Há uma história bíblica que me ajuda muito sempre que tenho a impressão de que minha individualidade ou inspiração está sendo ameaçada. O capítulo 12 do livro do Apocalipse descreve uma mulher que está para dar à luz quando um enorme dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, aparece para devorar a criança. Mas o filho dela é "arrebatado para Deus" e a mulher foge para um lugar seguro no deserto, onde cuidam dela durante três anos e meio.
A história continua com a narração de uma grande batalha no céu contra o dragão. O anjo Miguel e seus anjos combatem, e o dragão é expulso do céu. O único problema é que, embora o poder do dragão de se opor a Deus e Seus anjos tenha sido anulado para sempre, o dragão ainda importuna a mulher. Ela então recebe as asas de uma águia para retornar ao seu lugar seguro no deserto, mas o dragão envia uma grande quantidade de água para afogar a mulher. O relato bíblico continua, assegurando-nos que a terra engole a água. Mas o dragão se enfurece e continua a guerrear contra a mulher e seus filhos, que são descritos como aqueles que guardam os mandamentos de Deus e os que têm o testemunho de Jesus Cristo. A história termina com a insinuação de que o dragão continuará a enfraquecer as futuras gerações dos que acreditam em Deus.
Como pode uma história como essa, com um fim tão agourento, infundir-nos esperança? Bem, se pensarmos que a mulher representa cada um de nós e encararmos o filho dela como sendo o propósito de nossa vida, essa narrativa pode nos fazer perceber os recursos que temos para defender a razão de nossa existência. Em certas ocasiões, quando o ataque parece mais intenso, Deus nos concede um lugar seguro no deserto. Nós somos alimentados nesse deserto pelo Amor divino. No meio da batalha, podemos reivindicar a paz resultante de nossa união com Deus. Podemos confiar em que as mensagens espirituais, ou os "anjos" que Ele manda para nos defender, estão encarregadas de derrotar o dragão.
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