O PASSADO
Nenhuma forma de comunicação humana é mais eficaz do que quando uma pessoa fala — olho no olho, coração a coração — para uma ou muitas pessoas. Esse tipo de comunicação, como um meio de se trocar idéias, é anterior a Sócrates. Jesus ensinava falando das encostas das colinas da Galiléia. A inovadora religiosa, Mary Baker Eddy, acabaria tornando o ato de falar em público uma demanda universal nas reuniões de testemunhos semanais, em seu movimento. Mas, tudo isso começou com o desejo de uma mulher de levar a mensagem da descoberta espiritual ao mercado das idéias.
Nos últimos 25 anos do século XIX, o livro recém-publicado de Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, desafiava o conhecimento convencional em muitas questões fundamentais, científicas e religiosas — a natureza do materialismo; o significado da vida humana; a existência, a essência e a acessibilidade de Deus — para citar apenas algumas dessas questões.
Ciência e Saúde declarou, abertamente, que o Consolador prometido por Cristo Jesus havia chegado. A Ciência — as leis — do ser espiritual estivera embutida na Bíblia o tempo todo, e agora, uma mulher a havia descoberto.
Mulheres apresentam-se em público
Durante o século XIX, somente um número relativamente pequeno de mulheres americanas falava em público, em prol de alguma causa. A historiadora religiosa Ann Braude menciona as mulheres pregadoras quáqueres que, além de pregarem, falavam a estudantes universitários e em simpósios onde os tratados com os nativos americanos eram negociados. Mulheres pregadoras evangélicas, em números cada vez mais substanciais, falavam em público, entre 1740 e 1840. Outras mulheres subiam aos palanques para falar em prol da temperança, dos direitos das mulheres e contra a escravidão. Como essas mulheres perderam o constrangimento de falar em público? “Quase todas julgavam que a inspiração espiritual direta — um chamado de Deus — as capacitava a vencer os milênios de ensinamentos teológicos tradicionais, o preconceito social e suas próprias inseguranças pessoais”, diz Braude (Ann Braude, “Respondendo ao Chamado de Deus para Falar”, A Revista d’A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade, dezembro de 2001/abril de 2002, p. 18).
Mary Baker Eddy enfrentou suas próprias inseguranças, mas também sentiu o chamado de Deus (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. xi) e acreditou que, em última análise, outros teriam de explicar a descoberta e sua Descobridora ao público: “Os tempos vindouros terão de contar o que o pioneiro realizou”. Mas primeiro, ela teria de “talhar o granito bruto” (Ibid., p. vii) — tirar do caminho tanto as pedras da hostilidade como da adoração — e ser a primeira a enfrentar o público.
Mary Baker Eddy começa a dar palestras
Os primeiros compromissos da Sra. Eddy de falar em público, de que se tem notícia, ocorreram durante sua estada no sul, no estado do Maine, no início da década de 1860. Na ocasião, casada com o dentista itinerante, Daniel Patterson, ela falava sobre sua experiência de vida no sul, na divisa do norte com o sul, e sobre os métodos de tratamento “magnéticos” ou mesméricos de Phineas P. Quimby. Os Pattersons mudaram-se para o estado de Massachusetts e ela continuou a desenvolver suas habilidades retóricas, falando nas reuniões da sociedade em prol da temperança. A notável cura espiritual que teve em 1866, levou-a à descoberta do “Princípio divino dos ensinamentos e da prática de nosso Mestre” [Cristo Jesus] (Ciência e Saúde, p. 19). No final da década de 1860, começou a falar sobre o que agora chamava Christian Science, primeiramente a pequenos grupos, nas comumente chamadas palestras de salões particulares.
Em janeiro de 1879, a Sra. Eddy escreveu à sua aluna Clara Choate: “Faz 14 anos que estou dando palestras em salões particulares e agora Deus me chama para me apresentar diante das pessoas num sentido mais amplo”. Somente um ano antes, a Sra. Eddy havia começado a dar palestras nos maiores salões de Boston e em igrejas. No parágrafo de abertura da carta à Sra. Choate, ela dá uma amostra de seu brilhantismo e perspicácia, qualidades essas que a tornariam uma conferencista formidável e que ela viria a valorizar em outros conferencistas. Aparentemente, ela também apreciava interagir com o público, fazer e receber até mesmo as perguntas mais incisivas.
Um evento notável
“Gostaria que você tivesse assistido à reunião no Tabernáculo [Tabernáculo Batista Shawmut, no bairro South End, em Boston], no domingo passado,” a Sra. Eddy continuou em sua carta a Clara Choate. “Meu tema foi ‘A vinda do Cristo’ e realmente trancei as cordas e fiz um chicote para as costas deles, mas um chicote que cortava bem de leve, asseguro-lhe. E, quando terminei, três deles se levantaram para fazer perguntas. Eu respondi e os derrotei, um de cada vez. Um deles disse que estava satisfeito. Os outros tinham razões para estarem satisfeitos, pois o público me encorajava, me aplaudia e batia os pés. Mas o pastor disse que não permitiria aquilo e começou a dizer que eu ‘tinha sido obscura em alguns pontos’. Eu quis responder, mas ele continuava a criticar. E o público gritava: ‘Deixe-a falar, deixe-a falar!’ Então o pastor, Sr. Williams, começou a congratular-se comigo, mas eu sabia que essa atitude, naquele momento, era apenas uma tática diplomática”. (L02463, Mary Baker Eddy a Clara E. Choate, 24 de janeiro de 1879, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade).
Essas primeiras palestras foram dadas sob o patrocínio organizacional da Associação de Cientistas Cristãos (CSA), formada pela Sra. Eddy e seus alunos, em 1876. O relatório anual de janeiro de 1880 da Associação, observou que, em um período de mais de nove meses, cujo término se deu em julho de 1879, a Sra. Eddy deu 32 palestras em Boston, “todas com um bom público” (Historical Sketches from the Life of Mary Baker Eddy and the History of Christian Science de Clifford P. Smith, Boston, A Sociedade Editora da Christian Science, 1992, p. 164). Os locais incluíam alguns dos fóruns para reuniões educacionais e inspirativas mais populares de Boston: Parker Memorial Hall, Hawthorn Hall, Checkering Hall e Odd Fellows Hall. Os salões variavam de modestos a amplos, na medida em que o público aumentava.
A Sra. Eddy dava também, às quintas-feiras à tarde, “Palestras sobre Metafísica Prática”, em sua Faculdade de Metafísica de Massachusetts, à Avenida Columbus, cobrando o ingresso a 25 centavos de dólar. Embora algumas pessoas possam arrepiar-se com a comparação entre as maçãs da metafísica com as laranjas dos atuais filmes de Hollywood, o preço do ingresso era mais ou menos equivalente, ao custo de hoje, a uma entrada de matinê de cinema em Boston (em dólares corrigidos pela inflação). Uma palestra do século XIX poderia ser chamada de “bom entretenimento”, afinal entreter pode também significar “manter em mente” e isso é o que a Sra. Eddy e outros palestrantes da Christian Science esperavam que os ouvintes fizessem com as idéias apresentadas.
Busca de talentos
Mary Baker Eddy, instintivamente, oferecia àqueles que buscavam a espiritualidade um sistema de cura e não uma descoberta pessoal. Ela achava que os outros precisavam ser capazes de aprender, comprovar por si mesmos e re-apresentar esse conjunto de leis espirituais. Portanto, a Sra. Eddy procurava estudantes de Ciência e Saúde e da Bíblia que pudessem carregar a tocha além dos limites de Boston, através de seus próprios circuitos de palestras.
Considerando a insuficiente compreensão de seu sistema de cura por parte de seus primeiros alunos, a Sra. Eddy talvez tenha percebido, logo no início, que desenvolver uma equipe de conferencistas exigiria cultivo, uma busca a longo prazo de talentos e muita oração. “Espero, minha querida”, escreveu ela a Clara Choate, “que no futuro tu venhas a ocupar a posição de professora e conferencista. Trata-se de uma posição humilde, solene, dedicada, altruísta, perfeitamente sincera, à qual precisamos chegar, antes que possamos estar aptos a transmitir as ordens diretas de Deus”. (L02473, Mary Baker Eddy a Clara E. Choate, agosto de 1879, The Mary Baker Eddy Collection). Alguns anos mais tarde, atas registravam que: “A Sra. Eddy insiste em que os estudantes se preparem para falar em público, sendo este um complemento importante para a capacidade de curar do praticista” (Ata da Associação de Cientistas Cristãos, 14 de fevereiro de 1883, The Mary Baker Eddy Collection).
