Na semana que antecedeu a Assembleia Anual de 2011, quatorze trabalhadores internacionais que prestam serviço À Igreja Mãe vieram a Boston para visitar a sede da Ciência Cristã e para uma semana de treinamento sobre o Manual dA Igreja. Eles também participaram do Simpósio Uma Igreja Viva e da Assembleia Anual antes de retornarem a seus Campos de Ação como Coordenadores de Comunicação dA Igreja Mãe. "Coordenadores de Comunicação" é o novo título para aqueles que costumavam ser chamados de "Representantes do Secretário." Em uma entrevista conjunta com Leide Lessa e sua equipe no escritório dO Arauto da Ciência Cristã, em 3 de junho, eles explicaram um pouco mais sobre o que haviam aprendido e sobre seu papel no movimento da Ciência Cristã. Abaixo, vocês encontrarão os nomes e os campos para os quais foram designados.
• Europa: Doris Ulich—para o idioma alemão; Lyudmila Sokolova—para para o idioma russo; David Barker—Reino Unido e Irlanda.
• Ásia: Neera Kapur—para a Ásia; Adela Vickers-Hughes—Austrália e Nova Zelândia.
• África: Angélique Bongolo—República do Congo/Gabão; Mayal Tshiabuila—República Democrática do Congo; Joe Alomatsi—Gana; Tony Ekwe—Nigéria; John Kinguru—Quênia; Landry Atangana—Camarões.
• América Latina: Antero Villalpando—México e América Central; Alicia Cardoso—Uruguai, Chile, Bolívia; Magda Volker—Brasil, Portugal, Angola; Trixi Burgermeister—Argentina.
: Por que é importante para seu país ou região ter um Coordenador de Comunicação dA Igreja Mãe?
Magda Völker: Porque podemos servir como um elo de ligação entre as igrejas, sociedades, grupos e membros que, algumas vezes, não sabem como entrar em contato com A Igreja Mãe para dirimir quaisquer dúvidas que possam ter. Em muitos casos, podemos ajudar encaminhando as pessoas ao departamento correto em Boston. Talvez tenhamos a resposta, ou possamos direcioná-los ao Manual, que provê a maioria das respostas ou que proverà a inspiração para que encontrem a resposta apropriada. Nosso novo título reflete mais adequadamente nosso papel, que é o de diminuir a aparente distância que parece existir entre A Igreja Mãe e membros de outros países.
Angelique Bongolo: Acho que é importante ter um coordenador para a comunicação entre A Igreja Mãe e as filiais porque os membros têm dúvidas e eles não sabem com quem falar. Agora eles poderão conversar comigo e eu me comunicarei com A Igreja Mãe, a fim de encontrar as respostas. Algumas vezes, os problemas são questões pequenas, tais como, uma mudança de endereço ou o fato de não receberem o formulário da Taxa Per Capita. Os membros ficam sem saber o que fazer. Existem também perguntas sobre filiação, Escola Dominical e sobre o TMCYouth, ou seja, comunicações que saem do Campo para A Igreja Mãe e vice-versa.
Alicia Cardoso: Quero acrescentar somente uma coisa. Acho que é importante mantermos A Igreja Mãe informada, não apenas sobre o que está acontecendo no próprio Campo, no movimento da Ciência Cristã, mas também sobre o que está ocorrendo em nossos respectivos países, para que o pessoal dA Igreja Mãe possa orar e ajudar, conforme o caso. Não é fácil para eles ligarem ou enviar e-mails, porque já têm tantas coisas para tratar, mas o importante é lhes informar sobre as dificuldades, naturais ou não, que talvez estejamos enfrentando em nossos países.
Neera Kapur: Acho que nosso propósito principal está descrito na primeira sentença do Hino 174: "Deus nos conforta, tal qual a mãe aos filhos" (Hinário da Ciência Cristã). O coordenador realmente preenche as distâncias geográficas entre A Igreja Mãe e suas filiais e entre as pessoas que vivem em regiões remotas. Como Coordenadora de Comunicação, tenho testemunhado muito claramente o poder da oração coletiva. Não somente vi curas ocorrerem, mas calamidades iminentes atenuadas antes de se tornarem destrutivas.
