Imagine uma multidão de mais de 400 mil pessoas que parte em busca de alegria, confraternização e de oportunidade para louvar a Deus! Esse é o número de pessoas que normalmente se dirige a Gramado, RS, Brasil, para participar do Evento Natal Luz, uma tradição já consolidada pela beleza e encantamento.
Os habitantes desse município comemoram a chegada dos turistas, recebendo-os com muita hospitalidade. Isso vem crescendo a cada ano, promovendo resultados positivos para a cidade que, pelas atrações que oferece, já é conhecida no Brasil como a capital do Natal.
A época natalina promove o resgate e o fortalecimento da união entre as pessoas. Pode ocorrer, às vezes, para alguns, de ser a única e tão aguardada oportunidade para expressar o que se tem de melhor: o amor.
A busca pela harmonia, esperança e paz acontece há centenas de anos. Os corações receptivos à espiritualidade vão ao encontro da luz, símbolo do bem. “Essa palavra — luz — é empregada em conexão com alegria, benção e vida. Desde os tempos antigos, significa a presença e o favor de Deus. No evangelho de João, o termo luz se refere à revelação do amor de Deus, na pessoa de Jesus Cristo” (O Novo Dicionário da Bíblia, J.D.Douglas, Edições Vida Nova, 1981).
Os reis magos seguiram uma estrela, encontraram o menino Jesus e lhe renderam homenagens. Não é preciso se deslocar para encontrar a luz do Cristo que Jesus expressou, luz essa disponível a todo instante e lugar, agora e sempre.
Os essênios viveram há muitos anos de maneira diferenciada, com um comportamento rigoroso na prática de virtudes. Essa comunidade judaica floresceu no primeiro século A.C e D.C. Habitavam em Qumran, situada ao noroeste do Mar Morto. Eles “se definiam como 'a gente da luz'. Muitos aspectos da vida desse grupo e do modo como descrevia a si próprio prefiguram de várias formas as primeiras comunidades cristãs”. (Robert Kool, Curador da Exposição Pergaminhos do Mar Morto, São Paulo, Pinacoteca, FSP, 25/11/04). Os essênios se abstinham dos sacrifícios de animais, não tinham escravos, proviam as necessidades daqueles dentre os seus que impedidos de trabalhar devido a alguma enfermidade ou idade avançada, não tomavam parte nas atividades militares e, em geral, cultivavam todas as virtudes. O dia deles começava antes do nascer do sol, com orações; e não proferiam qualquer palavra enquanto não tivessem entoado um hino de louvor a Deus (O Novo Dicionário da Bíblia, J.C.Douglas).
Esse povo, definido como “gente da luz”, sem conviver com o Mestre, praticou o que ele disse de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida” (João 8:12). Todos os que seguem os ensinamentos de Jesus podem encontrar, em qualquer época e em qualquer lugar, a maravilhosa luz do Cristo.
