Minha vida é tranquila, mas, há bem pouco tempo, pensava sobre o rumo que devia tomar. Uma nuvem de ansiedade pairava sobre mim, lembrando-me constantemente de que, se eu cometesse algum erro, mesmo pequeno, ou tomasse uma decisão errada, poderia acabar sendo infeliz por longo tempo.
Quando entrei para o ensino médio este ano, notei que muitas pessoas viviam com o mesmo tipo de preocupação. Para alguns colegas de turma, uma nota baixa em um teste de matemática poderia levar a uma carta de rejeição do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), em Boston. Para outros, não fazer parte da equipe principal de beisebol júnior, no primeiro ano como calouro, poderia acabar com seus sonhos de participar dos campeonatos da liga principal das universidades. No meu caso, era a equipe de tênis.
Desde o verão, entre a sexta e a sétima série, desejava fazer um teste para a equipe de tênis da escola. Naquela época, era como um marco distante, mas, ainda assim, eu tinha certeza de que o alcançaria. Agora, na nona série, com a proximidade das eliminatórias, havia perdido a confiança. O técnico me informara por e-mail que 38 meninas fariam o teste, e apenas 20 passariam. Durante o inverno, treinei com três amigas, que também fariam o teste. Com o passar dos dias, sentimos que seria impossível entrar para a equipe de tênis. Comecei a me preparar para a eliminação que eu estava antecipando. Ponderei todas as outras opções que teria, caso fosse cortada da equipe e, quando as pessoas me perguntavam se eu estava animada para os testes, respondia: "Sim, mas não vou conseguir fazer parte da equipe". Com a aproximação das eliminatórias, fiquei ainda mais nervosa.
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