Joe Alomatsi: Nós também, às vezes, nos engajamos em projetos especiais, tais como coordenar as atividades de vários representantes dos departamentos dA Igreja Mãe quando viajam para nossos países. Somos, às vezes, chamados a resolver questões específicas de igrejas filiais.
David Barker: Descobri que os membros dA Igreja Mãe que vivem em regiões muito distantes de qualquer igreja, sentem-se muito animados com um telefonema do Coordenador de Comunicação, pois reconhecem que esse Coordenador representa A Igreja Mãe fazendo-se presente junto a eles, e isso diminui ou cura a sensação de isolamento. O Coordenador pode ouvir suas preocupações e também incentivá-los a reconhecer que a Igreja é um poder vivo dentro de cada coração, que nós todos somos membros de uma corporificação universal do bem, do cuidado amoroso que Deus tem para com cada um de Seus filhos. É também útil para aquelas igrejas, cujo número de membros está diminuindo, sentirem-se encorajadas a pensar sobre Igreja de uma forma mais espiritual, a pensar sobre a natureza eterna da Igreja.
Leide: Por que o Manual é importante? O Manual apoia sua atividade como Coordenador de Comunicação?
Doris Ulich: O Manual é a única base para o nosso trabalho. Certamente, a oração também o é, mas o Manual é a ferramenta que utilizamos para encontrar respostas às perguntas que os membros, as igrejas filiais, ou grupos nos fazem. Não que pessoalmente tenhamos as respostas, mas é que nós recorremos juntos ao Manual e encontramos ali aquelas respostas sábias que Mary Baker Eddy providenciou para a eternidade.
Tony Ekwe: Ás vezes, algumas filiais enfrentam desafios. Elas talvez tenham desentendimentos entre os membros, e o Coordenador de Comunicação dA Igreja Mãe encoraja tais filiais a consultarem o Manual, a fim de encontrarem maneiras de resolver esses problemas. As igrejas são frequentemente lembradas de que a responsabilidade é delas, e não dA Igreja Mãe ou do Coordenador de Comunicação. Portanto, elas mesmas têm de encontrar as soluções para seus próprios problemas.
Neera Kapur: Nós, Coordenadores de Comunicação, recentemente participamos de seminários muito, mas muito inspiradores mesmo, sobre o Manual. Uma coisa que se destacou para mim é que não existe uma única pergunta para a qual o Manual não tenha a resposta e esperamos compartilhar essas ideias em seminários com o Campo em nossas regiões.
Antero Villalpando: Os seminários não só nos ajudarão a nos aproximar mais das igrejas filiais, como também as ajudarão a se aprofundar no Manual, de tal maneira que saberão exatamente como lidar com diferentes situações dentro de seu grupo. As igrejas podem entrar em contato conosco para a realização de um seminário ou podem realizá-los por si mesmas. Depende da igreja filial. Somos o contato para elas.
Mayal Tshiabuila: Sabemos que Mary Baker Eddy diz que a Igreja é "A estrutura da Verdade e do Amor" (Ciência e Saúde, p. 583), mas ela também diz que a Igreja é uma instituição, portanto, quando pensamos sobre a Igreja como uma instituição, pensamos sobre governo. Consequentemente, o Manual é a ferramenta que nos diz como nossa Igreja, como uma organização, é governada. Muitas pessoas não valorizam o Manual como uma ferramenta real para o funcionamento apropriado de seu governo. Então nós, como Coordenadores de Comunicação, podemos ajudar os membros no Campo a compreender a singularidade do governo de nossas igrejas. A diferença entre o governo dA Igreja Mãe e o das igrejas filiais deve ser muito clara e os seminários que podemos realizar nos Campos ajudarão a entender muito bem essa questão.
