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O Passado e o Futuro da Igreja Fundada por Mary Baker Eddy

Todos os documentos históricos mencionados neste artigo estão disponíveis para observação e leitura na Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade. Visite o site: www.marybakereddylibrary.org.

Um Plano de ação

Estabelecer uma lgreja para todos os tempos

Da edição de dezembro de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


"A árvore da vida ... para a cura dos povos"

Do Gênesis ao Apocalipse, os escritores do Velho e Novo Testamentos visualizavam a árvore como uma metáfora para vida, saúde, sabedoria, energia espiritual, bênçãos, renovação — para uma compreensão de Deus.

Além disso, é digno de nota que o significado de árvore, como um símbolo para valores espirituais, estende-se bem além das fronteiras da cultura judaica da Bíblia. Povos primitivos, de culturas bem variadas, tratavam apenas outros elementos do mundo natural com mais reverência.

No antigo Oriente Médio, árvores e montanhas eram estruturas imponentes e elevadas, que se destacavam em uma paisagem que, na maioria das vezes, era quase sempre uma superfície plana, homogênea. Por essa razão, as árvores eram veneradas nas manifestações religiosas primitivas da humanidade, como um microcosmo do universo. Elas representavam, literal e figurativamente, uma conexão com o infinito.

As árvores estão entre os primeiros templos — e as primeiras igrejas. As catedrais góticas fazem uso dessas associações primitivas explicitamente. Observe seus tetos abobadados e perceba como os pedreiros medievais transformavam o formato de copas de árvores em pedra — árvores em igrejas.

Mary Baker Eddy, pela sua concepção de Igreja Mãe com filiais, vincula seu projeto de Igreja a uma figura simbólica, que ressoa universalidade. Ela oferece um conceito simbólico e pragmático de Igreja — uma Igreja que dá substância à visão de São João de uma “árvore da vida”, cujas folhas são, em última análise, “para a cura dos povos” (Apocalipse 22:2).

O PASSADO

“É chegada a hora dos pensadores”, escreveu Mary Baker Eddy no prefácio da primeira edição de seu livro, “e a hora para revoluções, eclesiásticas e sociais, precisa chegar”. Mais além, na mesma página, ela rejeitou, asperamente, “o contentamento com o passado ou o frio convencionalismo dos costumes” Ciência e Saúde, 1a edição (1875), p. 3. Dentro da ortodoxia, o impacto inicial de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras e sua mensagem revolucionária, talvez tenha sido quase que imperceptível na superfície, mas, em seu efeito final, como um tremor que se alastrou por todo o mundo.

Porém, com o tempo, seu próprio movimento e o mundo sentiriam a força da visão de Mary Baker Eddy, a respeito do que uma igreja podia ser e fazer. A família humana estava clamando por ajuda e consolo. Ela ouviu esses clamores, com o ouvido e o coração, e respondeu a eles.

Décadas antes de o poeta T. S. Eliot ter colocado a questão: “Ousaria eu / Perturbar o universo?” (T. S. Eliot, “The Love Song of J. Alfred Profrock”, 1915), a Sra. Eddy já a havia respondido com uma mensagem religiosa-social revolucionária. Além disso, ela o fez com um desígnio sem precedentes, ou seja, o de levar uma mensagem de esperança e saúde àqueles que a buscavam e o de apoiar àqueles que procuravam um significado para a vida.

O contentamento e os costumes afloraram, de tempos em tempos, dentro do movimento da Christian Science, depois que a Sra. Eddy faleceu em 1910. Mas hoje, o mundo está sentindo, de forma crescente, uma agitação espiritual, saudável. O culto que se limitava a algo confortável, sem muitos esforços, está cedendo a uma missão que proporciona consolo e transforma a vida.

A mensagem de cura

No final da década de 1860, logo após sua descoberta das leis espirituais da cura divina praticada por Jesus e disponível para a humanidade ainda hoje, Mary Baker Eddy “acalentava ardentes esperanças de que a Ciência Cristã encontrasse aceitação imediata e universal” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 330). Entretanto, a primeira edição de Ciência e Saúde, em 1875, recebeu modesta aceitação, e ela se deparou com rejeição e condenação, especialmente da parte do clero cristão.

De acordo com Gillian Gill, biógrafa de Mary Baker Eddy, as curas espirituais registradas na Bíblia, as quais muitas pessoas consideravam atos excepcionais de intervenção divina, interpretadas através da lente da Christian Science, significavam “um potencial constante, onipresente, não-excepcional e para todos, não ... um poder misterioso de certas pessoas” (Gillian Gill, Mary Baker Eddy, Reading, Massachusetts: Perseus Books, 1998, p. 403).

Gill também salienta que o objetivo da Sra. Eddy “desde o começo era treinar sanadores, através de suas palavras e seus escritos, e concentrar suas energias e o uso de seu tempo para disseminar a mensagem de cura, o mais amplamente possível” (Ibid., pp. 403-404).

A mensagem publicada

As energias da Sra. Eddy se concentravam, de forma crescente, em responder a duas perguntas:

1. Quais os meios que melhor tornarão essa mensagem conhecida do público?

2. Como poderão aqueles que estão descobrindo as idéias contidas em Ciência e Saúde e usando-as para percorrer seus caminhos espirituais, ser mais bem apoiados?

Ela poderia ter criado um instituto teológico, uma escola de medicina alternativa, um movimento social, ou simplesmente ampliado sua já próspera prática de curapela-oração, em uma cruzada missionária. Mas Ciência e Saúde era a mensagem sobre a salvação universal, no sentido específico cristão do termo, bem como em seus significados mais amplos de autodescoberta e de encontro com Deus.

Ela acreditava que a mensagem viera com sua própria demanda inerente: Dê-a ao público, agora.

Para uma mulher profundamente religiosa, com raízes de uma vida inteira na igreja Cristã Protestante, o conceito de igreja (ekklesia ou “um chamado”, no original em grego), como uma comunidade de crentes vivenciando a realidade e os efeitos da presença de Deus, era tudo, menos fantasia. Era uma potencialidade fervorosa. Realmente poderia ser uma igreja ardente, com uma espiritualidade transformadora de vidas. Uma igreja que incorpora a liberdade de falar e ouvir a Palavra de Deus e uma mensagem que torna as Escrituras compreensíveis a esta época. Uma igreja que propicia meios de reunir, em apoio mútuo, aqueles que estão em busca das idéias práticas embutidas nessa mensagem.

Quando a Sra. Eddy estava pregando um sermão semanal na Igreja Batista do Tabernáculo, no bairro South End, em Boston, na recém-formada Associação de Cientistas Cristãos, ela e seus alunos estavam caminhando em direção à fundação da “nossa igreja” e, em agosto de 1879, foi obtido um alvará de funcionamento para uma nova igreja destinada a “comemorar a palavra e as obras de nosso Mestre, uma igreja de cura-pela-Mente, sem credo, que devia ser chamada a Igreja de Cristo, Cientista, a primeira desse gênero a ser organizada” (Retrospecção e Introspecção, p. 44). A Igreja ordenou-a, formalmente, como sua pastora em 1881.

Em 1895, ela ordenou a Bíblia e Ciência e Saúde como o Pastor d'A Igreja Mãe, suas filiais e o mundo; dois Leitores conduziriam os cultos da igreja.

Com o número de mulheres ultrapassando o de homens, hoje em dia, em algumas faculdades de teologia, fica difícil avaliar o impacto causado ao sistema por uma mulher pregando, regularmente, em público e pastoreando — como uma mãe, de fato e simbolicamente — uma igreja.

Um modelo e nenhum modelo anterior

O modelo principal de Mary Baker Eddy para a Igreja de Cristo, Cientista, de 1879, foi sua igreja natal anterior, a Igreja Congregacional, com seus sistemas de governo distintamente local e participativo, seus elos com as congregações irmãs no trabalho missionário.

