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Reduzir o nível do ego

Da edição de abril de 2003 dO Arauto da Ciência Cristã


A maioria de nós provavelmente se recorda — mais do que gostaria — de ocasiões em que nos deixamos levar pelo orgulho e pela mágoa.

A importância de não deixar que isso aconteça, veio-me à mente ao ler no The Christian Science Monitor a reportagem sobre uma guerra na África Central. Um oficial de lá teria dito: “Tudo isso indica que se trata apenas de um problema de ego” (19 de agosto de 1999, p.7). Quantas guerras, de grande e pequeno porte, poderiam ter sido prevenidas e quanta dor teria sido evitada se tivesse havido a disposição de reduzir o nível do “ego”.

Saber que é preciso controlar as próprias reações é um primeiro passo. Desejar realmente controlá-las é ainda melhor. Mas, o que nos capacita mesmo a ter esse domínio, é a compreensão de um dom inestimável que foi dado a todos nós: “...nós não temos recebido o espírito do mundo e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente” (1 Coríntios 2:12).

“O espírito do mundo” produz rivalidade, orgulho, medo e suas conseqüências. Não nos foi dado, porém, o espírito do mundo. Este nos é imposto, não é algo natural. Jamais pode tornar-se realmente parte de nós, porque pertencemos a Deus. “O Espírito que vem de Deus” é a natureza que herdamos de nosso Criador, a qual nos proporciona a habilidade irrestrita de expressar amor, humildade e a consciência do nosso próprio valor. Portanto, ainda que o espírito do mundo tente nos derrubar, podemos ter a certeza de que, como disse um dos primeiros cristãos, “...vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4:4).

Saber que é preciso controlar as próprias reações é o primeiro passo. Desejar realmente controlá-las é ainda melhor!

Deus, a fonte de todo ser, pode ser definido como o Ego sempre presente, que tudo sabe. Esse fato encontra sua expressão na bondade da criação espiritual de Deus. Observar as pessoas que conseguiram subjugar o próprio ego de modo significativo, é puro prazer, comparável à apreciação de uma boa obra de arte ou de uma sinfonia bem executada. Isso acontece porque elas expressam mais a natureza de Deus. E, quando estamos na presença do bem, nem percebemos um ego pessoal. O que percebemos é o Ego infinito, a transparecer através da semelhança de Deus manifesta no indivíduo.

Um dos mais contundentes exemplos de um "ego" pessoal dando lugar ao único Ego, Deus, é a narrativa da ceia pascal que Jesus comeu com os discípulos, antes do seu julgamento e crucificação. O Evangelho de Lucas conta que, na ocasiāo, os discípulos haviam discutido sobre qual deles seria o maior. Imagine só! Na véspera de uma enorme provação, quando precisava do apoio deles mais do que nunca, Jesus teve, no entanto, de lidar com suas mesquinhas rivalidades.

Sua resposta foi inesquecível. Ele lavou os pés de cada um deles.

Isso é o que o Cristo eterno faz para você e para mim, quando estamos cobertos pelo pó do ego: lava-nos a raiva, o desapontamento ou qualquer outra mácula, repetindo: “Lembre-se do espírito que Deus lhe dá. Você tem paciência, capacidade de perdoar, amor, mansidão, e tudo isso sem limites. Nada pode magoar você nem diminuir o seu valor, porque você é a própria imagem de Deus. Renuncie ao espírito que o mundo lhe impôs, que não é seu, e aceite sua bondade inata.”

O Cristo nos lava constantemente, a cada um de nós, por isso podemos seguir o exemplo de Jesus. No exato momento em que somos tentados a reagir segundo o espírito do mundo, nós possuímos a força, dada por Deus, para dominar-nos e achar uma maneira de lavar os pés, isto é, de ajudar os outros a perceber o verdadeiro espírito que eles também receberam, expressando-o nós mesmos.

Mary Baker Eddy, que fundou a Christian Science, seguiu esse exemplo de forma marcante, ao lidar com seus próprios alunos. Certa vez, escreveu-lhes: “O cristianismo científico desenvolve a regra do amor espiritual; torna ativo o homem, traz à tona a bondade perpétua, pois o ego, o eu, vai para o Pai, e dessa maneira o homem é a semelhança de Deus” (Message to The Mother Church for 1902, p.8).

Faz parte de nossa natureza dada por Deus, praticar o amor ativo, em vez de reagir. Isso reduz o nível do ego e contribui para uma paz profunda, que satisfaz.

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