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Existência plena e indivisível

Da edição de setembro de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Assim como o Rio de Janeiro recebeu a estátua do Cristo Redentor de presente dos franceses, também Washington, DC, capital dos Estados Unidos, ganhou do governo japonês três mil e vinte mudas de cerejeiras. As cerejeiras se adaptaram muito bem ao clima de Washington, e hoje as mais de 3700 árvores em todo o Parque East Potomac atraem à cidade milhares de turistas por ocasião de sua florada, que dura em média uma semana.

Como eu estava em Washington no primeiro fim de semana de abril, aproveitei o domingo para ver as flores das cerejeiras próximas ao monumento em homenagem a Thomas Jefferson, à beira do lago Tidal Basin. O espetáculo era realmente deslumbrante: a orla é cercada por centenas dessas árvores. Estavam todas as flores abertas, dando a impressão de uma ampla nuvem rosada a circundar o lago. Muitas pessoas passeavam admirando e fotografando aquela maravilha.

Enquanto andava sob as árvores, chamou-me a atenção o fato de que todas estavam exuberantes, belas e completamente floridas, sem que nenhuma estivesse com a floração atrasada ou perdendo as flores.

Comecei a pensar na criação de Deus, que manifesta harmonia, equilíbrio e perfeição. Senti estar diante de uma ordem absoluta onde não havia uma árvore dissonante; todas pareciam ser uma única entidade, uma integração total. Percebi que aquele cenário representava a lei de Deus, que também governa nossa vida. A ordem divina estabeleceu a harmonia plena e todos os detalhes de nossa existência expressam a inteireza do bem, que é Deus. Esse bem não está dividido, fragmentado, nem separado ou distante de nós e se faz sentir no dia-a-dia.

Tal como as cerejeiras, que estavam sincronizadamente floridas, toda a criação de Deus obedece ao Espírito, à ordem do Princípio, onde não há disfunções, atrasos, interrupções ou alterações. A compreensão da perfeita harmonia restaura e ordena tudo que parece estar fora do ritmo ou com alguma distorção. A Bíblia nos convida a refletir: “...pára e considera as maravilhas de Deus... Tens tu notícia do equilíbrio das nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento?” (Jó 37:14, 16). Cada um de nós também pode parar, observar e reconhecer as maravilhas de Deus e a ordem de Sua criação.

Aquele conjunto tão compacto de árvores floridas também me fez ponderar se em geral não aceitamos que as coisas podem ir bem apenas em alguns aspectos de nossa vida, ao invés de em todos. Por exemplo: no trabalho as coisas vão bem, mas há algo errado com a saúde ou com a família, e assim por diante.

Aceitar tal proposição parece natural, mas ela é completamente contrária às leis divinas e eternas, que abrangem toda a criação de Deus. Nossa vida é regida e governada pelo Princípio da harmonia, que determina o bem-estar, a saúde, o suprimento, o trabalho recompensador, o lar adequado, a paz e a segurança diárias.

Tal como as cerejeiras, que estavam sincronizadamente floridas, toda a criação de Deus obedece ao Espírito, à ordem do Princípio, onde não há disfunções, atrasos, interrupções ou alterações.

Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy, Fundadora e Descobridora da Christian Science, escreveu: “O tudo é a medida do infinito, e nada menos pode expressar Deus” (p. 336). Esse tudo é indivisível porque Deus é indivisível. Deus é onipotente, onipresente e onisciente. Ele preenche todo o espaço e não há lugar para o que Lhe seja contrário. Nada pode desvirtuar o bem que nos pertence por direito divino. Essa é a verdade absoluta que rege nossa vida aqui e agora.

Por sermos filhos de Deus somos um com Ele e inseparáveis d'Ele. Por reflexo, expressamos em nossa individualidade espiritual a natureza divina, completa e plena.

O bem está disponível para nós agora mesmo. Para que nossa vida melhore não precisamos esperar o futuro, outro emprego, uma casa nova, um círculo diferente de amigos ou a aposentadoria. O homem, como filho de Deus, já é completo, imortal e eterno. Essa é uma verdade absoluta e irreversível. Todos os aspectos da vida e do corpo estão sob o controle divino, assim como as cerejeiras, que estavam sincronizadamente abertas, exuberantes, radiosas, formando um todo harmonioso e pleno.

O Evangelho de João afirma que “todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça” (1:16). A plenitude e a graça de Deus são infinitas, eternas e onipresentes no universo e em cada um de nós. Reconheçamos e sintamos o amor de Deus por nós aqui e agora.

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