Passados dez anos de sua fundação — após um substancial progresso, temperado com percalços desapontadores, causados por disputas internas e “a inveja e hostilidade de outras igrejas” (Retrospecção e Introspecção, p. 44) — a Sra. Eddy solicitou a dissolução de sua Igreja. Naquele mesmo ano, 1889, no “auge da prosperidade" (Ciência e Saúde, p. xii), ela também fechou a Faculdade Metafísica de Massachusetts, que havia recebido alvará para o ensino da cura-pela-oração, para dedicar os dois anos seguintes a uma grande revisão de Ciência e Saúde e à pesquisa, no laboratório da oração, por “uma nova regra de ordem na Ciência divina” (Retrospecção e Introspecção, p. 50). Além disso, dedicou-se a uma forma de organização que seria única, como uma obra de arte acabada. Conforme ela o colocou em uma carta para o aluno John Linscott: “Cada organização, cada medida educacional civil e religiosa, eu as estabeleci na Christian Science, com base em um plano puramente original — pois Deus, e não o homem, as sugeriram a mim” (L11043, Mary Baker Eddy a John F. Linscott, 5 de novembro de 1892, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade).

Se você os convidar...

Os Cientistas Cristãos continuaram a realizar cultos em edifícios públicos de Boston, ao longo dos anos seguintes. Entretanto, à medida que as vendas de Ciência e Saúde e a prática da cura baseada nos ensinamentos do livro, espa-lhavam-se pela América do Norte e no exterior, a demanda por uma comunidade espiritual local e a realização de cultos também aumentavam. Inspirados pelo trabalho de cura de pessoas tais como as irmãs Laura e Victoria Sargent, os Cientistas Cristãos em Oconto, no estado do Wisconsin, construíram a primeira igreja local, em 1886. Contudo, em sua grande maioria, as congregações, que cresciam constantemente, se reuniam em uma miscelânea de locais de reuniões, alugados ou doados — desde casas particulares e escritórios de profissionais liberais a salões Maçônicos e dos Bons Templários, igrejas Batistas e Unitarianas, a salões de hotéis.

Com a edição de fevereiro de 1889, o Journal começou a publicar avisos sobre cultos dominicais: “Nossos amigos estão convidados a enviar ao Journal avisos de todas as reuniões dominicais regulares (Cientistas), fornecendo o local e o horário da reunião e a natureza do culto... Esses [anúncios] serão mantidos, tanto para informação como para registro de crescimento”. Havia dois avisos naquele mês: Em Boston: “todos os domingos, às 15h, no Chickering Hall, Rua Tremont, a Pastora, Rev. M.B.G. Eddy”; e na cidade de Nova Iorque: “todos os domingos, às 16h, no Crescent Hall, 5a Avenida, 138. Palestrante regular Sra. F.J. Stetson” (Journal, fevereiro de 1889, p. 592).

É mais do que uma coincidência que essas duas cidades tivessem os primeiros anúncios publicados. Em uma carta escrita à meteórica Sra. Stetson, em 1897, a Sra. Eddy descreveu-a como “a aluna mais difícil que chamo de leal e que agora tenho no campo de ação, no que se refere a fazer aquilo que não planejo fazer” (V01549, Mary Baker Eddy a Augusta E. Stetson, 26 de outubro de 1897, The Mary Baker Eddy Collection). O carisma de Stetson acendeu de tal maneira o interesse pela Christian Science em Nova Iorque, que, por fim, acabou queimando-a em sua própria ambição extrema e seus esforços por controlar pessoalmente uma igreja filial e as práticas de cura dos membros.

Um pouco antes, naquele mesmo ano, a Sra. Eddy confidenciara a Laura Lathrop em Nova Iorque, que a Sra. Stetson “não mais trata mal meus alunos como costumava fazer, e não o ousa devido aos estatutos de minha igreja”. Sem exagerar, ela observou que “quase todas as regras no Manual [publicado pela primeira vez em 1895] foram estabelecidas para impedi-la [Stetson] de prejudicar meus alunos e causar-me dificuldades em minha igreja” (L04373, Mary Baker Eddy a Laura Lathrop, 7 de julho de 1897, The Mary Baker Eddy Collection).

A necessária centralização

“Como disse antes,” escreveu a Sra. Eddy a um aluno em 1889, “Boston deve ser a sede da Christian Science. Deus assim o fez. A primeira Faculdade e a primeira Igreja da Christian Science foram estabelecidas em Boston e aqui é e precisa continuar [a ser] a Sede. Agora, forme toda a organização com esse objetivo. Nova Iorque é a filial, não a raiz, nem a causa do nosso trabalho”. Como um final de impacto, ela escreveu no último parágrafo da carta: “Boston é o campo de batalha e você não pode lutar sem sua líder” (L10677, Mary Baker Eddy a Joshua F. Bailey, 1889, The Mary Baker Eddy Collection).

A centralização necessária de um movimento emergente tomou sua forma, única e duradoura, em 1892, quando ela reorganizou a Igreja, denominando-a “A Igreja Mãe, The First Church of Christ, Scientist, em Boston, no estado de Massachusetts”. Três anos mais tarde, a primeira edição do Manual d'A Igreja Mãe foi publicado. Os Estatutos se desenvolveram ao longo do tempo, provendo estrutura à organização. Ela não era mais apenas uma congregação em Boston e outros rebanhos afiliados de forma desregrada “no Campo de Ação”. Naquela altura, grupos na Inglaterra e na Alemanha estavam a caminho de serem reconhecidos pel'A Igreja Mãe, como igrejas filiais. Contudo, a Sra. Eddy reconheceu “que sua mensagem era, inerentemente, cosmopolita — para toda a humanidade e para todos os povos...” (Archbald McLellan, “A Word of Appreciation”, The Christian Science Monitor, 25 de novembro de 1908).

Harmonia baseada no Manual

A Igreja que Mary Baker Eddy fundou, tinha o potencial para prover as bênçãos de consolo e cura para todas as pessoas, no mundo todo. Contudo, sua habilidade em assim fazê-lo, estava diretamente relacionada à harmonia do relacionamento entre A Igreja Mãe e suas filiais, tendo o Manual como o guia. Se a Igreja foi uma das provisões principais da Sra. Eddy para tornar seu livro Ciência e Saúde disponível para a humanidade — permanentemente — então seu Manual seria um veículo para realizar isso. O Manual proporcionou a coerência organizacional, a clareza, a ordem e a base de confiança.

A Igreja Mãe sustentaria sua parte no relacionamento baseado no Manual, provendo o cuidado constante e confiável de suas filiais. Assim, A Igreja Mãe provê uma gama de recursos que promovem a mensagem contida em Ciência e Saúde: publica e distribui Ciência e Saúde: mantém O Conselho de Conferências da Christian Science, que fornece conferencistas que dão palestras em todo o mundo sobre cura espiritual; A Sociedade Editora da Christian Science, cujas publicações incluem revistas, o The Christian Science Monitor, e a Lição Bíblica semanal (para o estudo individual e para o uso mundial nos cultos dominicais da igreja); a Delegacia de Divulgação, que corrige falsas afirmações feitas ao público sobre a Christian Science e sua Fundadora, Mary Baker Eddy; e O Conselho de Educação para formar professores de Christian Science, que ensinam as pessoas a curar outras espiritualmente. Muitos desses recursos já foram ou serão apresentados nesta série.

Poucas regras simples

A estrutura administrativa da Igreja é tão pequena quanto o organograma de uma empresa nova de alta tecnologia. Por exemplo, o Artigo 23 do Manual, “A Igreja Mãe e as Igrejas Filiais” tem apenas cinco páginas — 12 parágrafos, escritos à medida que surgiam as necessidades específicas ou à medida que os elementos do desígnio geral da Igreja exigima definições. Alguns foram revisados várias vezes ao longo dos 15 anos que se seguiram à primeira edição do Manual. Até 1901, por exemplo, para formar uma igreja filial, a pessoa tinha de ser um aluno de um dos alunos da Sra. Eddy, ao invés de simplesmente “um membro” d'A Igreja Mãe, de acordo com o que o parágrafo estabelece hoje.