Primeiro curar, depois dar conferências
Com essa mudança em mente, ou seja, a preparação para falar em público, a capacidade retórica e a presença em cena passaram a ser necessidades no conjunto de ferramentas de um estudante. A ampla correspondência entre a Sra. Eddy e os conferencistas mostra a ênfase que ela colocava sobre tais elementos como voz, eloqüência, empatia, lógica e raciocínio claro, brevidade e simplicidade. Ela desejava mensagens que evitassem “abstrações confusas” (L08535, Mary Baker Eddy para William G. Ewing, 16 de outubro de 1900, The Mary Baker Eddy Collection), que fossem isentas de malícia e benevolentes com relação às outras tradições religiosas.
A Sra. Eddy achava que o que melhor preparava alguém para esse tipo específico de apresentação pública era a experiência na cura espiritual. O Deus que cura e a própria cura cristã não passariam de brilhantes abstrações, caso o conferencista não tivesse provado que “o Princípio divino” era prático. Além disso, o equilíbrio, a perceptivida-de e a espontaneidade, exigidos para dar tratamento pela oração, seriam vitais para a capacidade de os conferencistas adaptarem mensagens a públicos e a momentos específicos e para responderem às perguntas dos ouvintes, durante os eventos.
Ao escrever ao Rev. George Tomkins, um antigo pastor e depois conferencista da Christian Science, a Sra. Eddy elogiou uma palestra que ele havia dado, “pelo grau de excelência” — ao lê-la, disse ela, “fiquei comovida até às lágrimas de alegria” (V01624, Mary Baker Eddy a George Tomkins, dezembro de 1898, The Mary Baker Eddy Collection). Entretanto, após meditar um pouco mais, ela lhe escreveu novamente, enfatizando a importância de manter a simplicidade em suas conferências, e afirmando que a prática diária da cura espiritual ser-lhe-ia o melhor professor na composição das conferências. “Tua conferência, que eu elogiei, demonstrou uma tal habilidade e conhecimento da Bíblia que me comoveram, por isso te escrevi a carta”, escreveu ela. “Mas isso não é o que a mente do público necessita no momento. As pessoas estão famintas por conhecer mais sobre a Christian Science. E nossos opositores estão igualmente determinados a impedir que as pessoas sejam esclarecidas sobre esse assunto. O que elas precisam é de um ensinamento simples, consistente, além de uma grande sabedoria por parte do conferencista para que este não lhes dê a carne antes do leite da Palavra e para que ele administre e transmita essa Palavra com brandura. Requer-se experiência primeiro como sanador, depois como professor e depois como conferencista” (V01631, Mary Baker Eddy a George Tomkins, 3 de janeiro de 1899, The Mary Baker Collection).
O estabelecimento do Conselho de Conferências
As pessoas que procuram a verdade fazem perguntas. Mary Baker Eddy, como palestrante, aceitava com prazer responder às perguntas, valorizava o diálogo como método de aprendizagem, encantava-se com a troca animada de idéias e respondia diretamente, tanto a críticos como a céticos. Surgiriam múltiplas oportunidades de comunicação com o público, na medida em que os Cientistas Cristãos aceitassem de bom grado responder às perguntas. Em uma carta ao Rev. Irving Tomlinson, que seria o autor da primeira conferência proferida por um membro do novo conselho de conferencistas, ela escreveu: “Sugiro que prepares uma conferência com vistas a proferi-la para os repórteres [dos jornais] e, assim, formularás uma resposta para vários pontos de vista — toma as questões predominantes na mente do público e responde-as sistematicamente com a Ciência” (L03643, Mary Baker Eddy a Irving C. Tomlinson, 12 de setembro de 1898, The Mary Baker Eddy Collection).
Ao enviar um novo artigo do Manual da Igreja para O Conselho de Diretores da Christian Science, juntamente com os nomes dos cinco candidatos a conferencistas, a Sra. Eddy estabeleceu O Conselho de Conferências da Christian Science. Essa providência foi anunciada na edição de fevereiro de 1898 do Journal.
“A igreja é a porta-voz da Christian Science...” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 247, escreveu a Sra. Eddy, em outra ocasião. E agora, a Christian Science — esse sistema de cura espiritual — passa a ter uma voz pública, sistemática. A Igreja Mãe forneceria os palestrantes e as filiais de Igrejas de Cristo, Cientista, os patrocinariam, a fim de beneficiarem suas comunidades. O Conselho de Diretores da Christian Science também foi autorizado a solicitar conferências, na medida em que surgiam as necessidades e, mais tarde, a patrocinarem conferências em comunidades acadêmicas, o que se tornou primordial ao propósito das organizações da Christian Science, em faculdades e universidades.
Conferências para a comunidade
Muitas igrejas filiais estavam hesitantes, no início, em responder a essa inovação. Patrocinar uma conferência exigia ir além da zona de conforto do crescimento espiritual pessoal e do culto em conjunto, para ir ao encontro das necessidades mais profundas e, algumas vezes, das questões críticas, de uma comunidade. A Sra. Eddy e os redatores das revistas persistiram em explicar o valor das conferências com uma torrente de mensagens, orientações e reimpressões de conferências.
Os primeiros cinco conferencistas incluíam três antigos ministros protestantes — os Reverendos George Tomkins e Irving Tomlinson e um pastor Presbiteriano do Canadá, William McKenzie. Edward Kimball (um talentoso orador e antigo homem de negócios de Chicago) e Carol Norton (um jovem e espiritualmente ativo nova-iorquino, primo do poeta Henry Wadsworth Longfellow) completavam a escalação inicial. Alguns meses mais tarde, as primeiras mulheres conferencistas foram nomeadas: Annie Knott, uma escocês-americana, e Sue Harper Mims, uma proeminente sulista, do estado de Atlanta. Ao redor de 1902, o Conselho tinha 13 membros e incluía mais um antigo pastor, três homens que, pela Christian Science, haviam abandonado a prática médica ou dentária e dois advogados que possuíam o título de Juiz.
Apresentando... Ciência e Saúde
Embora as idéias da Sra. Eddy estivessem firmemente enraizadas na Bíblia, o que ela desejava divulgar, por meio da equipe de palestrantes, era a Chave das Escrituras, ou seja, a explanação do significado espiritual da Bíblia e seu efeito sanador na vida humana, contidos em Ciência e Saúde. Afinal, os palestrantes estariam falando para um mundo que estava bem mais familiarizado com a Bíblia do que hoje. No primeiro ano do novo Conselho, ela escreveu a Tomlinson: “Minhas ações não são minhas, mas dEle que me faz agir. Eu esperei que a Bíblia tivesse precedência sobre o livro-texto, até que o pensamento do público estivesse mais iluminado com relação a ele. Esse é o motivo pelo qual peço que tuas conferências façam referências breves, mas conclusivas, a esse livro e a sua autora. É para esses dois pontos que o inimigo mira e dispara os ataques mais vigorosos para derrubá-los” (L03645, Mary Baker Eddy a Irving C. Tomlinson, 28 de outubro de 1898, The Mary Baker Collection).
Uma década antes, respondendo ao ajudante de confiança e conferencista em formação, Alfred Farlow, ela havia dito: “Claro, dá conferências, e faz tudo o que estiver ao teu alcance para prevenir o erro e apoiar a Verdade.” Diz no post-scriptum: “Apresente o livro e isso ajudará” (L01575, Mary Baker Eddy a Alfred Farlow, 25 de julho de 1887, The Mary Baker Eddy Collection).
Apresente as idéias contidas em Ciência e Saúde. Dê o leite antes da carne. Faça referências simples e diretas a Ciência e Saúde. Contudo, dê o devido crédito à fonte e à autora do sistema apresentado. A um conferencista, ela escreveu: “Os extratos de tua palestra carecem da força de tua comprovação; eles são um Shakespeare sem um Hamlet. Fizeste uma citação de Emerson sobre um assunto que Ciência e Saúde explica detalhadamente, porém não fizeste nenhuma referência ao teu livro-texto nem à sua autora...” (L08125, Mary Baker Eddy a Clarence Buskirk, 18 de junho de 1904, The Mary Baker Eddy Collection). Entretanto, quando viu que outro conferencista havia citado demasiadamente Ciência e Saúde, pediu-lhe que cessasse de citar por inteiro uma determinada página, porque isso infringia os direitos autorais de sua obra. “Tens a Verdade infinita na ponta de tua língua, em todas as tuas conferências — conseqüentement, não existe nenhuma carência, seja de idéias seja de expressão, dessa Verdade” (L05305, Mary Baker Eddy a Septimus J. Hanna, 19 de fevereiro de 1905, The Mary Baker Eddy Collection).
