Estávamos casados havia vários anos e não conseguíamos ter filhos. Como ansiávamos formar nossa própria família, as palavras de Jesus: "Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14), inspiraram-nos a incluir todas as crianças do mundo em nossas orações. Em determinado momento, tomamos consciência das grandes necessidades das crianças nos países em desenvolvimento. Isso nos levou a adotar uma menininha do México, ainda bebê. Que bela resposta às nossas orações!
Entretanto, dois anos mais tarde, meu marido faleceu em um acidente de carro. Arrasada com a perda, e agora precisando criar nossa filha sozinha, fiz o que sempre fizera durante os desafios em minha vida, e volvi-me a Deus. Crescer frequentando uma Escola Dominical da Ciência Cristã me ensinou a utilizar a Bíblia e Ciência e Saúde como duas ferramentas de inestimável valor em momentos de dificuldades. Nas primeiras semanas após o falecimento de meu marido, passava cerca de quatro horas por dia estudando cuidadosamente as ideias sanadoras desses livros.
Também visitava uma Sala de Leitura da Ciência Cristã quase todos os dias. Encontrei muito consolo em meu estudo e durante essas visitas. Rapidamente fui aprendendo que Deus supria a mim e a minha filha com todas as Suas qualidades maravilhosas, incluindo as que meu marido havia manifestado, tais como: segurança, amizade e alegria. As palavras de Jesus: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor" (João 15:1), foram muito preciosas para mim. O dicionário define a palavra agricultor como "fazendeiro", ou "administrador". Para mim, isso significava que, assim como um agricultor cuida carinhosamente das vinhas, Deus cuidava de nós duas, e de meu marido também.
Á medida que colocava total confiança em Deus para todas as nossas necessidades, o choque, a exaustão e a névoa mental se dissipavam
Certo dia, deparei-me com um artigo sobre a cura do pesar na revista Christian Science Sentinel. As ideias foram tão inspiradoras que eu levava uma cópia desse artigo em minha bolsa, e o li repetidas vezes, durante muitas semanas.
Nessa época, a cada noite, minha filhinha aguardava na janela o pai chegar de carro. Certo dia, ela me disse: "Mamãe, quando alguém vai para o céu, esse alguém não volta". Respondi: "É isso mesmo". Ela continuou: "Bem, se meu pai nunca mais vai voltar, posso ter um novo pai"? Disse-lhe então que Deus é seu verdadeiro Pai e se ela precisasse de um novo pai, Ele enviaria um para ela. Mas, também lhe disse que, mesmo que um novo pai não viesse, nós poderíamos permanecer felizes, porque nosso verdadeiro Pai é Deus e Ele sempre cuida e cuidará muito bem Praticista de nós. No dia seguinte, um jovem Praticista da Ciência Cristã, que conhecera em uma instituição de Enfermagem da Ciência Cristã onde eu trabalhava, convidou-me para sair. Começamos a namorar. Imaginem minha surpresa quando percebi que ele era o autor do artigo sobre a cura de pesar que eu ainda levava na bolsa! Algum tempo depois nos casamos, e minha filhinha tinha um novo pai, que ela ternamente amava.
Durante uma semana, afirmei em oração que Deus é a fonte da minha saúde
Como meu segundo marido e eu também não conseguimos ter filhos, decidimos adotar outra criança. Durante o processo de adoção, a assistente social da agência de adoção me perguntou sobre minha confiança na Ciência Cristã para a cura. Expliquei-lhe que eu confiava na oração, porque já havia recorrido a ela no passado e obtido êxito. Ela me perguntou o que eu faria se tivesse uma hemorragia. Contei-lhe a cura que tivera ao confiar na oração, quando minhas gengivas estavam sangrando profusamente. Ela ficou satisfeita com minha resposta.
No dia seguinte, comecei coincidentemente a sangrar de forma anormal. Sabia que algo estava errado porque acabara de completar um ciclo menstrual normal. Durante uma semana, afirmei em oração que Deus é a fonte da minha saúde. Mas, como senti que precisava de mais ajuda, pedi a uma Praticista da Ciência Cristã que orasse comigo. Apesar de nossas orações, algumas semanas se passaram sem qualquer mudança na situação. Sentia-me muito fraca, e ficava na cama a maior parte do tempo.
Estudava diariamente a Lição Bíblica da Ciência Cristã e lia Ciência e Saúde. Não conseguia fazer nada em casa; meu marido cuidava de nossa casa e de nossa filha, que ainda não frequentava a escola. A praticista indicou esta declaração em Ciência e Saúde: "A essência espiritual do sangue é o sacrifício" (p. 25). Ela me perguntou se eu estava disposta a sacrificar a crença sobre mim mesma como um ser físico e mortal e, em vez disso, reconhecer a mim mesma como inteiramente espiritual, perfeita e sadia. Oreit com todo meu coração para compreender isso.
Disse ao meu marido que eu sabia que seria curada
Como mais algumas semanas se passaram e eu permanecia confinada ao leito, um dos meus familiares estava temeroso e pediu para me levar ao médico. Por meio do meu estudo de Ciência e Saúde, estava obtendo um reconhecimento mais profundo sobre mim mesma como espiritualmente ligada ao meu Pai-Mãe Deus todo-amoroso, todo-poderoso. Muito embora os sintomas não tivessem mudado, eu sabia, intuitivamente, que estava bem. Disse ao meu parente: "Apenas me dê mais um fim de semana e estarei curada".
No domingo à tarde, contei à praticista que a condição física não havia mudado. Ela conversou comigo sobre meu ser criado à imagem e semelhança de Deus. Também leu para mim algumas passagens dos escritos de Mary Baker Eddy. Senti-me tão inspirada e fortalecida pela convicção na sua voz, que, após a ligação, disse ao meu marido que eu sabia que estava curada. Isso aconteceu às 3 horas da tarde. Adormeci às 9 horas da noite. À meia-noite, acordei e notei que o sangramento tinha parado.
Duas semanas depois, enquanto conversava mais uma vez com a assistente social da agência de adoção, comecei a sangrar novamente. Como a praticista que havia me ajudado anteriormente não estava disponível naquele momento, liguei para meu Professor de Ciência Cristã e lhe pedi ajuda por meio de oração. Contei-lhe a cura da hemorragia, e que ela tinha recomeçado logo após a conversa com a assistente social. Ele me sugeriu que eu estudasse este trecho de Ciência e Saúde: "É a crença latente na moléstia, bem como o medo à moléstia, que associa a doença a certas circunstâncias e faz com que as duas apareçam juntas..." (p. 377). Aparentemente, eu ainda não estava completamente livre do medo da hemorragia, e ainda estava supersticiosamente associando-a à preocupação inicial da assistente. Procurei em Ciência e Saúde tudo o que se referia à superstição. O sangramento parou rapidamente, e esse foi o fim da hemorragia.
Um mês mais tarde, viajei com meu marido para o Paraguai, a fim de trazer para casa nosso lindo menino adotado, ainda bebê. Nós agora tínhamos uma família maravilhosa, com nossos dois filhos. Entretanto, com tudo o que eu aprendi sobre minha identidade espiritual pela cura da hemorragia, não podia me manter presa a um diagnóstico de infertilidade. Ao longo dos anos seguintes, passei a orar diligentemente para a cura completa desse problema também. Os relatos bíblicos de Sara, Ana e Isabel, todas as três mulheres estéreis que, finalmente, deram à luz, aprofundaram minha convicção de que "...para Deus tudo é possível" (Marcos 10:27). Desde essa época, dei à luz a dois filhos. Meu marido e eu formamos agora uma família maravilhosa com nossos quatro filhos queridos.
