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Vigor ininterrupto

Da edição de setembro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Embora muitas pessoas frequentemente acreditem que precisam de mais dinheiro, melhor saúde, de longas férias ou de algum descanso, a Bíblia indica que uma das maiores necessidades da humanidade é de mais vigor! Por que vigor? Porque a maioria dos problemas na vida são atribuídos à fraqueza.

De acordo com várias fontes, a palavra grega no Novo Testamento para fraqueza (asthenes) tem estes múltiplos significados: enfermidade, pecado, doença e pobreza. A declaração de Jesus: “...a carne é fraca” (Marcos 14:38) expande o significado da palavra fraqueza para incluir toda a vida mortal.

Mesmo quando concluímos que a fraqueza seja o fundamento de um senso de vida carnal, baseado na matéria, podemos encontrar o remédio divino para a fraqueza quando nos volvemos para o próprio começo da Bíblia, que expõe: “...o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gênesis 1:2). Espírito é o oposto de matéria. O atributo principal do Espírito é força e essa força anula as fragilidades da matéria. O profeta Miquéias reconheceu isso quando exclamou exuberantemente: “...estou cheio do poder do Espírito do Senhor” (Miquéias 3:8).

O talmude hebraico, uma coleção de escritos rabínicos antigos sobre a lei e a tradição judaicas, compara o Espírito com a mãe pomba que voeja sobre seus filhotes, quando interpreta o versículo do Gênesis desta maneira: “O Espírito de Deus pairava por sobre a face das águas, como uma pomba”. Talvez os escritores hebraicos tenham interpretado esse versículo dessa maneira, porque o significado da palavra hebraica para pairar (rachaph) significa também: “agasalhar, proteger, sustentar”.

Contudo, a ideia da maternidade do Espírito se torna mais terna e, simultaneamente, mais forte, quando a Bíblia usa a imagem da águia como o símbolo para Espírito. A águia fêmea é conhecida por suas características maternais. Ainda assim, a águia fêmeas é muito forte. As fêmeas são maiores do que os machos. Por isso, as fêmeas são fisicamente mais fortes e mais bem equipadas para proteger o ninho.

A ideia da maternidade do Espírito se torna mais terna e, simultaneamente, mais forte, quando a Bíblia usa a imagem da águia como o símbolo para Espírito. A águia fêmea é conhecida por suas características maternais. Ainda assim, a águia fêmea é muito forte.

Cristo Jesus talvez estivesse usando essa imagem para transmitir a influência poderosa e salvadora do Espírito sobre as fraquezas da vida humana, quando proferiu estas palavras: “Onde quer que o corpo esteja, para ali se ajuntarão as águias” (Lucas 17:37, conforme a versão King James). É importante observar que essas palavras estão registradas no Evangelho de Lucas, caracterizado principalmente pela cura e pela oração, temas que são mencionados em média duas vezes mais frequentemente nesse Evangelho, do que nos outros. A oração e a cura são ideias complementares e mutuamente dependentes. As palavras de Jesus fazem a conexão entre esses dois temas e os explicam.

Sabemos que grande parte do uso que Jesus faz do simbolismo provém do seu conhecimento do Velho Testamento. É aí que descobrimos o que ele queria dizer sobre as águias se ajuntando em torno do corpo. Quatro textos no Velho Testamento usam a águia como um símbolo para a força do Espírito. Por exemplo, no livro do Êxodo, Deus Se compara a uma águia livrando os filhos de Israel da servidão egípcia: “Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim” (19:4).

Durante o período em que os israelitas foram mantidos como escravos no Egito, suas vidas eram cheias de trabalho duro e exaustão. Os egípcios erigiam monumentos aos mortos com tumbas em forma de pirâmides e até mesmo sua bem conhecida coleçāo de escritos sagrados era chamada O Livro dos Mortos. Para os filhos de Israel, o Egito simbolizava exaustão e, até mesmo, morte. Mas, como as asas carinhosas de uma águia, o amor do Espírito libertou os israelitas do Egito e os levou rumo à vitalidade da força e da vida espiritual.

Após sua fuga da escravidão egípcia, os israelitas se encontraram de imediato necessitando provisões para alimentar e sustentar a vida no deserto estéril. De novo, o mesmo Espírito de Deus maternal os sustentou como uma águia: “Como a águia desperta a sua ninhada voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, assim só o Senhor... o fez (Israel)... comer as messes do campo, chupar mel da rocha... [beber] coalhada de vacas e leite de ovelhas, [comer] com a gordura dos cordeiros, dos carneiros que pastam em Basã e dos bodes, com o mais escolhido trigo e bebeste o sangue das uvas...” (Deuteronômio 32:11-14). Essa passagem ilustra maravilhosamente como os atributos do Espírito semelhantes ao da águia livrou os israelitas da morte e os alimentou para a força e vida, mesmo em meio a uma “terra deserta” (Ibidem 32:10), onde não havia nenhuma comida ou água.

Um outro atributo importante da águia que ilustra ainda mais a natureza do Espírito está realçado no Salmo 103. Podemos perceber que existe uma ligação entre esse salmo e o texto de Deuteronômio porque esse salmo explica que Deus nos sustenta, nos cura e restaura nossa juventude. “Bendize, ó minha alma, ao Senhor ... quem sara todas as tuas enfermidades ... quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia” (Salmos 103:1, 3, 5). Aqui a águia está relacionada com a mocidade, uma característica associada com a nova plumagem da águia após a muda. Isso lança mais luz sobre as palavras de Jesus. Talvez sua alusão ao ajuntamento das águias em torno do corpo indique que os atributos do Espírito restauram a juventude, como também a saúde ao corpo.

O último texto é de Isaías 40:31, que diz: “...mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. O uso que Isaías faz da palavra fatigar pode ser comparado com as palavras de Jesus: “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lucas 18:1).

Interpretados como uma ideia completa, os pensamentos de Jesus com relação às águias poderiam ser lidos assim: “Onde quer que o corpo esteja, para ali se ajuntarão as águias... os homens deveriam sempre orar, e não esmorecer”. As palavras de Jesus parecem então parafrasear as de Isaías: “sobem com asas como águias... caminham e não se fatigam”. Para mim, a declaração de Jesus: “Onde quer que o corpo esteja, para ali se ajuntarão as águias”, sugere que é o amor cuidadoso do Espírito, que libertará o corpo da fraqueza do trabalho opressivo, levantará da morte para a força da vida e então alimentará e sustentará essa vida mesmo sob as mais extremas condições de privação.

A ideia de que a força espiritual contra-ataca a fraqueza humana ressoa através de toda a Bíblia. Ela nos assegura que a açāo do Espírito torna a atividade física vigorosa, inclusive nos libertando das aflições, por mais malignas que pareçam ser.

Em resumo, a ideia de que a força espiritual contra-ataca a fraqueza humana ressoa através de toda a Bíblia: o Êxodo mostra como o Espírito nos eleva para a força e a vida. Deuteronômio descreve como o Espírito nos alimenta. O livro de Salmos ilustra que o Espírito de Deus restaura a saúde e a juventude como a das águias. O texto de Isaías simboliza a capacidade do Espírito de acelerar o tempo das atividades humanas sem provocar cansaço ou esmorecimento. Em outras palavras, a Bíblia nos assegura que a açāo do Espírito torna a atividade física vigorosa, inclusive nos libertando das aflições, por mais malignas que pareçam ser.

Todos podem, por meio da oração e compreensão dessas verdades bíblicas, desfrutar do vigor e da liberdade que o Espírito transmite constantemente a toda sua criação.

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