Em sua forma final, esses artigos apresentam algumas poucas e simples regras:

• Cada congregação “terá sua própria forma de governo” (Manual d'A Igreja Mãe, p. 70) Típico da abordagem de sua autora com relação ao autogoverno, o Manual da Igreja não explica os detalhes do governo da igreja. Ele permite que as congregações de membros locais encontrem a estrutura que melhor se adequar à sua situação. Em algumas localidades, os governos poderão exigir estatutos e dignitários para a incorporação, mas o Manual provê uma flexibilidade notável. De fato, sequer exige que as igrejas filiais tenham prédios para abrigar a igreja.

• Como o protótipo de uma árvore tem uma única raiz e tronco, A Igreja Mãe “ocupa uma posição que nenhuma outra igreja pode ocupar” (Ibid., p. 71). As filiais não podem gerar filiais.

• Qualquer membro desta Igreja, que seja um “Cientista Cristão fiel e exemplar, que trabalhe no campo de ação” (Ibid., p. 72), está qualificado a formar uma igreja e começar a celebrar cultos.

• Dezesseis “Cientistas Cristãos leais” (Ibid., p. 73), quatro dos quais membros d'A Igreja Mãe, e pelo menos um dentre eles ter uma prática de cura ativa, são necessários para que uma Igreja de Cristo, Cientista, seja reconhecida como filial.

Esta última regra somente refletia experiência: As pessoas cuja vida foi transformada pelas idéias contidas em Ciência e Saúde, instintivamente se reuniam para estudar, realizar cultos e orar juntas. Surgia, então, uma igreja filial em formação. As boas novas viajavam rápido.

Medidas de prevenção

Se existe um tema comum para os oito primeiros parágrafos do Artigo 23, esse se refere ao que é exigido para estabelecer e promover os interesses de Igrejas de Cristo, Cientista, e Organizações da Christian Science em faculdades e universidades; depois, os outros quatro parágrafos abordam o que se faz necessário para protegê-las contra os elementos desintegradores de exclusividade, influência pessoal, objetivos monopolizantes e de competição.

“Pela experiência e observação cuidadosa”, escreveu a Sra. Eddy em seu livro autobiográfico, “percebi os usos e abusos da organização” (Retrospecção, p. 45). Muitas igrejas filiais, no início, evoluíram a partir de “institutos” de Christian Science ou de associações de alunos de professores de Christian Science. Essas igrejas eram pastoreadas pelos professores, que, na sua maioria, haviam aprendido a curar com a Sra. Eddy. Típico da capacidade de liderança da Sra. Eddy, ela transformava abusos, dentro da organização, em ensinamentos e não em regras proibitivas de governo (e havia outros além de Augusta Stetson, que exerciam domínio em suas igrejas filiais). A obediência dos membros aos estatutos do Manual os capacitaria a vivenciarem a bênção do cuidado de Deus para “essa pequena igreja”. Seu cuidado “podará as ramas que estorvam, a regará com o orvalho celestial, fortalecerá suas raízes e alargará suas fronteiras com o Amor divino” (Miscellaneous Writings, Escritos Diversos, 1883-1896, p. 154). Embora os estudantes de Christian Science possam volver-se e realmente se volvem ao Manual, em busca de inspiração e orientação, os membros não podem adotar ou publicar o Manual, como regra de governo para uma igreja filial (Ver Manual, Art. 23, § 3, 5).

Uma palavra de 11 letras para amor

Em seus usos inspirados, essa palavra é organização. A Igreja Mãe e suas filiais, em todo o mundo, se constituem em um desígnio ordenado para tornar o amor de Deus pela humanidade tangível e visível. Em termos de quadro de membros, elas são duas entidades separadas — uma pessoa pode unir-se À Igreja Mãe e apoiar sua missão de cura global, e, também, unir-se à igreja local e participar de sua resposta às necessidades da comunidade.

A Sra. Eddy exigia que esta Igreja fizesse o bem — que fosse um bom Samaritano para o próximo, em todas as oportunidades e em todos os locais. “Até agora, tenho observado que”, escreveu ela em uma mensagem de 1896 à Igreja, “na proporção em que esta igreja faz o bem aos Seus ‘pequeninos’, Ele a tem abençoado. Durante todo o tempo de minha relação com A Igreja Mãe, tenho visto que, à medida que esta tem amado aos demais, Deus tem derramado Seu amor sobre ela; regado suas paragens desertas e ampliado suas fronteiras” (Miscellaneous Writings, p. 127).

O assunto é relacionamento

Embora a Sra. Eddy usualmente se negasse a dar conselhos sobre assuntos relacionados a igrejas filiais, seu próprio amor maternal rejeitava o isolacionismo e pleiteava a união entre as filiais e A Igreja Mãe.

Como Secretário d'A Igreja Mãe, William B. Johnson seguiu o exemplo da Sra. Eddy e direcionava aqueles que pediam conselhos sobre questões relativas a igrejas filiais, diretamente para o Manual e para suas próprias orações e deliberações. Durante várias décadas após 1910, desenvolveu-se um relacionamento mais dependente entre as filiais e A Igreja Mãe. Nos últimos anos, uma espécie de relacionamento materno-filial, que prevalecia há um século, foi restaurado de forma significativa.

Nosso relacionamento principal é sempre aquele da criatura para o Criador, da idéia para a fonte. Desse relacionamento provêm conexões: Um com o outro, como seres espirituais, com a comunidade e, de forma mais ampla, com o mundo. A árvore é um símbolo primitivo desta conexão de vida, do elo do ramo ao tronco, do membro à Igreja.

No relato da Bíblia sobre a criação espiritual em Gênesis 1, as árvores aparecem no terceiro dia: “... árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom” (Gen., 1: 12). Dentro do relacionamento do tronco-matriz com os ramos, está a boa semente. A semente do princípio, da ressurreição e do crescimento.

OLHANDO PARA O FUTURO

Para a cura dos povos

A Igreja Mãe, em seu papel, provê um fundamento estável e vital para o crescimento. “É único", escreveu a Sra. Eddy, “e é singularmente apropriado para moldar o pensamento em formação e envolvê-lo com o Amor divino” (Manual, p. 104). De suas raízes profundas, alimentadoras, brota o apoio para umas 2.000 igrejas filiais e sociedades em 81 países, bem como grupos informais em 60 países. O Manual da Igreja da Sra. Eddy estabelece o plano de ação para o desígnio de uma Igreja, na qual esses dois elementos, a matriz e suas filiais, alcançam o coração e a mente de um mundo em busca da luz sanadora da Verdade — a Verdade que, segundo Jesus, liberta as pessoas.

Trabalhando juntas, A Igreja Mãe e suas filiais perpetuam a mensagem de que o poder de Deus, para ajudar e abençoar, está eternamente à mão e disponível. Elas vão ao encontro das necessidades individuais com águas vivas, esperança e coragem, alegria e entusiasmo, restauração e paz.

Circular a mensagem circular o livro

A Igreja Mãe e suas filiais alcançam esses objetivos através do compromisso com uma missão unificadora: Circulando a mensagem universal sanadora da Christian Science, conforme explanada em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.

"A melhor coisa que você pode fazer pela nossa Causa é circular esse livro" (L05681, Mary Baker Eddy a Mary V. Blain, 18 de maio de 1891, The Mary Baker Eddy Collection), escreveu Mary Baker Eddy, tornando claro, em termos diretos, o quão vital Ciência e Saúde é para a expressão prática de sua Igreja.

"O livro Ciência e Saúde é o próprio coração de nossa igreja porque ele explica a prática da Ciência do Cristianismo que Jesus praticou e prometeu", diz Karyn Mandan, atual gerente adjunta das atividades de comunicação da igreja. "A Igreja é a provisão estabelecida pela Sra. Eddy para tornar a mensagem sanadora de Ciência e Saúde disponível e para apoiar leitores de Ciência e Saúde em suas jornadas espirituais. A Sra. Eddy disse: 'A igreja é o porta-voz da Christian Science' (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 247). Portanto, a mensagem é a Christian Science — as idéias contidas em Ciência e Saúde. É a Verdade que pode ser praticada por todos, sendo que a Igreja é o veículo para tornar essa mensagem disponível”.

