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Matéria de capa

Nós temos uma escolha

Da edição de julho de 2003 dO Arauto da Ciência Cristã


Os acontecimentos mundiais me deixam, muitas vezes, perplexa e tenho de fazer uma escolha. Se fico com a atenção presa às guerras, aos conflitos ou à violência nas cidades, sinto-me impotente e não vejo solução. Por isso, prefiro recorrer à Bíblia. Há um versículo em Jó, na versão em inglês, de que gosto muito: “Existe um caminho que a ave de rapina não conhece e o olho do falcão não vê” (28:7). O olho do falcão vê das alturas um ratinho que se mexe no solo. E a ave de rapina sai à noite à procura de comida e enxerga como se fosse de dia. Se há um caminho que essas duas aves não vêem, só Deus pode vê-lo. E para que nós o encontremos, temos de espiritualizar o pensamento.

Gosto muito da definição de “profeta” que está em Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy: “Um vidente espiritual; desaparecimento do sentido material ante a consciência dos fatos da Verdade espiritual” (p. 593). Ao elevar o pensamento às alturas, para ver sob a perspectiva espiritual, encontra-se o caminho. Deus vê Sua criação boa e perfeita. Ele não vê o mal, a injustiça, o conflito, pois jamais criou algo que Lhe fosse dessemelhante.

Certa vez, houve uma situação muito desagradável na firma onde eu trabalhava. Um novo departamento estava vindo para o Brasil e alocaram um executivo de outro país para fazer a instalação de um laboratório sofisticado. Para trabalhar diretamente com ele, designaram a dois técnicos, e a mim como responsável pela importação dos equipamentos. Esse gerente era malhumorado e gritava constantemente conosco. Tanto os dois técnicos como eu tínhamos medo de falar com ele. Certo dia, ele empurrou e bateu em um dos técnicos, dizendo que ele não sabia lidar com aqueles aparelhos. Eu nunca vira tanta falta de respeito e decidi fazer alguma coisa para que aquele clima de terrorismo tivesse um fim.

Recorri à Bíblia, ao Ciência e Saúde e li um artigo do Arauto da Christian Science que reiterava o fato de que não é necessário modificar o homem mal-humorado, mas sim vê-lo espiritualmente, como Deus o vê e não como ele parece ser. Isso traz a mudança esperada. Eu me apercebi de que não estava vendo aquele gerente como a imagem e semelhança de Deus, mas como um homem neurótico e agressivo. A partir de então, sempre que orava para mim e para o mundo, eu o incluía com muito amor na minha consciência. Depois disso, ele mudou comigo, mas não com os dois técnicos. Orei para que Deus me desse uma idéia. Lembrei-me de que a firma lançara um programa que se chamava “Dignidade Pessoal”. Então, fiz uma carta para o presidente da companhia e expliquei a situação, pois os dois técnicos não tiveram coragem de fazê-lo. Como estávamos afastados do restante da empresa, no novo laboratório, só nós três sabíamos como era o tratamento que recebíamos. Na carta, solicitei uma reunião. O presidente ficou abismado ao saber o que estava ocorrendo. Chamou os dois técnicos que confirmaram o que eu havia dito. Depois disso, o presidente enviou uma carta ao nosso gerente, alertando-o de que tal comportamento era inadmissível. Como eu havia orado, estava segura de que não seríamos prejudicados. O gerente ficou abaladíssimo, mas não retaliou. Não o vimos durante dois dias, mas no terceiro dia ele voltou, pediu desculpas para os dois rapazes e para mim, e prometeu que iria mudar. A situação realmente mudou. No mês seguinte, terminamos a instalação e ele deu um presente para cada técnico e eu ainda recebi um arranjo de flores lindíssimas.

Para mim, esse exemplo mostra como é importante decidir o que queremos ver, e reconhecer que há um caminho para a paz, preparado por Deus. Para descobri-lo é preciso aproximar-se dEle por meio da oração, com amor e humildade no coração.

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