Quando oro, procuro compreender que Deus, o único Criador, não criou o mundo para ser destruído, nem para ter guerras e conflitos. Nos últimos meses, tenho orado diariamente para a paz mundial, com base neste trecho de Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; constitui a fraternidade dos homens; põe fim ás guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; aniquila a idolatria pagã e a cristã — tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos, anula a maldição sobre o homem, e não deixa nada que possa pecar, sofrer, ser punido ou destruído” (p. 340).
Na minha experiência diária tenho visto como é importante “amar o próximo como a mim mesma”. Compreendo que Deus põe fim ás guerras, sejam internacionais, nacionais ou pessoais, mas cabe a cada um de nós amar o próximo e expressar qualidades de um pacificador tanto em casa, como no trabalho, na escola e até mesmo no trânsito.
O pacificador é aquele que proporciona paz para as pessoas em qualquer circunstância ao seu redor e, para isso, precisa estar em paz consigo mesmo e expressar paciência, tolerância e generosidade. O estudo da Christian Science tem me ajudado a pôr tais qualidades em prática. Há pouco tempo, eu estava visitando uns familiares, quando os cachorros da vizinha começaram a latir, todos ao mesmo tempo. O barulho era bastante desagradável, quase tornando impossível entender o que estávamos conversando. Então, um dos meus parentes saiu de casa levando consigo um cabo de vassoura; foi até ao portão da vizinha, começou a bater com toda a força e gritava sem parar para que os cachorros parassem de latir. O alvoroço era tanto que parecia que tudo resultaria em caso policial. Comecei a orar reconhecendo que Deus, a única realidade, estava ali presente e afirmei mentalmente: “Deus está agora mesmo aqui trazendo harmonia para todas as pessoas”. Logo em seguida, esse meu parente voltou para casa muito transtornado. Enquanto outros tentavam culpá-lo por ter feito aquele estardalhaço, eu o levei para o quarto e começamos a conversar. Aos poucos, se acalmou.
Essa experência foi muito marcante para mim, pois felizmente a vizinha não chamou a polícia, como o fizera anteriormente.
Durante aquela semana eu havia estudado trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde. Um dos trechos da Bíblia foi: “Tende o mesmo sentimento uns para com os outros ... Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens ... Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” (Romanos 12:16, 17,21). Para mim, esforçar-se por fazer o bem, vencer o mal com o bem, promover a paz e a justiça para ambos os lados constituem o papel do pacificador.
Esta frase de Ciência e Saúde: “Com um só Pai, isto é, Deus, toda a família humana consistiria de irmãos; e com uma Mente só, ou seja, Deus, ou o bem, a fraternidade dos homens consistiria de Amor e Verdade, e teria a unidade do Princípio e o poder espiritual que constituem a Ciência divina” (pp. 469–470), me ajuda a compreender que Deus é o único Pai e que todos estamos unidos a Ele, independentemente de religião, raça, cor, partido político, nação ou continente. Essa união representa a verdadeira globalização espiritual, na qual a vontade divina é suprema. E pensando assim, vejo que Deus age em todos, está em todos e proporciona o bem para todos, pondo fim às guerras e conflitos.