Toque de despertar

Enquanto algumas igrejas filiais em todo o mundo lutam para manter as listas de membros, as luzes acesas e as portas abertas, muitas outras congregações estão vivenciando um re-despertar que está transformando aquilo que era um fardo em uma promessa de inovação e crescimento.

Elas adotaram um ponto de vista que é, ao mesmo tempo, novo e velho. “Acho que o que estamos encontrando”, explica Mandan, “é que as pessoas e as igrejas filiais estão redescobrindo duas coisas: a fome espiritual em suas comunidades e Ciência e Saúde. Elas estão percebendo as necessidades de seus vizinhos. Além disso, elas estão compreendendo que o que satisfaz àquelas necessidades são as idéias práticas, espirituais, contidas nesse livro. Acho que o que arde no coração das pessoas são essas idéias, porque vimos como elas mudaram a nossa própria vida e é simplesmente natural desejar compartilhá-las”.

Em resumo, sugere Mandan, é estar muito entusiasmado com o que a Sra. Eddy descreve como a teologia de Jesus — amar a Deus e amar o próximo como a nós mesmos (Ver Ciência e Saúde, p. 138). O amor altruísta, impelido por Deus, renova e enriquece tanto o doador como também aquele que recebe.

Como podemos ajudar nosso próximo?

Aqui estão perguntas que as pessoas e as congregações estão se fazendo, na medida em que eles se re-familiarizam com as expectativas originais que a Sra. Eddy tinha para a Igreja:

• O desejo de ajudar nosso próximo está ardendo em nossos corações?

• Como estamos percebendo a demanda por respostas espirituais em nossa comunidade? Como estamos respondendo a essa demanda, tornando a mensagem da Christian Science disponível?

• O que mais podemos fazer, em nível local, para que nossa igreja verdadeiramente dê “provas de sua utilidade”? (Ibid., p. 583).

• O que mais podemos fazer para redirecionar os raios do nosso amor de dentro para fora, de tal forma que os cultos, as Escolas Dominicais, Salas de Leitura, conferências públicas e programas de rádio de nossa igreja possam, de forma mais corajosa e compassiva, satisfazer às necessidades dos nossos vizinhos?

• O que o Manual realmente diz e não diz sobre o que pode e não diz sobre feito, para que possamos nos comunicar com a comunidade?

• Como podemos, de uma maneira mais corajosa, exemplificar o amor altruísta que diz: “de graça recebestes, de graça dai” a mensagem sanadora de Ciência e Saúde? (Ver Mateus 10:8)

De O'Fallon, estado do Missouri, Estados Unidos: Torne-se uma voz em sua comunidade

Quer ver um exemplo de uma jovem igreja filial em ação? Dê uma olhada no que está acontecendo em O'Fallon, Missouri, onde o Rio Missouri se encontra com o Mississipi — porta de entrada para o oeste.

“Somos uma igreja pequena, mas estamos crescendo”, diz sorridente Kathryn Hoyt, um dos membros fundadores. “Além disso, existe uma vitalidade maravilhosa!” “As pessoas gostam de vir à nossa igreja por causa da atmosfera”, afirma Herb King, um outro membro. “Acho que as pessoas se sentem realmente em família”.

O Sr. King cita as reuniões de testemunhos das quartas-feiras à noite como um exemplo. “Sentamo-nos em círculo e após a leitura, compartilhamos, informalmente, curas e testemunhos de gratidão descrevendo como a Christian Science tem nos ajudado. Às vezes, falamos mais de uma vez ou comentamos sobre o que alguém disse ou mesmo pedimos que alguém explique melhor o que está falando. É uma sessão de troca de idéias muito informal, e as pessoas gostam disso!”

O sentimento de família e o espírito de diálogo, está no próprio cerne da igreja. Desde sua fundação, explica a Sra. Hoyt, “nós decidimos que queríamos interagir com nossa comunidade. Nosso foco é nos comunicar e dialogar com os vizinhos, conversar sobre soluções baseadas na oração e respostas espirituais.

Um outro membro fundador, Bobbie Tessler, relembra: “ao orar, imaginando como eu poderia melhor servir minha comunidade, veio-me ao pensamento que havia a necessidade de uma igreja em O'Fallon! Outras oito pessoas pensavam da mesma maneira”. Portanto, o grupo de nove transformou-se em um grupo informal, em novembro de 2001. O grupo tornou-se uma sociedade (em julho de 2002) com anúncio no Journal, e então floresceu em uma filial completa d'A Igreja Mãe (em maio de 2003).

No início, os cultos da igreja eram realizados na casa da Sra. Tessler. O grupo então se mudou para o seu endereço atual — a sala em um edifício, misto de escritório e armazém.

“Nossa igreja fica em uma fábrica”, descreve Whit Larsen, membro da igreja. Ela tem janelas do chão até o teto. A Escola Dominical fica fora, ao lado da sala e próxima da área de carga e descarga, com máquinas transportadoras e computadores por toda parte”. “Há uma tenda, também. Nós a montamos no armazém para os alunos menores da Escola Dominical. As crianças adoram” diz Doris Filiatrault, Superintendente da Escola Dominical, que considera a tenda como um dos muitos exemplos de como a congregação expressa “algo divertido que pode realçar o objetivo sanador espiritual da igreja”.

O membro Bill Fabian lembrase do tempo em que trabalhou nos estatutos da filial com outros membros fundadores. “Trabalhamos neles por mais de três meses”, o Sr. Fabian relembra. “Usamos os estatutos de cinco ou seis outras igrejas filiais para começarmos. Mas usamos o Manual — e não apenas a tradição — como o nosso guia, para avaliar o propósito de cada estatuto”.

As pessoas estão tomando conhecimento dessa singular igreja-armazém, conforme os cultos e a Escola Dominical, muito bem freqüentados, o atestam. A igreja está fazendo a conexão com sua comunidade assim:

• Patrocinando estandes com exemplares de Ciência e Saúde em feiras e exposições sobre bem-estar.

• Anunciando Ciência e Saúde e os cultos da igreja nos jornais locais.

• Contribuindo para o fundo de transmissão da Lição Bíblica semanal, que ocorre todas as segundas-feiras, às 9h, pela TV a cabo.

• Iniciando um novo site na Internet:

www.ofallonrr.org/development.

Os membros dão também uma atenção especial à localização e horário de funcionamento de sua Sala de Leitura. “Depois de quase dois anos em um pequeno edifício de escritório”, conta o membro Aimee Hermanson, “decidimos que era hora de mudar para um centro comercial, onde o público poderia nos encontrar mais facilmente. Após muita oração, encontramos o local perfeito”.

Hoyt relata: “iniciamos a reforma de um novo local para a Sala de Leitura, que abrirá das 8 às 16h, seis dias por semana, na área comercial de uma comunidade recém-planejada. Esta é uma área de dois quarteirões, com muito tráfego de transeuntes — famílias com carrinhos de bebê, skatistas, pessoas que gostam de olhar vitrinas, ou que saem para tomar sorvete, comer uma pizza ou que estão a caminho da biblioteca municipal. Depois, elas poderão também parar na nova Sala de Leitura e Livraria da Christian Science!”

Kinshasa, República Democrática do Congo: Capacitar mulheres — compartilhar o que temos

A meio mundo de distância, a cultura é diferente — mas o espírito é o mesmo.

“Preciso dizer: Kinshasa, as filiais e os membros estão cada vez mais se abrindo a novas idéias, com o objetivo de abranger a comunidade como um todo”, diz Mayal Tshiabuila, um membro d'A Igreja Mãe e de Quinta Igreja de Cristo, Cientista, Kinshasa, República Democrática do Congo. “As últimas iniciativas partiram de mulheres, todas de igrejas filiais em Kinshasa, que se reuniram em março, a fim de promover ações dentro da estrutura do mês em que há o Dia Internacional da Mulher”.

