Todo cozinheiro sabe que há ingredientes que simplesmente são indispensáveis. É impossível preparar um assado de batata doce, por exemplo, sem o uso de algum tipo de batata doce. Poderíamos dispensar, ou encontrar um substituto para a maioria dos outros ingredientes, tais como: sal, manteiga, creme de leite ou o marshmellow da cobertura. Mas deixar de fora as próprias batatas doces? Impossível, a menos que desejarmos preparar um prato cuja aparência e sabor sejam um fracasso!
Os agricultores dizem o mesmo sobre a água, que é o único elemento indispensável na plantação de milho, morangos, arroz ou de qualquer outra coisa. Sem irrigação, as plantações murcham e morrem. O mesmo acontece com uma orquestra. O maestro pode estar de posse do número completo de instrumentos e músicos, mas sem a partitura musical para tocarem... só haverá silêncio.
Semelhantemente, os praticistas da Ciência Cristã, pessoas que se dedicam à cura espiritual por meio da oração, também lhes dirão que existe um ingrediente indispensável em sua missão de cura. Esse ingrediente é o amor, o amor puro e altruísta. O amor motiva a oração de modo tão fundamental, que uma pessoa não pode ser um sanador sem ele. Não apenas um amor pessoal, do tipo "eu-para-você", mas um amor universal, que é para todos e para tudo, que brilha de forma tão incandescente e inextinguível em nossos corações que só pode provir de Deus.
Sempre haverá uma Ciência divina por trás do amor sanador que Jesus sentia
Era essa espécie de amor espiritual que inspirava a gloriosa carreira sanadora de Jesus Cristo de Nazaré, o modelo para todos os sanadores cristãos. A Bíblia diz repetidas vezes (quinze vezes!) que Jesus se sentia irresistivelmente movido pela "compaixão", algo que os dicionários descrevem como: terna misericórdia, solicitude, "sentimento de fraternidade", quando curava as pessoas. Ele contemplava ternamente as centenas de pessoas com doenças ou deficiências, que se aglomeravam ao seu redor implorando alívio para seus sofrimentos e "seu coração condoía-se por elas" (Mateus 9:36, Eugene Peterson, The Message [A Mensagem]).
Contudo, a compaixão de Jesus não parava na solicitude e comiseração. A plenitude de seu amor transbordava em curas, na recuperação instantânea de corpos doentes, de corações quebrantados, de vidas destroçadas. Consequentemente, crianças, homens e mulheres passavam a caminhar livermente diante dele, na verdadeira saúde espiritual que somente Deus pode proporcionar.
A descoberta radical de Mary Baker Eddy foi que a cura espiritual fundamentada na compaixão, que Jesus praticava, não foi um evento histórico que ocorreu uma única vez. Não foi acidental. Havia, há e sempre haverá uma Ciência divina por trás do tipo de amor sanador que Jesus sentia. A verdade que transforma o mundo é que qualquer pessoa pode participar da humildade e majestade desse amor. Qualquer pessoa pode vivenciar seu toque sanador. Portanto, eis o que talvez pareça a coisa mais surpreendente para o pensamento humano: qualquer pessoa pode curar outros com o impulso desse santo amor!
O amor que cura provém de Deus e sua substância é divina
Por quê? Porque, tal como os primeiros cristãos compreenderam tão bem por intermédio do Mestre, Deus é o próprio Amor. O amor que cura provém de Deus e sua substância é divina. Conforme um antigo escritor cristão explicou, tudo o que precisamos fazer para trazer esse Amor sanador até os detalhes mais íntimos de nossa vida é amarmos uns aos outros. "Se amarmos uns aos outros", escreveu ele, "Deus permanece em nós, e seu amor é, em nós, aperfeiçoado" (ver 1 João 4:12).
Quando permitimos que a divindade penetre em nossos corações dessa maneira, não admira que passemos a sentir e a agir de modo diferente! Não admira que nossa vida mude para melhor, tanto interior como exteriormente. Não admira que nossa mente e corpo sejam regenerados pela consciência do Cristo, que passa a ser a nossa própria consciência. Isso se resume em simples Causa e efeito, ou, como o descreveu Mary Baker Eddy: "a Ciência divina do Amor divino" (Message for the Mother Church for 1900 [Mensagem para A Igreja Mãe para 1900], p. 5).
É profundamente inspirador saber que eminentes acadêmicos, como o Dr. Stephen Post, professor de bioética na Universidade de Medicina de Case Western Reserve e presidente do Instituto de Pesquisa do Amor Ilimitado, estão agora estudando o que eles chamam "a nova ciência do amor e da saúde".
Pesquisas demonstram que as virtudes do amor têm efeitos mensuráveis sobre a saúde das pessoas
Uma pesquisa feita em aproximadamente 70 estudos realizados nos Estados Unidos durante o último século, diz o Dr. Post, demonstra com dados sólidos, baseados na experiência e na observação, que as virtudes do amor, tais como: doação, perdão e gratidão, apresentam benefícios mensuráveis sobre a saúde, a felicidade e o sucesso das pessoas e, até mesmo, sobre sua longevidade. "O que mais se destaca na ciência do amor é que o ato de dar protege integralmente a saúde duas vezes mais do que uma aspirina protege contra as doenças cardíacas", escreveram Post e sua co-autora Jill Neimark em seu novo livro intitulado Por que Coisas Boas Acontecem para Pessoas Boas, (p. 7).
