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Reflexão

Não é preciso reprimir as lágrimas

Da edição de abril de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


A Christian Science ensina que a tristeza pode se transformar em alegria, quando reconhecemos que a felicidade consiste em se regozijar pelo fato espiritual.

Quando eu era pequena, muitas vezes diziam às crianças que não deviam chorar. O choro era considerado fraqueza ou falta de educação. Isso, porém, nem sempre é justo. As crianças, como os adultos, precisam de consolo quando se sentem tristes, não é? O que ganhamos quando engolimos as lágrimas e escondemos nossa tristeza? Às vezes, a sociedade exige que as pessoas escondam os sentimentos e mantenham uma aparência de felicidade ou de coragem.

Mas, chorar não é errado. Reprimir as lágrimas não resolve o problema. Qualquer que seja o motivo do choro, ele tem de ser enfrentado e a tristeza tem de ser eliminada. A infelicidade precisa ser superada, não camuflada.

Algumas pessoas conseguem encontrar alegria, mesmo em circunstâncias difíceis, buscando o consolo em Deus e orando para aliviar as aflições. Outras resolvem fazer uma análise interior que lhes possibilita dizer, mesmo em meio a uma tempestade: “Não faz mal, tudo vai acabar bem”, o que também é oração, atendida pelo Princípio que governa todo o universo. Esse Princípio é o próprio Deus presente em toda a parte.

Há sempre algo de bom que podemos tomar como ponto de partida para a oração, embora às vezes ele pareça quase imperceptível. No entanto, esse começo faz com que sintamos um pouquinho da verdadeira alegria, que servirá de forte alicerce sobre o qual podemos apoiar nossa oração, sabendo que já existe algo de bom.

Certa ocasião, eu estava cuidando de uma pessoa da família que havia vários meses estava doente e que dependia totalmente de mim. Era uma situação difícil, pois tudo era por minha conta, noite e dia. Eu estava sobrecarregada, triste e precisava desesperadamente de um momento de alegria. Todas as tardes, eu me sentava na sala e deixava as lágrimas rolarem. Procurava pensar na presença da Vida, pensar no fato de que, mesmo naquela situação, havia um Princípio governando tudo. Eu estava ciente de que Deus é esse Princípio, essa Vida, o meu sólido ponto de partida, algo em que eu podia me apoiar. Do fundo desse reconhecimento, veio-me a intuição de buscar alívio em alguma coisa de que eu gostasse, embora parecesse que não havia nada com que me alegrar. Percebi que a mensagem viera desse Princípio, dessa Vida, desse Deus no qual eu havia pensado antes. Bem no meio da tristeza, eu estava começando a encontrar a realidade espiritual. Essa realidade está descrita em Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, como o “fato científico em todas as coisas” (p. 207). Ainda que abstrato, esse pensamento foi de enorme ajuda, um raio de esperança, uma luz no fim do túnel. Eu começara a encontrar a força de que precisava para seguir em frente.

Uma das plantas estava constantemente produzindo brotos. Comecei a reconhecer a beleza em cada folha nova. Isso me ajudou a ficar firme e a enfrentar a situação.

Naquela época, uma das plantas da sala estava constantemente produzindo brotos novos. Como todas as tardes eu me sentava ali, comecei a reconhecer a beleza em cada folha nova. Encontrara algo que me dava pequenos lampejos de alegria. Isso me ajudou a ficar firme e a enfrentar a situação, até que aquele ente querido começou a dar leves sinais de melhora. Lentamente, passo a passo, começamos a sentir a alegria de uma completa recuperação. Seguiram-se vários anos de trabalho e atividade.

A Christian Science ensina que a tristeza pode se transformar em alegria, quando reconhecemos que a felicidade consiste em se regozijar pelo fato espiritual, isto é, por aquilo que é espiritualmente verdadeiro. Com isso, achamos uma forma de inverter uma situação aflitiva. As coisas mudam e a alegria volta a fazer parte de nossa vida, porque compreendemos que, na realidade espiritual, não há separação entre nós e o Princípio de todo ser.

Na Bíblia, um escritor do Novo Testamento diz: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal” (Tiago 4:3). Jesus disse: “Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (João 16:24). Não há contradição nessas palavras. A oração que “pede mal” é aquela que pede coisas. A oração correta é a que pede a compreensão da realidade espiritual, esta é a oração que é atendida em sua totalidade. Com ela, as lágrimas não causam constrangimento nem vergonha e não precisam ser reprimidas. Elas são enxugadas.

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