Léontine Nunga Ngandu, outro membro de Quinta Igreja que coordenava os eventos, explica: “Como mulheres Cientistas Cristãs, nos reuníamos regularmente para conversar sobre o que podíamos fazer. Tentávamos fazer algo pelas mulheres”.

Durante três dias, em março, elas visitaram mulheres na prisão e em uma clínica de Aids, e realizaram uma reunião interdenominacional para as mulheres da comunidade. Todas as três ações foram filmadas por uma estação de TV local, que editou as gravações para compor um programa especial de 45 minutos de duração.

“Chamamos algumas pessoas da televisão local”, conta a Sra. Ngandu, em um inglês saltitante, porém eloqüente (seu idioma nativo é o Lingala, mas também fala francês). “O programa mostrou que os membros da Christian Science são pessoas como elas e têm a mesma intenção — promover o progresso para as mulheres do país e do mundo. Puderam ouvir algumas boas idéias de Cientistas Cristãos e da Christian Science”.

“Como resultado de sua visita ao pavilhão que abriga mulheres presas, Ngandu e seu grupo se tornaram conhecidas como “as mulheres de Mary Baker Eddy”.

“As mulheres nos contaram a razão por que estavam ali (na prisão)”, diz Ngandu. “Tinham problemas muito diferentes, umas das outras. Então, nós nos apresentamos, bem como a nossa igreja, e conversamos sobre Deus e Seu amor por todos. Realizamos um pequeno culto ali. Lemos para elas da Bíblia e de Ciência e Saúde, da Lição Bíblica semanal e cantamos hinos. Elas quiseram saber se éramos uma igreja cristã, não uma seita e, portanto, explicamos e conversamos sobre Mary Baker Eddy. Distribuímos exemplares do Arauto em francês e exemplares de Ciência e Saúde e contamos a elas que Mary Baker Eddy escreveu o livro para ajudar as pessoas. Foi uma boa experiência e vamos repeti-la”.

Para Ngandu, o objetivo é este: “Queremos que as pessoas saibam mais sobre a Christian Science e que podem vir e pedir ajuda. Desejamos compartilhar o que temos porque isso não é só para Cientistas Cristãos, mas para todos. Queremos que elas saibam que Ciência e Saúde pode ajudá-las com qualquer problema que um ser humano possa ter”.

O que é uma igreja? Para Ngandu, é “um espírito de amor, porque sem amor não podemos fazer nada para ajudar os outros. A igreja não é somente uma casa ou paredes, mas a igreja está em meu coração, e a levo para toda parte. Se estou nas ruas, tenho minha igreja ali comigo. A igreja é o espírito do Amor e da Verdade, que posso levar para qualquer pessoa, em qualquer lugar”.

Waverley, Austrália: Renovar um espírito de abundância

Um pouco mais para o sul, vamos para Primeira Igreja de Cristo, Cientista, de Waverley, um subúrbio de Melbourne em Victoria, no setor sudeste da Austrália.

“Há vários anos temos patrocinado estandes no Festival Mente/Corpo/Espírito”, diz Ann Drysdale, presidente da diretoria. É um evento de quatro dias de duração, “e, quando pela primeira vez, sugerimos aos membros que participássemos, houve certa resistência. Havia uma senhora, por exemplo, que achava que esse não seria um bom lugar. Toda a publicidade nos jornais focava os mais excêntricos tipos de estandes e ela simplesmente não achava que a Christian Science pudesse estar no meio deles. Eu apenas lhe disse: 'Bem, você nunca esteve lá antes. Vá e dê uma olhada! 'Ela visitou o nosso estande no ano passado — totalmente focado em Ciência e Saúde e suas idéias sanadoras — e mudou de opinião. Ao sair, disse: 'no ano que vem, deveríamos ter um estande maior!' Portanto, este ano, conseguimos um lugar melhor, de esquina, aberto para os dois lados”.

Por que eles estão fazendo isso? A Sra. Drysdale responde assim: “Esse é um lugar aonde os que buscam espiritualidade estão indo. As pessoas que vão lá são as que estão procurando por algo mais em sua vida. Elas fazem muitas perguntas no estande. Temos pessoas visitando nossa Sala de Leitura, como também a Sala de Leitura conjunta em Melbourne, que ouviram falar de Ciência e Saúde, pela primeira vez, nesses estandes. Muito freqüentemente, também, eles reapresentam o Ciência e Saúde a elas. As pessoas dizem: 'Ah, sim, já ouvi falar nele! '”

“Sempre convidamos as outras igrejas em Victoria para participar do festival. Alguns membros de outras igrejas filiais ajudam como atendentes no estande e outras nos enviam contribuições financeiras. Em alguns anos, patrocinamos palestras [proferidas pelos membros d'O Conselho de Conferências da Christian Science] no Festival, com muito boa freqüência”. Achamos essa uma oportunidade maravilhosa de ir ao encontro da nossa comunidade e de compartilhar as idéias contidas em Ciência e Saúde, porque ele beneficia a todos que o lêem”.

Divulgar o livro também tem beneficiado a própria filial. Conforme Drysdale o coloca: “Tenho agora essa sensação de amor mais positivo para com a igreja — e para com a idéia de Igreja — e isso vem de todos em nossa igreja, inclusive de mim mesma! Quando renovamos nosso compromisso com a Igreja em uma reunião no ano passado, isso me fez pensar mais sobre o que a Igreja significava para mim. Então pensei: 'O que você faria sem ela?' Você pode continuar a ler Ciência e Saúde por conta própria, mas essa é uma maneira egoísta de fazer as coisas. Você tem de dar. Você tem de estar lá para a comunidade”.

Bogotá, Colômbia: Fazer a conexão da Igreja com os vizinhos

Agora navegue através do Pacífico rumo ao noroeste da América do Sul. Em março, os membros de Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Bogotá, Colômbia, patrocinaram seu segundo simpósio — uma série de conferências, vídeos e mesas-redondas — para sua comunidade. O tópico deste ano foi “Espiritualidade: a base para o progresso na família”. Mais de 120 pessoas novas participaram das sete palestras e seminários. O preço da entrada incluía dois exemplares de Ciência e Saúde e, conseqüentemente, mais de 240 exemplares foram vendidos durante o evento de quatro dias.

“Os que estavam ajudando a organizar o simpósio, foram encorajados a se inscreverem logo e ajudar a pagar pelo custo total do evento, vendendo os dois exemplares de Ciência e Saúde nos meses que antecediam ao evento”, de acordo com o membro da igreja, Glória Moncado. “Eu imaginava como poderia vender dois exemplares, pois havia acabado de me mudar para uma nova comunidade! Não conhecia ninguém, mas antes de ouvir falar sobre a Christian Science, eu havia sido uma vendedora de livros. Portanto, comecei a pensar que, se era possível vender outros livros, por que não seria possível começar a vender Ciência e Saúde? Pensei: 'Deve haver alguém que possa fazer isso', e compreendi que esse alguém era eu mesma.”

Gloria entrou em contato com 70 pessoas e organizações. Ela notou que muitos ficavam inspirados ao receber o livro. Várias organizações eram sem fins lucrativos e serviam suas comunidades. Um empregado em um centro de prevenção ao suicídio disse que desejava partilhar as idéias do livro com as pessoas na organização.

Uma senhora, mãe de crianças deficientes, também comprou Ciência e Saúde. Mais tarde, relatou que o livro estava lhe dando forças.

Um médico, que comprou o livro e o leu, mais tarde comentou: “Este livro é a única verdade sobre saúde. Tenho clinicado durante 30 anos e posso lhe assegurar, essa é a única verdade”.

Outro membro da igreja, Myriam Ordoñes, disse: “Como resultado do simpósio, os membros estão demonstrando mais atenção e interesse em levar Ciência e Saúde para a comunidade — em patrocinar mais eventos e estar mais preparados para ir ao encontro da comunidade. Perceberam como a mensagem do livro realmente toca a vida das pessoas”.

