No último domingo de março foi comemorada a Páscoa da Ressurreição, um ponto alto da doutrina cristã. A Christian Science enaltece o fato de ter Jesus superado a morte e o túmulo e ter mostrado aos discípulos a possibilidade de vencer a idéia de morte como um fim ao qual todos estão destinados.
Jesus viveu entre os homens para lhes mostrar como podiam vencer as dificuldades que os cercavam, as doenças, a falta de alimento, as leis injustas dos homens, o medo dos fenômenos da natureza.
Jesus viveu entre os homens para lhes mostrar como podiam vencer as dificuldades que os cercavam, as doenças, a falta de alimento, as leis injustas dos homens, o medo dos fenômenos da natureza. Mostrou-lhes que a lepra era o resultado de um pensamento impuro (ver Mat. 8:1-4), que a cegueira é a incapacidade de ver o bem em tudo quanto Deus fez (ver Mat. 20:29-34), que o prêmio para os esforços deles era a tranqüilidade de cumprir a missão que lhes fora destinada (ver Marcos 16:15-18), que o medo resulta da falta de compreensão e de confiança no Bem e que o poder de Deus pode interromper uma tempestade (ver Marcos 4:35-41).
Tanto na época de Jesus como hoje, todos podem vencer as pretensões de que outro poder existe, tão grande como o poder do Altíssimo. Mas, como fazê-lo?
Mary Baker Eddy na página 52 de Ciência e Saúde escreveu: “O mais alto representante terrestre de Deus, ao falar da faculdade humana de refletir o poder divino, disse profeticamente a seus discípulos — referindo-se não apenas à época deles, mas a todos os tempos: 'Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço'; e 'Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem'.”
A materialidade procura nos desviar do caminho da paz e da harmonia, mas ao compreender que o Espírito é tudo, rompemos a muralha que nos cerca, ou seja, removemos a pedra que tenta ocultar as possibilidades espirituais infinitas e deixamos para trás os conceitos errados de uma existência temporal. Essa pode ser considerada a ressurreição de cada um de nós!
Todos temos a capacidade de “sair para fora do sepulcro”, de abandonar os pensamentos de inércia ou de incapacidade de ouvir, de ver, de andar com desenvoltura, de entender a mensagem da ressurreição de Jesus. O Cristo é a manifestação de Deus que elimina a discórdia, que traz cura, alento, esperança. Esse Cristo nunca morre e se manifesta em todos nós.
Ao estudar o capítulo 20 do Evangelho de João, a passagem em que Maria Madalena se vê frente a frente com Jesus ressuscitado, mas não o reconhece, fezme lembrar de quantas vezes nos deparamos com os sinais que Deus nos manda e não os compreendemos. Mas o Pai é paciente e nos envia novas mensagens divinas, até que possamos assimilá-las e pô-las em prática.
Nesse mesmo capítulo, enquanto Maria Madalena se debulhava em lágrimas de tristeza, julgando estar para sempre separada do seu querido Mestre, ouviu uma voz que lhe perguntou: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Viu um homem em pé, mas não reconheceu que era Jesus. Pensou que fosse o jardineiro e indagou se fora ele quem tirara o corpo de jesus do sepulcro. Mas, ao dizer-lhe: “Maria!” Jesus fez com que ela saísse daquela apatia e ela o reconheceu.
O que procuramos quando estamos tristes? A satisfação de uma necessidade ou o entendimento completo de que nunca estamos separados do Cristo, a verdadeira idéia de Deus?
Quando entendemos que o que verdadeiramente precisamos é a compreensão de que jamais nos distanciamos do Cristo, ressurgimos, posicionamo-nos acima da materialidade, dos limites que nos são impostos e vivemos a Vida eterna aqui e agora.
Mary Baker Eddy em seu livro Miscellaneous Writings [Escritos Diversos, p. 179], diz: “É preciso deixar de lado a consciência material para podermos perceber a Verdade... Gosto muito do culto da Páscoa, ele me fala de vida, não de morte. ... Façamos nosso trabalho, assim teremos parte na sua ressurreição.”
Tais afirmações me fazem pensar que a nossa tarefa é a de conhecer e fazer a vontade de Deus, tudo o que nos for revelado pela oração consciente e pela nossa comunhão com Deus. A nossa ressurreição mental pode acontecer a qualquer momento em que nos elevemos acima das suposições de doença ou de medo, de carência, de falhas humanas ou de tristeza. Essa bênção de se sentir ressuscitado e com uma nova perspectiva diante da vida traz cura, liberdade, confiança, abre os olhos para a abundância do bem divino, motiva a buscar a perfeição e a alegria divinas.
