso plano de saúde e disse a ele que iria manter contato com uma praticista da Christian Science para me ajudar na solução desse problema. (Nosso plano de saúde cobria grande parte do custo do tratamento.)
De janeiro a março de 2000 eu e a praticista oramos para modificar o conceito que eu tinha a respeito de mim mesma. Segundo esse conceito, eu era uma pessoa que lutava contra um problema físico. Contudo, comecei a me encarar mais como uma criação espiritual que não incluía a dor. Inúmeras histórias bíblicas mostram seus personagens "subindo" à montanha: Moisés, para receber os Dez Mandamentos; Neemias, para contemplar as portas de Jerusalém; Jesus, ao proferir o Sermão do Monte. Percebi que eu também estava subindo uma montanha mental, enquanto orava e estudava a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, procurando adquirir uma melhor compreensão sobre Deus e sobre meu relacionamento com Ele.
Enquanto lia os relatos de cura na Bíblia, notei algo que acontecia com freqüência. Muitas vezes Jesus pedia que a pessoa que desejava ser curada fizesse alguma coisa. Ele dizia: "levanta-te e anda"; "vai, a tua fé te salvou"; "toma o teu leito, e anda"; "vai, lava-te no tanque de Siloé" (ver Lucas 5; Marcos 10; João 5 e 9). Todas essas tarefas exigiam que fosse realizada uma ação. Ocorreu-me que, ao continuar realizando meu trabalho diário num pequeno negócio de minha propriedade e servindo à minha igreja eu estava, de certa forma, atendendo a essa exigência cristã de ser ativa e de me elevar acima do desconforto físico.
Eu também tentei expressar mais amor, mais desprendimento e mais bondade. Perguntei a mim mesma: "Será que eu vejo a criação de Deus da forma como Ele a fez? Será que eu realmente aprecio e amo a criação divina? Será que eu me valorizo como reflexo de Deus?"
O momento decisivo aconteceu certa noite, quando eu estava orando, e sentia uma forte dor de cabeça. De repente, foi como se eu estivesse prestes a perder a consciência. Fui até o quarto, acordei meu marido e pedi a ele para telefonar para a praticista. Ela me assegurou que minha identidade é espiritual, e que problemas físicos não poderiam controlar essa identidade. Desliguei o telefone. Eu sabia que estavam sendo feitas orações poderosas para mim. Quando me deitei, senti que algo estava acontecendo dentro da minha cabeça, como se fosse um processo de drenagem. Então, eu adormeci.
Meu estado físico começou a melhorar rapidamente. Algumas semanas depois eu estava totalmente curada. E nunca mais tive sequer uma leve dor de cabeça nos últimos dois anos.
Corpus Christi, Texas, E.U.A.
