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Original para a Internet

A alegria é a vitoriosa, não a tristeza

Da edição de novembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 14 de setembro de 2017.


Há alguns anos, passei por uma mudança drástica no que se refere aos meus parentes mais próximos. Minha mãe e seis de seus irmãos e irmãs, e respectivos maridos e esposas, faleceram no curto período de dois anos e meio.

Eu havia compartilhado momentos importantes de minha vida com essas pessoas, a quem eu admirava. Haviam vivido uma vida honrada e cheia de amor. Por isso mesmo, foi notável que eu tenha me sentido livre do pesar. A profunda consciência de que a vida eterna de todos está em Deus me trouxe alívio do sentimento de total separação. Percebi que o pesar não é o plano de Deus nem para mim nem para ninguém. A Bíblia nos promete que “conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento,” nos permite ser “tomados de toda a plenitude de Deus” (Efésios 3:19). Essa plenitude não inclui o sofrimento.

No Salmo 30:5 lemos: “...Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”. Penso no “anoitecer” mencionado nesse salmo como se fosse o mal que tenta obscurecer a bondade de Deus. Pode fazer com que uma situação pareça sem esperança e imutável. Mas, na segunda parte dessa afirmação está a promessa de que “a alegria vem pela manhã”.

Será que isso significa que sentiremos alegria, se literalmente esperarmos até o dia raiar? Então é uma questão de deixar o tempo passar até que tudo fique bem?

Às vezes parece que seria mais fácil se fosse apenas uma questão de esperar, mas realmente superar a tristeza não tem nada a ver com a passagem do tempo. Tem de ocorrer uma mudança na maneira de pensar, uma espiritualização do nosso pensamento, ou seja, um despertar sob a luz da Verdade divina, para que nosso foco mude de direção, de uma aparente situação mortal para a realidade de Deus, imortal e presente. 

Passar da tristeza para a alegria é algo que ocorre naturalmente, à medida que o espírito-Cristo desponta em nosso pensamento. É aqui que entra a oração. Podemos começar a afirmar a verdade absoluta sobre Deus. No primeiro capítulo de Gênesis, lemos: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (versículo 31). Qualquer coisa que não esteja de acordo com essa lei da criação espiritual, não pertence a Deus e não tem nenhuma realidade. Sua aparente presença é temporal e vai diminuindo à medida que nossa compreensão a respeito da realidade divina se torna mais clara. À medida que compreendemos mais plena e profundamente a Deus como infinito e bom, começamos a despertar para essa realidade espiritual em nossa vida.

Pode haver ocasiões em que seja necessário persistir na oração, apoiada nessas verdades básicas, a fim de enfrentar sentimentos de tristeza. Essa tendência negativa pode se apresentar como sendo natural, inevitável e até mesmo necessária. Mas, não importa quanto ela pareça se justificar, a tristeza não é o plano de Deus para nós. Somos os filhos amados de Deus, e a misericórdia divina está nos envolvendo em todos os momentos.

Passar da tristeza para a alegria é algo que ocorre naturalmente, à medida que o espírito-Cristo desponta em nosso pensamento.

Quando isso ocorre, é essencial assumirmos o compromisso de orar a toda hora para nós mesmos e para o mundo. Em um Artigo que consta do Manual da Igreja Mãe, sob o título “Vigilância quanto ao dever”, Mary Baker Eddy diz: “Será dever de todo membro desta Igreja defender-se diariamente de sugestões mentais agressivas, e estar vigilante para não esquecer nem negligenciar seu dever para com Deus, para com sua Líder e para com a humanidade” (p. 42). Isso deixa claro que não podemos ficar passivos ao nos defendermos contra a crença de que a desarmonia e a tristeza façam parte do que nós realmente somos. Essa defesa, quando feita conscienciosamente, pode ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar. Pode começar de manhã, quando em oração purificamos nosso pensamento, cultivando nossa receptividade à Palavra de Deus. Pode continuar durante o dia, seja dirigindo o carro para o trabalho, limpando o quintal ou pagando contas.

O Apóstolo Paulo nos indica: “Orai sem cessar”, e continua com este conselho: “Regozijai-vos sempre” (1 Tessalonicenses 5: 16, 17). Às vezes pode parecer impossível regozijar-nos sempre, mas essa é uma exigência bíblica, e é a promessa que Deus nos faz. Isso me ajuda a ver que mesmo em tempos difíceis, podemos encontrar algo para ser gratos, ao afirmar que Deus é a fonte de tudo o que é bom e verdadeiro, isto é, enaltecendo a Deus. Constatei que permanecer com o pensamento de enaltecer o bem que eu percebo, ou seja, reconhecer a evidência do amor de Deus em minha experiência, liberta do pesar.

É claro que sinto falta em compartilhar meu dia com minha mãe, com minhas tias e tios, mas isso é compensado pela minha gratidão pelas bênçãos de tê-los tido em minha vida e, acima de tudo, pela compreensão de que o único Deus dá a todos nós infinita vida e alegria. Estou me empenhando em enaltecer a Deus ao expressar gratidão pela vida dos meus parentes, ou seja, por eles terem expressado qualidades espirituais. Essa abordagem em oração abriu meu pensamento ao Confortador que cura, que tem me trazido alegria e continua a me acompanhar todos os dias. Sou muito grata pela firmeza de voltar-me a Deus em oração todas as manhãs, e por sentir-me livre da tristeza. 

Não importa quantas vezes tenhamos sido levados a acreditar que a tristeza seja vitoriosa, podemos continuar a nos volver ao Amor divino, Deus, para romper os grilhões da tristeza e do pesar.

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 14 de setembro de 2017.

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