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Matéria de capa

Em busca de respostas

Da edição de fevereiro de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Meu país, a Indonésia, está de luto com a perda de tantas vidas. Um número incalculável de pessoas, que perderam entes queridos no desastre, estão desoladas. A nação inteira está em prantos — abatida e angustiada, à vista de dezenas de milhares de vítimas. Por que isso teve de acontecer?

Muitas pessoas relacionam Deus aos desastres e, em seu pesar, muitas se fazem perguntas como estas: “Por que Você está nos punindo, Deus?” Ou: “Por que a Sua ira matou todas essas pessoas inocentes, incluindo todas essas crianças sem pecado?” Essas perguntas continuam se repetindo — culpando a Deus pelo desastre. Contudo, freqüentemente essas mesmas pessoas oram a Deus, rogando-Lhe pela própria segurança.

Relacionar Deus com acontecimentos trágicos, muitas vezes, nos deixa confusos, porque nenhuma resposta concreta jamais será encontrada. Será realmente verdade que Deus pune e destrói Sua própria criação? Será possível que, devido à Sua ira, Deus mate uma grande parcela do que Ele mesmo criou?

À medida que nossa nação começa a se recuperar desse desastre, as reportagens da televisão constantemente mostram cenas de devastação e o mundo inteiro as assiste. Inclusive eu. Entretanto, quanto mais assistia a essas reportagens, mais confuso ficava ao tentar encontrar respostas para os que se perguntam por que Deus provocaria acontecimentos tão terríveis. Não sabia mais como pensar e fiquei angustiado.

Exatamente como muitas outras pessoas, comecei a pensar: “Deus, onde Você está? Será que Você não é capaz de salvar Sua criação do perigo?”

Então, compreendi que eu tinha de me dispor a tomar uma decisão, ou seja, se Deus é ou não o criador de um desastre, ou se Ele é Amor — se o Seu amor nunca cessa e não inclui um único elemento de ira. Precisei reconhecer que Deus é Amor, e que é o preservador da humanidade. Ele é o Criador só do bem infinito, porque é unicamente bom.

Ao reconhecer essas verdades espirituais, senti meus pensamentos se afastando das trágicas cenas mostradas pela televisão e elevando-se à consciência espiritual — a consciência que Deus transmite a toda Sua criação. Essa é a consciência que louva a Deus e a Seu amor e, nesse nível de pensamento espiritualizado, podemos orar para trazer cura à situação que aflige a humanidade. A cura da dor e da angústia é imensamente bela e começa dentro de nós mesmos.

Lembrei-me dos seguintes versículos do livro de Habacuque, no Velho Testamento, e disse a mim mesmo que precisava torná-los práticos em minha vida: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza...” (3:17-19).

Também meditei sobre estas palavras de Salmos: “...tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em misericórdia e em verdade” (86:15). Eu tinha de fazer uma escolha: Sentir-me perdido em desespero ou aceitar a bela promessa do amor de Deus e confiar em que Ele nunca poderia destruir Sua própria criação. Sua gloriosa natureza não pode causar o terremoto destrutivo e as ondas tsunami.

Essas promessas concernentes ao amor de Deus por nós são eternas, imutáveis. Nenhuma situação pode revertê-las — nem mesmo uma tragédia como a que vemos mostrada, repetidas vezes, no noticiário. Essas promessas sobre Deus permanecem verdadeiras, não importa o que aconteça, assim como na matemática, a equação 5x2=10 é imutável. Há milhares de anos o resultado era 10 e no futuro ainda será 10. O mesmo se dá com o amor de Deus. Deus é Amor, Ele é nosso protetor e preservador. Ele sempre o foi e esse fato é imutável.

A Bíblia registra todos os tipos de situações desarmoniosas. No Novo Testamento, existe uma história sobre um homem “que era cego de nascença” — uma situação que era, para ele, considerada desastrosa. Os discípulos de Jesus perguntaram: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Jesus respondeu: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9:2, 3).

Deus não fora o criador da cegueira daquele homem, embora a crença geral fosse de que era de Sua vontade que ele nascesse cego. Jesus curou o homem pela compreensão da criação perfeita de Deus e essa cura destruiu a crença generalizada de que fora Deus que criara o homem cego. Essa cura foi “a obra de Deus que [tinha de ser manifestada] nele”.

O mesmo com qualquer desastre ou tragédia. Deus não criou nenhum deles — Deus é Amor e, como seres espirituais, vivemos nesse Amor infinito. Como Ciência e Saúde declara: “Para o Amor infinito, sempre presente, tudo é Amor, e não há erro, nem pecado, nem doença, nem morte” (p. 567). Estar consciente dessa verdade nos livrará dos efeitos de qualquer desastre ou tragédia. É preciso ater-se a essa verdade, que traz cura e segurança a todos nós.

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