A descoberta tem uma Descobridora
Os freqüentes ataques ao caráter de Mary Baker Eddy e as distorções de suas idéias por parte dos críticos eram um desafio aberto. Entretanto, igualmente problemáticos, porém menos óbvios, eram os erros de omissão e descuidos cometidos por Cientistas Cristãos. Para a Sra. Eddy, havia uma linha divisória muito clara entre dizer a verdade sobre seu caráter, algo que ela desejava, e a glorificação pessoal, algo que ela tentava firmemente eliminar. Em uma nota de congratulações Tomlinson, após sua primeira conferência, ela acrescentou em um de seus pungentes adendos: “... Rogote que nunca mais fales tanto em meu louvor” (L03640 Mary Baker Eddy a Irving C. Tomlinson, 21 de fevereiro de 1898, The Mary Baker Eddy Collection). Além disso, ela certa vez solicitou a Kimball: “Em qualquer conferência que dês, diminui a extensão de teus comentários a meu respeito, torna-os tão breves quanto possível, sem perder a eloqüência...” (L07606, Mary Baker Eddy a Edward A. Kimball, 19 de janeiro de 1905, The Mary Baker Eddy Collection). Em outras ocasiões, ela recomendava aos conferencistas que evitassem em suas palestras, o uso excessivo dos termos Sra. Eddy e Christian Science.
“...Percebo o bom senso de se fazer uma referência apropriada à Líder de nossa causa em cada conferência”, escreveu ela a Tomlinson. “Não devem ser mencionados os ataques [ao caráter dela pelos críticos] mas, uma clara e firme palavra deve ser dita sobre as virtudes (caso ela as possua) que pertencem à descobridora e fundadora da Christian Science, virtudes essas que são indispensáveis para conduzir nossa causa e que a têm conduzido, com a ajuda de Deus, para fora das trevas rumo à luz. Foi o homem ou foi Deus quem a autorizou? Pode Deus cometer erros? Vá e age de igual modo etc.” (L03658 Mary Baker Eddy a Irving C. Tomlinson, 14 de setembro de 1899, The Mary Baker Eddy Collection).
Leis têm descobridores. Exatamente como seria no mínimo desonesto separar Newton da lei da gravidade ou Einstein da teoria da relatividade, Sra. Eddy viu que separar seu nome e sua natureza das leis da existência espiritual que ela descobrira, seria diminuir o sistema aos olhos do público. Esconda aquela que recebeu a idéia e a sociedade perde, em certa medida, o poder divino que concedeu a idéia. Extremamente ciente da necessidade crescente de refutar com fatos sobre sua vida as maledicências sobre seu caráter e suas realizações, a Sra. Eddy escreveu ao recém-nomeado conferencista e colega de confiança, Septimus Hanna e sua esposa Camilla: “Manter diante do público a verdade sobre seu [da Sra. Eddy] real caráter, ajudará os estudantes e fará mais pela nossa Causa do que qualquer outra coisa. O Cristianismo, em sua pureza, ficou perdido pela calúnia e matança de seus primeiros defensores. Não permita que esta era repita esse erro. A verdade a respeito de vossa Líder cura o doente e salva o pecador. A mentira tem exatamente o efeito oposto e o maligno, que lidera todo o mal nessa questão, sabe disso mais claramente do que os Cientistas Cristãos em geral” (L05294, Mary Baker Eddy a Septimus J. e Camilla Hanna, 13 de outubro de 1902, The Mary Baker Eddy Collection).
Público: enfoque nas perguntas dos participantes do evento
Dar testemunho sobre os fatos da vida de Mary Baker Eddy foi o segundo dos dois requisitos estabelecidos para os conferencistas. O primeiro dever era incluir “uma resposta justa e verdadeira a comentários públicos em que se condena a Ciência Cristã” (Manual d'A Igreja Mãe, p. 93) — a Christian Science, não meramente como uma denominação, mas como um Cristianismo renascido e seu efeito sanador. Além da distorção intencional da Christian Science, a forma de condenação que mais preocupava a Sra. Eddy era a ignorância do público ou a falta de acesso a esse conjunto de idéias transformadoras. Abordar “tópicos de interesse do público” significaria falar a um grande número de pessoas, em locais públicos.
Em 1903, uma edição de um folheto sobre patrocínio de conferências, projetado para uso de igrejas filiais, cobria uma vasta gama de questões sobre planejamento, em parágrafos simples. A Sra. Eddy aparentemente leu e corrigiu uma cópia de prova. O parágrafo intitulado “Benefícios” originalmente dizia: “As conferências são dadas com o objetivo de alcançar o público em geral, a partir de uma plataforma e através da imprensa local. Seu propósito era levedar a comunidade com um pensamento mais correto amável com relação à Christian Science...” As palavras “e amável” estão riscadas a lápis e, na margem, encontra-se a observação: “ 'corrigir’ dá o significado completo e não está pedindo favores, Eddy”.
Locais públicos
A seção do folheto sobre publicidade explicava que “as conferências tinham o objetivo primário de apresentar a Christian Science ao público e que deveriam ser dadas em locais tais que melhor acomodassem as pessoas. Quando dadas em auditórios públicos, o evento torna-se de interesse mais geral para a comunidade” (LI3067, Conselho de Conferências da Christian Science, 29 de junho de 1903, a cópia inclui revisão feita por Mary Baker Eddy, The Mary Baker Eddy Collection). Uma observação de um redator sobre conferências, em uma edição de 1899 do Journal, julgava que, “em alguns casos, nove décimos do público será composto de pessoas novas ou que querem fazer perguntas”. A igreja local que patrocina uma conferência, continuava o artigo, “torna-se um instrumento para a propagação da verdade com relação à Christian Science, em toda a (Journal, março de 1899, p. 877).
O conceito era e permanece sendo uma inovação em comunicação com o público. A igreja matriz mantém uma equipe de palestrantes; as igrejas locais podem solicitar um palestrante profissional do Conselho; e, através da realização da conferência, o público dos arredores da igreja é, em certa medida, libertado do preconceito e da compreensão equivocada sobre os ensinamentos, os quais poderão ajudá-lo a vencer os desafios pessoais e os da comunidade — além de poderem beneficiar a todos que os colocarem em prática.
Palestrantes sem fronteiras
Nos primeiros anos do Conselho de Conferências, os palestrantes eram designados por regiões. Mais tarde, essa restrição foi suspensa, embora, às vezes, na história do Conselho, abordagens regionais tenham sido usadas. Viagens de trem, relativamente pouco dispendiosas, mas confiáveis, permitiam que os palestrantes visitassem boa parte dos Estados Unidos e do Canadá. A primeira conferência fora da América do Norte foi realizada na Grã Bretanha, em 1899. Alguns anos mais trade, depois que conferências passaram a ser traduzidas e impressas em alemão, o “Campo” de conferências ampliou-se para a Europa. A primeira conferência realizada na África foi proferida pelo Dr. Francis Fluno, um antigo médico homeopata, em 1909.
Ouvir e adaptar
Nenhuma conferência é igula a outra. Nenhum momento é igual ao outro. Falar em público com eficácia, bem como patrocinar conferências, tem a ver mais com a capacidade de ouvir do que com a habilidade de falar ou de organizar. Mary Baker Eddy instintivamente ficava atenta à mensagem de Deus para o momento; contudo, foi a duras penas que ela aprendeu a adaptar a mensagem recebida a um determinado público.
