Houve uma ocasião em que me propus a ajudar um amigo que estava morando na casa de sua sogra com a esposa e os filhos, sob uma situação tensa e com conflitos, devido a sérios problemas financeiros.
Em consideração à nossa amizade de longos anos, aluguei um apartamento em meu nome para que tivessem onde morar. Ele concordou em pagar o aluguel do imóvel.
O tempo passou e quando precisei ir ao Fórum da cidade para resolver um problema pessoal, tive a desagradável surpresa de ver meu nome na lista de réus.
Naquele momento, o único pensamento que me veio foi o de que jamais podemos ser condenados por fazer o bem. Mantive-me firme nesse pensamento, confiante na justiça divina. Procurei também pensar em Deus como "...socorro bem presente nas tribulações" (Salmos 46:1). Após me fortalecer nessa base espiritual, decidi averiguar o que estava de fato acontecendo.
Fui até a imobiliária onde havia alugado o imóvel e, para minha surpresa, descobri que meu amigo não pagava o aluguel há dois anos. A dívida, incluindo os juros, já estava em torno de R$40.000,00.
Fui encaminhado para o advogado que estava movendo a ação contra mim. Argumentei que, apesar de o imóvel estar em meu nome, eu nunca havia morado lá. Também esclareci que não havia sido informado da situação, mas que a descobrira por acaso. Mas ele me disse que a única coisa que poderia fazer por mim, do ponto de vista jurídico, era pedir que eu pagasse a dívida, pois como o imóvel estava em meu nome, a responsabilidade jurídica era minha.
A situação era delicada e percebi que não poderia orar sozinho. Liguei para um Praticista da Ciência Cristã, relatei-lhe o ocorrido e lhe pedi que me apoiasse por meio da oração.
O praticista me ajudou a fortalecer o conceito de Deus como Princípio harmonioso, e uma de Suas qualidades como sendo justiça. O praticista me pediu que eu mantivesse a calma e confiasse em Deus, porque Ele estava cuidando de mim e eu logo enxergaria uma solução.
Dias depois, o advogado da imobiliária marcou uma reunião em seu escritório. Ele havia averiguado os fatos e reconheceu que u nunca havia morado no apartamento. Ele me disse que eu aguardasse um pouco, pois ele procuraria conversar com o dono do imóvel para entrarmos em um acordo que fosse justo e favorecesse a todos.
Continuei orando com o praticista para entender que, na realidade divina, o advogado, o dono do apartamento, a família que lá morava e eu habitamos na Mente divina, e expressamos somente justiça. Compreendi também que nem o dono do imóvel nem eu poderíamos ser prejudicados. Orei muito com esta frase de Mary Baker Eddy: "Que a Verdade ponha a descoberto o erro e o destrua do modo como Deus o destrói, e que a justiça humana imite a justiça divina" (Ciência e Saúde, p. 542). Afirmei mentalmente e com convicção, que a justiça humana sempre imita a divina, e que a Verdade se estabelece, pois é suprema. Reconheci ainda que Deus é meu Advogado, meu Juiz, e é Ele que julga todas as causas com amor e justiça.
Após três mêses, o advogado pediu que eu comparecesse novamente ao seu escritório. Ele me cumprimentou e disse que eu era um homem de sorte, porque a dívida havia sido perdoada. Eu lhe expliquei que eu não me considerava um homem de sorte, porque quem julga ter sorte também está sujeito ao azar, e tudo o que acontece na minha vida é divinamente natural, porque é Deus quem a conduz.
Afirmei mentalmente e com convicção, que a justiça humana sempre imita a divina, e que a Verdade se estabelece, pois é suprema.
Ele me parabenizou pelo resultado do processo e me pediu que lesse atentamente e assinasse uma procuração, que daria a ele o direito de seguir com os trâmites legais de desocupação do imóvel.
Para mim, essa foi mais uma prova de que o "...Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana" (Ciência e Saúde, p. 494). Deus é o verdadeiro provedor de habitação, suprimento, trabalho, justiça, saúde, e de todas as necessidades de Seus filhos.
 
    
