Estatutos da Igreja Art. 24 O que Deus exige. § 5°. Deus exige que a sabedoria, a economia e o amor fratemal caracterizem todos os atos dos membros de A Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista (Manual da Igreja Mãe, p. 77).
Praticar "a sabedoria, a economia e o amor fraternal" é uma outra maneira de descrever a essência da Regra Áurea: "fazer aos outros o que desejamos nos façam". Gosto de considerar essa regra e o Primeiro Mandamento como o fundamento sólido da Ciência Cristã.
Sabedoria. Do ponto de vista da Ciência Cristã, ser sábio em lidar com os outros envolve enxergá-los como honestos, amorosos e expressões puras de Deus, e rejeitar mentalmente qualquer coisa em contrário. Os Cientistas Cristãos estão aqui para abençoar seus semelhantes, não simplesmente para agradar-lhes ou satisfazê-los. Dar às pessoas o que elas desejam nem sempre pode ser sábio, muito embora elas possam elogiá-lo por seu esforço.
No livro de Atos, capítulo 3, encontramos um exemplo de dar às pessoas o que necessitam, ao invés de dar-lhes aquilo que acreditam desejar. Quando Pedro e João estavam para entrar no templo para orar, encontraram um homem coxo de nascença. Esse homem pediu a eles uma esmola. Pedro teve sabedoria para discernir que a necessidade real do homem era de cura e regeneração. Pedro disse que não possuía nem prata nem ouro, mas que lhe daria o que realmente tinha. Pedro viu a perfeição espiritual do homem e o curou. Ao sentir-se curado, ele entrou com Pedro e João no templo, caminhando e louvando a Deus.
Como Pedro, cada um de nós pode expressar sabedoria, reconhecendo que cada indivíduo, como filho de Deus, possui uma identidade perfeita que inclui tudo o que é necessário e gratificante.
Economia. Certo dicionário define economia como: "o uso conciso e eficiente de recursos não materiais para o fim desejado". De forma simplificada, doar tempo, talento e trabalho significa usar nossos recursos espirituais para realizar o bem, fato que enriquece a nós e a todos os envolvidos. Nessa mesma linha, Mary Baker Eddy escreveu: "Dar não nos empobrece no serviço de nosso Criador, e reter tampouco nos enriquece" (Ciência e Saúde, p. 79). Ela também escreveu: "Aquele que teme ser generoso demais, perdeu o poder de ser magnânimo" (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 165). Se seguíssemos essa orientação, com a compreensão de que o bem infinito e abundante de Deus está sempre presente e nunca pode ser exaurido, nenhuma perda jamais ocorreria.
O amor fraternal é essencial para o crescimento espiritual. Todos podemos ser extremamente abencoados, ao expressar paciência, compaixão e afeição altruísta para com nossos semelhantes, ou seja, nossos irmãos e irmãs. Embora ajudar alguém em necessidade quando oportuno seja a coisa certa a fazer, sair da nossa zona de conforto para prestar auxílio expressa uma abordagem cristã para a vida.
Expressar sabedoria, economia e amor fraternal são exigências de Deus. Essas exigências deveriam ser o fundamento para toda tomada de decisão. Empenhar-se em agir dessa forma é o que impulsiona a praticar as boas obras que curam, abençoam e gratificam.