Igreja é um verbo

Igreja não é um objeto inerte, fixo, meramente um prédio, um local, ou coisa construída. Não é simplesmente um conjunto de estatutos ou um pedido de filiação. Além disso, não é um clube. É um desejo — o desejo de ajudar. É um espírito — o espírito do amor abnegado, de alegria, graça e compaixão; de oração e ação.

“Estamos aqui para ajudar as pessoas”, diz Nathan Talbot, Secretário d'A Igreja Mãe, que recebe pedidos de filiação duas vezes por ano.

“Todos precisamos do entusiasmo e da visão que eram tão vitais na vida dos primeiros membros da Igreja. Precisamos daquele senso cheio de poder, repleto de amor e convicção e que é inspirado a compartilhar a revelação da Sra. Eddy sobre as leis espirituais com nosso próximo, de formas corajosas e compassivas”.

Moisés encontrou uma sarça ardente que não se consumia. Poderia isso ser uma metáfora para Igreja — Igreja como a árvore da vida ardendo de amor ao próximo?

Outra palavra para amor?

Organização, conforme mencionado anteriormente, é uma palavra de 11 letras para amor. Mas a integridade e o poder da organização que Mary Baker Eddy concebeu para ser sua Igreja, depende de uma outra palavra de 11 letras para amor: Colaboração. Colaboração significa um relacionamento de apoio mútuo entre A Igreja Mãe e suas filiais (assim como entre os membros dentro das filiais e entre as filiais), Significa trabalhar juntos.

“Precisamos valorizar a concepção que Mary Baker Eddy deu a esta Igreja”, enfatiza Virginia Harris, membro d'O Conselho de Diretores da Christian Science. “Essa concepção não precisa ser reinventada. Dê valor ao relacionamento entre A Igreja Mãe e suas filiais. Ame o que ela está oferecendo. À medida que sentirmos essa conexão, no âmago, no coração, esta Igreja prosperará”.

O que a Bíblia promete para as pessoas não é menos verdadeiro para a Igreja: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Salmo 1:3). A colaboração, o respeito mútuo e o amor, focado no exterior, alimenta o solo; inspiram maneiras criativas e compassivas de uma igreja interagir com sua comunidade e dar muitos frutos; ajudam Ciência e Saúde a prosperar, de forma a melhor satisfazer às necessidades de cada companheiro de jornada.

IGREJAS E SOCIEDADES FORMADAS PARA CELEBRAR CULTOS

Mary Baker Eddy escreveu no Journal de abril de 1895: “Cada igreja ou sociedade formada para celebrar cultos dominicais, deverá eleger dois Leitores...” (“Church and School”, p. 1). A realização de cultos era o propósito central para a reunião de membros e as formas organizacionais para os cultos evoluíram gradualmente.

O Journal começou a anunciar “Igrejas e Sociedades” em 1889. Mas, o termo sociedade estava sendo usado entre Protestantes desde os tempos coloniais na América. Ao redor do Século XIX, sociedade, em alguns casos, designava uma igreja ainda não incorporada.

Sociedades eram, no início, definidas parcialmente pelo que elas não eram, como fiéis ainda não organizados em igrejas. Mas, as duas designações tinham a ver menos com o número de membros e mais com as maneiras diferentes de prover cultos públicos regulares — e acesso à cura da Christian Science.
De acordo com o Manual da Igreja (ver pp. 72-73), exige-se 16 pessoas para organizar uma igreja, das quais quatro devem ser membros d'A Igreja Mãe. Para tornar-se uma sociedade da Christian Science, um grupo precisa ter pelo menos dois membros d'A Igreja Mãe para servir como Leitores, mas o número total de pessoas não está especificado. Pelo menos um membro precisa ser um praticista registrado ativo, a fim de que uma igreja possa ser organizada.

Em muitos lugares em todo o mundo, grupos informais, ainda não reconhecidos como igrejas ou sociedades, se reúnem para realizar cultos.

LADY VICTORIA MURRAY SANADORA E PRODUTORA DE IGREJAS

OFERTA E PROCURA NO NORTE DA INGLATERRA

“Nos últimos cinco anos”, disse ela, conforme reportagem de 6 de janeiro de 1906 publicada no Christian Science Sentinel, “foram organizadas quinze igrejas e sociedades nas maiores cidades do norte da Inglaterra, e, em cada caso, o trabalho começou através da cura”.

Mas, o norte da Inglaterra não havia acolhido calorosamente as primeiras tentativas de Lady Victoria Murray de formar uma igreja, alguns anos antes. Em uma longa carta a Mary Baker Eddy, explicando os desafios que ela e seus amigos haviam enfrentado, ela escreveu: “Foram dois anos de fracasso após fracasso, coroados finalmente com um triunfo que somente foi conquistado depois de noites e dias de oração, para que o Amor reinasse em lugar da malícia. Quando decidimos construir uma pequena igreja só nossa, não tínhamos nenhum membro e uma congregação de 40 a 50. Nenhum salão, nenhuma sala nos permitia realizar cultos, éramos expulsos de cada lugar e, portanto, a única alternativa que restava era construir... Poderemos nos mudar para a igreja [em Manchester] em quatro semanas... “(Victoria Murray a Mary Baker Eddy, l° de março de 1904, Correspondência enviada a Mary Baker Eddy, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade).

Em uma terna resposta, própria de uma avó, [Lady Victoria estava com aproximadamente 25 anos naquela época e a Sra. Eddy com 85 anos], a Sra. Eddy agradeceu-lhe por enviar-lhe os “feixes maduros e a canção da colheita ... que alegria é a nossa na Christian Science! O Amor infinito todo nosso, o Amor incansável vigiando nosso tempo de espera, apontando o caminho... na medida em que a sabedoria dirige — então, quando a lição é aprendida, a necessidade é suprida e o conflito terminado. Minha querida, tenho orado por você e você recebeu a recompensa de suas mãos” (L08760, Mary Baker Eddy a Victoria Murray, 21 de março de 1904, The Mary Baker Eddy Collection).

Embora de uma família aristocrática (filha de um conde e de uma condessa, afilhada da Rainha Victoria), Lady Victoria sentiu-se à vontade no coração industrial de seu país, ao praticar a cura espiritual e ao ensinar outros a curar seus semelhantes.

WILLIAM B. JOHNSON SECRETÁRIO D'A IGREJA MÃE, 1892-1909

UM HOMEM QUE SABIA COMO CUIDAR MATERNALMENTE DE UMA IGREJA

Em inglês, a palavra Clerk (Secretário) rima com work (trabalho), e William Johnson foi um Secretário d'A Igreja Mãe, trabalhador e ternamente solícito, que serviu durante 20 anos como um dos colegas de trabalho de maior confiança de Mary Baker Eddy. Seu filho, William Lyman Johnson, relembra que seus pais tinham bancos reservados na igreja Metodista da rua Dorchester, em Boston, mas seu pai estava em busca de “algum poder curativo que curasse não somente uma aflitiva hérnia supurada, mas que também eliminasse a escória das doenças” que ele havia adquirido durante a guerra civil dos Estados Unidos (1861-65) (das reminiscências de William Lyman Johnson, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade). Um empregado em uma loja de suprimentos médicos recomendou a Christian Science. Johnson recuperou completamente a saúde por meio da oração e continuou a estudar com a Sra. Eddy para aprender como curar.

As várias centenas, provavelmente milhares, de cartas que Johnson escreveu, em resposta às perguntas dos membros e das congregações das igrejas filiais, permanecem como um modelo de brevidade e clareza. Em uma resposta típica a um pedido de um membro — neste caso, que A Igreja Mãe enviasse um praticista da Christian Science para iniciar uma prática de cura na cidade dela — Johnson escreveu em 1906: “Acho que existem muitos em seu quadro de membros, que são membros d'A Igreja Mãe, e, pelo menos dois, além da senhora mesma, que tiveram instrução em classe. Não lhe parece que aqueles que receberam instrução na Christian Science deveriam devotar seu tempo e energias para curar e reformar, e assim servir o público aí em sua cidade, como a senhora sugere em sua carta? Certamente existe a necessidade de a senhora fazer esse trabalho e eu confio em que a senhora estudará a possibilidade e encorajará os outros a fazer o mesmo” (Livro de cartas de William B. Johnson, Pasta 8, Série BD0024, N  281).