Trixi Burgermeister: Muitas vezes, tendemos a buscar respostas entre nós mesmos, sem recorrer ao Manual. Todos nós, como membros, precisamos entender que as respostas estão no Manual.
Leide: Como Coordenadores de Comunicação vocês representam A Igreja Mãe e por isso vocês são membros especiais?
John Kinguru: Não, sou um representante oficial dA Igreja Mãe na região da África Oriental. Primeiro, é realmente importante compreender que A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, não é hierárquica. Cada um de nós é tão importante como o outro. Nosso papel, como Coordenadores de Comunicação dA Igreja Mãe, é facilitar a comunicação entre a sede da Igreja e o Campo, e vice-versa. Isso não nos torna de maneira nenhuma especiais. Esforço-me ao máximo para realmente garantir ao Campo que esse não é o caso. Se o Coordenador de Comunicação não estiver alerta, o Campo tenderá a procurá-lo em busca de respostas que realmente estão no Manual e em nossos outros livros.
Leide: Vocês podem nos contar algo que fizeram, que tenha tocado seu coração, ou trazido cura a uma pessoa ou a uma situação?
Magda Völker: Gostaria de ilustrar isso com um caso comovente que aconteceu durante uma conversa informal com alguém sobre a atividade da igreja. A pessoa é membro de um pequeno grupo no Brasil, o qual passava por algumas dificuldades e desarmonia entre os membros. Trocamos algumas ideias inspiradas sobre a importância do trabalho que cada um faz pela igreja e como é importante que participemos da atividade da igreja com um pensamento sanador. Recomendei que ela estudasse e orasse com a definição de Igreja. Alguns meses mais tarde, ela me enviou um lindo e-mail dizendo que nossa conversa havia sido muito útil, e que estava agora muito mais ativa na igreja. Ela havia mudado inteiramente sua maneira de pensar sobre a igreja. Estava feliz por me informar que agora havia mais pessoas frequentando o grupo, as reuniões de testemunhos haviam melhorado muito e os cultos dominicais comumente ficavam lotados.
Doris Ulich: Tive um caso semelhante, mas era um membro dA Igreja Mãe que certa vez ligara e estava tão zangado sobre algo que A Igreja Mãe havia ou não havia feito, não consigo me lembrar do que se tratava. Mas, ele simplesmente precisava contar a alguém, portanto, conseguiu o número do meu telefone e me ligou. Eu apenas o ouvi, senti e expressei o amor dA Igreja Mãe por seus membros em todo o mundo e no final da ligação ele disse: "Muito obrigado por ouvir. Agora me sinto muito melhor. Depois do que você me explicou, fica claro o que A Igreja Mãe deseja para o Campo e isso é totalmente correto".
Tony Ekwe: Há dois ou três anos, dois membros dA Igreja Mãe de Boston visitaram a Nigéria. O voo deles proveniente de Lagos foi desviado para Port Harcourt. Eles deveriam aterrissar em Owerri, onde moro. Desse modo, tive de dirigir cerca de 80 quilômetros de Owerri até Port Harcourt para apanhá-los. Isso ocorreu por volta das 19 horas. Tínhamos de dirigir de Port Harcourt de volta para Owerri no escuro, durante a noite. Naquela época, os sequestros eram frequentes naquela parte da Nigçria. Alguns homens da polícia e do exército, postados nos bloqueios da estrada, quando me viram dirigindo com dois brancos, de Boston, perguntaram-me: "Amigo, você não tem medo que seus amigos possam ser sequestrados"? Respondi: "Não, nada disso pode acontecer. Deus está guiando essa viagem". Consequentemente, fizemos uma viagem muito tranquila de Port Harcourt até Owerri. Levamos umas três horas porque estava escuro. Quando chegamos a Owerri, os visitantes ficaram felizes, divertiram-se e conseguiram completar todas as tarefas que os havia levado à Nigéria.
