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Matéria de capa

Nossas orações ajudam as campanhas eleitorais

Da edição de setembro de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Qualquer um que me conheça bem sabe que sou apaixonada por política e, algumas vezes, até muito partidária. Como posso, então, conciliar isso com o desejo de estar politicamente aberta à inspiração que advém ao orar com humildade?

Orar com humildade significa orar com a disposição de abandonar as opiniões humanas por novos conceitos espirituais. Fazer uma oração que não começa com uma resposta certa preconcebida e que não presuma que as respostas precisam estar de acordo com um determinado partido político. Francamente, conheço poucas pessoas, eu inclusive, que conseguem ter esse tipo de humildade quando se trata de política e campanhas eleitorais.

À medida que busco inspiração a respeito de eleições, uma das primeiras coisas que tento abordar é o cinismo político. Estariam os candidatos fora da realidade, errados ou, pior ainda, seriam eles falsos quando fazem todas aquelas promessas? Como podemos acreditar neles? Além disso, como podemos determinar quais as promessas que, mesmo quando cumpridas, levarão a vida das pessoas, das comunidades, das nações e da humanidade na direção correta?

Quando busco orientação na Bíblia e nos escritos de Mary Baker Eddy, vejo que a natureza de Deus é boa e que Ele propicia o bem, universal e abundantemente. Ao aceitar esse fato, compreendo melhor que Deus é infinito; assim é natural distinguir e aceitar as promessas que trarão o bem para todos. A partir desse ponto de vista espiritual, podemos reconhecer que, porque Deus cuida ternamente de todos nós, nossos governos, instituições, famílias e nós mesmos podemos ser vistos como canais desse cuidado.

À medida que percebemos as promessas políticas sob uma luz espiritual, nessa mesma medida somos inspirados a encontrar e a desenvolver novas maneiras de cumpri-las.

Pesquisando sobre o que deveria motivar minhas decisões e ações (políticas ou não), encontro a compreensão e a confiança naquilo que Jesus ensinava. Ele estimulava seus discípulos a não ficarem focados na necessidade de comer, beber e vestir, mas sim, em primeiro lugar, buscar o reino de Deus e, então, ele concluiu: "Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino" (ver Lucas 12:22-32).

A lição de Jesus se torna muito mais poderosa quando me lembro o quão sensível ele era com relação às necessidades básicas das pessoas. Para dar apenas um exemplo, somente sua compreensão do cuidado ilimitado de Deus poderia capacitá-lo a, mais de uma vez, alimentar milhares de pessoas no deserto, quando não havia provisão suficiente (ver Marcos, capítulos 6 e 8).

A abundância é uma promessa de Deus. Descubro que, à medida que percebemos as promessas políticas sob uma luz espiritual, nessa mesma medida somos inspirados a encontrar e a desenvolver novas maneiras de cumpri-las. Por isso, é possível tomar a declaração de Mary Baker Eddy ao pé da letra: "O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana. Não é justo imaginar que Jesus tenha demonstrado o poder divino de curar somente para um número seleto de pessoas ou para um período de tempo limitado, porque a toda a humanidade e a toda hora, o Amor divino propicia todo o bem" (Ciência e Saúde, p. 494).

Também me impressiona o fato de que Jesus não perguntou primeiro sobre as pessoas na multidão: "Será que elas merecem ser alimentadas?" Nem sugeriu que certas pessoas na multidão não fossem merecedoras e, portanto, deveriam ser deixadas de fora.

Nessas circunstâncias, ele buscou uma solução espiritual para a necessidade geral e o resultado foi que todos se beneficiaram. Mary Baker Eddy expressou isso desta maneira: "O Amor é imparcial e universal na sua adaptação e nas suas dádivas" (Ciência e Saúde, p. 13). Esse exemplo inspirador mostra como as pessoas podem ajudar os políticos a buscarem soluções para os problemas da sociedade em todas as facetas das ações governamentais. Ao invés de se sentirem confusas pela dissensão entre os candidatos e seus cabos eleitorais, elas podem orar, ou seja, reconhecer todas as pessoas como os filhos espirituais de Deus e merecedores do bem. Isso traz liberdade para focarmos nossa atenção na satisfação das necessidades de todos.

Contudo, seria natural pensar que o "outro" partido político é incapaz disso? Será que eu realmente preciso elevar e espiritualizar meu ponto de vista sobre a "oposição"? Não poderia eu simplesmente orar, nas palavras de Jesus, para que a vontade de Deus seja feita "assim na terra como no céu" e deixar por isso mesmo?

É difícil transformar essa oração em realidade se, por exemplo, olharmos para o partido "A" em nosso país e vermos somente falta de moralidade, de patriotismo e de responsabilidade pessoal. Essa visão leva a sentimentos de raiva e condenação. É pelo reconhecimento de que Deus é todo-pode-roso em todos os partidos, mesmo dentro do partido político "A", que veremos que a vontade de Deus será feita "assim na terra como no céu" (Mateus 6:10).

É pelo reconhecimento de que Deus é todo-poderoso, mesmo dentro dos partidos políticos alternativos, que veremos a vontade de Deus sendo feita "assim na terra como no céu".

De novo, é difícil transformar essa oração em realidade, se, ao contrário, olharmos para o partido "B" e vermos somente ambição, militarismo ou desinteresse pelas necessidades dos outros. Esse ponto de vista leva a sentimentos de raiva e frustração. É somente pelo reconhecimento de que Deus é todo-poderoso, mesmo dentro do partido político "B", que veremos a vontade de Deus sendo feita, "assim na terra como no céu".

Da mesma forma, é difícil transformar essa oração em realidade, se também olharmos para o partido alternativo "C" e vermos somente destrucionismo, ou expectativas improváveis. Essa visão leva a sentimentos de raiva e desrespeito. É pelo reconhecimento de que Deus é todo-poderoso, mesmo dentro dos partidos políticos alternativos, que veremos a vontade de Deus sendo feita "assim na terra como no céu".

Todos os candidatos e seus partidos políticos fazem promessas de campanha que eles entendem como bem-intencionadas. À medida que os eleitores levarem avante a tarefa de escolha dos candidatos com base na oração, contribuiremos melhor para o processo de eleição, colocando de lado o cinismo que cria dissensão. Podemos fazer as opções e, ao mesmo tempo, valorizar o fundamento espiritual de qualquer promessa que proponha um bem maior, porque o bem universal é a vontade de Deus para todos "assim na terra, como no céu".

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