As respostas de Johnson sobre organizar uma igreja não eram cartas tipo formulário, mas transmitiam uma mensagem consistente. Para alguém na Califórnia ele escreveu: “...se existem Cientistas Cristãos em Porterville que sejam praticistas e estejam curando o doente e reformando o pecador, e que sejam capazes de realizar cultos de acordo com o requisito dos estatutos d'A Igreja Mãe, e que compreendam suficientemente como proteger a mesma dos esforços da malícia para impedir seu progresso, o método mais simples de organizar seria eleger alguns dignitários e adotar alguns estatutos ou regras que capacitarão a Sociedade a administrar seus negócios de uma maneira ordenada” (Ibid., N  89).

Essa ainda é a parte mais importante, nos dias de hoje.

DEFININDO IGREJA

IGREJA. A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede. A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demônios, ou o erro, e curando os doentes.

Ciência e Saúde, p. 583.

A IGREJA MÃE PROCURA ESTABELECER UMA CONEXÃO MAIOR COM SEUS VIZINHOS

ESTAMOS AQUI PARA CAMINHAR COM NOSSA COMUNIDADE

Os novos leitores d'A Igreja Mãe, Primeiro Leitor, Lyle Young e Segunda Leitora, Suzanne Cowin, têm como primeira língua o inglês, mas eles também falam fluentemente o espanhol. Pela primeira vez, em seus 125 anos de história, A Igreja Mãe fez do idioma espanhol um pré-requisito para as duas pessoas nomeadas para esses cargos especiais. Uma porcentagem bastante grande da vizinhança de Boston, que circunda A Igreja Mãe, é de origem hispânica, portanto, os cultos dominicais e as reuniões às quartas-feiras em espanhol, foram agora incluídos (desde 9 de junho de 2004) em uma programação que, em anos recentes, incluía somente cultos realizados em inglês.

“Estamos aqui para caminhar com a comunidade, para fazer essa conexão com nossos vizinhos”, diz o Sr. Young. “A Igreja Mãe está se perguntando como estabelecer uma conexão maior com a comunidade local em Boston, e os cultos em espanhol são um passo nessa direção”.

Em outras palavras, a mensagem é global, mas transmiti-la deve ser sempre algo feito localmente.

Suzanne Cowin fala da conexão coração-a-coração que os novos Leitores já estão estabelecendo com os líderes da comunidade em Boston. Como exemplo, ela se refere a um convite recente de um ministro da igreja Universalista Unitariana para ler a Bíblia em espanhol em um dos cultos de sua igreja. “Foi uma experiência que tocou o coração, algo histórico”, diz a Sra. Cowin. “Além do mais, acho que isso assentou o alicerce para um relacionamento contínuo entre nossas igrejas. Existem tantos lugares em que o ministério da igreja dele e o da nossa poderiam se encaixar, uma vez que ambos desejamos ajudar as pessoas de Boston”.

Cynthia Neely, a nova Presidente d'A Igreja Mãe, está na mesma sintonia. “Tudo isso para nós significa que somos uma igreja comunitária”, diz a Sra. Neely, que é a primeira Presidente a se mudar para Boston, para o período de sua nomeação de um ano. Neely fala da “abertura” para a comunidade, de “partir o pão com eles, fazer com que as pessoas realmente sintam que elas podem vir e participar e depois voltar, talvez à sua própria igreja, com novas idéias e um sentimento de amor”.

“PRIVILÉGIO DOS MEMBROS”

Formar organizações da Christian Science em faculdades e universidades

Em resposta aos pedidos de estudantes de faculdades que desejam oferecer palestras sobre a Christian Science no campus de suas faculdades, Mary Baker Eddy escreveu, em 1904, um estatuto chamado “Privilégio dos membros”, sob o artigo “A Igreja Mãe e as igrejas filiais”. Ele autoriza alunos, instrutores e membros do corpo docente, em faculdades e universidades, a formarem e dirigirem organizações da Christian Science (OCSs). Nas dez décadas desde que esse estatuto foi acrescentado ao Manual da Igreja, as OCSs têm existido nas comunidades acadêmicas em todo o mundo, proporcionando uma janela de acesso ao Ciência e Saúde nessas instituições de aprendizado. Hoje, existem mais de 160 OCSs.

As OCSs não são Igrejas de Cristo, Cientista, no campus, muito embora elas sejam, freqüentemente, assim categorizadas entre as organizações religiosas de uma escola. As OCSs operam, de acordo com as regras de uma instituição acadêmica, em benefício daquela comunidade. (Esta série fará uma reportagem, em profundidade, sobre as OCSs, em um próxima edição.)

ALGO ESTAVA FALTANDO, MAS NÃO FALTA MAIS

Hazel Corrin captou a mensagem que provou ser aquela que, em sua própria maneira modesta, foi semelhante ao chamado que o Apóstolo Paulo ouviu para ir à Macedónia e compartilhar as boasnovas do Cristianismo.

A vida na Cidade do Cabo, na África do Sul, há alguns anos, era feliz o bastante para a Sra. Corrin. Ela é uma aposentada ativa. Mas, certo dia, estava de férias em Knysna, que fica a 5 horas de carro na costa, ao norte, em direção a Durban, quando um pensamento quase audível lhe veio à mente: Eu deveria estar vivendo aqui. Quando Hazel comentou com um de seus filhos sobre a intuição, ele sugeriu que ela procurasse um corretor de imóveis naquela área. Ela o fez e sem demora mudou-se de casa.

O que parecia estar faltando em Knysna era uma igreja e também travar conhecimento com outras pessoas interessadas em espiritualidade. Corrin ainda era membro de Segunda Igreja de Cristo, Cientista, na Cidade do Cabo e ela estudava a Lição Bíblica semanal constante do Livrete Trimestral da Christian Science. Esse estudo se tornou sua conexão com membros da Igreja em todo o mundo. Mas, ela soubera de outros Cientistas Cristãos que viviam em cidades de até uma hora de carro de distância e que também não tinham nenhuma igreja nas proximidades. Alguns telefonemas e, mais tarde, um anúncio no jornal, fizeram com que aproximadamente 12 pessoas se reunissem na casa de Corrin para cultos dominicais.

“Fazemos uma reunião de testemunhos, após o culto, uma vez por mês, para que possamos relatar as curas que temos”, disse Corrin. “Além disso, a cada semana, permanecemos de 10 a 20 minutos para conversar sobre a Lição Bíblica da semana. Fazemos perguntas, uns aos outros, sobre as passagens ou histórias bíblicas”.

Os cultos dominicais informais de Knysna estão conectando pessoas em múltiplas direções — umas com as outras, com outros Cientistas Cristãos em todo o mundo que estejam estudando a mesma Lição Bíblica, e, no caso de Corrin, com sua comunidade mais próxima. Ela foi duas vezes convidada para falar sobre sua religião aos membros da U3A (Universidade da Terceira Idade), uma cooperativa de aprendizado com filiais em muitos países. “As pessoas na África do Sul definitivamente estão procurando a cura espiritual, de uma ou outra maneira.”

NÃO APENAS UM LUGAR PARA REALIZAR CULTOS

Eu havia apenas começado a reaprender espanhol, quando minha igreja começou a realizar cultos nesse idioma, e eu me tornei solista. Um domingo de manhã, acordei com um forte sintoma de gripe. Liguei para a Primeira Leitora e oramos juntas. Eu não poderia cantar e não havia ninguém mais que pudesse me substituir.

Consegui chegar até o culto e, assim que desci da plataforma para o primeiro hino, senti um amor e uma apreciação tão grande vindos da congregação, que os sintomas diminuíram. Mas, minha voz ainda não soava natural. Ouvi a leitura da seleção bíblica, a Oração do Senhor, cantamos o segundo hino. Quando toquei a introdução de guitarra para o solo, pensei no que Mary Baker Eddy fala em Ciência e Saúde, ou seja, que a linguagem de Deus é espiritual (ver p. 117). Senti a apreciação dos ouvintes de tal maneira, que comecei a melhorar ainda mais. Após meu solo, ouvi a Lição-Sermão lida pelos Leitores e senti-me fortalecida com aquelas idéias espirituais. O resultado: saí do culto curada!