Trixi Burgermeister: Havia um membro dA Igreja Mãe que morava sozinho em uma ilha. Ele estava muito triste porque havia perdido o contato com A Igreja Mãe. As publicações da Ciência Cristã não estavam chegando até ele, mas, de alguma maneira, consegui contatálo. Eu orava enquanto ouvia o que ele dizia. Tentei lhe transmitir todo o amor que A Igreja Mãe tinha por ele, ou seja, que nós pertencíamos à mesma família. Como Coordenadora de Comunicação, procurei por pessoas que moravam próximas a ele, para que ele pudesse estar em contato com elas. Ele ficou muito grato porque começou a receber as revistas da Ciência Cristã por intermédio dessas pessoas, como também ficou aliviado por poder conversar por telefone com outros Cientistas Cristãos. Parece que ele, ao longo dos anos, havia perdido o contato com a Igreja e desejava restabelecê-lo. Fiquei muito grata por poder ajudá-lo.
Angelique Bongolo: Quando me tornei pela primeira vez Representante do Secretário (agora nos chamam de Coordenadores de Comunicação), visitei todas as igrejas em meu país. Fui a uma vila onde um membro costumava ir à igreja, mas, devido a uma desavença com outro membro, ele e vários outros membros deixaram a igreja. Quando cheguei, trabalhamos com o Manual a fim de compreender que a igreja não pertence a uma pessoa, mas que é para todos. Lemos alguns artigos do Manual e eles sentiram a proximidade dA Igreja Mãe. A cura finalmente aconteceu e os membros voltaram a frequentar a igreja e as reuniões de testemunhos.
Adela Vickers-Hughes: Chamamos a temporada passada de nosso verão de desastres da natureza. Tivemos enchentes em Queensland e, como vocês devem saber, Christchurch, na Nova Zelândia, sofreu um terremoto. Nessas duas ocasiões, enviei imediatamente um e-mail para o secretário da igreja filial em Toowoomba, Queensland, que fora fortemente atingida pela enchente. Mas, o que mais chamou a minha atenção foi o que um membro respondeu em um e-mail, com um maravilhoso senso de tranquilidade: "Com treva ou luz ao teu redor, A paz terás" (Hinário da Ciência Cristã, Hino 160). Ele tinha esse belo senso de calma exatamente em meio a toda aquela enchente. Com relação ao problema de Christchurch, entrei imediatamente em contato com os membros da igreja filial local e, naturalmente, em ambos os casos, com A Igreja Mãe tambçm. Depois, soube do maravilhoso espírito comunitário que os membros em Christchurch desenvolveram e desfrutam até agora. Há muito afeto entre eles, e a igreja e seus membros foram maravilhosamente protegidos.
Leide: O que vocês estão levando para casa dessa temporada aqui em Boston? O que mais os inspirou?
Lyudmila Sokolova: Essa foi uma semana muito produtiva para mim e aprendi muito sobre formas de recorrer ao Manual e de mostrar às sociedades e grupos que eles podem se volver ao Manual para obter respostas às suas dúvidas. Realmente gosto do movimento TMCYouth e gostaria de ver os jovens na Rússia se engajarem nesse movimento. Falarei sobre o TMCYouth com eles. Na Rússia, mudamos o pensamento daqueles que trabalham nas Salas de Leitura, a fim de encorajá-los a vender Ciência e Saúde, a conversarem com as pessoas sobre o livro e a distribuir as publicações em geral. Minha temporada em Boston foi muito inspirativa e obtive muita compreensão e ideias úteis.
Joe Alomatsi: Passamos por um treinamento completo sobre o Manual. Portanto, estamos agora mais preparados e temos as mesmas ideias e os mesmos objetivos para apresentar aos diferentes Campos. Podemos apoiar melhor as filiais, os grupos e as sociedades a crescerem na Ciência Cristã e a ter suas próprias demonstrações. Estou realmente muito feliz por ter estado aqui. Foi muito importante estar em sintonia com A Igreja Mãe. Nos diferentes países, não estamos separados um do outro ou dA Igreja Mãe. Estamos todos na mesma jornada. Sinto-me agora mais capacitado a apoiar as igrejas e o país que represento.
 
    
