Quando conversava com uma amiga sobre as revoluções recentes do Oriente Médio e Norte da África, veio-lhe à memória a canção "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, a qual ficou muito conhecida no Brasil. Ao cantar estas palavras: "Há soldados armados, Amados ou não, Quase todos perdidos, De armas na mão", ela me disse, com melancolia, que foi o que vivenciou em muitas ocasiões durante os anos mais repressivos da ditadura militar brasileira, os Anos de Chumbo (fim do ano de 1968 até 1974), quando presenciou canhões passando em frente à case em que morava e soldados marchando com armas na mão. Ela diz que a intimidação, a censura e o medo eram constantes.
Mas, estas palavras da mesma canção: "Somos todos iguais, Braços dados ou não" levaram minha amiga, que também é Cientista Cristã, a lembrar que todos somos filhos do mesmo Deus e iguais para Ele. Essa igualdade perante Deus proporciona o fundamento para a democracia, que nenhum governo humano pode abolir. A compreensão desse fato espiritual anula as diferenças humanas, liberta da opressão e consolida a paz.
O restabelecimento da democracia no Brasil, em 1985, e agora em alguns países do norte da África e do Oriente Médio, são provas de que qualquer liderança autoritária pressupõe um poder humano, fato que é contrário à criação divina, na qual Deus é todo sábio e o único governador. O que não está em linha com essa verdade espiritual não tem fundamento e inevitavelmente se destrói.
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