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A quem escuto?

Da edição de outubro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu e minhas amigas gostamos de lanchar em certos lugares de nossa escola, como, por exemplo, na frente da cantina, dentro do ginásio e em alguns outros locais. Quando acontece de alguma de nós se atrasar, basta procurar em um desses locais para nos achar.

Certa tarde, estava na escola lanchando ao lado da cantina com minhas amigas Ana Luiza, Bruna, Isabelle e Yasmin. A Ana foi comprar um chocolate quente e, quando voltou, chamou as meninas para lanchar em outro lugar, perto de onde estávamos, mas onde nunca havíamos nos reunido antes. Como eu não as tinha acompanhado, continuei ali aguardando. Achei que elas estavam demorando para voltar e então fui procurá-las em um de nossos pontos de encontro preferidos. O colégio é grande e levei um tempāo fazendo isso. De repente, bateu o sinal e tive de voltar para a aula, sem ter comido nada e muito chateada com as minhas amigas, principalmente com a Ana, pois me senti abandonada.

Quando entrei na sala, fui falar com a Ana. Eu estava muito brava, mas ela nem me deu bola, não me respondeu nada. Eu fiquei furiosa e ameacei ir falar com a professora Sandra sobre o que tinha acontecido (a Sandra é coordenadora da quarta série e resolve qualquer problema).

Quando acabou a aula, minhas amigas tentaram fazer a Ana falar comigo. Elas me explicaram que a Ana estava sentada com elas debaixo de uma árvore na frente da cantina e era eu quem não as tinha visto. Elas faziam isso porque estavam chateadas com essa briga. Afinal, eram boas amigas tanto da Ana quanto minhas e perceberam que tudo havia sido apenas um mal-entendido.

Mais tarde, em casa, continuei muito aborrecida, mas resolvi que, se a Ana pedisse desculpas, eu a perdoaria. Só que, no dia seguinte, ela me disse que não havia nada do que se desculpar.

Eu fiquei mais brava ainda e resolvi que iria cortá-la de minha lista de amigas.

Continuei assim por vários dias, magoada, mas fazendo de conta que não ligava. Cada dia, nossa turminha se dividia para lanchar, algumas meninas ficavam comigo, outras com ela.

Eu sempre havia gostado da Ana. Ela era uma boa amiga. Conversei com minha mãe, que me ajudou a ver as qualidades da Ana: inteligência, liderança, amizade, alegria e outras coisas legais que eu admirava nela. Percebi também que era eu quem estava sofrendo com tudo aquilo, assim como nossas outras amigas.

Então, orei a Deus naquela noite, por saber que Ele me daria a orientação de como agir e perdoar.

Foi muito legal quando fiz isso, pois deixei de ouvir aquelas sugestões que me diziam que eu estava cheia de razão, de que a Ana estava errada e que eu seria fraca se concordasse em pedir desculpas.

Pensar em resolver a situação naquela noite me deu um grande alívio. Fui para a escola com essa intenção no dia seguinte, mas nem foi preciso fazer nada do que havia planejado. Na hora do recreio as nossas amigas nos uniram e disseram: "Já chega desse negócio, está muito chato a gente ter de lanchar cada dia com uma de vocês. Vamos lanchar todas juntas hoje novamente".

Eu olhei para a Ana, ela sorriu e concordou. Eu fiquei muito feliz.

A Ana e eu concordamos que não precisamos estar grudadas todos os dias para sermos amigas, pois temos a liberdade de sermos felizes, quer juntas ou sozinhas.

Eu pedi para Deus me ajudar a estar firme na ideia do bem, não na do mal, e deu certo!

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