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Uma causa, um resultado

Da edição de novembro de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Em uma época de incertezas, como tem sido popularmente chamado o momento atual, as pessoas procuram pelas causas: a causa da lenta recuperação da economia global e de como lidar com a agitação política que dela deriva, tais como os distúrbios ocorridos na Grécia e no Reino Unido. As causas das contínuas guerras e das instabilidades no Oriente Médio. Há também as questões mais próximas de nós, ou seja, a causa pela qual alguém perdeu o emprego, a razão pela qual a empresa faliu, por que uma doença grave foi diagnosticada em alguém, e assim por diante.

Especialistas de todos os tipos estão prontos para analisar as condições políticas e sociais e para manifestar seus pontos de vista. Teorias diversas proliferam sobre os motivos pelos quais uma determinada região é economicamente desafiadora ou por que surgiu uma determinada doença. Por mais diferentes que essas questões possam ser, elas têm uma coisa em comum: estão assentadas na suposição de que a matéria e as condições materiais sejam reais, e de que as soluções possam ser encontradas apenas nessa mesma fonte.

A Ciência Cristã, fundamentada solidamente na irrealidade da matéria e total substancialidade do Espírito, desafia esses pontos de vista e convida a todos, que valorizam a oração, a seriamente considerar o Espírito, em vez de a matéria, na busca por soluções. Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, escreveu longamente sobre esse tema em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Nesse livro, ela fez esta afirmação arrebatadora: "A causalidade espiritual é a única questão a considerar, pois mais do que todas as outras, a causalidade espiritual está relacionada com o progresso humano" (p. 170).

A única questão. Esse ponto, que não aparece em qualquer outro lugar em seus escritos, mostra a importância que ela dava à compreensão do leitor com relação ao que estava em jogo. Ela convida os leitores a radicalmente abandonar tudo o que lhes é familiar e a obedecer ao Primeiro Mandamento: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3). As palavras do mandamento são tão familiares a tantas pessoas, que suas implicações passam muitas vezes despercebidas. Como resultado, pode-se equivocadamente aceitar as causas e as soluções materiais como deuses, determinantes na saúde e na felicidade. Isso pode aparecer sob a forma de se depender de soluções materiais para o cuidado da saúde, sob uma perspectiva de que pontos de vista políticos são mais importantes do que a oração, e de que Deus está fora do contexto em uma sociedade que faz uso de alta tecnologia.

Colocar nossa confiança em uma Causa única, Deus, requer um profundo comprometimento para com a espiritualidade, e uma autodisciplina mental que rejeita as causas materiais propostas e confia apenas no Espírito, no que se refere à verdade. Seguir o exemplo de Jesus com o melhor da nossa capacidade, nos proporciona uma orientação sábia e confiável na direção daquilo que é verdadeiro.

É claro que Jesus rejeitou as condições materiais como causas, mas ele também atendeu às necessidades humanas com compaixão, amor e cura. Sua percepção de Deus era tão nítida que ele distinguia claramente aquilo que não era espiritual ou divino, e a causa do mal. Essa certeza da perfeição espiritual de cada pessoa o capacitava a eliminar o fardo da doença para multidões.

Da mesma forma, Jesus nunca foi influenciado por causas materiais ou falsa solidariedade. No tanque de Betesda, quando um homem fisicamente incapacitado disse que não poderia entrar no local onde acreditava ter água sanadora, Jesus não se ofereceu para ajudá-lo a chegar até a água. Ele também não aceitou as condições materiais que definiam o homem ou seu problema. Em vez disso, ele disse: "Levanta-te, toma o teu leito e anda" (ver João 5:1-9). De acordo com a Ciência Cristã, Jesus curava pelo reconhecimento da causa espiritual da vida como manifestação da Vida divina. O homem havia esperado 38 anos para tentar uma solução material. Mas, em apenas alguns instantes, o Espírito divino o libertou.

Embora a capacidade consistente que Jesus tinha para curar ainda não tenha sido igualada, está claro que ele esperava que seus seguidores rejeitassem as causas materiais, e confiassem apenas no auxílio divino. Outros exemplos de sua obra de cura oferecem inspiração para que enfrentemos questões globais também.

Em setembro de 2010, os países se reuniram na ONU (Organização das Nações Unidas) para considerar suas Metas de Desenvolvimento para o Milênio, uma delas é reduzir pela metade, até 2015, o número de pessoas em todo o mundo que passam fome. Embora esteja declinando lentamente, esse número ainda está em torno de quase um bilhão. Muitas propostas materiais têm sido apresentadas para resolver o problema, mas não há nenhuma garantia de que chegarão ao resultado desejado.

A resposta espiritual que Jesus encontrou para acabar com a fome pode direcionar nossas orações. A Bíblia relata momentos em que ele alimentou multidões. Certa vez, Jesus alimentou mais de 5.000 pessoas com cinco pães e dois peixes. Do ponto de vista material, parecia ridículo oferecer a toda aquela gente uma quantidade tão pequena de alimento. Entretanto, Jesus, considerando a causa como espiritual e não material, seguiu em frente. O Evangelho de Mateus diz especificamente: "Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios" (Mateus 14:20). Em outras palavras, não se tratava de uma migalha ou duas, mas de suprimento abundante e satisfatório.

À medida que progredimos em meio às crises recentes, considerar o Espírito como a causa única pode ser uma orientação vital e que nos mantém em um caminho ascendente rumo à cura, não apenas em nossa própria vida, mas também na vida de todas as pessoas. Essa conscientização crescente ilumina o caminho rumo ao progresso.

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