Relatos de suas primeiras palestras da década de 1860 mostram que, embora os ouvintes a achassem intelectualmente culta, “...ela raciocinava tão acima do plano comum sobre o qual nos encontrávamos, que não conseguíamos compreender o que ela queria dizer” (Recorte de jornal não identificado, citado no livro Mary Baker Eddy: The Years of Discovery, de Robert Peel, Boston, A Sociedade Editora da Christian Science, 1966, p. 178). Uma década mais tarde, ela enfrentava, freqüentemente, ouvintes turbulentos e perguntas incisivas em suas palestras em salões particulares, mas se adaptava, com sucesso, respondendo pergunta após pergunta. Uma de suas mais celebradas conferências foi extemporânea, dada quase de improviso e com algumas anotações feitas à mão, diante de uma exuberante multidão de 4.000 pessoas, no Central Music Hall em Chicago, em 1888 (ver “My remarks will be extemporaneous...” A Revista da Biblioteca Mary Baker Eddy, outubro 2001/abril 2002, p. 14). A palestra “Science and the Senses” (A Ciência e os Sentidos), foi publicada em Miscellaneous Writings 1883-1896, pp. 98-106.
A Sra. Eddy escreveu a uma aluna: “Todo pregador da Christian Science deveria falar sem anotações. ‘O coração precisa transbordar / Se outro coração, desejas alcançar’. Novamente lho-te a pôr de lado os discursos escritos... deixa que Deus te dê expressão, fale através de ti e para ti e teus ouvintes” (L08507, Mary Baker Eddy a Ruth B. Ewing, 23 de fevereiro de 1894, The Mary Baker Eddy Collection).
Falando para o futuro
A demanda por adaptação e resposta às perguntas para as quais o público estava em busca de respostas aumentaria nas décadas seguintes. As guerras, epidemias e a repetição tediosa de tragédias no século XX, fariam com que milhões de pessoas questionassem o significado da vida humana e a existência de Deus. As grandes instituições, incluindo a religião, perderiam a credibilidade e o apoio, na medida em que a busca espiritual se tornava pessoal. A prosperidade econômica no Ocidente e em outras regiões, ajudou a criar o culto ao conforto.
Contudo, nos primeiros anos do século XXI, a demanda do público por uma espiritualidade lógica, prática e saudável — em última análise, pelo Consolador que Jesus prometera — estimulou uma resposta, por parte dos conferencistas, cada vez mais acessível, flexível, criativa e compassiva. Além disso, a surpreendente revolução nas comunicações, propiciou novos e expansivos meios de se transmitir a mensagem salvadora para aqueles que buscam a verdade.
OLHANDO PARA O FUTURO
Estas conferências são primeiramente para apresentar a Christian Science ao público e deverão ser proferidas em locais tais que possam acomodar as pessoas. (LI3067, De um panfleto do Conselho de Conferências de 1903).
Vai com eles — como Jesus fez — uma parte do caminho e deixa que falem e aí presta atenção ao que eles estão prontos para ouvir (L03681, Mary Baker Eddy a Irving C. Tomlinson, 21 de junho de 1899, The Mary Baker Collection).
“Hoje, as pessoas estão em busca de informações sobre espiritualidade que sejam úteis e relevantes à sua vida diária. Os membros do Conselho de Conferências, que são palestrantes profissionais e sanadores espirituais, estão respondendo a esse chamado com palestras e seminários que apresentam as idéias práticas contidas em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy”.
Isso é o que você lerá quando acessar a página d’A Igreja Mãe na Internet para o Conselho de Conferências (www.churchofchri stscientist.org/lectureplanning). A declaração é uma clara indicação de como a provisão de Mary Baker Eddy para uma comunicação direta com o público sobre a Christian Science, ainda é saudável e ativa, depois de estabelecer esse Conselho, há mais de 100 anos.
A página de introdução na Internet continua: “Igrejas filiais e sociedades podem patrocinar seminários, mesas-redondas, eventos pela Internet e palestras interativas ao vivo, para suas comunidades”. Há vários exemplos de uma vasta gama de locais onde os 54 palestrantes deste ano poderão encontrar pessoas, exatamente onde essas pessoas se encontram: em feiras, simpósios, fóruns interdenominacionais, salas de aula, escolas de medicina e hospitais, prisões, centros de tratamento de dependentes químicos, centros de reabilitação e casas de repouso, clínicas para tratamento da AIDS, com entrevistas ao vivo em programas de rádio e televisão e eventos ao vivo pela Internet.
Esses palestrantes também se encontraram com pessoas nos vilarejos da África.
O próprio site é um grande recurso que capacita A Igreja Mãe e suas filiais a trabalharem juntas, com êxito, no patrocínio de um evento para um público ou uma comunidade específicos. O site inclui links para informações mais detalhadas e atuais sobre o programa de conferências e conferencistas. Ele proporciona acesso ao Falando publicamente, o boletim que o Conselho de Conferências publica a cada mês, como também a um programa completo de conferências — tudo desde como identificar um público alvo, um tópico e o formato; a escolha de um palestrante; promover e anunciar uma conferência; e acompanhamento após o evento; até a ajuda de um consultor de mídia e de um consultor de publicidade.
Uma conferência é uma mensagem
Em certo lugar no site lemos: “Uma conferência da Christian Science é uma mensagem — uma mensagem de esperança, consolo e cura. É uma mensagem que mostra ‘aos que honestamente procuram a Verdade’, como usar as idéias que lhes foram apresentadas pela Sra. Eddy, nas páginas de Ciência e Saúde. Conforme delineado no Manual da Igreja (p. 93), as conferências dão ‘uma resposta justa e verdadeira a comentários públicos em que se condena a Ciência Cristã’ e dão testemunho da verdade concernente à Descobridora e Fundadora da Christian Science, Mary Baker Eddy”.
O próprio site é um grande recurso que capacita A Igreja Mãe e suas filiais a trabalharem juntas, com êxito, no patrocínio de um evento.
A gerência do Conselho de Conferências destaca o quão global, específica para as comunidades e prática é essa mensagem. No ano passado, 1.448 conferências da Christian Science foram realizadas em todo o mundo, alcançando mais de 38.000 pessoas novas que compraram ou receberam mais de 21.000 exemplares de Ciência e Saúde. Cada conferência é única. Tópico, local, tamanho e composição do público, custo, formato — todas esses fatores variam, dependendo das circunstâncias e das necessidades da comunidade local. O que satisfaz as necessidades do público em Uganda pode ser diferente do que funciona no Reino Unido. Mas, qualquer que seja o local, o continente, a mensagem é sobre a Christian Science. Além disso, a mensagem tem efeitos benéficos e práticos na vida dos participantes.
Efeitos práticos
Depois de assistir a uma conferência da Christian Science na Austrália, uma jovem confidenciou: “Algo está acontecendo em minha vida agora mesmo e eu realmente precisava de cura. O que vocês compartilharam hoje, ajudou-me a abandonar o medo. Sei que serei curada”.
Não muito longe dali, na Nova Zelândia, uma mulher encarregada de um grupo de apoio a pacientes com câncer levantou-se e agradeceu à conferencista pelo seminário informal que ela havia realizado: “Você nos inspirou a vigiar mais nosso pensamento. Deixamo-nos cair no esquecimento de que podemos governar nosso pensamento e bem-estar. Precisamos colocar mais em prática o que sabemos. O seminário nos despertou para esperar o bem em nossa vida. Você nos deu esperança”.
Também uma jovem, com olhos brilhantes, que sentou-se radiante durante todo um seminário, na Irlanda, disse, logo depois: “Posso sentir todo o amor de Deus à minha volta. Nunca me senti tão amada antes”.
Uma conferência da Christian Science muda a vida das pessoas. Ela transforma seus pensamentos e, como conseqüência, transforma suas mentes e corpos. As idéias contidas em uma conferência da Christian Science curam. No Zimbábue, por exemplo, um homem comprou um exemplar de Ciência e Saúde, após uma conferência recente. Ele ligou para o representante da editora para dizer: “No momento em que adquiri o livro, o desejo por álcool me deixou completamente”.
Indo aonde a demanda é maior
David Stevens está familiarizado com os efeitos práticos de uma conferência da Christian Science. Sua série de seminários em Redlands, estado da Califórnia, no ano passado, causou uma impressão profunda.
O Sr. Stevens relata a história: “Após uma conferência que dei em formato de seminário, sobre o tópico “a identidade espiritual e os adolescentes”, em Redlands, em 2003, uma mulher saiu determinada a ajudar aqueles que estivessem em dificuldades, na sua comunidade, a tomarem conhecimento de sua identidade espiritual. Nos meses que se seguiram, ela falou várias vezes com o chefe de polícia da cidade onde morava e com o juiz que supervisiona o programa antidrogas do tribunal do condado — um programa nacional disciplinar e de prestação de serviços, que serve como alternativa para uma sentença de prisão”.