Em 1987, passando por um período de troca de carreiras, entrei em uma Sala de Leitura de uma igreja filial em Englewood, estado de Nova Jérsei. A ternura que senti ali permaneceu comigo e me impeliu a assistir ao culto. As amorosas boas-vindas que recebi, fizeram com que me sentisse em casa. Foi uma grande alegria para mim, quando pedi filiação À Igreja Mãe e a essa igreja filial, e ambas me acolheram em seus rebanhos.

Minha igreja tem procurado oportunidades de alcançar a comunidade. Uma vez que a comunidade latina em Englewood vem crescendo constantemente durante anos, decidimos começar a oferecer cultos em espanhol no primeiro domingo de cada mês, o que tem sido uma grande experiência para mim, não somente ajudando a estabelecer essa atividade, mas também porque minha esposa e eu somos as únicas pessoas que falam espanhol no quadro de membros, portanto, juntos, lemos a Lição-Sermão no culto.

Nossa igreja está também envolvida com grupos interdenominacionais, provendo leitores para o Culto de Ação de Graças Comunitário, participando nas feiras da cidade e apoiando os programas de rádio, tais como o Christian Science Sentinel ou El Heraldo de la Ciencia Cristiana. Recentemente, um grupo de outra denominação solicitou-nos um palestrante sobre Christian Science, porque desejavam aprender mais sobre essa Ciência. Eles estão lendo várias biografias da Sra. Eddy, juntamente com Ciência e Saúde. Para mim, é gratificante ver essa abertura. Algumas dessas atividades não têm nenhum precedente em minha experiência como membro da igreja. Além disso, é notável a evolução do meu próprio pensamento, que costumava ser muito conservador. Minha abordagem reservada passou a ser mais aberta e inclusiva.


Quando ouvi falar, pela primeira vez, sobre Christian Science, ela me soou boa demais para ser verdade e busquei argumentos para tentar provar que ela estava errada. Finalmente, concordei em ler Ciência e Saúde, mas foi mais com a intenção de encontrar onde estava o problema.

Alguns meses mais tarde, sofri um acidente e tive a coragem de aplicar o pouco que sabia sobre Christian Science. Tive uma cura rápida e completa. Essa foi uma profunda experiência para mim, e comecei a estudá-la seriamente. Mas, eu não estava interessado em ficar preso a uma igreja.

Enquanto isso, casei-me e minha esposa também começou a estudar a Christian Science. Após dez anos, desejamos nos tornar ativos em uma igreja, portanto, nos tornamos membros d'A Igreja Mãe e de uma igreja filial. No dia em que dei meu primeiro testemunho, em uma das reuniões na igreja, às quartas-feiras à noite, uma pessoa pediu que eu orasse por ela. No dia seguinte, ela ligou para dizer que estava curada. Daquele momento em diante, tenho pessoas me ligando todos os dias pedindo ajuda.


Depois de uns dois anos como estudante dedicado da Christian Science, senti que desejava fazer parte deste movimento global. Pedi filiação n'A Igreja Mãe e me tornei membro. Logo depois disso, deparei-me com um versículo em Miquéias (6:8) que diz: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus”. Pensei: Esse será meu propósito de vida. Portanto, matriculei-me para receber instrução em classe na Christian Science. Durante a classe, tive uma cura impressionante, quando um problema espinhal de longa data, foi instantânea e completamente curado. Isso fortaleceu ainda mais o meu desejo de dar de graça aquilo que havia recebido de graça (ver Mateus 10:8).

Depois de aposentar-me de meu trabalho como piloto naval e mestre marinheiro, estabeleci-me em Estocolmo e me tornei membro de Primeira Igreja de Cristo, Cientista. Tenho tido diferentes cargos e o trabalho com o grupo de membros dedicados tem sido criativo, inspirador e progressivo.


FILIAÇÃO NA IGREJA FILIAL

O que se exige para que alguém se filie a uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, varia de uma igreja para outra, refletindo, freqüentemente, uma cultura ou uma época em particular. Essa individualidade é um reflexo da “Autonomia local”, que Mary Baker Eddy escreveu no Manual da Igreja: “cada Igreja de Cristo, Cientista, terá sua própria forma de governo” (Manual, p. 70) e que: “na Ciência Cristã, cada igreja filial será nitidamente democrática na sua forma de governo, e nenhuma pessoa e nenhuma outra igreja deverá interferir nos seus assuntos” (Ibid., p. 74). É nesse contexto que as filiais, algumas vezes, repensam o processo para aceitar novos membros em suas congregações, os quais se unirão para levar aos seus vizinhos a mensagem contida em Ciência e Saúde.

Tomemos como exemplo Quinta Igreja, de Kinshasa, República Democrática do Congo.

O membro Mayal Tshiabuila aponta para “o novo espírito, no qual Quinta Igreja admite candidatos à filiação. Na última sessão, foi mais o amor pela Christian Science, o desejo de crescer espiritualmente e o apoio ao ideal da igreja que foram considerados, ao invés de testar os candidatos de alguma forma”.

No Manual da Igreja, um dos requisitos para filiação n'A Igreja Mãe é: “o candidato precisa crer nas doutrinas da Ciência Cristã...” (Ibid., p. 34). Os membros de Quinta Igreja compreenderam que eles estavam sendo convidados a encontrar suas próprias respostas nos escritos de Mary Baker Eddy. Ela aponta para muitos ideais em seus escritos e os membros puderam perceber que eles não necessitavam ter uma lista do que fazer e do que não fazer, com a qual medirem a prontidão dos candidatos à filiação. Ao invés disso, eles podem determinar, caso a caso, o quanto cada candidato acredita nas doutrinas e está vivendo esses valores.

O Sr. Tshiabuila fala francamente: “Veja, entrevistar candidatos à filiação na igreja costumava ser uma tarefa difícil. As perguntas tinham, algumas vezes, o objetivo de avaliar se o candidato era 'adequado' para se unir ao 'clube' dos 'mocinhos bons'. O entrevistador tinha de certificar-se de que o candidato estava 100% alinhado com a Christian Science. O questionamento incluía a memorização de alguns artigos de fé básicos, 'a declaração científica do ser', as definições de Deus, Igreja, homem, Cristo Jesus, constantes em Ciência e Saúde; os mandamentos, as bemaventuranças, etc.

Agora, o pensamento dos membros está mudando. Eles consideram a filiação à igreja como um processo. Algum candidato pode ler as Lições-Sermão [constantes do Livrete Trimestral da Christian Science] em casa e ficar feliz com isso. Ninguém o obriga a ser membro da igreja. Portanto, se alguém decidir solicitar filiação à igreja, isso talvez se deva ao fato de que essa pessoa deseja estar com as outras pessoas e ser ajudado por elas em seu crescimento, como também trabalhar com elas na promoção da Christian Science. Quanto a isso, ele necessita de encorajamento e apoio, ao invés de que lhe seja solicitado demonstrar 'santidade', antes de unir-se ao clube de 'santos'”.

DESEJA SABER MAIS SOBRE A IGREJA MÃE OU TORNAR-SE MEMBRO?

Pessoas de 53 países se tornaram membros d'A Igreja Mãe no ano passado — em torno de 10% fizeram o download do pedido de filiação on-line. Para mais informações sobre filiação ou como se tornar membro, visite o site Além disso, aqui estão alguns outros links que serão de utilidade:

• Conheça os outros aspectos d'A Igreja Mãe e suas atividades — christianscience.com/pt 

• Entre em contato com os que estão buscando a espiritualidade e o livro de Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras — www.spirituality.com

Conheça melhor Mary Baker Eddy — www.marybakereddylibrary.org.

https://www.christianscience.com/pt/outros-recursos/pedidos-de-filiacao 

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“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

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