Hoje, ao ler o principal jornal diário de Portugal (Jornal de Notícias, 5/1/05) deparei-me com um artigo de opinião com o título: “Maremoto de solidariedade”, de um médico reputado, Dr. Luis Portela. Pensei que se trataria de um artigo referindo-se à enorme vaga que tem sido posta em marcha nos últimos dias por todo o mundo, de solidariedade e ajuda humanitária para com as vítimas do maremoto do Índico. No entanto, qual a minha surpresa quando me apercebi que o artigo abordava a tragédia de um ponto de vista muito diferente, como os seguintes trechos o demonstram:
“O terramoto de Sumatra, de 26 de Dezembro de 2004, foi uma das dez maiores catástrofes registradas pela Humanidade.” ...“Curiosamente, parece que nenhum animal selvagem terá morrido, em qualquer dos países atingidos. Elefantes, leopardos, macacos e outros aninais deslocaram-se comprovadamente das zonas de catástrofe, antes de ela acontecer, como se tivessem pressentido a chegada das ondas gigantes que sucederam o terramoto.” ... “Há quem admita a existência de um sexto sentido, que possibilita aos animais intuirem o que será melhor para eles, por exemplo afastarem-se de determinada zona. Valerá então a pena ponderar como, para além da comunicação tecnológica, poderá o homem desenvolver a sua sensibilidade para enquadrar-se harmoniosamente no mundo, defendendo-se de situações de maior perigo.” ... “O homem sensível tem melhores condições para perceber os outros e a natureza, melhor desempenhando a sua trajectória evolutiva e tornando-se mais completo e, portanto, solidário...” ...“...espiritualmente solidário”.
Não pude deixar de sorrir de surpresa, satisfação e agradecimento por ter lido algo tão inspirado. De facto, o texto parece querer apontar para a possibilidade de uma força invisível, inteligente e benigna que convém ser investigada, pois poderá também trazer protecção para o homem em futuras ocorrências.
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