“Embora a questão da separação entre a igreja e o estado tivesse de ser considerada, os administradores do programa reconheceram a necessidade de abordar o tópico da espiritualidade com os participantes. Fui convidado a participar das conversações e eles se sentiram à vontade com a mensagem que eu desejava compartilhar sobre a bondade inata, a capacidade de recuperação e a conexão inquebrantável que cada um de nós tem com Deus ou com ‘o poder maior’, como o programa o denomina”.
Uma série de seminários
“Eles fizeram os preparativos para a apresentação de dez seminários sobre ‘Espiritualidade e Auto-Estima’ para os participantes, o pessoal encarregado do programa e um grupo de pessoas em liberdade condicional. Reunimo-nos em uma pequena sala de aula e conversamos sobre Deus, sobre o significado de ser um filho de Deus e sobre nos identificarmos dessa maneira. Durante o honesto bate-papo, no qual compartilhei passagens da Bíblia e de Ciência e Saúde — como também usei exemplos da vida real sobre vidas transformadas pelo amor de Deus — percebi fisionomias enternecidas e dureza de coração se dissolvendo. No final de cada sessão, havia agradecimentos sinceros e até mesmos abraços e lágrimas”.
Das 180 pessoas que participaram dos seminários, diz Stevens, cerca de 130 levaram um exemplar de Ciência e Saúde, pagando de 50 centavos a 5 dólares, renda essa que reverteu para o fundo antidrogas do tribunal. Um homem voltou com seu filho para pagar pelo livro. Ele disse a Stevens: “Agora sei que posso conversar com Deus e ser aceito. Senti a mesma sensação maravilhosa do dia em que recebi a custódia de meu filho!”
As estatísticas do programa antidrogas do tribunal mostraram uma redução significativa de desistências e um aumento notável no comparecimento à igreja, logo após os seminários. Susanne Pastuchek, funcionária do setor de liberdade condicional, observa que: “pela primeira vez em sete anos, notei que pouquíssimos participantes deixaram de voltar após os feriados de Natal”.
O impacto foi tão real que a Sra. Pastuchek pediu que Stevens apresentasse uma outra série de seminários para o programa antidrogas do tribunal, em outubro. Diz Stevens: “É tudo por causa da inspiração de uma pessoa — seu espírito de boa Samaritana, suas ações no lugar certo — de ajudar alguns membros de sua comunidade que são, muito freqüentemente, esquecidos”.
Propósito público
Desde sua concepção, o objetivo das conferências, explica Christine Driessen, Gerente do Conselho de Conferências, “não é dar palestras metafísicas para membros da igreja. É apresentar as pessoas às idéias da Christian Science contidas em Ciência e Saúde e mostrar a elas como começar a aplicá-las”.
Ciência e Saúde foi escrito para todos, acrescenta a Sra. Driessen, inclusive aos profissionais da área médica, motivo pelo qual o Conselho de Conferências está agora dando tantas palestras em hospitais e em escolas de medicina.
Continua Driessen: “Os profissionais da área da saúde amam esse livro, pois lhes mostra como lidar com o medo e o desespero e lhes apresenta outra abordagem para lidar com a incurabilidade. Na verdade, é o que estão procurando. Algumas dessas pessoas têm me indicado que o tratamento baseado na matéria sempre terá uma natureza dual. Muito embora esse tratamento possa ajudar, sempre terá efeitos colaterais negativos; ao passo que a medicina que Mary Baker Eddy apresenta em Ciência e Saúde é medicina da Mente, e não vem com efeitos colaterais negativos. Estou descobrindo que a profissão médica está reconhecendo isso e desejando conhecer mais”.
Seminários em feiras
Driessen lança luz sobre o poder que um seminário tem de fazer a conexão com as pessoas em termos concretos. “Existem muitas feiras — feiras da mente/ corpo/espírito e de curas alternativas — que trazem palestrantes do mundo inteiro e que oferecem uma grande variedade de seminários para pessoas que são, elas mesmas sanadoras, ou estão em busca de cura”, diz ela. “As igrejas filiais, freqüentemente, alugam mesas para exibir Ciência e Saúde nessas feiras e oferecem um seminário sobre o livro”.
“Durante um seminário em uma dessas feiras”, lembra-se ela, “havia por volta de 70 pessoas na platéia. A maioria delas não conhecia o livro. Uma das coisas que fazemos nos seminários é apresentar Ciência e Saúde. Por exemplo, a Sra. Eddy dá a definição de homem em Ciência e Saúde — uma definição que abrange a todos. Cada pessoa que vem participar de uma conferência-seminário recebe um exemplar de Ciência e Saúde e um marcador. Portanto, quando conversamos sobre nossa identidade, a fim de que elas obtenham um senso de quem elas realmente são, nós nos volvemos às páginas 258 e 259. Eu sugiro que escolham um dos parágrafos e substituam com seu nome ou o nome de um ente querido ou o nome de um de seus pacientes. Talvez possam substituir com o nome de alguém de quem não gostem muito. Depois, reler esse parágrafo talvez mude a maneira como pensam sobre essa pessoa”.
Como isso se aplica a mim
Uma das pessoas, um psicólogo, comentou após o evento: “Quando você disse para substituir o nome de um de meus pacientes, eu fiz isso com um paciente com o qual vinha trabalhando já há algum tempo e que nunca havia conseguido ajudar. Quando substitui pelo seu nome, de repente tive uma visão inteiramente nova sobre ele. Isso mudou completamente a maneira como o via. Além disso, entendi o que estava fazendo de errado. Mal posso esperar para voltar e experimentar as idéias contidas no livro com meus pacientes”. Ele comprou um exemplar extra para um colega.
Sem reservas... ”Vai com eles”
De acordo com a visão original de Mary Baker Eddy, os patrocinadores locais da conferência estão mudando da posição de ver uma conferência como “Estamos tentando arrebanhar pessoas para a igreja”, para a posição de: “Estamos tentando ir ao encontro das necessidades da nossa comunidade”. Isso marca a mudança para um enfoque sobre esta questão central: Como pode essa conferência servir aos interesses dos membros da comunidade, transmitindo as idéias poderosas contidas em Ciência e Saúde?
Em outras palavras: Sem reservas.
Uma conferência da Christian Science é uma expressão do espírito do bom Samaritano, o espírito da boa vizinhança a respeito do qual Jesus insistia com seus seguidores. Esse espírito não espera nada em troca, mas está simplesmente ansioso em responder à comunidade e fiel ao espírito do conselho da Sra. Eddy: “Vai com eles — como Jesus fez — uma parte do caminho e deixa que falem e aí presta atenção ao que eles estão prontos para ouvir” (L03681, Mary Baker Eddy a Irving C. Tomlinson, 21 de junho de 1899, The Mary Baker Collection).
Acompanhamento após o evento
Mas “sem reservas” não significa deixar cair a bola quando chegamos à parte do planejamento do acompanhamento. Uma conferência não é um evento isolado. É parte de um diálogo e de uma resposta contínua à demanda por respostas espirituais em nossa comunidade.
Muitas pessoas saem de uma conferência imaginando: “O que posso fazer com o que aprendi? Para onde vou a partir daqui?” Na medida em que mais pessoas em uma comunidade começam a ler Ciência e Saúde, elas naturalmente desejam se conectar com outras pessoas que também estejam pesquisando as idéias livro.
Grupos de pesquisas com novos leitores em Salas de Leitura são uma maneira que as igrejas filiais estão encontrando para fazer isso. A correspondência através de e-mails com os participantes ou reuniões para um almoço, podem proporcionar a eles um apoio sincero. Outras formas de interesse pós-conferência incluem a oração, como primeiro passo, juntamente com informações sobre os cultos da igreja, a revista (O Arauto da Christian Science) que eles podem ler e fazer assinaturas, instrução em classe (onde eles podem fazer um curso sobre cura espiritual, ministrado por um professor autorizado de Christian Science), e a comunidade on-line 24horas/7dias-por-semana, no site www.spirituality.com, que podem acessar.
