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Matéria de capa

Saúde perfeita na Mente perfeita

Da edição de novembro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Recentemente, em conversa com uma amiga, lembrei-me de um antigo provérbio aprendido nas aulas de Latim, quando este ainda fazia parte do currículo do antigo ginásio: mens sana in corpore sano, que significa: “mente sã em corpo são.” Tradicionalmente, esse provérbio tem sido usado para defender a importância de se manter o corpo sadio, principalmente através de exercícios físicos e esportes, para que a mente também possa se manter sadia. Esse conceito é tão difundido, que a frase é adotada, em Latim mesmo, como o lema de diversos clubes esportivos e academias militares.

Embora a medicina concorde, até certo ponto, com a importância do exercício físico para manter a saúde do corpo e da mente, crescem as pesquisas médicas que demonstram a importância de uma mente sadia para ajudar a manter o corpo sadio. A influência dos pensamentos e do estado mental da pessoa sobre a saúde física é um dado levado em consideração cada vez mais pelos médicos conscienciosos, em todas as especialidades. Se fôssemos atualizar o provérbio, provavelmente teríamos de invertêlo para “corpo são em mente sã”.

A Ciência Cristã, todavia, ensina que o caminho mais seguro para a saúde vai além desses dois pontos de vista humanos. Os escritos de Mary Baker Eddy, todos fundamentados na Bíblia, nos levam a considerar a saúde desde um ponto de vista espiritual.

A oração científica consiste em abrir o pensamento às idéias da Mente, ouvi-las, aceitá-las, acalentá-las.

Sem dúvida, a Sra. Eddy alertou a humanidade para a influência dos pensamentos sobre o estado do corpo. O livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, escrito para explicar sua descoberta, a Ciência do Cristianismo, diz, por exemplo, sobre a doença: “A causa predisponente e a causa excitante são mentais” (p.178), e em outra passagem afirma: “É melhor evitar que a doença se forme na mente mortal a fim de que não apareça depois no corpo; mas para tanto é preciso atenção” (p. 198). Se a causa é mental, a correção dos pensamentos prejudiciais produz uma melhora no estado do corpo, e isso é um fato facilmente verificável.

Contudo, a Ciência Cristã não se resume a um sistema pelo qual pensamentos negativos são substituídos por pensamentos positivos; em que sentimentos depressivos causadores de males físicos são trocados por pensamentos de otimismo e esperança. Esse processo de substituição muito benéfico e necessário, não será eficaz nem completo e pode até mesmo parecer impossível de ser realizado, se a pessoa procurar fazê-lo com suas próprias forças, partindo meramente de sua força de vontade ou de conceitos psicológicos.

Conversando com pessoas que pedem orientação sobre a aplicação prática da Ciência Cristã, é comum ouvir: “Eu sei que não devo ficar com raiva, isso me faz mal. Mas não consigo”! Ou: “Seria muito bom se eu conseguisse perdoar essa pessoa, mas isso é humanamente impossível depois de tudo o que ela me fez”! Ou ainda: “É claro que esse ritmo alucinante de trabalho é prejudicial à minha saúde, mas se eu não fizer isso não vou me manter no emprego”! Do ponto de vista humano essas suposições são bastante compreensíveis. Por mais boa vontade que tenhamos, se ficarmos no nível do pensamento humano, não será possível ter aquela mente sã que produz um corpo são.

Na Ciência do Cristianismo, o pensar se eleva ao patamar do divino. É nesse patamar que se encontram idéias boas e verdadeiras que substituem naturalmente os pensamentos mortais que precisam ser eliminados.

Como essas idéias provêm da Mente divina, ou seja, Deus, elas possuem a força e a clareza divinas, têm o poder do Espírito Santo. Elas não requerem nossa força de vontade para produzir efeitos práticos, requerem apenas nossa aceitação. A oração científica consiste em abrir o pensamento às idéias da Mente, ouvi-las, aceitá-las, acalentá-las.

A Mente, Deus, é a inteligência infinita que cria e governa o universo. É perfeita e onipresente. É a única consciência verdaderia, por isso só tem consciência de suas próprias idéias perfeitas e só conhece a perfeição que inclui a saúde. O ser criado por Deus, o que verdadeiramente somos, é idéia da Mente divina, possui as qualidades dessa Mente e a reflete. Como reflexos da Mente, podemos ouvir as comunicações provenientes dela. Podemos pensar partindo do ponto de vista dessa Mente, perguntando-nos: “O que é que a Mente pensa a meu respeito? Como é o ser que ela conhece?”

É essa comunhão com a Mente, cultivada diariamente por meio do estudo da Ciência Cristã e da oração científica, que nos capacita a detectar e expulsar aqueles pensamentos que são estranhos à nossa natureza divina.

