A lei sempre me ofereceu muito consolo, ou seja, sei que quando a lei é obedecida, todos são abençoados. Claro que há leis que parecem injustas e sujeitas a interminável interpretação. Mas, como um professor de direito me disse certa vez, toda lei humana se origina no Decálogo Mosaico, ou seja, nos Dez Mandamentos. É interessante tentar encontrar a conexão entre o mal que uma lei está tentando corrigir e a intenção original dos Mandamentos.
Uma pessoa pode conhecer a lei, citar a lei e mesmo assim omitir a arte que é aplicar a lei. A lei parece fixa, mas sua aplicação é sempre individual e única. Tomemos a música como exemplo. Dez alunos de música podem estudar todos os rudimentos da música, e a ciência em que esses rudimentos se fundamentam, mas um aluno talvez a expresse no jazz, outro na tradição barroca e outro com uma abordagem completamente nova. Os mesmos princípios fixos, porém, servem de alicerce para a arte da aplicação individual. Mesmo que todos os dez alunos expressassem esses princípios no jazz, não haveria nenhuma expressão igual à outra.
Essa é uma das descobertas mais importantes que fiz em minha jornada espiritual, descoberta que assemelho ao reconhecimento de que a ciência e a arte estão ligadas. É preciso a letra e o espírito. O alicerce e a superestrutura.
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