Tire os obstáculos do caminho
O evento conferência mantém o caminho livre de obstáculos para aquele que está em busca de espiritualidade, diz Karyn Mandan, ex-gerente do Conselho de Conferências e ex-gerente adjunta das atividades de comunicação da Igreja. “Eu costumava pensar sobre a provisão da Sra. Eddy de que as conferências precisam ser ‘uma resposta justa e verdadeira a comentários públicos em que se condena a Ciência Cristã’ (Manual, p. 93), de uma maneira um tanto defensiva”, diz a Sra. Mandan. “Mas, agora compreendo que é sua maneira altruísta de cuidar daquele que está em busca da espiritualidade — ajudando a responder suas perguntas, a limpar os obstáculos do caminho”.
Além disso, quando esse acesso é criado e as concepções errôneas sobre a Christian Science e sua Fundadora são corrigidas, o resultado é certo: uma atmosfera que revitaliza e cura, que redireciona a trajetória espiritual das pessoas — conforme inúmeros participantes de conferências sobre a Christian Science têm vivenciado por mais de 100 anos.
”As pessoas estão famintas”
Limpar os obstáculos do caminho daquele que busca a espiritualidade era central ao desígnio que Mary Baker Eddy tinha para sua igreja. O Conselho de Conferências é um componente crucial nesse desígnio.
As pessoas estão reconhecendo o potencial de Ciência e Saúde, conforme evidenciado pelos vários grupos diferentes que solicitam palestras. Algumas vezes, são outras religiões. Outras vezes, são centros de tratamentos para dependentes químicos, abrigos temporários, lares para mulheres e crianças vítimas da violência doméstica, prisões e centros de detenção juvenil, corporações e negócios — todos em busca de uma abordagem espiritual para lidar com o estresse e os desafios da vida.
A Sra. Eddy imaginou um mundo “ávido por saber mais sobre a Christian Science” (V01631) — um mundo faminto da compreensão correta sobre a Christian Science. As conferências satisfazem a essa fome. Além disso, elas dão às pessoas uma compreensão correta sobre a Sra. Eddy, a Descobridora da Christian Science.
Todos os documentos históricos mencionados neste artigo estão disponíveis para observação e leitura na Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade. Visite o site: www.marybakereddylibrary.org.
FATOS POUCO CONHECIDOS SOBRE CONFERÊNCIAS
• Nos primeiros anos do Conselho de Conferências da Christian Science, o Manual da Igreja provisionava que as conferências poderiam ser dadas como parte das reuniões de testemunhos das quartas-feiras, nas filiais de Igrejas de Cristo, Cientista.
• A Igreja de Cristo, Cientista, durante certa ocasião, teve um Conselho de Missionários. O artigo estabelecendo esse conselho apareceu na primeira edição do Manual de 1895, três anos antes de O Conselho de Conferências da Christian Science ter sido criado. Os missionários podiam ser enviados a locais onde não havia nenhum sanador ou professor de Christian Science, e podiam dar conferências. O Conselho de Missionários foi descontinuado em 1906.
• Refletindo o gosto da época por discursos públicos mais longos e retoricamente elegantes, algumas conferências iniciais sobre a Christian Science duravam duas horas ou mais.
• Muitas conferências iniciais foram escritas para uma única ocasião. A Sra. Eddy logo encorajou a prática de se repetir a parte central da mensagem, adaptando-a ao momento e à comunidade. Ela também considerava de utilidade que os conferencistas fornecessem cópias antecipadas dos textos da conferência para os jornais locais. As palestras eram consideradas uma grande notícia sobre eventos sociais/educacionais/inspirativos durante os séculos XIX e XX. Conseqüentemente, era comum que os jornais reimprimissem até mesmo conferências com vários milhares de palavras.
DEVERES DOS CONFERENCISTAS
Artigo 31
Deveres dos conferencistas. § 2°. É dever do Conselho de Conferências incluir em cada conferência uma resposta justa e verdadeira a comentários públicos em que se condena a Ciência Cristã, e dar testemunho dos fatos concernentes à vida da Pastora Emérita. Todos os seus membros devem enviar cópias de suas conferências ao Secretário desta Igreja, antes de proferi-las em público.
Manual d’A Igreja Mãe, p. 93.
ANNIE KNOTT
Annie Knott provavelmente estava feliz por apenas ter conseguido um lugar no Central Music Hall de Chicago, no dia 14 de junho de 1888. Juntamente com Susan B. Anthony e cerca de 4.000 outras pessoas, desde o mais devoto ouvinte até o simplesmente curioso, naquele dia, ela ouviu Mary Baker Eddy falar de improviso sobre “A Ciência e os Sentidos”. “Para mim”, ela mais tarde relembrou, a palestra “foi extremamente maravilhosa...” Menos de um ano mais tarde, a Sra. Eddy escreveu à Sra. Knott: “Fiquei contente em receber notícias tuas e sobre teu progresso no ministério. Existem várias Igrejas que logo estarão necessitando de um conferencista. Devo dar teu nome a elas?” (L04741, Mary Baker Eddy a Annie M. Knott, 5 de fevereiro de 1889, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade). Dez anos mais tarde, Annie Knott era uma das duas mulheres nomeadas para o recém-criado Conselho de Conferências da Christian Science. Seu primeiro ano como cista ficaria bem aquém de um sucesso notável.
No ano seguinte, a Sra. Eddy perguntou a Knott como estava indo o trabalho de conferências. “...disse-lhe que havia recebido muito poucos pedidos até aquela ocasião.” Knott, mais tarde, relembraria como os amigos lhe haviam dito que “...as pessoas em geral preferem ter um homem como conferencista...” A Sra. Eddy respondeu, dizendo que não adiantaria “aceitar aquele argumento,” acrescentando: “Tu precisas elevar-te à altura da verdadeira condição da mulher e então o mundo inteiro te quererá da mesma maneira que quer a Mãe [o afetuoso título que os Cientistas Cristãos usavam para a Fundadora do movimento]”. Logo depois, os pedidos de conferência começaram a jorrar e Knott aceitou-os, para provar que “a mulher pode declarar a verdade e curar o doente tanto quanto um homem”.
Knott aprendeu a ouvir com seus sentidos espirituais e a adaptar-se. Ela havia chegado a Salt Lake City durante um circuito de conferências, quando soube que um hipnotizador estava na cidade dando uma série de palestras, e “ensinando as pessoas sobre como conseguir o controle dos pensamentos das outras pessoas.” Knott chegou ao teatro onde daria a conferência, mas, depois de iniciada a palestra, sentiu-se motivada a mudar o que estava dizendo. “Alguns meses antes disso, a Sra. Eddy me havia dito para depender mais do que Deus me sugeriria na hora da palestra do que daquilo que fosse 'manufaturado', e assim o fiz naquela ocasião. Abandonei meu texto regular e continuei a fazer uma clara e perspicaz distinção entre a Christian Science e o hipnotismo... sem criticar pessoalmente aqueles que acreditavam em mesmerismo ou hipnotismo.” Ela mais tarde soube que o hipnotizador havia estado na platéia com a intenção de provar que ele poderia influenciar a palestrante através de sugestão hipnótica.
(Obs.: Com exeção da citação da Sra. Eddy, todas as demais citações são das reminiscências de Annie M. Knott, The Mary Baker Collection).
UMA HISTÓRIA DO REINO UNIDO
No que se refere a uma conferência, nada atrai mais as pessoas do que uma história. As histórias são uma maneira universal de responder diretamente a uma pessoa e a uma comunidade. Isso era verdadeiro no tempo de Jesus e ainda é verdadeiro hoje.
A conferencista da Christian Science, Marta Greenwood, conhece o poder das histórias — histórias verdadeiras sobre cura. A Sra. Greenwood explica: “Minha vida foi um desastre após o outro, desde a infância até a idade adulta. Quando ganhei um exemplar de Ciência e Saúde, tudo mudou”.
O volante anunciando a conferência-seminário de Greenwood, intitulada “Pesquisando a Cura Espiritual”, que foi dada em Canterbury, Kent, Inglaterra, em abril último, colocava sua história bem em evidência: “Antiga enfermeira e parteira da área médica, Marta Greenwood, apresentará um seminário, em Canterbury, para pesquisar o papel da espiritualidade na cura. O seminário incluirá os passos práticos que qualquer pessoa poderá dar. Marta nos relata como ela e sua família foram completamente curadas de desemprego, graves problemas financeiros e de saúde, com o estudo do livro Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, e o quanto o livro significa para ela agora. 'Essa bênção me foi dada de presente e não posso negá-la aos outros’, diz ela”.
