Quando acordei em uma segunda-feira de manhã, em fevereiro de 2002, meu olho esquerdo estava muito inchado, avermelhado e dolorido. Fiquei muito assustada. Minha filha caçula, Carolina, me viu e perguntou se eu já tinha orado. Ela já havia sido curada diversas vezes pela oração.
Meu esposo e nosso filho mais velho não estudam a Christian Science e recomendaram que eu procurasse um médico. Mas, no mesmo instante afirmei mentalmente que o Amor divino estava atuando em mim e em todos. Entrei no quarto e li o Salmo 139, na Bíblia. O versículo que me chamou a atenção foi: “Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também” (v. 8). Após a leitura fiquei em paz, pois me senti amparada pela presença de Deus.
Ao chegar na empresa, meus colegas ficaram impressionados e meu chefe pediu que fosse até o ambulatório. Do ambulatório, fui enviada a uma clínica especializada, na qual o oftalmologista marcou uma cirurgia para a semana seguinte. Deu-me um atestado para permanecer em casa por dois dias e recomendou que eu fizesse compressas e lavasse regularmente o olho para evitar inflamação. Mas, à medida que ele falava, eu orava para me reconhecer como filha de Deus perfeita.
Ao sair da clínica, veio ao meu pensamento a pergunta que Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde: “Pensa o cérebro, sentem os nervos, e há inteligência na matéria?” E a resposta é: “Não! Não, se Deus é verdadeiro... Só é real aquilo que reflete Deus” (p. 478). Com isso me acalmei.
Já em casa, comecei a estudar a Lição Bíblica, cujo tema era Amor. Essa lição é composta por trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde, conforme constam no Livrete Trimestral da Christian Science. Li–a várias vezes no decorrer do dia, mas não sentia que a havia compreendido.
Dois dias depois, voltei ao trabalho. O inchaço continuava, pois agora havia três caroços. Resolvi usar óculos escuros para não despertar a curiosidade das pessoas. Como eu seguia orando e nada se alterava, fiquei com muito medo e pedi, de todo coração, que Deus me orientasse.
No sábado, veio–me um forte desejo de estudar Ciência e Saúde. À medida que eu o lia, meus pensamentos se tornavam claros e eu ficava mais calma. Depois de estudá–lo por cerca de duas horas, levantei–me para ir ao banheiro. Quando olhei para o espelho, vi que meu olho estava melhor, a vermelhidão tinha desaparecido, mas haviam surgido três pontinhas amarelas. Voltei para o quarto e continuei a leitura. A parte que mais me chamou a atenção foi: “Espera tu pacientemente que o Amor divino paire sobre as águas da mente mortal e forme o conceito perfeito. É preciso que a paciência realize 'sua obra perfeita’ ” (p. 454). Senti que aquele problema no olho estava se curando, apesar da feia aparência. Eu só deveria esperar pacientemente em Deus.
Chamei meu filho mais velho, Paulinho, para ir ao mercado comigo. Ao retornar, fui tomar banho e comecei a agradecer ao Pai–Mãe Deus pela tranqüilidade que aquela leitura havia me trazido e por compreender a constância e abundância do Amor divino, sempre presente. Quando lavei o rosto, senti uma secreção escorrendo pelas minhas mãos. Comovida, comecei a agradecer a Deus pelo Seu cuidado para comigo e para com todos os Seus filhos. Ao sair do banho, constatei que o olho esquerdo estava tão perfeito quanto o outro. Minha filha Carolina foi a primeira a notar e disse-me, muito alegre: “mãe, teu olho não tem mais nada! Deus te curou!”
Quando retornei à clínica, o médico ficou espantado e disse: “Seu olho está perfeito, não precisa mais de cirurgia. Só as compressas resolveram”. Eu então lhe respondi que não havia feito nenhuma compressa, havia somente orado. Ele mal pôde acreditar.
Ao chegar ao trabalho, meus colegas me perguntaram se eu já havia feito a cirurgia, respondi que não fora necessário, pois eu havia me curado por meio da oração, exatamente como havia lido nos artigos e testemunhos da revista que trago para ler no horário de almoço — O Arauto da Christian Science. Eles todos ficaram maravilhados, e eu, muito agradecida, é claro.
Salvador, BA, Brasil