Os efeitos benéficos da oração impelida pelo Amor
"Estudos científicos também provam", salientam Post e Neimark, "que a oração pelos outros faz com que as pessoas encarregadas dessas orações tenham vidas mais saudáveis e mais longas. Mesmo o simples ato de orar pelos outros", escrevem eles, "reduz, na idade avançada, o impacto danoso de problemas de saúde naquelas pessoas que fazem as orações" (Ibidem, p. 10).
Contudo, isso leva a uma pergunta fundamental. O que dizer das pessoas para quem as orações são feitas? Será que essas orações, motivadas pelo amor, as beneficiam? A pesquisa de Post e Neimark não analisa essa questão.
"O amor a Deus e ao homem é o verdadeiro incentivo, tanto para curar como para ensinar"
Nesse importante debate, porém, a Ciência Cristã oferece tanto uma prova teológica quanto uma sólida documentação. "O amor a Deus e ao homem é o verdadeiro incentivo, tanto para curar como para ensinar", declarou Mary Baker Eddy ao mundo, na página 454 de Ciência e Saúde, publicado pela primeira vez há mais de 130 anos. Portanto, sem esse amor espiritual a Deus e pela humanidade, explica Ciência e Saúde, o pretenso sanador está sujeito a ser ineficaz: "Não tendo essa afeição espiritual, falta ao sanador fé na Mente divina e ele não tem aquele reconhecimento do Amor infinito, que é o único a conferir o poder curativo" (Ibidem, p. 366).
A oração motivada pelo Amor cura toda espécie de males, de forma rápida e definitiva.
Quanto à documentação, além das 100 páginas com curas por meio da oração, publicadas como o capítulo final de Ciência e Saúde intitulado “Frutos”, milhares de relatos comprovados de cura espiritual têm sido publicados nas revistas da Ciência Cristã, apresentados nos programas de rádio e nos sites da Internet, durante mais de um século. Eles oferecem inúmeras evidências de que a oração, motivada pelo Amor, cura toda espécie de males de forma rápida e definitiva.
Como Praticista da Ciência Cristã durante os últimos 25 anos, venho repetidas vezes descobrindo por mim mesma que a “afeição espiritual" é um ingrediente indispensável na cura das pessoas. Por exemplo, certa tarde há alguns anos, ligou-me uma senhora com voz desesperada, pedindo-me que eu orasse por ela, pois estava com um “problema no coração” que a fazia sentir-se fraca e desamparada. Ela estava sozinha e muito amedrontada.
Nunca é tarde demais para infundir em nossas orações o importante ingrediente do amor espiritual
Enquanto ouvia a descrição dos sintomas, era difícil não se deixar envolver pela onda de pânico que ela sentia. Orei da forma mais sistemática e persistente que podia e, aos poucos, a onda de medo e o sentimento de responsabilidade pessoal desapareceram do meu pensamento. Ela também ficou mais calma e os sintomas abrandaram. Contudo, eu desejava muito que ela se sentisse bem e sadia, uma vez que tinha todo o direito a isso como filha amada de Deus. Então, comecei a ficar frustrada porque ela não se sentia assim. Passei até a duvidar que tivesse a compreensão espiritual necessária para curar a situação.
Foi então que peguei o livro Ciência e Saúde e, com toda sinceridade, pedi a Deus que me mostrasse o que eu precisava ver. Como que por acaso, abri na página 9. Então, meus olhos pousaram nesta passagem, que começa assim: “O teste de toda oração encontrase na resposta a estas perguntas...”. A primeira pergunta se destacou para mim como se estivesse escrita em luz neon: “Amamos mais nosso próximo por causa dessa oração”? Em seguida, logo abaixo, nessa mesma página, aparece uma pergunta relacionada com a anterior: “Amas 'o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento’ ”?
Naquele momento, permiti finalmente que o eterno Amor divino e o meu amor a Deus enchessem minha consciência. Então, espontaneamente, meu coração transbordou do verdadeiro e abundante amor pela minha amiga.
Amor! O simples e puro amor a Deus e ao meu próximo. De alguma maneira, havia posto isso de lado em todos os meus diligentes esforços para orar. Entretanto, Jesus havia deixado isso muito claro, ao dizer: “Destes dois mandamentos [amar a Deus e ao nosso próximo] dependem toda a lei e os profetas” (Mateus 22:37–40).
Naquele momento, permiti finalmente que o eterno Amor divino e o meu amor a Deus enchessem minha consciência. Então, espontaneamente, meu coração transbordou do verdadeiro e abundante amor pela minha amiga. Era um amor sereno, confiante, que me fez saber que ela era espiritual, sadia e livre, exatamente como o seu Criador.
Ela de fato ficou bem. Quando voltou a ligar, sentia-se maravilhosa!
Nunca é tarde ou cedo demais para infundir em nossas orações o importante ingrediente do amor espiritual, como também para testemunharmos os efeitos inspiradores dessa oração revitalizante radores dessa oração revitalizante nos detalhes mais minuciosos de nossa vida pessoal, em nossa prática de cura e em um mundo que clama urgentemente por alívio do sofrimento de todo tipo!