Greenwood compartilhou sua história de resgate e recuperação com as 70 pessoas que assistiram ao seminário em um centro comunitário, incluindo 50 pessoas que foram apresentadas pela primeira vez a Ciência e Saúde. A conferência foi patrocinada pela Sociedade da Christian Science de Canterbury.
Greenwood atribui a grande afluência de pessoas à ampla publicidade.
Além disso, atribui o sucesso do seminário ao efeito prático que teve sobre as pessoas que dele participaram. Um exemplo: Uma mulher lhe contou, após o evento, “que durante toda sua vida ela odiava a si mesma, porque seu irmão a odiava muito. O seminário a fez compreender que ela tinha uma escolha: podia pensar por si mesma. Além disso, pela primeira vez em anos, ela compreendeu que, o mais importante, era se ela se amava, não se alguém a amava. Ela se sentia totalmente livre dos pensamentos autodestrutivos”.
Greenwood diz: “Tenho uma história para contar e minha história está exatamente onde se encontra a jornada das pessoas; elas fazem a conexão com minha busca pela cura e por respostas. Elas se relacionam com a história da minha vida como se fosse sua própria história e, quando vêem que eu pude fazer o que fiz, por meio do estudo de Ciência e Saúde, então ficam inspiradas e cheias de entusiasmo para levar o livro e fazer com que ele funcione para elas também.
A IGREJA MÃE OFERECE APOIO ABRANGENTE AO VIVO E ON-LINE
Por meio do Conselho de Conferências, mais de 2.000 igrejas filiais, sociedades e grupos, e organizações da Christian Science em campus de faculdades e universidades, em cerca de 100 países, patrocinam conferências, em todo o globo. A Igreja Mãe torna disponível seu apoio às conferências, através de uma vasta gama de serviços, os quais ajudam os patrocinadores a proporcionar conferências eficazes para suas comunidades. Os serviços de apoio incluem:
• PROGRAMA DE CONFERÊNCIAS ON-LINE:
www.churchofchristscientist.org/lectureplanning
Este site inclui uma lista completa de conferencistas e informações sobre seus dados biográficos para distribuição; uma programação, de âmbito mundial, de eventos relacionados a conferências; um programa de conferências on-line com dicas, amostras e informações de ajuda para cada aspecto da montagem de uma conferência; ajuda no planejamento de todo tipo de conferências, incluindo conferências pela Internet, seminários, mesas-redondas e muito mais; acesso ao Falando Publicamente, um boletim mensal eletrônico do Conselho de Conferências, o qual inclui relatórios de igrejas filiais sobre conferências bem sucedidas. •
• CONSULTORA DE MÍDIA:
Ajuda com os preparativos para entrevistas de rádio, TV e anúncios de rádio e TV. Entre em contato com Debrah Dubay, pelo telefone 617-450-3687 (só em inglês) ou pelo e-mail dubayd@thebol.com. (português e inglês).
• UM PAINEL DE DEBATES NO SITE D'A IGREJA MÃE:
www.churchofchristscientist.org/Community
Clique em “Visit the discussion boards” no quadro “Join the Discussion”, depois desça até “Lectures, talks and workshops”. •
• ATENDIMENTO PARA QUESTÕES GERAIS:
Ligue para 617-450-3669 (só em inglês) ou mande um e-mail para lecture@thebol.com (português e inglês).
PALESTRAS PELA INTERNET CIRCUNDAM O GLOBO
O mais novo local para palestras sobre a Christian Science, hoje, é a Internet, onde um evento pode alcançar o mundo todo.
Logo depois de 11 de setembro de 2001, o site www.spirituality.com começou a patrocinar eventos on-line, ao vivo, com palestrantes do Conselho de Conferências que pesquisam as idéias práticas, sanadoras, contidas em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. Esses eventos apresentaram um público inteiramente novo à Christian Science. O formato dos eventos, de perguntas e respostas, possibilita aos visitantes do site interagirem diretamente com o palestrante, pelo envio de suas próprias perguntas.
O primeiro evento com Evan Mehlenbacher proporcionou consolo e confiança, depois dos ataques terroristas nos Estados Unidos, em 11 de setembro. Várias centenas de pessoas participaram on-line. Desde essa ocasião, a programação dos eventos do site tem aumentado em várias palestras por mês. Uma transcrição geralmente fica disponível, on-line, na mesma semana do evento.
Em um evento recente no site www.spirituality.com sobre a paz mundial, a palestrante Marta Greenwood — uma iraniana nativa que agora vive no Reino Unido — compartilhou sua perspectiva sobre esse tema. Pessoas ao redor do globo acessaram o site e fizeram perguntas. A Sra. Greenwood convidou os internautas a “fazerem um pacto” para abandonarem o ressentimento que mina a paz.
Perto do final do evento, Greenwood havia compartilhado muitas idéias, contidas em Ciência e Saúde, sobre como se libertar do domínio do ressentimento e expressar mais amor. A troca de idéias continua on-line, na medida em que as pessoas que lêem a transcrição da palestra acrescentam seus comentários e perguntas, após o evento. Quase um mês após o evento ao vivo, um convidado escreveu em resposta a uma das recomendações de Greenwood: “Ainda estou orando três minutos ao dia pela paz. Isso me faz sentir muito melhor”.
“Aprecio a flexibilidade e o alcance das palestras pela Internet”, comenta o palestrante Mario Tosto. “Elas acabam com os limites de tempo e espaço. Posso dar uma palestra a qualquer tempo, quase que de qualquer lugar e sei que estou levando a mensagem da Christian Science a um público mundial”. Ele espera ver “mais filiais aproveitarem essa nova opção”, através da parceria com o Conselho de Conferências e o site www.spirituality.com. O Sr.Tosto aponta para os dados impressionantes sobre a Internet e os que buscam a espiritualidade:
“Desde o ano de 2000, o número de pessoas nos Estados Unidos usando a Internet como um recurso religioso ou espiritual pulou de 18 milhões para quase 82 milhões. Esses quase 82 milhões de pessoas representam 64 por cento do número total de pessoas nos Estados Unidos que usam a Internet.”
Para saber qual o próximo evento do site www.spirituality.com verifique o calendário de eventos na página inicial do site, no lado superior direito, ou vá até o link www.spirituality.com/events.
NA ÁFRICA, ELES DANÇAM E VENDEM CIÊNCIA E SAÚDE
Mais de 2 mil pessoas vieram assistir a uma palestra, em março último, proferida por Chris O'Riordan-Adjah, em um vilarejo fora dos limites de Kampala, em Uganda. O vilarejo é o lar de Lamech Katamba. Muitos também vieram de outros seis vilarejos das vizinhanças e 72 exemplares de Ciência e Saúde foram vendidos ali mesmo. Mais exemplares poderiam ter sido vendidos, mas esses 72 foi tudo o que os membros da Socieda-de da Christian Science de Kampala conseguiram colocar no carro que alugaram para ir até o vilarejo.
Muitas pessoas que assistiram à palestra não trouxeram dinheiro com elas, mas pediram ao Sr. Katamba que, mais tarde, fosse visitar seus vilarejos para que pudessem comprar exemplares do livro. Outros 200 exemplares foram encomendados e serão vendidos através da loja no vilarejo, onde a palestra foi realizada.
Antes que a palestra do Sr. O'Riordan-Adjah começasse, alunos da escola local apresentaram números de música e de dança. Um resumo da palestra foi apresentado em Luganda, o idioma falado no vilarejo. Após a palestra, o chefe do conselho fez um discurso referindo-se a Ciência e Saúde, que ele vem lendo há dois anos. Todos os chefes dos seis vilarejos vizinhos pediram que Ciência e Saúde fosse vendido localmente.
Durante os discursos, Ciência e Saúde foi vendido ao público pelos amigos de Katamba, amigos esses que haviam comprado o livro há dois anos, por ocasião da festa de formatura de Katamba, na universidade. De acordo com Katamba, era muito importante que o próprio pessoal do vilarejo vendesse Ciência e Saúde e não os membros de Kampala.
UM RAIO DE ESPERANÇA NA UCRÂNIA
L’vov não tem um grupo da Christian Science, mas tem uma leitora dedicada de Ciência e Saúde, que, sozinha, foi responsável por levar uma palestra a essa cidade da Ucrânia. Dariya Vladimirovna é uma médica que ouviu falar sobre Christian Science pela primeira vez, pelo programa de rádio por ondas curtas do Arauto em russo. Ela estuda Ciência e Saúde há mais de dois anos e tem tido várias curas. Ela desejava patrocinar uma palestra.
