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Estudantes de Christian Science da Grande São Paulo aprofundaram seu conhecimento do Evangelho de João, fizeram reuniões inspirativas e partilharam o que haviam descoberto. Também nos próximos meses apresentaremos excertos do que foi exposto nessas reuniões. Continuamos agora com os versículos 17 a 25 do capítulo 2.

O Evangelho Segundo João

parte VII

Da edição de setembro de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Vers. 17: “Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá”.

Esse relato remete ao livro de Malaquias 3:1-2 “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos”. O Anjo da Aliança, que representa o Messias, purificará os sacrifícios, os sacerdotes e a nação. Essa profecia se cumpre em Jesus. O zelo pela case (templo), pronunciado por Jesus, revela o seu conhecimento sobre a necessidade de purificação e espiritualização do culto a Deus. O verbo “consumir” é uma referência à crucificação.

Vers. 18-21: “Perguntaramlhe, pois, os judeus: Que sinal nos mostras, para fazeres estas coisas? Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo”.

A adoração a Deus estava centralizada em cerimônias no templo, em Jerusalém. O primeiro templo foi construído pelo Rei Salomão (aproximadamente 950 AC) e destruído quando os exércitos da Babilônia invadiram Jerusalém (586 AC). Quando os judeus retornaram do exílio da Babilônia, por volta de 537 AC, vieram com o edito de Ciro, rei da Pérsia, e o propósito de construção de um segundo templo (Esdras 1-6). Os tempos haviam sido difíceis e os mais velhos lamentavam que esse templo não tivesse a mesma grandiosidade do primeiro (Esdras 3:12; Ageu 2:3). Embora bem menos esplêndido que o templo anterior, o de Salomão, esse segundo é concluído e dedicado ao povo para adoração a Deus em 515 AC.

Na época de Jesus, Herodes, o Grande, era rei de Jerusalém. Ele não era religioso, mas percebeu que a expansão e embelezamento do templo poderia favorecer politicamente sua imagem. Por isso, começou a reformá-lo. É a esse edifício, na verdade ainda não terminado na época de Jesus, que os judeus se referem no versículo bíblico como estando em construção por quarenta e seis anos. O historiador judeu do século I, Josefo, diz que as obras começaram no décimo oitavo ano de Herodes, o Grande, cerca de 19 AC. A referência aos 46 anos se dá ao fato de o incidente com Jesus ter ocorrido aproximadamente em 27 DC. Comentaristas bíblicos informam que os trabalhos de embelezamento prosseguiram até o reinado de Herodes Agripa (em 63 AD — anno Domini, em latim, que significa “no ano do Senhor”). Esse segundo templo foi destruído em 70 DC, pelos romanos.

O ato de Jesus é de suma importância e audácia e os judeus exigem um atestado de autoridade para essa reforma radical. A resposta vem em linguagem metafórica: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei”. Jesus se referia ao seu corpo como santuário e anuncia sua própria ressurreição como prova de autoridade para purificar e espiritualizar a forma de adoração a Deus, mas eles não entenderam.

Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy define santuário como “o corpo; a idéia de Vida, de substância e de inteligência; a superestrutura da Verdade; o santuário do Amor” (p. 595). Sem alcançar a visão espiritualizada do que Jesus está dizendo, acreditava-se que havia um plano para a destruição do templo e Jesus começou a ser perseguido.

Vers. 22: “Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus”.

O pesar e o sofrimento dos discípulos pela crucificação do Mestre os levaram a refletir sobre esses acontecimentos e os despertaram para uma vida renovada, de reconhecimento do Cristo, a Verdade.

Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy afirmou: “Por tudo quanto os discípulos experimentaram, tornaram-se mais espirituais e compreenderam melhor o que o Mestre havia ensinado. A ressurreição dele foi também a ressurreição deles. Ajudou-os a elevarem-se, como também aos outros, da apatia espiritual e da crença cega em Deus, até a percepção das possibilidades infinitas” (p. 34).

Vers. 23-25: “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome; mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.”

O nome de jesus representava seu caráter, sua natureza espiritual e atividade divina. As curas e sinais realizados em seu ministério eram a demonstração da unidade com o Pai e foram a base de compreensão dos discípulos, que os capacitou a realizar as obras que aprenderam e vivenciaram com o Mestre.

Ele sabia o que era a natureza humana: A onisciência do Cristo lhe permitia conhecer o pensamento das pessoas, condição que o protegia das artimanhas dos seus perseguidores.

Bibliografia:

O Novo Comentário da Bíblia, Editado pelo Prof. F. Davidson M.A., D.D., Editado em Português pelo Revdo. Dr. Russell P. Shedd M.A. B.D. P.H.D., Edições Vida Nova, 1a edição em português, 1963.

Quem é Jesus? Uma enciclopédia sobre a vida de Jesus, Lois Rock, Sociedade Bíblica do Brasil, 2005.

Bíblia de Estudo de Genebra, Sociedade Bíblica do Brasil, 2004.

Biblia de Estudo Plenitude, João Ferreira de Almeida, Sociedade Bíblica do Brasil, 2003.

Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, impresso em 1990, The Christian Science Publishing Society, Boston, USA

A Bíblia Sagrada — João Ferreira de Almeida Edição revista e atualizada — 2a edição, impresso em 2005 — Sociedade Bíblica do Brasil.

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