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O efeito sanador da gratidão

Da edição de novembro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando criança, fui ensinada a dizer sempre: “obrigada”, não só para os familiares e amigos, por presentes e atos de bondade, mas também a Deus por todo o bem que eu recebia e pelas curas que ocorriam como resultado da oração. Desde aquela época, tenho aprendido que gratidão é mais do que uma simples qualidade da graça que torna a vida mais doce; ela desempenha um papel indispensável na oração.

A Bíblia está repleta de expressões de agradecimento a Deus. Em mais de uma ocasião, o agradecimento de Jesus a Deus, antes da cura, ficou muito evidente para todos os que estavam à sua volta (ver Marcos 8:6, João 11:41). “Alegrai-vos no SENHOR, ó justos, e dai louvores ao seu santo nome” (Salmos 97:12), diz o salmista. Porque se origina na Alma, no próprio Deus, a gratidão gera poder espiritual, e promove a cura por ser uma conclusão essencial à cura.

Constatei o efeito que a gratidão exerce em uma cura que obtive, há alguns anos. Meu marido e eu havíamos decidido fazer uma grande reforma em nossa casa. Certo dia, subi em um andaime no andar superior para examinar o trabalho do eletricista. Enquanto conversávamos, agradecia silenciosamente pela liberdade que sentia, pois, em algumas ocasiões no passado, não me sentiria confortável em me locomover em tais circunstâncias precárias. Havia poucas tábuas no andaime e o espaço entre elas era tão grande que eu podia ver o chão a vários metros abaixo.

Foi então que, ao me aproximar da escada manual do eletricista que estava presa ao andaime para descer, pisei na ponta de uma grossa tábua que, na verdade, não estava bem presa. Houve um efeito gangorra, fui lançada ao ar e cai de costas, com todo o meu peso, no chão de concreto. Minha reação imediata foi a convicção de que Deus me ajudaria a passar por essa experiência, não importando o quão grave ela parecesse ser.

O eletricista desceu do andaime pelo caminho convencional e correu para pedir ajuda a seus colegas. Eu estava atordoada demais para tentar me mover, exceto para estender a mão e segurar a pata do nosso cachorro, que veio sentar-se ao meu lado. Enquanto estava deitada no chão, declarava silenciosa e persistentemente para mim mesma, que tudo estava sob o completo controle de Deus e, portanto, eu estava segura. Disse aos trabalhadores que gostaria de me deitar no sofá da outra sala, se eles conseguissem me levar até lá. Fiquei imaginando como eles fariam isso, mas um deles simplesmente me ofereceu sua mão. Fiquei imediatamente grata pela confiança demonstrada por ele, de que eu poderia me levantar. Ergui-me, embora tenha necessitado de ajuda.

Caminhamos vagarosamente e, assim que me recostei no sofá, simplesmente continuei dizendo para mim mesma, repetidas vezes: “Sou muito grata, muito grata mesmo”. Após alguns minutos, perguntei-me: “Pelo que você está sendo grata”? Percebi que estava grata muito mais pelo fato de que eu podia caminhar, apesar da gravidade da queda. Estava grata pelo que eu compreendia sobre a verdade espiritual acerca do meu ser, ou seja, do meu relacionamento inseparável com Deus, e pelo Seu amor e cuidado onipresentes e onipotentes. Estava grata por tudo que havia aprendido sobre Deus e minha identidade como a expressão do Seu ser em toda sua totalidade e plenitude. Senti meu pensamento mudando para uma base mais progressiva, da qual podia sentir um impulso rumo à cura. Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy explicou: “A substância, a Vida, a inteligência, a Verdade e o Amor que constituem a Divindade são refletidos por Sua criação; e quando subordinarmos o falso testemunho dos sentidos corpóreos às verdades que a Ciência apresenta, veremos essa semelhança e esse reflexo verdadeiros em toda parte" (p. 516).

Liguei para o escritório de meu marido e lhe contei o que havia ocorrido; ele ficou muito alarmado e disse que viria para casa imediatamente. Liguei também para uma Praticista da Ciência Cristã, a fim de que orasse comigo. Ela me pediu que não atribuísse a ninguém a culpa pelo acidente. Assegurei-lhe de que a única coisa que sentia era gratidão pelo cuidado de Deus.

Quando meu marido chegou em casa e descobriu que eu não podia me sentar ou caminhar sozinha, ele quis me levar para o hospital local. A fim de acalmar seus temores, concordei. A equipe médica declarou que eu era "muito sortuda" por poder caminhar e descreveu alguns danos que eles achavam que os músculos de minhas costas haviam sofrido. Embora não tivesse prestado atenção aos detalhes na ocasião, acho que eles predisseram um longo período de recuperação. Várias vezes a equipe médica me instou a aceitar analgésicos e ficou muito surpresa com minha confiança quando lhes dizia que não necessitaria tomá-los. Já havia confiado em Deus para me curar em várias situações anteriores e agora estava segura de que seu cuidado por mim era contínuo.

Quando voltei para casa, minhas orações continuaram a ser apoiadas na gratidão e fiz um rápido progresso. Inicialmente, foi necessário que um membro da família ficasse em casa para ajudar a me levantar e a caminhar. Contudo, dentro de poucos dias, conseguia me locomover por conta própria. Duas semanas após o incidente, estava me locomovendo livremente e conseguia cuidar de todas as minhas atividades habituais, inclusive cuidar do jardim. Minhas recordações de todo esse acontecimento são boas!

Descobri que existem várias maneiras pelas quais a gratidão contribui para a cura:

• Antes de tudo, a gratidão representa um reconhecimento das leis da Verdade ou de Deus.

• A gratidão eleva o pensamento acima e além da situação física que a pessoa enfrenta. Isso significa um amor a Deus e uma conscientização de Seu amor por nós, que elimina o medo, a confusão e o desânimo.

• A gratidão abre o pensamento para a percepção das idéias espirituais, que sempre estão à mão. Isso promove a cura. "Somos realmente gratos pelo bem já recebido?", pergunta um trecho de Ciência e Saúde. "Então nos aproveitaremos das bênçãos que temos e assim estaremos aptos a receber mais" (p. 3).

• A gratidão traz confiança e alegria.

A gratidão pelas "verdades da Ciência" foi fundamental para essa cura e tem sido a pedra angular em minha prática da Ciência Cristã, desde aquela ocasião. Continuamente, descubro que, quando sou grata pelo reconhecimento dessas verdades e de que Deus as está sempre sustentando na experiência do homem, isso promove a cura.

Quando é necessária a persistência na oração, freqüentemente acho útil listar as verdades espirituais. Algumas vezes, anoto-as à medida que estudo a Lição Bíblica Semanal, que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Uma vez iniciada, é notável como a lista pode se tornar longa! Isso resulta em tal conscientização do bem presente, que a falsidade do problema em questão se torna cada vez mais óbvia, até desaparecer do pensamento, e, conseqüentemente, da experiência humana, de forma completa.

A gratidão é um elemento indispensável para a eficácia da oração. É um reconhecimento jubiloso da harmonia que Deus já estabeleceu e sempre mantém! *

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