Portanto, em abril, um seminário intitulado “Cura Cristã — A medicina do futuro”, foi apresentado pela palestrante Hildegard Arnesen (foto), no salão de eventos da Universidade Médica, patrocinado e pago pel’A Igreja Mãe. Cinqüenta e uma pessoas participaram do seminário e nenhuma havia ouvido falar de Ciência e Saúde.
“Elas acolheram calorosamente as idéias e pareciam muito ansiosas por aplicá-las a seus problemas pessoais, familiares e relacionados ao trabalho”, conta a Sra. Arnesen. Ela ficou especialmente comovida com uma mulher que não tinha saído de casa durante os últimos dois anos devido a um problema físico. Ela ficou tão motivada a participar do seminário, que reuniu todas as suas energias para fazer a viagem.
Após o seminário de domingo à tarde, Arnesen reuniu-se com cada um dos participantes, na maior parte, profissionais da área médica. “As pessoas da cidade de L’vov ainda vivem um tanto amedrontadas com o acidente nuclear de Chernobyl de 1986 e têm muitas histórias pessoais relacionadas com aquela tragédia de âmbito nacional”, explica Arnesen. “Para muitas delas, foi um momento de definição, quando elas se volveram a Deus pela primeira vez em suas vidas. Além dos problemas físicos, muitas pessoas que vieram conversar comigo estão lutando com conflitos familiares ou tendo de lidar com membros da família que são viciados em álcool. Um número significativo delas também se sente sob o peso de alguma maldição ou manipulação mental, de feiticeiros ou mágicos. Cada uma delas saiu com um raio de esperança, com o qual elas poderão realmente fazer algo para ajudar a si mesmas e aos seus entes queridos, por meio da oração, conforme explanado em Ciência e Saúde”.
CONEXÕES CORAÇÃO A CORAÇÃO EM CONFERÊNCIAS NO FORMATO DE SEMINÁRIOS
Quando as igrejas filiais têm um bom relacionamento com grupos em suas comunidades, isso leva, muitas vezes, a eventos bem sucedidos relacionados a conferências. David Jackson, presidente da Comissão de Conferências na Sociedade da Christian Science em Merrill, estado do Wisconsin, descobriu isso recentemente, quando fez os preparativos para um seminário apresentado pelo membro do Conselho de Conferências, Cynthia Neely, que também serve agora como Presidente d’A Igreja Mãe.
Jackson comenta: “Há dois anos, um conferencista conversou comigo sobre o formato de seminário para uma conferência e como isso poderia capacitar a igreja a ir ao encontro de um público mais amplo em nossa comunidade. Os membros foram receptivos a essa idéia e nosso secretário sugeriu fazer um seminário para uma entidade chamada HAVEN (Rede de Abrigos de Emergência para Vítimas de Violência Doméstica)”.
Fazer um contato pessoal com a HAVEN foi fácil, diz o Sr. Jackson, porque a igreja de Merrill tem ajudado financeiramente a HAVEN durante anos. “A HAVEN ficou verdadeiramente interessada em co-patrocinar uma palestra com a Sociedade da Christian Science de Merrill quando lhes informei o título: ‘Curando o Ferido’ e contei-lhes sobre a trajetória da palestrante, tanto pessoal como profissional”.
Jackson e um assistente social da HAVEN foram entrevistados em uma estação de rádio local. “Dentro de meia hora após ter chegado em casa”, lembra Jackson, “fui chamado pela diretora de um centro local de assistência à terceira idade e dispensário de alimentos. Ela perguntou se seria possível fazer um segundo programa para pessoas que ela conhecia que tinham um conflito de horários com o evento planejado. Seu entusiasmo era tão enfático que subíamos que teríamos de fazê-lo. Portanto, planejamos um outro seminário para um dia antes daquele que já havíamos planejado.
“Usamos a mesma sala de conferências de um hotel para ambos os eventos, preparada para 28 pessoas sentadas junto às mesas. No segundo evento, tivemos um público de 47 pessoas. Somente 18 eram da nossa igreja ou das Igrejas de Cristo, Cientista, vizinhas”.
“Nunca havíamos sequer chegado perto de uma resposta tão positiva da comunidade em meus 45 anos em Merrill. O formato informal e interativo foi ótimo. Além disso, Cindy Neely estabeleceu uma perfeita conexão com as pessoas. Percebi algumas lágrimas durante o primeiro seminário e três senhoras conversaram um longo tempo com a palestrante após o evento”.
A Sra. Neely não faz proselitismo e isso é importante, diz Jackson. Ela está ali simplesmente para ajudar. “E esse tem sido o caso com cada evento que faço, onde quer que eu vá”, explica Neely. “Ajudo as pessoas a perceberem que elas possuem espiritualidade, que sua espiritualidade inclui cura e que Ciência e Saúde lhes dará as idéias que necessitam para vivenciar a cura”.
“Pergunto a elas: ‘O que vocês gostariam de deixar para trás hoje?’ e ‘O que está impedindo vocês de serem livres?’ Essas são perguntas bem profundas. Elas confiam em mim, porque realmente querem ajuda. Portanto, quando faço com que se volvam a uma passagem em Ciência e Saúde para mostrar como essa passagem as ajudará a deixar para trás as coisas com as quais estão lutando, elas simplesmente se enternecem [ou se desfazem em lágrimas]. Elas desejam ser livres”.
CSOs (Organizações da Christian Science) CIÊNCIA E SAÚDE NO CAMPUS
O desígnio que Mary Baker Eddy tinha para a igreja abrange instituições de ensino superior. Em 1904, ela proveu a formação de organizações da Christian Science em universidades e faculdades e o Manual da Igreja deu a luz verde para que aquelas organizações (CSOs) patrocinassem conferências a serem proferidas por membros do Conselho de Conferências (Manual, p. 73).
As CSOs de hoje, estão descobrindo uma variedade de maneiras criativas e eficazes de usarem essa provisão, atraindo jovens pensadores espirituais com os conceitos que a Sra. Eddy expôs em Ciência e Saúde. Apenas nas primeiras semanas do ano acadêmico, mais de 20 eventos foram patrocinados pelas CSOs. Na Universidade do Sul do Maine, por exemplo, três eventos foram realizados em um único dia e mais de 190 exemplares de Ciência e Saúde foram distribuídos entre os participantes interessados. Além disso, em uma mesa de boas-vindas aos calouros na Faculdade de William e Mary, no estado da Virgínia, 140 exemplares do livro foram distribuídos.
A aluna Erin Dyerle, da Faculdade William e Mary, diz que o contato que fez com outros alunos por meio dessas atividades “tornou, para mim, mais aparente do que nunca que todos deveriam tomar conhecimento das idéias contidas nesse livro. Quando penso naquelas 140 pessoas que agora têm um exemplar pronto para elas sempre que dele precisarem — talvez quando menos esperarem — é realmente comovente porque sei que o livro pode ajudá-las”.
Mesas-redondas estão também se tornando muito populares. No ano passado, o palestrante David Stevens participou de duas mesas-redondas patrocinadas pelas CSOs, uma sobre “Ciência e Teologia”, na Universidade do Sudoeste do Estado do Missouri e outra sobre “Espiritualidade e Sexualidade” na Universidade de Michigan. Em ambos os casos, relata o Sr. Stevens, as salas estavam “lotadas de estudantes e docentes ansiosos por debater as possibilidades de respostas espiritualmente baseadas. O debate foi além da disputa intelectual. O que se viu foi uma reflexão profunda sobre as respostas, a partir da premissa da Christian Science — a totalidade de Deus e o homem feito à semelhança do Espírito”.
Palestras em salas de aula influenciam não somente os alunos, mas também os professores. Stevens comenta: “Uma apresentação para duas classes de História do Cristianismo, na Universidade Indiana, no estado da Pensilvânia, terminou com o professor me agradecendo e dizendo que ele compreendia como é importante incluir a Christian Science no currículo. Ele disse que faria exatamente isso no futuro e pediu uma fita de vídeo sobre Mary Baker Eddy. A CSOs conseguiu fazer um acompanhamento e providenciar uma cópia da fita”.
(Esta série incluirá uma
apresentação completa sobre as CSOs em uma próxima edição).