“A compreensão de que o Ego é Mente, e de que há só uma Mente ou inteligência, começa de imediato a destruir os erros do sentido mortal e a proporcionar a verdade do sentido imortal. Essa compreensão torna o corpo harmonioso; faz com que os nervos, os ossos, o cérebro etc. sejam servos, em vez de senhores. Se o homem é governado pela lei da Mente divina, seu corpo está em submissão à Vida, à Verdade e ao Amor sempiternos” (Ciência e Saúde, p. 216).

Todos nós, como homens, mulheres e crianças criados por Deus, somos a manifestação dessa Mente, desse Ego perfeito. Como só há uma única Mente, uma única inteligência, pensar e ver espiritualmente faz parte de nossa natureza, assim como nos é natural ouvir o que a Mente nos comunica. É essa comunhão com a Mente, cultivada diariamente por meio do estudo da Ciência Cristã e da oração científica, que nos capacita a detectar e expulsar aqueles pensamentos que são estranhos à nossa natureza divina. O cultivo dessa comunhão não exige esforço, só requer dedicação e aceitação, pois em realidade somos unidos a essa Mente tal como o raio de sol é unido a sua fonte, o sol.

Anos atrás, acordei de manhã com a garganta muito inflamada e o que pareciam ser feridinhas dentro da boca. Não conseguia sequer beber um copo de água, muito menos comer; também não conseguia falar. Eram claramente sintomas de infecção, inclusive com febre; não a medi, mas a sentia. Tive de me comunicar através de bilhetinhos e pedi a meu marido que solicitasse a ajuda de um praticista. Ouvi as palavras de encorajamento dele ao telefone. Não lembro o que ele disse, mas recordo nitidamente que me vieram à mente as seguintes palavras: “feridas que nos causamos a nós mesmos”. Reconheci que essas palavras estavam em uma passagem de Ciência e Saúde e procurei o trecho com a ajuda de uma Concordância.

“A anatomia, quando espiritualmente concebida, é o conhecimento mental de si mesmo e consiste na dissecação dos pensamentos para descobrir-lhes a qualidade, a quantidade e a origem. São divinos ou humanos os pensamentos? Eis a questão importante. Esse ramo do estudo é indispensável para a excisão do erro. A anatomia da Ciência Cristã ensina quando e como sondar as feridas do egoísmo, da malícia, da inveja e do ódio, que nos causamos a nós mesmos. Ensina a controlar a ambição desenfreada. Desenvolve as sagradas influências do altruísmo, da filantropia, do amor espiritual” (p. 462).

A consciência de que o Pai-Mãe Deus me dá todo o bem continuamente, eliminou naturalmente aqueles sentimentos perniciosos.

De início, não via o que isso tinha a ver comigo, pois não me considerava egoísta nem invejosa, mas sabia que não devia ficar analisando o lado humano da situação. Compreendi que o “conhecimento mental de mim mesma” incluía reconhecer que, como reflexo da Mente, eu só poderia ter pensamentos divinos. A Mente não tem nenhum traço de egoísmo, malícia, inveja ou ódio, por isso também não podiam fazer parte de mim. A anatomia que a Mente divina conhece inclui apenas idéias perfeitas, completas, invulneráveis a todo e qualquer ataque de pensamentos nocivos. Nesse processo mental, dei-me conta de que havia algum tempo eu me sentia injustiçada por não ter uma carreira profissional do calibre da que uma amiga tinha.

Percebi que isso não passava de inveja e egoísmo, disfarçados como pensamentos justificáveis. Esses sentimentos não me deixavam perceber e usufruir o bem que em realidade eu tinha. Só foi necessário dar-me conta desse erro para ver quão tolo era. A consciência de que o Pai-Mãe Deus me dá todo o bem continuamente, eliminou naturalmente aqueles sentimentos perniciosos. Estes haviam vindo à tona, não por análise e raciocínio humano, mas por inspiração, por uma idéia divina. Depois disso, a cura se processou rápida e completamente. Não foi só a cura física que aconteceu: eu passei a considerar minha carreira do ponto de vista espiritual e isso abriu o caminho para novas atividades muito mais satisfatórias.

Como a Mente é Amor tem as idéias divinas que anulam a raiva. A Mente nos comunica as idéias que eliminam o ressentimento e nos possibilitam perdoar, pois não tem memória alguma do mal. A Mente nos supre daquela segurança e paz que nos capacitam a trabalhar com tranqüilidade, sem medo e, portanto, com mais eficiência e menos estresse.

É nessa Mente que vivemos e temos o nosso ser. Nosso verdadeiro lema deve ser: “Corpo são na Mente perfeita”.

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