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Matéria de capa

”Maremoto de solidariedade”

Da edição de fevereiro de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Hoje, ao ler o principal jornal diário de Portugal (Jornal de Notícias, 5/1/05) deparei-me com um artigo de opinião com o título: “Maremoto de solidariedade”, de um médico reputado, Dr. Luis Portela. Pensei que se trataria de um artigo referindo-se à enorme vaga que tem sido posta em marcha nos últimos dias por todo o mundo, de solidariedade e ajuda humanitária para com as vítimas do maremoto do Índico. No entanto, qual a minha surpresa quando me apercebi que o artigo abordava a tragédia de um ponto de vista muito diferente, como os seguintes trechos o demonstram:

“O terramoto de Sumatra, de 26 de Dezembro de 2004, foi uma das dez maiores catástrofes registradas pela Humanidade.” ...“Curiosamente, parece que nenhum animal selvagem terá morrido, em qualquer dos países atingidos. Elefantes, leopardos, macacos e outros aninais deslocaram-se comprovadamente das zonas de catástrofe, antes de ela acontecer, como se tivessem pressentido a chegada das ondas gigantes que sucederam o terramoto.” ... “Há quem admita a existência de um sexto sentido, que possibilita aos animais intuirem o que será melhor para eles, por exemplo afastarem-se de determinada zona. Valerá então a pena ponderar como, para além da comunicação tecnológica, poderá o homem desenvolver a sua sensibilidade para enquadrar-se harmoniosamente no mundo, defendendo-se de situações de maior perigo.” ... “O homem sensível tem melhores condições para perceber os outros e a natureza, melhor desempenhando a sua trajectória evolutiva e tornando-se mais completo e, portanto, solidário...” ...“...espiritualmente solidário”.

Não pude deixar de sorrir de surpresa, satisfação e agradecimento por ter lido algo tão inspirado. De facto, o texto parece querer apontar para a possibilidade de uma força invisível, inteligente e benigna que convém ser investigada, pois poderá também trazer protecção para o homem em futuras ocorrências.

Essa ideia foi como que um raio de luz que iluminou a minha compreensão espiritual. Há muitos anos, tenho vivido em mim próprio, em familiares e em amigos o poder curativo e protector de Deus e, portanto, senti que esse acontecimento era um momento crucial para ser solidário, orar e ver os resultados dessa oração.

Nos momentos de maior aflição, somos compelidos a parar e a ponderar, racional e espiritualmente, quem somos, o que Deus é e qual é o Seu papel no mundo que nos rodeia. Tal como Pilatos, somos levados a interrogar-nos: “...Que é a verdade?” (João 18:38).

O homem a quem Pilatos fez essa pergunta dedicou a vida a demonstrar que as leis materiais não têm poder sobre a humanidade. Esse homem foi Jesus Cristo e ele disse àqueles que o seguiam: “...conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32).

Deus, o supremo bem, reina e sustenta o homem em qualquer circunstância.

Jesus demonstrou a libertação da doença pela cura; a libertação da morte pela ressurreição; a libertação da carência pelo suprimento de alimento para multidões e pela moeda achada na boca do peixe; a libertação de leis físicas pela caminhada sobre as ondas do mar; a libertação das leis da natureza ao acalmar a tempestade em pleno mar.

Esses exemplos me compelem diariamente a atingir patamares superiores de espiritualidade e de pureza. O crescimento espiritual aguça nossa capacidade de curar, de ser curados e de ajudar o próximo. Tenho orado para saber que o Amor divino protege e auxilia a todos neste momento tão difícil para a humanidade. A injustiça, a carência, a morte, as guerras, os terremotos, os maremotos e suas conseqüências não provêm de Deus, mas Ele pode, sim, se manifestar de muitas maneiras para aqueles que estão enfrentando tais desafios e suprir suas necessidades.

A Bíblia afirma que: “...nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28) e isso quer dizer para mim que não vivemos separados de Deus e que nunca estamos fora do seu apoio carinhosamente omnipotente. O poder divino é curativo e protector, está disponível a todos agora mesmo, para trazer alento, consolo e soluções.

Nestes momentos de dor colectiva por tudo quanto o nosso próximo está a sofrer nas zonas atingidas pelo maremoto do Índico, é nosso dever ser solidário e ajudar com os meios que tivermos disponíveis e também com oração para que todos sintam que Deus, o supremo bem, reina e sustenta o homem em qualquer circunstância.

Foram mantidas a grafia e as expressões usadas em Portugal.

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